Biblioteca destruída.



 de setembro, terça-feira.

Querido diário… oh sim, vou parar com isso, ainda não sei começar um diário. Enfim, não tem toda essa coisa de gente otimista de que “quem perde o teto ganha as estrelas”? Embora eu não veja sentido algum nisso, no momento, essa é a única coisa que tá descrevendo minha situação. Ou de Rony que terminou com Lilá essa manhã.
Vê Lilá brigando com Rony e vê ela chorando quando ele pediu para terminar o namoro na biblioteca valeu pelo ano todo. Não por Lilá, mas sim porque Rony vai estar livre e ir atrás de Luna.
Por um momento se quer eu pensei que Merlin havia lembrado que fui uma menina muito boa nos últimos anos e que me dera o prestígio de poder ver, finalmente, meu amado ruivo com a garota que ele realmente gostava, mas não! O chefão nunca está satisfeito!
Depois que deixei Liliá e Ron na biblioteca, segui para a aula de Transfiguração sozinha.
E fiquei lá sozinha.
E em seguida fui para a aula de Feitiços.
E fiquei lá sozinha de novo.
E foi assim pelo resto do dia.
Eu. Sozinha.
Sem sinais de Rony, Harry, Gina, até mesmo de Lilá. Nada.
O que parecia a oportunidade perfeita para Malfoy me perturbar.
E foi o que ele fez.
– Estou até estranhando ver você, Granger, sem o cenoura e sem o cicatriz. Perceberam que você é uma insuportável, é? - só de ouvir aquela voz rouca e sarcástica meus dentes trincavam.
Lá estava eu toda inocente em um corredor qualquer que parecia deserto, lendo meu livro, achando que teria tranquilidade e me perguntando onde foram parar Harry e Ron.
– O que você quer? - perguntei tirando a atenção do meu livro para olhá-lo. Merlin, ele está tão lindo. 
– O que eu iria querer com você, garota? - disse num tom arrogante superior.
– Então o que está fazendo aqui? - abaixei os olhos para meu livro, pude perceber que ele me encarava.
– Sempre no tom sabe-tudo, hein, Granger? - disse se abaixando.
– Sempre sendo idiota, hein, Malfoy? - levantei os olhos, ele não respondeu.
– Vai. Embora.– minha voz falhou, saiu rouca e gaguejei um pouco. Por favor, tirem esse loiro daqui.
Ele não se moveu, só me olhou como se dissesse "me obrigue".
Ficamos um tempo nos encarando, eu queria saber o que ele estava pensando. O silêncio foi quebrado por uma porta rangendo e McGonagall aparecendo segurando duas cartas na mão com o brasão de Hogwarts. Só então notei que estávamos a centímetros de distância, nossos narizes quase se tocando, empurrei ele disfarçadamente enquanto McGonagall estava perdida em seus papeis.
– Vocês estão aqui - disse vindo em minha direção e me entregando umas das cartas, depois se virou para Malfoy e fez o mesmo. – Estava indo despachar essas cartas, é do professor Dumbledore, sobre o cargo da monitoria-chefe. Eu seria mais clara, mas não sei exatamente do que se trata. Bom, com licença – e saiu, sem nem ao menos esperar uma resposta.
Malfoy se virou e saiu com calma, virando e revirando a carta.
– O que andou aprontando? - falei me levantando e ficando do lado dele.
– Nem tudo é culpa minha, tá? 
O que a carta dizia? Bem, é um tipo de favor ou tarefa, não entedi bem, só sei que precisa ser entregue em duas semanas, mas sabia onde procurar. 
– Quebre a perna - sorri irônica, aquilo parecia irrita-lo.
– Se machuque bastante - disse com um sorrido sarcástico. E nos separamos, ele foi para eu lado e eu para o outro que, na verdade, era a biblioteca.
NÃO POR COINCIDÊNCIA, ONDE JUSTAMENTE AQUELA DONINHA ESTAVA INDO TAMBÉM.
POR QUE EU SEI? PORQUE NOS ENCONTRAMOS NO CORREDOR. 
Assim que caiu a fixa que estávamos com a mesma ideia ele andou em passos largos, tive que me apressar para acompanha-lo e tentar chegar primeiro. Cruzei alguns corredores enquanto Malfoy passava por outros, quando nós nos encontramos de novo, já estava ambos correndo.
– Sai, Granger - disse ele me impedindo de pegar um livro.
– Desencana, Malfoy, eu adivinhei primeiro - empurrei ele pegando o livro de sua mão.
– E eu sou mais velho - ele pegou o livro aberto da minha mão.
– Isso não tem nada a vê! - empurrei ele de novo pegando o livro antes de cair.
– Lógico que tem! Eu sou loiro, lindo, sonserino, rico, as garotas me amam... - dessa vez, ele me deu uma rasteira, só não caí por ter segurado numa das estantes.
– Esqueceu do idiota e outros defeitos que você tem também. Accio Livro– obviamente o livro foi para minhas mãos com extrema facilidade.
– Olha quem fala - e puxou o livro de mim, pegando também minha varinha.
– A varinha não!
– Shhhhh - ele colocou o dedo indicador na boca e apontou para o livro. Fiz careta e puxei o livro dele. - Devolve, Granger!
– Minha varinha primeiro! - ele me devolveu, emburrado. Saí correndo entre uma das prateleiras que ficavam ao fundo para tentar fugir dele, posso estar enganada, mas bem no fundo da biblioteca há um tipo de passagem que leva para o Salão Principal, sabia disso graças a Fred e Jorge. Ruivos. Sempre fazendo efeito na minha vida.
– Incarcerous– murmurou Malfoy atrás de mim, cordas prenderam minhas pernas e braços fazendo eu cair e o livro deslizar para o outro lado do corredor entre uma estante e outra.
– Rictusempra– tentei apontar a varinha para ele. E no mesmo instante Malfoy se contorcia no chão dando gargalhadas deixando o livro livre para meu domínio. Mas Malfoy já tinha se livrado do feitiço e saiu correndo para onde eu estava com o livro.
Não sei como, nem por que, só sei que o atingi com um Estupefaça, assim que se recuperou, usou o mesmo em mim, fazendo eu bater com tanta força numa estante que a fez cair e bater em outra estante, que bateu na estante de trás. Esse mesmo processo ocorreu até a ultima estante bater na sessão reservada. 
Parecia um jogo de dominó, quando um caí, derruba todos. Malfoy e eu ficamos pasmos, sem reações, tentando somar um mais um para saber como aquilo aconteceu.
Madame Prince apareceu do outro lado das estantes caídas, com a mesma expressão minha e de Malfoy, porém com mais raiva que nós dois.
– Estamos mortos - murmurei de olhos fechados e testa frangida desejando que aquilo fosse um pesadelo e meu despertador tocasse logo.
– Dá tempo de fugir - sussurrou Malfoy se inclinado pra mim.
Arrumar tudo antes que o sinal toque e usar obliviate na Madame Prince depois voltar para o Salão Principal como se nada tivesse acontecido. Não era uma má ideia. A não ser que alguém aparecesse e estragasse isso. Pelo amor que Merlin tem por mim, o que acha que aconteceu, caderno velho? McGonagall havia chegado pouco depois de Madame Prince.
McGonagall estava boquiaberta, olhava de Malfoy pra mim, de mim para Malfoy, perplexa.
Eu e Malfoy não pegaríamos uma bela detenção só por destruir parte da biblioteca, pegaríamos também uma só por duelar sem permissão e na biblioteca. Isso se não fomos expulsos.
Assim que Madame Prince e McGonagall voltaram a realidade, eu e Malfoy tivemos quer ir para a sala de Dumbledore onde Snape nos esperava.
– Se expliquem - disse McGonagall se sentando de frente para nós.
Olhei para Malfoy pedindo mentalmente que ele tenha uma ideia ótima para nos livrar dessa. Ele me olhava da mesma maneira. Suspirei e pensei numa boa mentira.
– Recebemos a carta e fomos para a biblioteca... - falei, mas Malfoy me interrompeu.
– Acabamos discutindo e brigando um pouco. Granger, muito desastrada, meio que esbarrou numa das estantes causando toda aquela bagunça - falou com calma.
Uma mentira muito mau improvisada, mas McGonagall parecia se convencer, assim como Madame Prince que ainda estava atordoada, Snape apenas olhava para a doninha e para mim.
– Então a Sra. Granger esbarrou numa das estantes e causou todo aquele alvoroço? - perguntou Snape naquele tom irônico dele.
– É, todos sabemos que ela não é a melhor em equilibro - finalizou Malfoy.
Eu ia matá-lo se McGonagall e Snape não fizessem o serviço.
– Mesmo que tenha sido um acidente, vocês dois são responsáveis por isso. E como bons alunos e monitores de suas casas, vão encarar as consequências. Tendo detenções para cada um, arrumar a biblioteca sem o uso de magia e, bom, digamos que vão prestar um "extra" a escola. - Eu tentava me concentrar na parte em que ela dizia que teremos que arrumar aquilo sem magia. - Duas noites de detenções com o Filch, duas semanas para arrumarem a biblioteca e dois meses com as atividades extras que vão ter que realizar.
– Que extras? - perguntou Malfoy. E eu ainda tentava oscilar a ideia de arrumar a biblioteca sem magia.
– Aulas aos sábados para os alunos necessitados - (Ah?) respondeu Snape com um tom divertido na voz. Ele percebeu que não entendemos nada, pois tentou explicar. - Como destruíram a biblioteca, não haverá um meio mais fácil dos alunos estudarem. Vocês dois precisam de uma detenção e os alunos de uma aula. Perfeito.
Aulas. Aos sábados. Com Malfoy. Isso não vai terminar bem.
– Todo sábado na Sala Precisa com alunos abaixo do quinto ano. - completou McGonagall, Snape só balançou a cabeça, concordando.
– De que casa? - embora a resposta fosse óbvia, eu queria me iludir um pouco. Acabei me surpreendendo com minha voz que saiu rouca.
Sonserina não. Sonserina não. Sonserina não.
– Qualquer casa. - por um minuto me acalmei com a resposta da professora. Só que… “qualquer casa” inclui Sonserina também.
Ai Merlin, eu vou chorar.
– Ah, e estão banidos da biblioteca. - disse Madame Prince no canto da sala. - Só entrarão lá para organiza-la. Depois disso não quero nem ver a sombra de vocês dois por lá.
Prendi a respiração.
– O QUÊ? - gritei e McGongall me olhou feio. O QUE SERÁ DE MIM SEM A MINHA AMADA BIBLIOTECA? SEM MEUS LIVROS...?
– Isso não é justo - resmungou Malfoy como um menino mimado.
– E vamos tirar pontos da casa de cada um.
– 20 pontos da Grifinória. - disse Malfoy voltando ao animo.
– 30 pontos da Sonserina. Você que fez eu esbarrar na estante! - protestei mantendo a mentira, embora ele tenha entendido.
– Calados! - gritou Snape.
– 70 pontos a menos para cada casa. - OH NÃO! 70 PONTOS?! COM QUE CARA VOU EXPLICAR ISSO PARA OS OUTROS GRIFINÓRIOS? QUE DESTRUÍ A BIBLIOTECA E QUE PERDI 70 PONTOS PARA NOSSA CASA? - Alguma dúvida? - Malfoy ergueu a mão. - Diga, Sr. Malfoy.
– Nossas detenções serão amanhã?
– Hoje mesmo, pouco antes do horário da monitoração.
Pra mim não importava mais arrumar a biblioteca sem magia, pegar detenção, dar aulas aos sábados para pirralhos, a primeira atividade, perder pontos - embora pareça egoísta isso - e passar um bom tempo com Malfoy. A minha devastadora preocupação era que eu estava banida da biblioteca.
Eu, Hermione Granger, nunca mais terei permissão para entrar na biblioteca da escola.
Sem livros, sem estudos, sem encontros para missões cupidos com o Rony, sem local para tranquilidade, sem o cheiro de pergaminho novo e pó.
Sem biblioteca.
Por favor, deixem Draco Malfoy longe de mim durante esse tempo, pela saúde dele, sou muito nova para ir para Azkaban.
Depois que saí da sala de Dumbledore, fui para o Salão Principal. Bom, digamos que do nosso “trio”, só Rony estava lá, Harry não tinha aparecido ainda.
Foi ai que tudo pareceu desmoronar, Gina também não estava.
Gina e Harry desaparecidos... Oh não, desaparecidos não, isso já é exagero!
Gina e Harry sem ser vistos durante o dia inteiro não é bom sinal, quer dizer, todos sabemos da paixão que um sente pelo outro e como qualquer pessoa normal pensaria, digamos que realmente duas pessoas com amores impossíveis sumidos não é bom sinal mesmo.
– Que foi, Hermione? - perguntou Rony enquanto eu olhava para o nada.
– Hum nada, Rony - me virei para ele - E como foi com a Lilá?
– Terminamos - disse olhando para onde a loira estava sentada jantando, ou massacrando o purê de batata – Ela está brava.
– Percebi - falei tirando a atenção de Lilá - E Luna?
– Eu ia te perguntar isso agora mesmo... - disse com aquele sorriso Weasley que te convence de fazer qualquer coisa. Qualquer coisa.
– Eu posso trancar vocês na Sala Precisa...
– Não.
– Posso te ajudar a preparar um jantar pra ela...
– Clichê. Não.
– Te ajudo em alguma declaração para ela...
– Não.
– Toque para ela! - não sei de onde eu tirei essa ideia.
– Boa ideia, mas não.
– Compre um livro para ela - falei meio exausta daquele debate pensando na biblioteca destruída, mas Ron pareceu se convencer...
– Isso, Hermione! - ele se inclinou e beijou minha bochecha de leve, depois saiu correndo do Salão Principal.
E fiquei sozinha de novo.
Me juntei ao grupinho da Parvati e Padma que discutiam qualquer bobagem com os garotos. Lilá me olhava feio, tentei manter a calma, não tenho nada a ver com isso. Ok, talvez seja eu a garota que insistia para Rony largar dela, mas era porque eu sabia que Ron gostava de Luna. E agora entrei para a lista negra de Lilá Brown. 
Tudo por Rony. Tudo por Rony.
Voltei entediada para o Salão Comunal da Grifinória onde eu pretendia encontrar Harry ou Gina. Sem chances.
Dessa vez emburrada, fui para a detenção do Filch.
Ele fez eu limpar o chão de uma salinha perdida entre os corredores enquanto Malfoy – que não me perturbou, nem provocou, para falar a verdade, nem conversou comigo – ilustrava premios e medalhas da mesma salinha. Trocamos as tarefas umas três vezes e assim que deu o horário seguimos para a monitoração.
A parte bizarra era que o silêncio de Malfoy me incomodava. Ele se dirigiu pra mim poucas vezes para dizer coisas do tipo “vamos trocar”, “vou por esse lado” ou “me passe aquele pano”. Coisas assim.
Só uma vez nos encontramos num corredor, no momento oportuno que eu tinha acabado de escorregar e levar um tombo bonito. Primeiro não entendi por que tinha caído, só sei que tinha uma trilha de barro que levava para uma das salinhas apertadas que casais costumam se encontrar.
– Que foi? - perguntou ele se aproximando com uma expressão divertida.
– Acho que tem alguém violando as regras - murmurei me levantando.
– Faça as honras - disse apontando para umas das salinhas. Fui na frente. 
Eu não ligaria de ter visto Voldemort, Bellatriz, um basilisco, dementadores, Zeus ou Michael Jackson com um bando de zumbis. Ver Tom Riddle seria melhor que isso.
Tive um embrulho no estômago quando vi uma ruiva abraçada aos beijos com aquele-garoto-que-eu-conseguiria-reconhecer-até-no-escuro.
Fiquei sem reação, gelei, travei, não consegui pensar em nada para dizer, não conseguia mover um músculo. Nada.
– Ei, Hermione, tudo bem por ai? - aquela voz parecia da Luna, não me virei para olhá-la e nem respondi. - O que houve? - perguntou já ao lado de Malfoy que olhava para o casal que estava sem fôlego. - Harry... E Gina? - isso foi pior em voz alta - Hermione...? - chamou ela novamente num tom preocupado. Luna sabia que eu gostava de Harry e que ele gostava de Gina, por isso não se surpreendeu em ver os dois juntos, mas em ver eu lá e os dois juntos.
– Detenções para os dois - disse Malfoy por fim, num tom calmo.
– Menos dez pontos para Grifinória - aquilo soou como uma pergunta ou pedido de permissão, enquanto dizia Luna olhava pra mim com aquele olhar de "faça alguma coisa!", mas eu não consegui falar nada.
– Hermione? - chamou Harry despreocupado com o fato de Luna e Malfoy estarem ali. Não respondi.
Malfoy e Luna discutiam sobre a detenção e o tanto de pontos que podiam ser tirados da Grifinória, Gina tentava se explicar junto com Harry. E eu parecia que tinha entrado num colapso nervoso.
Senti outro embrulho no estômago, engoli em seco. Eu precisava sair dali. Chorar em outro lugar. A questão era que eu não conseguia me mover, no fundo, no fundo, eu queria gritar. Gritar com Gina, com Harry, até com Malfoy – embora ele não seja o culpado deste acontecimento. Optei por sair correndo enquanto ouvia os ecos "Hermione!" de Luna e Harry.
Eu não sabia para onde ia, claro, mas aquilo pareceu um bote salva-vidas pra mim, a Sala Precisa. Encontrei ela no momento em que eu corria dentre o corredor, entrei e dei de cara com um banheiro. Me enfiei em uma das cabines e vomitei. Mesmo. Eu vomitei. Meninas normais choram, eu vomito. É um jeito estranho de expressar a tristeza. 
Logo Luna apareceu na cabine em que eu estava e segurou meu cabelo. Quando saímos da cabine, notei que aquilo não era mais um banheiro e sim uma sala com sofá, mesa com alguma comida, estante com livros, rádio – sim, rádio, não me pergunte como – e uma lareira.
– Rony e Lilá largaram - falei com a voz rouca. Luna me abraçou e não aguentei, chorei. - Ro-Rony t-terminou c-com a Lilá - falei entre soluços.
– Eu sei - respondeu ela levantando os ombros. – Isso é bom, né? - sorri - Como você tá? - balancei a cabeça negando responder - Sei como é.
– Mas... Mas ele g-gosta de v-você - protestei ainda gaguejando - Harry n-não sente o m-mesmo por m-mim.
A porta da sala se abriu e Malfoy apareceu, meio ansioso. Lembrei que Luna tinha deixado ele com Harry e Gina então provavelmente deve ter tirado todos os pontos da Grifinória.
– V-vai embora - não acredito que gaguejei com ele ali, pronto para usar qualquer coisa que viu hoje para me enfernizar pelo resto da vida.
– Já vou. Só vim avisar que você está dispensada... Lovegood também. - disse olhando pra Luna.
– Nem deu o horário ainda - me levantei. Malfoy me segurou me impedindo de sair da sala.
– E não precisa monitorar amanhã - continuou - eu cubro seu horário. - Ele o quê...?
– O.K.? - aquilo era, sim, uma pergunta, eu não estava entendo nada e não ia protestar com Malfoy naquela situação, gaguejando e soluçando. Imagina? Ele ia rir de mim quando eu fizesse uma ameaça.
– O.K. - e saiu da sala (N/a: sim, essa autora aqui lê A Culpa é das Estrelas).
O fato engraçado da vida é que meu diário apareceu em uma mesinha perto do sofá, a minha vontade era de tacar fogo nesse caderno velho, mas Luna fez eu escrever nele. Ela me deixou sozinha para escrever e acabei pegando no sono quando contava que Malfoy foi na Sala Precisa atrás de mim. 
Eu não entendi bem o que aconteceu depois que peguei no sono no sofá da Sala Precisa, só sei que acordei no meu dormitório na Grifinória. E, não, não era a Sala Precisa fazendo seu trabalho porque lá tinha uma Parvati dormindo profundamente e uma Lilá me xingando por estar acordada esse horário. 
Chega de missões cupidos, por mais triste que eu esteja. Agora é só deixar Harry e Gina namorarem e ele nunca vai saber o que eu sentia por ele. Não vou atrapalhar eles. 
Bom, enquanto a Rony... Vou trancar ele e Luna na Sala Precisa mesmo. 
Volto escrever amanhã, caderno velho.

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