Under the light of sunset



Under the light of the sunset
 


Eles caminhavam de mãos dadas na areia da praia. Era pôr-do-sol e o céu estava tingido com belos matizes de laranja, rosa e azul. Ela vestia um vestido num tom de azul cujo tecido poderia ser um pedaço daquele céu acima deles. Ela tinha os pés descalços e soltou suas mãos das dele apenas para ir um pouco mais adiante, na beira da praia, para sentir as ondas quebrarem contra seus pés.


Se ele pudesse escolher um momento no qual a apreciava mais, ele escolheria justamente aquele – o pôr-do-sol. A luz que refletia em seus cabelos acentuava o tom de castanho dos fios, os olhos pareciam mais brilhantes e os sorrisos,m mais frequentes. Ele nunca a considerou uma espécie de obra celestial, ou a mulher mais bonita que ele conheceu, nem mesmo a mais interessante. Ela era cheia de pequenos defeitos. Era a normalidade que a envolvia que o deixava fascinado e, assim como todo perfeccionista, algo com defeito é obsessão que se busca em aperfeiçoar.


E ele usou aqueles defeitos como desculpa para não ama-la – e, mesmo assim, ficar mais perto dela – por muito tempo, até perceber que não precisava torna-la divina, inalcançável; que estava tudo bem se ela fosse apenas humana, alguém normal cheio de defeitos, mesmo que isso o lembrasse que ele também era.

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