Just as simple



Just as simple


Ele estava se ajustando a nova rotina. Ainda lhe era estranho ter alguém com quem compartilhar tudo, e muitas vezes ele se encontrava sem saber o que dizer ou como agir. As diferenças entre eles ainda eram muitas, e não eram pequenas, e às vezes – quase sempre – tudo ficava intenso demais, fora de controle. De alguma forma doente, ele gostava dessas partes também, o que não o impedia de apreciar as coisas pequenas, os gestos simples e naturais, as coisas que ela dizia sobre a infância, o seu sorriso quando falava no seu trabalho. Ele gostava do que estavam construindo a cada dia.


Em um sábado, algumas semanas antes, ele a encontrou enrolada no seu edredom preferido no sofá, um que havia ganhado dos pais quando fora para Hogwarts, assistindo a um filme naquela engenhoca trouxa chamada televisão. Ao lado, ele viu a capa: The beauty and the beast. Ela o chamou para assistir, abrindo espaço para ele no sofá e lhe estendo uma ponta do edredom. Ele aceitou, gostava da intensidade do relacionamento deles dois, que se mostrava até naqueles momentos mais serenos.


Logo ela estava recostada nele, os olhos pesando. Ela se movimentou, buscando ficar mais confortável e ele a deixou fazer isso sem o empecilho de seus braços ao redor dela. Quando ela terminou, estava meio deitada por cima dele, a face em seu peito, as pernas sobre as suas, uma mão sobre o coração. Ele arrumou o edredom sobre os dois, envolveu um braço na cintura dela, tentando deixá-la o mais próximo possível, enquanto a mão desfazia os tantos nós no cabelo encaracolado, tirando dela um suspiro de contentamento.


Embora ele tenha ficado dolorido pouco depois – não estava acostumado a ficar tão perto de alguém - não saiu do lugar, pois sabia que ela estava bem assim.

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