I've got you under my skin



I've got you under my skin



– Você é excitante.


Ele disse baixinho, com a boca grudada em seu colo, como se fosse apenas um pensamento, algo que não deveria ser compartilhado com mais ninguém além dele. Ela ouvia cada palavra, cada suspiro, cada som que o tecido fazia quando ele se movia sobre ela. Ela absorvia tudo, querendo gravar cada instante, cada sensação em sua mente. Ela queria marcar aqueles momentos, tão únicos, a ferro em sua pele.


Ele subiu os beijos, deixando marcas em seus seios e colo, ela deixou de respirar quando sentiu que ele a mordia uma, duas, três vezes em caminhos tortuosos pelo seu pescoço. Ela sentiu cada mordida, e cada uma delas trouxe um arrepio diferente, que atravessou seu corpo desde a nuca até o pé.


Era sempre assim com ele. Era difícil de respirar, de raciocinar, de se conter quando ele a tomava para si. Ela simplesmente se desligava do mundo e se entregava a ele. Ele a mordeu novamente, sobre o seu seio esquerdo. Ele gostava de mordê-la, de marcá-la como dele. Ele gostava de ver as manchas avermelhadas, depois roxas, sobre a pele clara dela. E ela retornava, descendo suas unhas pintadas em tons claros pela pele de suas costas.


Ambos tinham marcas demais, e naquele momento não deveria ser diferente. Era assim intenso, porque não havia meios de não sê-lo. Ele a sentia com cada terminação nervosa de seu corpo, seus gemidos pareciam reverberar dentro dele, que sempre tentava dar mais, e mais, e mais. Ela se entregava como não poderia fazer para mais ninguém, e fazia o possível para retornar a ele todo o prazer que lhe proporcionava.


Ela se entregava por inteiro, de todas as maneiras possíveis, e obtinha o mesmo em retorno; era assim abusivo, e não havia outro modo de ser. Ela o levava embaixo das unhas quando partia e ele a tinha debaixo da pele. E era tão profundo, tão forte, que já fazia parte deles.

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