Um Novo Sonserino



Alvo teria de voltar a Hogwarts, eles foram para King’s Cross pegar o trem, era ótimo voltar para a escola, mas também era chato deixar a família.


-Lembro-me do início das aulas, você estava certo pai, o chapéu seletor sabe quem somos – e soltou um abraço no pai e correu para o trem, depois disso viu sua mãe com Lílian.


Peter e Rosa apareceram atrás dele e sentaram ao seu lado.


-Oi, gente! – disse Peter – Natal legal?


-Sim – responderam  os dois ao mesmo tempo.


Alvo olhou o horizonte, milhões e milhões de montanhas geladas se erguiam a distância. A moça das guloseimas passou por ali, Thiago, que estava meio emburrado, sentou ao lado de Alvo  pediu uma caixa de feijõezinhos de todos os sabores.


-O que aconteceu Thiago? – perguntou Rosa, mastigando um feijão.


-É a Victoire! Lembra no início das aulas? Ela está com o Ted de novo!


Um longo suspiro de Rosa e Alvo foi ouvido.


-Deixa ela Thiago! – Rosa agora ria.


Ele afundou mais no banco acolchoado, mastigando um feijão.


-Ah... Água de esgoto...


Alvo quase vomitou, não sabia que existia um feijão de água de esgoto.


A viagem foi longa e cansativa, nevava muito, Thiago não parava de resmungar por causa de Victoire. Os Sonserinos ficavam gritando o tempo inteiro para encher o saco, o motorista deu uma guinada e voltou para o trilho rapidamente, dando um susto enorme em todos os alunos.


Todos chegaram no castelo quase a noite, os alunos formavam uma multidão que ria e conversava uns com os outros.


Eles se sentaram no Grande Salão, ouvindo o discurso da diretora Mcgonagall.


-Bem vindos de volta, alunos. Espero que todos tenham tido um ótimo Natal com suas famílias. Creio que vocês achem que vai ser um ano como os outros não?


Todos cochicharam, como assim, não seria um ano comum?


-Os dementadores estão na porta... Avançam rapidamente. Acreditamos que magia negra está envolvida, por isso... Não poderão sair do castelo sem um supervisor, tampouco a noite! O nosso guarda-caça Hagrid será responsável pela punição! E peço a todos que colaborem, não queremos que nenhum aluno seja atacado por um dementador, ou pior...


Alvo ouviu Thiago cochichando com ele:


-Comensal da Morte.


A diretora hesitou e disse exatamente o que Alvo pensava que ela iria dizer:


-Comensal da Morte...


-Muito animador – disse Peter.


Os domos dourados e prateados apareceram e se abriram, as tampas desaparecendo nas velas que flutuavam.


O jantar estava ótimo, Alvo repetiu, mas quase vomitou depois.


Eles subiam a grande escadaria, conversando livremente:


-Pesquisei sobre Frank Lestrange – disse Amanda aparecendo atrás de Alvo.


-E...


-Filho de Belatriz Lestrange, uma Comensal da Morte, seu pai é Alberto Bllubberton, um presidiário de Azkaban – continuou Amanda, esperando que alguém se interviesse, mas não aconteceu – Ele morou sozinho em um orfanato abandonado, executou três comensais da morte, dizem que seus cabelos ficaram prateados depois do incidente com o irmão.


-Irmão? – perguntou Peter.


-Ele tinha um irmão por parte de pai, John Bllubberton, morto por um Comensal da Morte, dizem que ele desapareceu depois disso, assassinou o Comensal, mas este o cegou, deixando seus olhos tempestuosos.


A visão do sonho de Alvo correu rapidamente em sua mente.


Amanda continuou.


-Hoje ele é um ancião de magia negra, espalhando o medo e o conflito entre todos os lugares e todas as pessoas.


A imagem de Frank Lestrange apareceu na mente de Alvo, os olhos tempestuosos o encarando, os cabelos prateados loucos, ele estava machucado, dentro de uma cela, um homem idoso apontava a varinha para ele, de repente, a imagem sumiu.


-Pegaram ele... – disse Alvo – Ele está em... Azkaban... Pegaram ele...


Rosa segurou a mão do primo.


-Quem?


-Rosa, é isso! Pegaram ele! Frank Lestrange é um presidiário de Azkaban! Eu vi! Acabei de ver ele!


Rosa olhou preocupada para o primo, depois virou os olhos para um quadro que estava pendurado ouvindo a conversa.


-Onde fica o escritório da diretora Mcgonagall?


Alvo pulou na frente do quadro antes que ele respondesse:


-Não preciso ver a diretora!


-Alvo, entrar na mente das pessoas não é uma coisa comum, ninguém nunca fez isso sem usar o Legilimens, e mesmo assim, somente duas pessoas fizeram, seu pai e Voldemort.


-Ela tem razão – disse o quadro atrás de Alvo, que se afastou – Isso é oclumência!


-Que seja, onde fica o escritório? – perguntou Rosa novamente.


-No sétimo andar, onde há uma gárgula estranha...


Os alunos correram pela escadaria, Rosa puxando Alvo pelo braço, ele se contrariava a continuar, os alunos que passavam ficavam assustados ao ver o escândalo. Finalmente chegaram ao pátio, foram em direção a gárgula de mármore que estava encarando os cinco alunos interessados.


Antes que Rosa começasse a falar a gárgula disse altamente e em tom de ordem:


-SENHA!


Todos ficaram encarando a gárgula por alguns minutos, sem saber o que dizer.


-Vamos embora estamos perdendo tempo – disse Avo.


-Alvo, vamos achar um jeito de entrar! – disse Rosa apertando o braço do primo.


O professor Slughorn passou correndo pelo pátio, o que era estranho, mal dava para ver as pernas. Atrás dele estava o professor Weasley, com uma mala na mão.


-O que...


-Vamos descobrir! – disse Alvo correndo atrás do Sr.Weasley, até...-Ah!


Ele caiu no chão, uma imagem estranha apareceu em sua mente, de repente  estava em um jardim escuro, na frente de uma pequena casa de madeira, se aproximava cada vez mais, até bater na porta. Um homem velho e gordo abriu a porta , os olhos vermelhos, o nariz torto, tanto que parecia quebrado, os cabelos negros para cima, abriu um sorriso maroto e saiu do caminho de Alvo.


-Espero que traga boas notícias Frank – disse o homem.


Alvo percebeu que estava na mente de Frank, tanto que nem falou nada e já sentiu a voz saindo dele próprio, rouca e áspera:


-Não preciso trazer notícias Joker! Onde está Phelipe?


O velho fechou a porta, depois fez um aceno com a cabeça e um garoto louro desceu as escadas apressado, os olhos verdes e maléficos, o queixo fino, roupas encapuzadas negras.


-Fugiu de Azkaban eu suponho – disse o garoto.


-Ah, como vai Phelipe? – disse Frank.


O garoto se sentou em uma poltrona,  colocou os pés na mesa e encarou a figura.


-Bem – continuou Frank – Preciso de você para uma coisa...


-O que? – perguntou Phelipe asperamente.


Frank deu uns passos pela casa, olhou indignado para Joker, o velho que ainda estava na porta fechada e depois se dirigiu a Phelipe.


-Preciso matar alguém, e de sua ajuda para isso.


Joker arregalou os olhos e se interpôs na frente de Phelipe que apenas ergueu as sobrancelhas.


-Não! Isso não!


-Saia da frente Joker, não quero falar com você! – berrou Frank fazendo um gesto para Joker sair da frente.


-Ele é meu filho! Não vou deixá-lo fazer uma coisa dessas! Agora...


-Petrificus Totalus!


Joker paralisou e caiu no chão, mostrando Phelipe erguendo a varinha.


-Quem você quer matar? – perguntou Phelipe colocando a varinha no bolso.


- Alvo Severo Potter... Conhece?


O som de seu próprio nome fez Alvo paralisar. Realmente. Alguém queria lhe matar, e estava quase conseguindo um seguidor.


-Ouvi falar. Sente-se. Chá? –respondeu, convidou e perguntou Phelipe.


Frank se sentou em uma poltrona e assentiu com a cabeça. Phelipe apenas acenou com a mão e um bule de chá com duas xícaras veio flutuando em direção aos dois, já derramando chá em uma das xícaras.


-O quer que eu faça? – perguntou Phelipe enquanto o bule de chá lhe servia.


Frank demorou um tempo para responder, pois pegava sua xícara flutuante e bebera um gole de chá.


-Somente me ajude a matar todos que o tentem defender – Frank ebebu um gole de chá novamente e continuou – Não serão muitos eu suponho.


-Mas, como assim? Só nós iremos a procura dele?


Frank espiou o corpo caído no chão e começou a responder:


-Não, é claro que não, os dementadores estarão lá... E comensais da morte.


-Certo, eu o ajudarei, mas como vou me livrar do meu pai eu...


-Mate-o – sugeriu Frank, mas parecia ser mais uma ordem.


Phelipe se engasgou com o chá.


-Não posso! Aliás, ele te ajudou muito naqueles tempos em que você foi condenado.


-Tudo bem, foi só uma sugestão – disse Frank se levantando da poltrona e se dirigindo a porta.


-Adeus Frank – a voz de Phelipe mudou de repente e Avo ouviu um grito abafado- Alvo!


Estava agora deitado no chão do pátio, via Rosa, Amanda, Peter e Thiago, todos ajoelhados em volta dele.


-Alvo, você está bem? – perguntou Peter.


Alvo demorou um pouco para encaixar as coisas, se levantou, olhou bem para os lados, não sabia o que estava acontecendo direito.


-Acabou de vê-lo de novo não foi? – perguntou Rosa.


Alvo olhou para os olhos dela, depois disse:


-É, eu vi ele, fugiu de Azkaban e quer me matar. Achou um seguidor, seu nome é Phelipe – Alvo explicou tudo do diálogo de Frank Lestrange com Phelipe, que deixou todos boquiabertos.


-Alvo, precisamos ver a diretora – disse Rosa.


Agora, como ele iria discordar? Acabara de saber que havia um homem solto tentando o matar. Tinha de avisar tudo a diretora. Mas como entrariam pela gárgula?


-Vem vindo alguém – alertou Thiago para os amigos, que correram para se esconder na pilastra mais próxima. Os olhos seguiram Molly Weasley com um panelão enferrujado e uma colher enorme de madeira. Corria apressada pelo pátio até desaparecer por um corredor extenso.


Todos saíram de trás da pilastra ofegantes, já estava escurecendo, ninguém podia vê-los ali.


-A diretora... – sussurrou Amanda atrás de Alvo.


Minerva McGonagall vinha se aproximando dos cinco alunos, o chapéu parecia dançar em sua cabeça de modo que caminhava rapidamente.


-Diretora! – gritou Rosa – Venha cá!


McGonagall ainda não os vira ali e tomou um susto quando Rosa chamou por ela, quase caindo para trás.


-O que estão fazendo aqui? Voltem para seus dormitórios imediatamente!


-Diretora, precisamos de as ajuda, imediatamente! – disse Peter segurando Alvo que quase caiu no chão.


A diretora foi atendê-los, Rosa lhe explicou tudo, desde quando ele viu a imagem de Frank em Azkaban.


Com os olhos arregalados e boquiaberta, a diretora ouvia tudo o que Rosa contava.


-Realmente, Srta. Weasley, isso é uma acusação muito séria – disse a diretora.


-Mas é verdade diretora, Alvo viu mesmo isso, ele ate caiu no chão!


-Certo, veremos isso amanhã, já é tarde – respondeu a diretora e desapareceu no corredor.


-São sete horas da noite! – exclamou Peter olhando seu relógio.


-Vamos atrás dela, algo está acontecendo, ainda é cedo, está jogando isso para segundo plano! – e Alvo disparou silenciosamente atrás de Minerva.


O corredor estava cada vez mais escuro, de repente se via no Ancoradouro, a maioria dos professores estava reunida, Alvo percebeu que havia um corpo caído no chão. Não poderia se aproximar, afinal, não podia ser visto fora do salão comunal, então, subiu em cima do Ancoradouro e observou os professores e o corpo no chão de cima.


Sentiu que seus amigos estavam ao seu lado, olhando o corpo caído.


-Aquele é...


-Willians Florrkhyn., aquele louco do trem – respondeu Thiago.


-Escutem – disse Alvo.


Os professores conversavam.


-Cuidado! Pode estar contagiado! – alertou Arthur.


-O que aconteceu com esse aluno? – perguntou Minerva observando o garoto caído.


-Atacado e infectado por um dementador – respondeu Horácio Slughorn.


Lá na frente, Alvo via um garoto se aproximar, deveria ter a idade de Thiago, usava trajes pretos, provavelmente era um aluno.


-Professores, recebi seus recados – disse o garoto.


Alvo percebeu que o garoto era da Sonserina e o pior, era Phelipe.


-Ah sim, você provavelmente viu o dementador que atacou o Sr.Willians, certo?


-Vi, sim senhor – respondeu Phelipe.


-Para onde ele foi? – perguntou Minerva rapidamente, antes que Slughorn perguntasse outra coisa.


-Para o pátio pavimentado, acho, ele subiu a colina – respondeu o garoto a pontou para a colina que se erguia levando ao pátio pavimentado.


-Venha conosco... Ahn... Bem... Seu nome?


-Phelipe Gaunt.


Minerva paralisou um momento, depois assentiu e seguiu para a colina.


Alvo olhava com raiva para Phelipe que parecia um jogador de basquete assistido na televisão de modo como Alvo via.


-Alvo, o que vamos fazer? – perguntou Amanda.


-Aquele garoto está ajudando o Frank, ele realmente se infiltrou aqui na escola, temos que tomar cuidado, porém, acho que espiar o dementador não fará mal.


E Alvo saiu correndo em disparada para colina a cima, sem que ninguém atrás dele o visse, somente seus amigos.


Chegou ao pátio pavimentado uma criatura negra se movia de um lado para o outro parecia perdida, o temor de Alvo o envolveu, estava prestes a enfrentar outro dementador?


-Al, é melhor não...  sugeriu Thiago, mas como Alvo ia deixar um dementador vagando pela escola?


Ele correu em direção ao monstro que o viu e saltou por cima dele, em um sgeundo sacou sua varinha, mas a perdeu de vista então... A escuridão o sufocou.


Acordou caído no chão do pátio pavimentado, apenas Rosa e Thiago estavam ajoelhados a sua volta, ele olhou ao redor, os professores estavam perplexos e mais, Phelipe estava guardando a varinha.


-Não me diga que foi você que me salvou – disse Alvo armagurado, se levantando intrigado.


-Fui eu, sim – respondeu o garoto Sonserino – conjurei o meu macaco.


Alvo olhava com ódio para Phelipe, como conseguia ser tão falso?


-Accio Varinha – ordenou Alvo e de repente a varinha se encontrava em seus dedos habilidosos.


-Algum problema Sr. Potter? – perguntou Minerva.


Phelipe abriu um sorriso maléfico.


-Acho que ele somente fugiu e pediu ajuda a alguém – respondeu Phelipe desafiador.


-Foi isso que aconteceu não foi? – Alvo lacrimejava – Não foi? Responda-me! Saia daqui! Estupendo! – ordenou e um jato transparente se chocou com Phelipe que caiu no chão.


-Ai! – gemeu Phelipe caído no chão.


-Sr. Potter! – exclamou Minerva – Menos vinte pontos para Grifinória! Agora, vá dormir, hoje o dia foi cansativo.


Alvo obedeceu e foi dormir, infelizmente, teve um pesadelo.


 


Caminhava em uma estação de trem que palpitou ser King’s Cross, havia vários trens destruídos no trilho, ouviu uma voz atrás dele:


-Incrível o que um Lestrange pode fazer não? –estava Phelipe o encarando.


De repente a imagem mudoui, estava no topo de uma montanha, via, não seu rosto, mas de Frank Lestrange refletido em uma poça d’água formada ali...


-Muito bem Joker, essa é a hora.


O homem gordo ergueu a varinha para o alto e um jato verde voou para o cáu, formando uma imagem de um homem, Frank Lestrange, com duas seprentes mortas do lado.


-Ótimo... Está sentindo? Alvo, você está sentindo?


 


De repente acordou de manhã, todos já haviam descido, só havia ele no dormitório.


Ele vestiu suas vestes e desceu a escada de mármore, lá estavam seus amigos.


-Rosa, Peter, Thiago – cumprimentou Alvo.


-Oi – disseram os três ao mesmo tempo.


Alvo notou que o livro de Merlin estava caído no sofá, mas não deu muita importância.


-Vamos tomar café, estou com fome – disse Alvo.


E juntos foram ao Grande Salão, onde viram todos os alunos da Sonserina brigando com os da Corvinal, os Grifinórios comiam o café de cabeça baixa, junto com os Lufa.


-O que está acontecendo? – perguntou Alvo para ninguém, mas ouviu uma resposta.


-Estão discutindo sobre o jogo de hoje – Molly estava atrás de Alvo, com uma panela, como sempre.


-Avó Molly, o que está fazendo o Grande Salão? – perguntou Thiago.


Phelipe passou apressado por Alvo, com um olhar desafiador.


-Estou procurando o professor Longbottom, ah, olha ele ali... – sumiu na multidão.


Peter seguiu atrás dela e se sentou no banco da mesa da Grifinória. Ao lado dele estava Flavio McLaggen.


Todos seguiram Peter mas quando Alvo foi segui-lo, algo o puxou para trás, sim, era Phelipe.


-O que você quer? – perguntou Alvo.


-Nada demais... Mas você já deve saber de alguma coisa – respondeu Phelipe.


-Não fale comigo, não olhe para mim, Nem mesmo se atreva a... – Phelipe já havia encostado o dedo no ombro de Alvo.


-Agora você vai ver Sonserino! – e disparou atrás de Phelipe.

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