Inesperada declaração



Hermione foi acordada com os raios de sol que chegaram a sua cama. Levantou-se e olhou pela janela e viu um dia lindo lá fora. Resolveu levantar e aproveitar aquela manhã de sábado. Como tinha adiantado suas tarefas durante a semana teria o dia livre para descansar ou estudar alguma matéria para os N.I.E.Ms. Trocou-se e foi tomar seu café da manhã. Quando chegou ao salão comunal viu que Harry já estava lá. Conhecendo o garoto como ela conhecia, ela notou de longe que ele parecia nervoso. Aproximou-se dele e perguntou:


_ Preocupado com alguma coisa Harry? – ele assustou-se, não vira a garota.


_ Não, nada – tentou disfarçar. Na verdade ele estava ensaiando consigo mesmo como chamaria Hermione para o baile. Ele já tinha decidido fazer o pedido pela tarde, a levaria até próximo ao lago e faria o convite. Tinha até pensado em se declarar para ela, mas achou que não deveria fazer tudo de uma vez.


_ Te conheço a sete anos Sr. Potter, tem certeza que não quer contar o que te preocupa? – insistiu ela. Ela tinha certeza que ele não queria contar. Quando ela disse isso ele sorriu. Era verdade, não podia esconder nada dela.


_ Mione, eu prometo que logo você ficará sabendo – disse ele. Agora foi a vez de Hermione se preocupar. O que ele quis dizer com aquilo? – Ei, para de tentar descobrir o que é.


_ Não estou tentando nada – respondeu a garota.


_ Sei...Hermione Granger eu te conheço a sete anos, tem certeza que não está tentando descobrir o que é? – ela não pode deixar de sorrir. Ele fez o mesmo e tomaram seu café as manhã conversando tranquilamente. Quando terminou Hermione se despediu dele, ela queria ver Gina, saber como a amiga estava. Harry entao disse:


_ Será que a gente pode conversar mais tarde? – ele ficou um pouco vermelho. Finalmente conseguira! Bem, ainda não era o convite, mas agora faltava pouco.


_ Claro Harry! – notando que ele voltara a ficar nervoso quando disse aquilo ela imaginou que ele fosse falar sobre o baile. Só podia ser aquilo, pensava. Ela não tinha certeza de nada, mas depois do beijo uma esperança de algum dia ser correspondida surgiu em seu coração. Não viu a hora de chegar logo a tarde.


Enquanto Harry partiu para a biblioteca para fazer seus exercícios, Hermione foi a procura de Gina, mas não a encontrou. Disseram que a viram conversando com Simas, e avaliando o estado da amiga, pedia para que voltassem, não queria vê-la sofrendo.


Como não encontrou a amiga, ela decidiu ir para a biblioteca. Sabia que Harry e Rony provavelmente estariam se descabelando nas tarefas sem ela, e não seria nada demais ajudá-los. Ela caminhava distraída e levou um baita susto quando alguém a puxou pelo braço.


_ Você está louco Malfoy? – perguntou irritada pelo susto que levou.


_ Só se for por você Granger – ele disse com um sorriso sexy nos lábios, e Hermione estremeceu por dentro. “O que é isso, ele só está tentando de irritar!”, disse pra si mesma.


_ Você anda muito estranho sabia? Será que está doente? – disse aproximando-se dele e colocando a mão em sua testa. Agora foi a vez dele estremecer pela proximidade da garota. Hermione se xingou por dentro, por que ela tinha feito isso? E logo tirou a mão da testa dele.


_ Você não deveria fazer isso Hermione, eu posso não me controlar e te beijar.


_ Você que não se atreva – disse ela, lutando contra pensamentos estranhos que pediam que ele a beijasse. Ele deu um sorriso desafiador.


_ E então, já decidiu ir comigo ao baile? – perguntou ele.


_ Não entendo por que você ia querer ir comigo ao baile. Por acaso já se esqueceu dos anos que se passaram? – perguntou magoada, lembrou-se da época que ele a chamava de sangue-ruim. Ele aproximou-se dela e tocou seu rosto.


_ Eu mudei, cresci, Hermione. Como você disse foram anos passados. Acho que você deve saber melhor que eu que não controlamos nosso coração e não sei por que mas eu me sinto muito atraído por você – um turbilhão de pensamentos passou pela cabeça da garota. Mas o que ele quis dizer com “Acho que você deve saber melhor que eu”?


_ Ok, Malfoy, deixa eu ir agora ta?! – disse ela tentando se afastar. Ele segurou-lhe a mão.


_ Eu não estou mentindo, Hermione. Eu falo sério, e você não sabe o quanto. Ou você acha que não magoa ouvir seu não, porque espera a declaração de outra pessoa? – isso já estava passando dos limites! Como ele podia saber tudo aquilo? Ele falava como se soubesse que ela amava Harry, que ela esperava ouvir palavras como essas dele. Como ele poderia saber?


_ Você fala como se soubesse o que sinto – disse ela.


_ E sei. Sei que é apaixonada pelo Potter, mas aquele burro não é capaz de perceber – ela corou. Sim, ele sabia, mas como?! – Qualquer um percebe Hermione, só não sei como ele pode ser tão cego. E sabe o que mais me atormenta? Quando ele perceber que isso, e sabe por quê? Porque é impossível não corresponder a você.


Hermione sentiu aquelas palavras tocarem lá no fundo do seu coração. Como Malfoy poderia ser tão doce? E por um momento desejou ama-lo, porque assim tudo seria mais fácil, assim ela não sofreria tanto. Mas realmente não controlamos nosso coração e o dela já tinha escolhido alguém, alguém incrível e também muito doce. Hermione aproximou-se dele e foi a vez dela tocar-lhe o rosto.


_ Eu o amo mais que tudo e não nego que fiquei surpresa de você ter percebido – ela agora tinha lágrimas nos olhos, o que o deixou completamente com o coração partido. Ele então a abraçou. Afastou-se um pouco e enxugou suas lágrimas. Sorriu e carinhosamente beijou-lhe a testa.


_ Você ainda o fará muito feliz – disse ele.


_ Me desculpe, mas não posso aceitar seu convite.


_ Eu sei, não precisa se desculpar. Mas se sei lá, o Potter for mais burro do que pareci, eu ficaria muito feliz de te acompanhar no baile – ela sorriu.


_ Ok.


Eles se despediram e Hermione seguiu seu caminho para a biblioteca. Ainda pensava nas palavras de Draco, até que Rony interrompeu seus pensamentos quando ela chegou na mesa em que estava o amigo.


_ Graças ao meu bom Merlim!! Mione!! Que bom que você pôde vir – disse ele abrindo um sorriso.


_ Como assim, eu vim porque achei que vocês quisessem minha ajuda – disse confusa.


_ Você não encontrou o Harry pelo caminho? – perguntou Rony.


_ Não, por quê?


_ Ele foi te chamar, porque estávamos completamente perdidos aqui. – disse mostrando as lições.


_ Ok, eu ajudo vocês. Mas será que o Harry vai demorar?


_ Ele deve voltar logo. – disse o amigo – Vamos adiantar enquanto ele não chega. – Hermione então começou a ler e fazer correções nos pergaminhos dos amigos.



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Harry e Rony estavam reunidos na biblioteca tentando fazer as lições da semana. Rony parecia desesperado e disse:


_ Acho que não vamos conseguir. Cadê a Mione quando a gente precisa dela – Harry sorriu.


_ A Mione deve estar aproveitando o sábado dela – disse Harry.


_ Por que a gente sempre acumula tanta tarefa? – Harry sorriu mais uma vez.


_ Você já fez a pesquisa de História da Magia? – Harry perguntou.


_ Metade, mas agora estou fazendo o trabalho que Snape passou – disse confuso com a quantidade de pergaminhos sobre a mesa.


_ Rony, é melhor fazermos uma coisa de cada vez.


_ Eu vou enlouquecer aqui. Precisamos da Mione – disse ele.


_ Olha, eu vou ver se a Mione pode vir nos ajudar ok? Tenho certeza que ela não vai se incomodar.


_ Chama sim, pelo amor de Merlim!! – Harry riu do drama do amigo e saiu.


Quando foi em direção a torre da Grifinória ele avistou Hermione e Malfoy. Seu coração foi invadido pelo ciúme. O que estaria conversando? “Não é bom ouvir a conversa dos outros, mas é uma necessidade”, disse pra si mesmo e tentou ouvir o que eles diziam. Ele viu Hermione se aproximar de Draco e tocar seu rosto. Por que ela estaria fazendo aquilo? Será que ela ia beijá-lo? Harry sentiu vontade de interferir naquele momento, mas se conteve.


Então ouviu Hermione falar “Eu o amo mais que tudo e não nego que fiquei surpresa de você ter percebido”. Os olhos de Harry se encheram de lágrimas e um tristeza tomou conta dele. Não queria ouvir mais nada e tudo que conseguiu fazer foi correr dali. Nem sequer terminou de ouvir o que eles falaram, correu para o salão comunal da Grifinória e não agüentou, começou a chorar. Ela amava outro, ele nunca poderia tê-la e isso doía.


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