Dream On!



48º capítulo – Dream On!


 


-QUARTO CINCO! – Star gritou pelo interfone.


 


 Toda a mansão era abastecida com um poderoso sistema de interfones e telefones, muito prático. Enquanto faziam as malas, cada um estava cuidando de um canto da mansão, vendo se nada estava ficando para trás. A cada nova checagem, alguém anunciava pelo interfone. A comunicação geral era simples, só apertar o zero e então sua voz seria ouvida em todos os outros interfones espalhados pelo lugar.


 Draco, infelizmente, não conseguira mais um mês na ilha perfeita, então eles estavam voltando para Atenas e de lá pegariam um jatinho para La Rochelle, na França. Londres não estava nos planos, e provavelmente não estaria por mais uns cinco meses.


 Pode parecer um egoísmo absurdo, mas não é. Eles só estão se divertindo e vivendo. Confesse, você queria poder fazer o mesmo.


 


-OK! – Gina respondeu pelo interfone.


 


 Draco ouviu a namorada em meio ao burburinho enlouquecedor de Jesse McCartney. Gina comprou o novo cd do garoto americano, e tinha colocado para tocar no som da casa toda. Em cada lugar que ele fosse, cada buraquinho, uma caixa de alto falante cantava Leavin´ (a música estava para repetir).


 


-Amor – Draco chamou no interfone geral – Tira da repetição. Essa música não é legal.


 


-Draco Malfoy – Gina respirou fundo – Eu vou trocar por Hilary Duff.


 


-Apoiada Girininho – Blaise gritou no interfone, ele estava no quarto dois.


 


-Esquece amor! – Draco se apressou – Eu gosto bastante do McCartney.


 


-COMO VAI A LIMPEZA? – Star berrou – Eu quero comprar um biquíni novo em Atenas e se não andarmos logo tudo vai fechar. Nós ainda vamos demorar umas três horas no mínimo para sair daqui, então não enrolem.


 


-Não fica ansiosa Chambinha – Blaise falou, era possível imaginá-lo sorrindo enquanto ele falava – Vou comprar vinte biquínis pra você.


 


-Gente... – Gina chamou – Eu to com medo de voltar. Não queria falar... Mas o que vamos fazer se nos acharem?


 


-Ah Gi! – Star choramingou – Eu concordo. A França é nossa vizinha.


 


-Não fiquem preocupadas garotas – Blaise as tranqüilizou – Draco pegou um hotel de celebridade, é bem protegido.


 


-Totalmente o oposto. Tem aqueles fotógrafos infernais – Gina suspirou – Draco Malfoy, reunião na sala quatro em dois minutos.


 


-Amor era o único hotel... – Draco resmungou, sua voz sumindo.


 


-AGORA!


 


-FDB se ferrou! – Star e Blaise gritaram ao mesmo tempo.


 


 ***


 


 Todos os Weasleys estavam reunidos na pequena e aconchegante sala um (e única) da Toca. Algumas coisas tinham mudado desde o começo da aventura da caçula Weasley, outras nem tanto.


 Gui, Fleur e a escandalosa Avril estavam espremidos em um sofá de dois lugares e a garotinha não parava de falar sobre uma Barbie princesa alguma coisa. Molly exibia um novíssimo e elegante corte de cabelo, idéia de Narcissa. Arthur estava mais careca. Percy mais metido, e feliz, porque sua irmã era uma provável Malfoy. Carlinhos estava escondendo a aliança de noivado da família, queria esperar a crise acabar para contar tudo. Fred e Jorge ficavam trocando mensagens e decidindo um lugar perfeito para uma loja, agora que os negócios tinham quadruplicado (graças a Gina, que carregava o sobrenome Weasley. Bendita Gina!). Rony e Harry encaravam em silêncio a parede de frente a eles.


 


-Eles não vão tirar o outdoor – Gui falou, quebrando o silêncio – Gina e o Malfoy assinaram um contrato, receberam por isso.


 


-Eu não sei porque tanto escândalo – Percy revirou os olhos – É só uma foto.


 


-De verão... – Fred começou.


 


-... com o Malfoy – Jorge completou.


 


-Meus amigos não falam de outra coisa – Arthur passou a mão na cabeça. Seus fios de cabelo iam embora mais rápido que ratos em navio afundando.


 


-Eu não sei o que Gininha tinha na cabeça – Carlinhos deu de ombros – Mas ela é grande, sabe o que faz. Não precisa de tanto drama.


 


-Drama, o nome dessa família é drama – Molly balançou suavemente o cabelo.


 


-Gina sumiu há meses, mandou duas ou três cartas... Ela está bem. Nós precisamos aceitar isso – Gui falou sensatamente – Ela vai voltar quando for a hora, vocês a conhecem. Prendemos demais nossa garotinha, ela foi para longe.


 


-Eu não prendi minha filha – Molly segurou as lágrimas – Dei muito espaço para ela.


 


-Conta outra mãe! – os gêmeos falaram aos risos, e em uníssimo.


 


-E vocês dois? Por que o silêncio? – Carlinhos perguntou.


 


 Harry piscou duas vezes, como se estivesse voltando para a Terra. Rony continuou encarando o vazio.


 


-Foi demais, aquela foto... No outdoor... Estamos assimilando – sua voz saiu devagar, confusa.


 


-Com certeza – Rony murmurou, concordando – Minha irmãzinha. Desprotegida.


 


-Draco Malfoy é um bom garoto – Fleur arriscou a fala, insegura – Eu o conheci quando estive em Hogwarts.


 


-Ele não é bom! – Rony ficou vermelho como seus cabelos – Ele não presta. Ele é o mal.


 


-Quanto drama... – Molly riu.


 


-Ele é o mal encarnado – os gêmeos concordaram.


 


 Mais de cinco outdoors estavam espalhados por Londres com a foto de Gina e Draco. Era uma foto lindíssima e Molly tinha guardado uma foto menor de recordação. Narcissa fez o mesmo. Claro que ninguém conseguia falar de outra coisa, e ela sabia que era inevitável. Tinha uma filha famosa, devia se acostumar.


 


-Ele não é tão ruim... – Carlinhos começou a falar.


 


-É SIM! – Rony berrou.


 


-RONALD WEASLEY! – Arthur o repreendeu – Fale baixo com seu irmão. E peça desculpas a Fleur.


 


-Olá... Olá! Oláááá!


 


 A sala continuava em uma discussão conjunta frenética.


 


-Olááááá! Olááá!


 


 Cansada da gritaria dos adultos chatos, e infeliz porque seus primos estavam brincando de assustar gnomos (ela odiava isso), Avril decidiu que era hora de conversar com a lareira falante. Avril gostava de lareiras, mas não entendia muito bem porque uma cabeça meio que aparecia ali.


 


-Oi – ela sorriu, acenando freneticamente a mãozinha – Sou Avril Weasley.


 


-Oi querida – a pessoa sorriu forçadamente – Vejo que todos estão conversando com um certo... Uhhh... Fervor. Você pode entregar um recado?


 


-Claro! – ela se prontificou.


 


 Cinco minutos depois a pequena Avril subia na cadeira e de lá na estante da TV nova de Arthur. Os gritos pararam no mesmo instante.


 


-AVRIL! – Fleur gritou.


 


-Calma mamãe – a garotinha sorriu – Falei com uma moça na lareira agora – ela falou enquanto via o pai se levantar e andar na sua direção – Ela disse que a tia Gina está na Grécia. Em Atenas.


 


 Pares e pares de olhos a encararam. Gui ficou parado no meio do caminho. Avril exibia um sorriso enorme e encantador.


 


-Vocês não me ouviam – ela continuou – Então vim aqui em cima. A moça, Pansy, disse que tá todo mundo indo para lá. Nós vamos né papai? A tia Gina prometeu uma Barbie pra mim. Será que tem Barbie grega? Eu quero uma! Com o vestidinho e a trança, como naquele filme mamãe com o moço bonito mamãe!


 


 O silêncio continuou por mais alguns segundos, até a explosão de conversas voltar com força total. Eles tinham o endereço de Gininha e estavam indo atrás da caçula. O segundo objetivo, e quase tão importante quando o “resgate”, era acabar com Draco Malfoy.


 Os Weasleys queriam sangue.


 


 ***


 


-Hermione, sério? – Colin cruzou os braços – Como é que isso pode dar certo?


 


-Simples Colin – Hermione revirou os olhos e continuou andando pela sua sala de estar. Ela estava com um vestido lindíssimo, feito sob medida por um estilista londrino caríssimo. Seu cabelo, bem mais loiro, ia até um pouco acima dos ombros.


 


 O novo visual era idéia da gravadora, mas ela tinha adorado tudo. Violet estava com o cabelo mais escuro e com pequenas mechas violetas.


 


-Não é simples não – ele deu uma volta pela sala, ansioso – Luna nem está sabendo de nada.


 


-Para de ser medroso – ela riu enquanto procurava os sapatos que Violet comprara no último fim de semana – Hei, quer dividir um táxi até o Profeta? Tenho que ir lá para uma entrevista chata.


 


-E a V?


 


-Saiu mais cedo, tinha um encontro – Hermione colocou os sapatos e os dois saíram do apartamento.


 


 Ela nunca tinha se imaginado muito It Girl, mas isso estava acontecendo lentamente. Duas ou três revistas já tinham falado dela e os singles não paravam de subir nas rádios. Colin conseguiu parar um táxi preto e eles entraram.


 Naquele exato momento, enquanto Rita Skeeter vasculhava a Grécia atrás dos quatro, Corinne e Pietro corriam para ajudá-los, com o auxílio de Viktor Krum. E ela, Hermione Jane Granger, antiga viciada em livros e agora garota da música, ia para uma entrevista. Mais uma, na verdade. A vida tinha um jeito esquisito de encaixar as coisas, mas ela tinha aprendido a aceitar que nada é definitivo.


 E aí está a diversão das coisas.


 


-Tudo bem – Colin cedeu – Vou fazer isso. Vou distrair a imprensa com essa sua idéia. Só espero que isso sirva para esconder um pouco as notícias. Um pouco só, você sabe, porque a história deles vai ferver.


 


-Total! – Hermione sorriu e colocou os óculos de sol.


 


 Um fotógrafo perdido a fotografou. Na manhã seguinte Hermione estampava a capa de uma revista como a nova It Girl londrina.


 


 ***


 


 Daniel Strait caminhou sozinho pelo imenso apartamento. Uma carta do advogado de Corinne tinha chegado, e como ele temia, ela queria o divórcio. Ele respirou fundo e colocou as mãos na cabeça. Sua mulher tinha saído de casa para não voltar mais e ele tinha se acabado em festas e com garotas vulgares e passageiras. Daniel não amava Ginevra, não amava Corinne... E agora ele se perguntava o que faria da vida.


 


 ***


 


 Narcissa Malfoy e Grysh Zabini estavam conversando na sala quatro da Mansão Malfoy enquanto esperavam Molly Weasley chegar. As três iriam almoçar na Mansão, como vinham fazendo alguma vezes agora.


 


-Eu pessoalmente nunca tinha tido muito contato com Molly – Grysh falou – Eu não gostava de levar Blaise para a plataforma. Toda aquela fumaça me fazia mal.


 


-Eu também não levava Draco – Narcissa suspirou – Agora me arrependo disso. Lembra como os garotos simplesmente pegavam um trem e sumiam por um ou dois dias? As empregadas me avisavam e eu enlouquecia, mas era o jeito que Draco tinha de me dizer que precisava de atenção.


 


-Nós erramos com nossos garotos Narcissa – Grysh murmurou e olhou tristemente uma foto de Blaise e Draco, em cima da lareira.


 


-Espero poder recompensá-lo agora.


 


-Eu também...


 


 Grysh foi brucamente interrompida quando uma enlouquecida Molly Weasley apareceu com uma chave de portal.


 


-Achei os garotos – Molly disse, um tanto histérica – Agora precisamos avisar Tom e Florence Newbury.


 


-Ah sim... Minha nora – Grysh deu uma risadinha nervosa.


 


 ***


 


-CHEGA DE FOTOS! – Star e Gina correram pela escada – CHEGA!


 


-Só mais uma amor! – Draco pediu enquanto a seguia.


 


-Vou pegar você Little! – Blaise pegou um atalho e correu com a outra câmera fotográfica na mão.


 


-Vocês estão tirando fotos há horas! – Gina reclamou enquanto desviava dos intermináveis fashes que Draco disparava – Já fotografamos em todos os cantos dessa maldita casa.


 


-Só mais uma! – Draco pulou em cima dela e a derrubou no sofá.


 


 Enquanto se abraçavam e riam, as pernas embaralhadas no sofá branquíssimo, Blaise tirou algumas fotos do casal.


 


-Recordação do FDB e da Foguinho – ele riu quando levou uma travesseirada no rosto.


 


-Peguei você! – Star pulou nas costas do namorado.


 


 ***


 


 Corinne e Pietro desembarcaram em Agria trias e correram pelo pequeno porto de madeira da entrada lateral. A praia particular estava deserta e eles não encontraram sinais de habitação em nenhum canto. Continuaram procurando. Segundo Viktor Krum e seus informantes, Draco Malfoy tinha alugado a ilha usando um RG trouxa e o contrato expirava naquele dia.


 


-Espero que eles não tenham partido ainda – Corinne procurava frenéticamente em cada canto – Eles precisam saber que estão sendo caçados.


 


-Vamos entrar na casa – Pietro segurou a mão da namorada – Vem.


 


 A mansão era assustadoramente gigante. Toda em vidro e paredes brancas. Subiram pela entrada suntuosa e atravessaram uma fonte, oliveiras e inúmeras espécies de plantas. Na varanda imensa Corinne não pode deixar de imaginar uma belíssima festa de noivado.


 Logo de cara, no saguão de entrada, viu Star sendo perseguida por Blaise em meio a risadas.


 


-Primo! – Blaise arregalou os olhos e parou de correr.


 


-Corinne? – Star também arregalou os olhos.


 


-Como é? – Draco e Gina vieram correndo aos tropeços.


 


 Enquanto Pietro explicava apressadamente a situação, Corinne os observou. Estavam bronzeadíssimos e lindos. Os quatro tinham olhos claros que irradiavam como néon e peles macias e douradas como dos nativos gregos. Vestiam roupas leves e brancas, obviamente de grifes pelo corte perfeito. Gina parecia a perfeição ruiva com seu vestidinho branco Dior e Star a perfeição loira com seu vestido curtíssimo Gucci. Para não falar dos namorados. Usando apenas bermudas brancas eles estavam de matar com os músculos definidos e barrigas perfeitas.


 Era como um daqueles quadros mágicos que não podem ser de verdade, tamanha perfeição. Mas era verdade, era tudo muito real. Eles estavam lindos e joviais, eles eram a imagem perfeita para uma capa de revista.


 Foi engraçado ver como Draco Malfoy segurava Gina protetoramente, os braços musculosos e desnudos ao redor da cintura dela.


 


-Vai dar tempo de fugir – Corinne os tranqüilizou. Ela andou até Blaise e pegou a câmera fotográfica das mãos dele – Eu sei que vocês não sabem, porque estão foram há tempo demais, mas vocês estão lindos – ela sorriu –Agora sorriam, uma última foto da ilha.


 


 Gina piscou, confusa. Depois deu de ombros e sorriu. Corinne tirou algumas fotos.


 


-Então vamos logo, podemos chegar em La Rochelle em umas duas horas com o jatinho e... – Blaise falou.


 


-Eu vou aparatando com vocês – Pietro o cortou – É sério, eles estão chegando.


 


-Pegando malas então – Draco puxou a namorada pelo corredor – Estão todas no meu quarto e de Gina.


 


-Vou diminuí-las com magia – Pietro o seguiu.


 


-Oi Corinne – Star a abraçou – Como estão as coisas?


 


-Não sei ainda. Depois da Bulgária me tranquei com Pietro em um hotel cinco estrelas em Andorra – as duas garotas riram.


 


 ***


 


-Como assim ninguém está nos atendendo? – Rita reclamou para Freddie enquanto entrava na lancha vagabunda que tinha alugado. O dinheiro não estava lá aquelas coisas e ela não agüentava mais escutar Pansy Parkinson reclamando e ameaçando – Freddie eu te chamei para fotografar tudo porque acreditei na sua maldita competência.


 


-Rita a culpa não é minha – ele bufou e subiu na lancha – Tem uma coletiva de imprensa para a Purple Pie, você sabe o quanto aquelas duas estão valendo agora... Muito. E o Colin Creevey acabou de pedir Luna Lovegood em casamento no meio do Beco Diagonal. A imprensa está ocupada demais e acha que é trote nosso.


 


-Bem, vamos trabalhar sozinhos então.


 


 Freddie ligou a lancha e ela deu uma engasgada. Rita pegou o mapa e olhou as duas ilhas que faltavam. Ia primeiro em Agria trias, uma ilha particular que valia milhões. O dono era meio desconhecido, então podia muito bem ser Draco Malfoy. Aquele garotinho não era rico mesmo?!


 


-Minha Nossa Senhora! – Freddie arregalou os olhos – Dá uma olhada naquele barco gigante Rita.


 


-Hei Skeeter – um homem gritou – Yan do Profeto nos disse onde você estaria. Acabamos de chegar por chave de portal.


 


-Nós vamos com você – a mulher gritou.


 


-Ô família! – Rita revirou os olhos.


 


 ***


 


-Malas prontas! – Pietro avisou, batendo no bolso da jaqueta azul – Mesmo diminuindo as vinte e três malas, elas estão pesadas. Vocês compraram coisas demais.


 


-Foram as garotas – Draco e Blaise deram de ombros.


 


 Eles andaram pela sala em direção ao saguão de entrada. Corinne parou de andar repentinamente, tentando escutar com atenção um esquisito burburinho.


 


-Parem aí! – ela avisou – Acho que eles chegaram.


 


 ***


 


-Maldita Pansy – Rita resmungou enquanto ignorava a confusão de pais e milhares de ruivos. Ela pretendia encontrá-los sozinha, para conseguir entrevistá-los.


 


 Parecia um tanto impossível agora.


 


-Não vejo a hora de colocar as mãos no pescoço daquele Malfoy – Rony Weasley avisou Harry Potter – Ele nunca mais vai olhar para a minha irmã.


 


-Estou com você nessa – Harry concordou.


 


-Parem com a violência – Molly sussurrou para os garotos – Que coisa feia.


 


-Ali a titia! – Avril gritou tão alto que conseguiu se sobressair a todos os outros sons – Eles estão correndo papai!


 


 ***


 


 Gina arregalou os olhos quando ouviu a vozinha estridente de Avril e a viu balançar a mãozinha freneticamente, acenando. Era tarde demais para correr e Pietro e Corinne só conseguiriam aparatar com um de cada vez. Ela parou de correr pelo corredor lateral, um que sairia em outro píer, para que eles conseguissem fugir.


 Era tarde demais. Ao seu lado Draco fechou com força uma porta de vidro, Star segurou a mão de Blaise e Corinne e Pietro começaram a dar instruções. Ginevra não conseguiu fazer nada.


 Ela paralizou.


 Foi como estar em câmera lenta. Ela ouvia os gritos, ela via sua família depois de tanto tempo, mas ela também sentia a mão de Draco em seu ombro.


 


Touch me I'm cold, unable to control
Touch me I'm golden and wild as the wind blows
And tumbling tumbling, don't go fascination

If just for tonight darling, let's get lost
If just for tonight darling, let's get lost


 


 Os sons pararam de chegar com clareza, ela fechou os olhos por alguns segundos. Do outro lado do vidro as pessoas enlouqueciam e as fotos começavam a ser tiradas. Era o final de um filme, não exatamente o final esperado. Mentira. Ela tinha esperado por isso, não que o tivesse desejado. É só que parecia inevitável ser encontrada. Em algum momento isso aconteceria.


 Draco parou de puxá-la quando avistou a mãe e Star e Blaise se afastaram abruptamente quando encararam os pais.


 


Let me come closer, I'm not your shadow
With our eyes shielding from the oncoming counts
It's not hard for us to say what we should not

If just for tonight darling, let's get lost
If just for tonight darling, let's get lost

Touch me I'm cold, unable to control
Touch me I'm golden and wild as the wind blows
And tumbling tumbling, don't go fascination



A porta de vidro foi aberta com a ajuda de magia. Gina continuou parada. Ela sentiu os braços da mãe ao seu redor no mesmo instante em que Narcissa Malfoy abraçava Draco. E foi só então que ela começou a chorar. Como podia ter se enganado dessa forma? Acreditar que Ginevra Weasley e Draco Malfoy eram almas gêmeas! Eles estavam perto disso naquele mundo, naquela realidade alternativa.


 Em casa tudo voltaria ao que era antes. Em casa ele se casaria com alguém de nome, com uma garota de classe e família poderosa. Talvez até mesmo voltasse com Pansy.


 


-Gina! – Draco estava berrando seu nome enquanto era afastado pela mãe – Olha pra mim droga! Isso não acabou. As coisas não acabaram!


 


 Gina o olhou, através da nuvem de lágrimas que cobriam seu rosto enquanto alguém a abraçava. Ela não lembrava mais.


 


-Deixe a minha irmã em paz! – Rony gritou.


 


 Gui o segurou. Draco não deu atenção. Ele só conseguia ver quão perdida sua namorada estava naquele momento. Gina não parecia sequer ouvi-lo. As malditas fotos continuavam e ele agradeceu quando Pietro quebrou todas as câmeras de Rita e do fotógrafo infeliz.


 Draco quis continuar gritando para ela que nada mudaria, que eles continuariam da mesma maneira. Que ele a amava. Amava? Muito! Ele a amava como nunca tinha sequer imaginado ser capaz. Entao doeu horrivelmente quando ela não disse adeus, apenas deixando que sua família a guiasse. Ele também ignorou os irmãos irritadinhos dela, ignorou sua mãe e o resto das pessoas ao seu redor. Mesmo depois de Gina sair do seu campo de visão ele continuou vendo seu rosto. A expressão vazia, perdida.


 Ele quis se perder com ela. Ele se perderia… Se isso os mantivesse juntos. Então Draco acreditou… Acreditou que o amor que sentiam era forte o suficiente. E talvez fosse mesmo. Ou talvez não...


 


 


If just for tonight darling, let's get lost
If just for tonight darling, let's get lost
If just for tonight darling, let's get lost
Let's get lost
Let's get lost
Let's get lost
Let's get lost


(Let´s Get Lost – Bat for Lashes & Beck)


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N/A - Gente depois de um século, cap postado. Tava fechando notas na faculdade e fica difícil conseguir escrever. Depois fiquei muito deprê com a nossa Seleção Brasileira... Mas... A vida é assim.
Juliana mentiiira q vc tomou a vodka! Invejaaaaaaaaaaaaaa =) Quero também.
Perdoem os erros e a questão da Narcissa Malfoy. Acho que eu escrevo Narcisa e Narcissa ao longo da fic, não lembro. O certo é Narcissa, então se escrevi errado em outros caps perdão.

Viram Eclipse? Já vi duas vezes e amei. A música do final do cap é do filme. Team Edward Eternaaaa. Tinha mais coisa pra falar, mas estou morrendo de sono. Viciei no Guitar Hero e fiquei jogando até as cinco da manhã com os meus amigos. Muuuito bom (eu q sou péssima!)

Nao esqueçam de comentar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

beijinhussssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

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