Três metros acima do céu



41º capítulo – Três metros acima do céu*


 


-Viu, é disso que eu estava falando – Blaise disse para Colin e Draco – Aqui estamos nós, entediados.


 


-E ali estão elas – Colin revirou os olhos.


 


-Comprando tudo o que estão vendo no caminho – Draco deu uma risadinha. Era engraçado ver Gina surtando nas compras.


 


-Tirem os bancos das praças do caminho – Blaise gritou, zombando – Ou essas três garotas vão querer levar.


 


-Melhor tirarem a praça toda – Colin gritou.


 


 Draco riu alto. Aquela rua não era tão grande quando a Quinta Avenida, mas tinha lá seus encantos. Não podia acreditar em como tudo tinha mudado. Uma hora antes eles não passavam de seis perdidos em Sofia, na Bulgária. Agora era milionários fazendo compras.


 


-Nós não contamos antes porque você e Gina ainda se odiavam – Blaise explicou para ele – Se vocês soubessem iam ficar em quartos separados, um ignorando o outro.


 


-É verdade Malfoy – Colin balançou a cabeça, concordando com Blaise – Ser pobre causa uma união inacreditável.


 


-Vocês são inacreditáveis – Draco sorriu. Ele estava mais do que satisfeito com os cem milhões de euros que se juntariam aos milhões que já tinha.


 


-Elas ficaram tão animadas com a história do dinheiro – Blaise apoiou o queixo na palma da mão, o cotovelo nos joelhos – Nem sentem sono.


 


 Elas estavam saindo de uma outra loja. O cabelo de Gina, já voltando a crescer depois de ter cortado em Praga, balançaca furiosamente enquanto elas andavam e falavam. Rindo mais do que se parecia possível.


 


-Eu preciso dormir – Colin comentou – Estamos virados.


 


-É, eu esqueci de dormir – Blaise olhou pensativamente para a frente – Aqui estamos nós. Sentados em um banco qualquer...


 


-Esquecidos... – Draco concordou.


 


-Será que a Gina vai esquecer de visitar aqueles bilhões de museos? – Colin perguntou, animado com a idéia de esquecer os monumentos e pular para a parte divertida.


 


-Com certeza não – Blaise e Draco responderam juntos.


 


 E ela não esqueceu mesmo.


 


 ***


 


 Bem, o que eu posso dizer? Ainda estou sem ar, a ficha não caiu. Ficar rica sempre passou na minha cabeça, quem não pensa nisso? Mas não assim. Nunca! Agora eu tenho dinheiro, mais do que posso gastar em anos e anos. Então, voltando ao propósito da viagem... Claro! As visitas. Sofia é famosa pelas áreas verdes, elas são muitas. E também pela quietude de tudo, andar por lá é uma paz que não se vê em muitos lugares. Visitamos a Catedral Alexander Nevski, a Basílica de Santa Sofía, o Túmulo do Soldado Desconhecido, o Teatro Nacional Ivan Vazov, a Praça Sveta Nedelya, a Igreja Russa de São Nicolas, o Museu de Ciência Natural, a Galeria de Arte Nacional e o Museu Etnográfico, ambos alojados no Palácio Real do século XIX. Depois o Mausoleu de Georgi Dimitrov e a Galeria de Arte da Cidade, Museu Nacional Arqueológico, a Igreja de São Jorge, o Museu Nacional de História e por fim o moderno Palácio Nacional da Cultura,


 


 ***


 


-Anoiteceu Chambinho, estou cansada – Star e Blaise andavam de mãos dadas na frete de grupo. As meninas tinham comprado tantas coisas que foi preciso pegar um táxi, deixar no hotel e só depois voltar e conhecer os pontos turísticos da cidade.


 


-Eu também estou quebrada – Gina suspirou. Ela se apoiou em Colin e fechou os olhos por um segundo. Acabou tropeçando e pisando em um buraco fundo. Caiu no chão de uma vez só.


 


-Gina você está bem? – Luna correu até ela. Luna e Draco estavam dois passos atrás de Gina e Colin.


 


-Hei – Colin se ajoelhou no chão – Você está bem?


 


-Está doendo um pouquinho – ela falou baixo – Droga. Eu devo ter alguma poção na minha mochila. Ou será que acabou?


 


-Ainda tem – Star garantiu.


 


-Você consegue andar? – Draco perguntou.


 


-Consigo sim – ela segurou o choro e levantou com a ajuda de Colin – Nós podemos ir embora? Eu estou exausta.


 


-Não dormimos ainda – Blaise lembrou – Nós podíamos deixar essa noite passar, sei lá, descansar.


 


-De preferência em um cinco estrelas – Draco abriu um gigantesco sorriso.


 


-Ah, por favor – Star sorriu, quase batendo palmas – Camas macias, banheira.


 


 Cinco minutos depois eles estavam dentro de um táxi. Pegaram as malas e as compras, pagaram e foram embora. Em vinte minutos já tinham conseguido cinco quartos (só Blaise e Star dormiriam juntos) no melhor hotel da cidade, Arena di Serdica Hotel.


 


 ***


 


 Colin acordou com os primeiros raios de sol batendo em seu rosto. Tinha se esquecido de arrumar as cortinas. O último dia tinha sido uma loucura sem tamanho, com Gina descobrindo sobre o dinheiro e as meninas pirando nas compras. Agora ele queria saber como é que as coisas iam se desenrolar. Mas para ele.


 Queria conversar com Luna, tentar chegar a uma conclusão. Parecia meio improvável que ele estivesse tão apaixonado quanto se sentia no momento. Logo por Luna, uma de suas mais antigas amigas. A adorável e imprevisível Luna. Ela era como o próprio sol.


 


-Oi querido! – Luna entrou abruptamento no quarto. Usava um vestido amarelo claro, que pequenas flores douradas. O cabelo loiro e liso caindo suavamente nas costas e nos ombros, o sorriso encantador.


 


 Meu Deus! Era realmente como olhar para o sol. Chegava a doer.


 


-Animada? – Colin se sentou na cama.


 


-Muito – Luna entrou na sacada e apoiou as mãos na grade – Olha só a vista Col. É de tirar o fôlego.


 


-Quer café da manhã no quarto? – ele perguntou, dirigindo-se para o imenso banheiro.


 


-Seria adorável – ela se virou e sorriu, não encontrando-o. Depois voltou seus olhos para o céu.


 


 Ela queria gritar aos quatro ventos que o amava. E queria aproveitar cada ínfimo momento com Colin Creevey, o único amor de sua vida. Pensando bem, ela chegava a conclusão de que tinha amado-o a vida toda. Mas como todos sabem, Luna Lovegood age com calma, suavamente.


 Ela é como uma suave flor ao vento, se for agitada demais se despedacha.


 


-Já pediu? – Colin perguntou, tocando o ombro dela – Pediu o café da manhã?


 


-Ainda não – Luna se virou.


 


 Os dois se observaram, em silêncio. Sorrindo. E então Colin a beijou.


 


 ***


 


-AH MEU DEUS! – Star entrou correndo no quarto, vindo da sacada – Blaise acorda agora!


 


-Que é? – ele resmungou, embolado nas cobertas.


 


-Acontece que eu fui ver a vista e acabei vendo outra coisa – Star abriu um enorme sorriso, deixando Blaise curioso demais para se importar com o sono.


 


 Ele atravessou o quarto, andando de mãos dadas com a namorada.


 


-HEY SEUS PERVERTIDOS! – ele gritou para Luna e Colin, que se beijavam na sacada do lado.


 


-Ai que vergonha! – Luna escondeu o rosto no peito de Colin.


 


-EU SABIA QUE VOCÊS TINHAM ALGUMA COISA! – Star estava quase pulando, animadíssima.


 


 A porta da sacada do lado direito de Blaise fez um barulho. Luna e Colin estavam na sacada do lado esquerdo. Draco apareceu lá, descabelado e certamento irritado.


 


-SETE DA MANHÃ RETARDADOS! – ele gritou, só então se deu conta de que eram seus amigos – E aí? – deu de ombros, como se não tivesse surtado há segundos – O que aconteceu?


 


-O novo casalzinho – Blaise zombou.


 


-EU SABIA! – Draco gritou quando viu os dois – Eu te disse Luna. MIL VEZES!


 


-Agora todo mundo sabia – Colin disse ironicamente – Não me façam rir. Vocês nem imaginavam.


 


-DÁ PRA CALAREM A BOCA? – uma ruiva esquentadíssima apareceu na sacada do lado direito de Colin e Luna. E assim como Draco, sorriu ao ver que eram seus amigos – Qual o bafão?


 


-ELES! – Star e Blaise apontaram.


 


 Gina arregalou os olhos e também gritou, percebendo Luna e Colin abraçados.


 


-AIN QUE LINDINHO! – ela abriu seu sorriso radiante.


 


 Um minuto de silêncio se seguiu depois das explosões de euforia. Eles se observaram. Gina usava um pequeno shorts e um sutiã preto. Star usava a mesma coisa


 Blaise, Draco e Colin usavam shorts. Luna era a única vestida descentemente. Em meio a muitas risadinhas as quatro sacadas ficaram vazias em um segundo, para que todos pudessem se trocar.


 


 ***


 


 O dinheiro não mudou tudo o que eu pensei que fosse mudar. Longe disso. Nós andamos a pé, e não mergulhamos de cabeça nas compras. Tá, nós comprasmos umas coisinhas. A grande diferença foi que almoçamos em um lugar maravilhoso, e por maravilhoso digo caríssimo também. E fizemos os passeios tradicionais. Luna e Colin se tornaram o mais novo casal oficial, junto a Blaise e Star. Subimos então o Monte Vitosha, de 2.290 metros de altura. Não ficava exatamente em Sofia, por isso fomos de carro. Até um mês atrás teríamos encontrado neve e um popular centro de esqui, mas naquele dia encontramos uma vista panorâmica da capital e dos arredores. Uma das vistas mais lindas do mundo.


 


 ***


 


-Olha Sofia! – Luna apontou, sorrindo enquanto lutava com o cabelo. O vento do lugar jogava seu lindo cabelo em seu rosto o tempo todo – Vamos tirar fotos?


 


 Gina já estava tirando milhares delas. Dois franceses tiraram fotos dos seis. O vento ali era muito forte, mas Gina não se incomodou. Ela foi andando, tirando fotos de todos os ângulos possíveis. Poucos lugares realmente mexiam com o seu coração, aquele lugar era um deles.


 Luna e Colin estava se beijando timidamente e Star estava andando de cavalinho com Blaise. Ela olhou ao redor, instintivamente procurando Draco. Ele a observava, as mãos nos bolsos da calça jeans, o cabelo despenteado pelo vento. Ele era tão lindo que doía sua cabeça, deixava seu estômago doente, suas mãos e pernas tremiam. Ela não o odiava mais, nem tinha raiva. Um novo sentimento, puro, claro... Cristalino. Algo ali surgia.


 Algo que ela começara a entender na festa, quando Draco conversou com ela, segundos antes dele partir. Ela soube o que teria que fazer, mas não o fez. E nem faria naquele momento.


 Desviou os olhos de Draco e voltou a fotografar a paisagem. Três horas depois eles estavam de volta a Sofia. Em seu quarto Gina encontrou um recado de Krum. Era um convite para jantar, mas incluía todos. Então ela aceitou.


 


 ***


 


-Esse é o melhor restaurante da cidade – Viktor falou para Gina, sendo extremamente atencioso. Do outro lado da mesa, Draco segurava a vontade de socar aquele búlgaro estúpido.


 


 Estavam no Rodina Hotel, o mais alto de Sofia. O restaurante ficava no último andar e seu nome era Panorâmica. Já dá para imaginar porque. Gina tirou mais algumas dezenas de fotos graças as paredes de vidro. A comida era muito boa, não forte como a maioria das coisas que comiam. Sem falar no vinho.


 Eles já deviam estar na terceira ou quarta garrafa.


 


-Quase não pudemos aproveitar Paris – Star estava contando para Viktor – Sabe como é... A ansiedade e o medo de sermos pegos.


 


-Quando Hermione me ligou eu não acreditei – Viktor sorriu – Gina sempre foi tão quietinha – ele sorriu para ela e Draco se contorceu de raiva.


 


-Foi tudo idéia dela – Star sorriu – Gina foi a influenciadora.


 


-Falei com Hermione ontem – Viktor informou – Ela disse que está controlando tudo como pode, mas Potter e o Weasley estão meio viciados em videogame.


 


-Nossa esse negócio é bom mesmo – Blaise e Colin falaram juntos.


 


-O seu pai está bem Luna – Viktor virou-se na direção dela – Mas continua colocando anúncios seus no Profeta Diário.


 


-Não lemos um jornal há semanas – Draco observou – Mas também não sei se quero fazer isso agora. Provavelmente não.


 


-É o de sempre. Fotos de vocês, apelos, dinheiro em troca de informações – Viktor deu de ombros – Hermione está plantando pistas falsas. Os aurores estão em Nova York agora. Depois vão para o Alasca.


 


-Quem diria que aquela garota ia ajudar – Draco resmungou. Não era nenhuma surpresa o fato dele não gostar de Hermione e de Harry e Rony.


 


 Ele ficou olhando a intimidade de Gina e Viktor, imaginando que se ele a beijasse não ia agüentar. Não, aí já era demais.


 


 ***


 


 Gina tirou as sandálias de salto fino e as jogou em um canto do quarto. Ligou o rádio em uma estação Cult, a única estação escutável. Música búlgara era tão estranha. A sacada estava aberta, então um vento agradável entrava em seu quarto. Ela se olhou no espelho e gostou do que viu. O vestido marfim novo combinava com sua pele, e seus olhos. Ela fez uma ligação rápida. E se preparou.


 Três segundos depois bateram em sua porta. Era a hora.


 


-Fiquei surpreso quando você me ligou – Draco entrou no quarto, ainda com a roupa que usara no jantar. O efeito do vinho já tinha passado para os dois, eles estavam mais que sóbrios.


 


-Sei disso – ela sorriu levemente. Um sorriso misterioso e acolhedor. Draco sentiu seu corpo formigar – Na festa do Viktor, quando você conversou comigo... Bem... Eu entendi uma coisa que já sabia há muito tempo. Eu só não tinha entendido.


 


-O que é? – ele ficou parado no meio do quarto, sem conseguir se mover. Será que ela iria finalmente perdoá-lo?


 


-Eu sempre amei você, e você me deixou tãp devastada... Sem rumo. Eu fiquei magoada, e tinha toda a razão do mundo para estar, mas eu também não posso ignorar o que sinto por você – ela o olhou nos olhos – Juro que tentei. É impossível. Você me mudou, ou eu mudei com você. Não importa... Eu devia ter visto antes... A Ginevra que saiu de Londres morreu. Eu nunca mais vou voltar àquele ponto. Você faz parte de mim Draco.


 


 Draco a observou, a boca seca. Ele queria descrever para ela metade do que sentia ao tocar sua pele, ao beijá-la. Queria que ela entendesse que o amor que ele sentia o consumia e o mudava também. O que ele era no passado estava enterrado há tanto tempo e... Ele não conseguia se imaginar vivendo sem Ginevra Weasley. Sua ruiva esquentadinha, a Foguinho, a mulher de sua vida.


 


-Eu amo você – parecia tão pouco dizer isso. Gina sorriu ao ouvir o que ele dissera.


 


-Eu amo você Draco – então, com a alma limpa de qualquer ódio que pudesse ter sentido em algum momento, caminhou até ele.


 


Love, let me sleep tonight on your couch


And remember the smell of the fabric


Of your simple city dress


 


 Draco segurou o rosto de Gina e a beijou. Lá fora, a cidade brilhava numa difusão de cores e pessoas. Um vento forte entrou no quarto através da sacada, derrubando objetos, baguçando as cortinas. Eles não perceberam.


 


Oh... that was so real


 


-Eu nunca mais vou te decepcionar – ele prometeu, beijando os lábios dela, o rosto... Deslizando para o pescoço – Nunca mais vou te fazer chorar.


 


-Eu sei, eu sei... – ela fechou os olhos, sentindo as mãos fortes dele agarrando-a pela cintura. A boca dele passeando por ela.


 


-Eu estava tão sozinho...


 


-Eu estava tão deprimida...


 


  Ele foi tirando as alças do vestido dela.


 


We walked around til the moon got full like a plate


The wind blew an invocation and I fell asleep at the gate


And I never stepped on the cracks 'cause I thought I'd hurt my mother


And I couldn't awake from the nightmare that sucked me in and pulled me under


Pulled me under


 


-Nunca estive tão apaixonado.


 


-Nunca estive tão apaixonada.


 


 As mãos dela, suaves como pequenas borboletas, foram desabotoando a camisa dele, até que ela se encontrasse no chão. Ela observou Draco, tão lindo e definido... Todo dela. Sorriu.


 


Oh... that was so real


 


 Eles sorriram enquanto se beijavam. Draco a beijou, com força. Prendendo-a contra seu corpo, deixando-a alguns centímetros acima do chão. O vento não estava mais tão forte e uma música suave tocava no rádio. O quarto estava escuro agora que as velas que ela tinha acendido haviam se apagado.


 


-Vou acender a luz – ele a soltou um pouquinho.


 


-Não precisa. Com você eu não tenho medo.


 


 Ele sorriu, sentindo seu coração explodir para fora do peito. A beijou com força, apaixonado. Agora o vestido de Gina fazia companhia a camisa de Draco.


 


I love you, but I'm afraid to love you


I love you, but I'm afraid to love you


I'm afraid. . .


(So Real – Jeff Buckley)


 


 


 Eles foram para a cama, nunca interrompendo o beijo. Todas as barreiras já tinham ido embora há muito tempo, os cinco passos foram dados. E nada nem ninguém no mundo conseguiria separá-los. Nunca mais.


 


 ***


 


 Duas sacadas foram abertas ao mesmo tempo. Colin e Luna saíram para ver a manhã, tinham passado a noite no quarto de Luna. Blaise e Star tiveram a mesma idéia. A disposição de sacadas era a seguinte: Luna, Gina, Colin, Blaise e Star e Draco.


 


-AH MEU DEUS! – os quatro gritaram ao mesmo tempo.


 


 Gina e Draco arregalaram os olhos. Eles tinham se esquecido completamente que todo mundo ia para a sacada de manhã. Gina estava usando uma camiseta preta e Draco usava apenas as boxers pretas que Gina adorara.


 


-Estamos encurralados – ela sussurrou.


 


 Draco riu. Do seu lado esquerdo Luna e Colin estavam histéricos, do lado direito Blaise e Star gritavam, igualmente histéricos.


 


-Colin vamos para o seu quarto! – Star comunicou, puxando Blaise pela mão.


 


 Um minuto depois estavam na sacada ao lado, para ficarem mais perto.


 


-QUANDO FOI?


 


-COMO FOI?


 


-COMO?


 


-CONTA TUDO!


 


-Nossa que questionários – Gina revirou os olhos, divertindo-se – Vamos FDB – ela sorriu para ele, provocando-o.


 


-Não me chama assim Foguinho – ele replicou, sorrindo.


 


-FDB – Blaise murmurou pensativo.


 


-Filhote de Bambu – Gina gritou antes de entrar correndo no quarto. Draco arregalou os olhos para os amigos, esperando a explosão. Quando as risadas começaram ele correu atrás de Gina.


 


-Você me paga – ele caiu em cima dela, na cama.


 


-Quanto é? – ela mordeu o lábio inferior.


 


-É caro – ele piscou, beijando-a em seguida.


 


 ***


 


 A avenida Vitosha era a mais elegante da cidade. Eles passaram toda a manhã por lá, vendo lojas, em cafés e conversando. Pararam em frente a um grande muro branco, sem nenhum desenho ou inscrição. Iam tirar duas fotos e mandar para o Profeta Diário. Não passava de diversão.


 Um morador tirou as duas fotos.


 


-Quero que sua família veja – Draco avisou Gina, dando um beijinho de leve nela – Assim a crise passa logo e ninguém nos atrapalha.


 


-Não tem medo de ser visto com uma Weasley? – Gina ergueu uma sobrancelha.


 


-E você? Não tem medo de ser visto com um Malfoy perigoso? – ele também ergueu uma sobrancelha.


 


 Os dois riram antes de se beijarem.


 


 ***


 


 Dois dias depois sete casas ligadas ao fugitivos receberam o Profeta Diário. E com ele, as fotos. Xenofilius Lovegood precisou de um calmante entregue as pressas pela desesperada secretárias. Molly chorou e Arthur ficou chocado, enquanto todos os filhos (menos Rony, que não estava lá) gritavam indignados. Narcisa Malfoy suspirou pesadamente e depois acabou rindo, Draco não ia mudar nunca. Grysh Zabini deu um ataque, depois ligou para Narcisa e foi fazer comprar no Beco Diagonal. Tom Newbury ligou para um investigador, pedindo a ficha completa de Blaise. Os pais de Colin e Dennis colocaram as fotos em dois quadros, felizes com a popularidade de Colin.


 


-HERMIONE! – Rony entrou na sala, vermelho da raiz do cabelo aos pés – Aquele desgraçado do Malfoy está com a Gininha.


 


-Como é? – Harry pegou o jornal, furioso - Eu vou acabar com aquele estúpido.


 


-Vocês não vão fazer nada meninos – Hermione puxou o jornal das mãos do namorado. As duas fotos dividiam a capa do jornal. Lugar de honra, ela não pode deixar de perceber – As fotos ficaram lindas – ela sorriu, feliz de verdade ao ver que tudo estava dando certo – E nós já suspeitávamos, então não façam graça.


 


-COMO VOCÊ PODE DIZER ISSO? – os dois meninos olharam chocados para ela.


 


 Hermione os ignorou e decidiu guardar as fotos. O fundo das duas era o mesmo, uma parede branca imensa, um muro. A primeira foto mostrava Gina e Draco se beijando, Luna nas costas de Colin e Blaise e Star se beijando. Já na segunda foto Draco segurava Gina no colo, Luna e Colin e beijavam e Star estava nas costas de Blaise. Eles pareciam tão felizes, e estavam mesmo, que você começava a sorrir só de olhar as fotos.


 


 ***


 


 Gina encarou o céu noturno de Sofia. Draco tinha conseguido uma entrada para o telhado, então lá estavam os dois. Draco deu um beijo no ombro dela. Gina sorriu e fechou os olhos, encostando-se nele.


 


-Eu me sinto no paraíso – ela murmurou, virando-se e o beijando rapidamente.


 


-É mais que isso – Draco sorriu, tão apaixonado que parecia impossível. Ele estava flutuando – Estamos, pelo menos, três metros acima do céu.


 

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N/A - O título é de um livro maravilhoso que eu li (leiam!!!) chama (óbvio) Três metros acima do céu - do Federico Moccia. Gente... Lindo mesmo.


Sei que eu demorei um pouquinho, mas estava fazendo prova. Agora estou de férias e pretendo terminar Eurotrip até meu aniversário, dia primeiro de fevereiro. Queria agradecer todos os coments e também pedir mais né. Depois desse cap acho que eu mereço.


~Como pedido Draco de boxers...só vcs girls.


Alguém tem um pedido aí? Podem mandar. Estou inspirada pra escrever. Melhor aproveitar.


beijinhusssssssssssssssssssssssssssssssssssssss.

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