Budapeste



34º capítulo – Budapeste

 Depois de Oberwart estávamos, finalmente, na Hungria. Da janela do trem, nos momentos em que Draco não me distraia, ia registrando as cidades pelas quais passávamos. Szombathle (ficamos quatros horas na cidade para conhecer), Tósokberénd, Veszprém (dormimos uma noite lá), Várpalota, Pápa (um dia na cidade para conhecer), Oroszlány, Tatabánya (dormimos duas noites lá) e por fim Budapeste. Chegamos na Paris do Leste Europeu no dia vinte e oito de fevereiro.

 ***

 Saíram da estação Budapest Nyugati Pályaudvare dez da manhã, no dia vinte e oito de fevereiro. O sol queimava fraquinho sobre suas cabeças enquanto procuravam um táxi para leva-los. E pela primeira vez desde que começaram a ficar, Gina e Draco estavam andando de mãos dadas.

-O que você está fazendo? – Gina perguntou para Star enquanto a via pixar seu nome e o de Blaise em um muro da estação – Não vai me falar que você está fazendo aquela assinatura ridícula que faziam em Hogwarts!

-Não fale assim com minha Chambinha – Blaise falou para Gina, sem evitar um sorriso – Star está fazendo isso desde...Desde quando amor?

-Polônia – Star respondeu enquanto se virava para eles – Quero mostrar isso para alguém no futuro – Gina não deixou de perceber que ela estava pensando em filhos.

-E você também está deixando uma trilha até nós – Draco observou, apertando Gina mais forte contra seu corpo – E se aqueles idiotas voltam a nos procurar na Europa?

-Não seja rude Draco – Gina o repreendeu, séria. Draco revirou os olhos e se calou, o que fez Blaise e Star os encararem chocados. Desde quando Draco aceitava alguém lhe dando ordens? Ele mal obedecia sua mãe!

-Um táxi! – Blaise apontou o carro – Como se fala táxi em húngaro?

 Os quatro se encararam em silêncio. Boa pergunta essa.
 E o táxi foi embora.

 ***

-Esse carro é grande demais – Colin reclamou para Luna.

 Os dois tinham descido em Bratislava, na Eslováquia, e lá alugaram um carro para continuar a viagem. O que era bem sensato, já que eles não conseguiriam achar Gina e os outros se fossem no ritmo dos trens que cruzavam a Europa a toda velocidade. Foi também em Bratislava que acharam uma marca curiosa em um monumento. Um S abraçado a um B. Star desenhara milhares desses por Hogwarts no curto tempo em que ficou com Blaise.

-Segue reto essa estrada – Luna informou, seriamente confusa – Uau! Esse mapa da República Tcheca é mais confuso que as notícias do Pasquim.

 Depois desse comentário, os dois amigos se encararam e riram. Felizmente o inverno estava se despedindo da Europa agora que fevereiro também acabava. Luna estava com o cabelo preso em um complicado e bonito coque e usava rímel verde água. Ela estava agradavelmente suave e bonita daquele jeito.

-Se seguirmos a lógica da Gina – Colin começou a falar – Ela foi para Praga. Capitais são os melhores lugares de cada país – ele estava tendo problemas com a mudança de marcha daquele carro pesado, o que só arrancava risos de Luna – Por que você pegou um carro para sete pessoas? – Colin revirou os olhos.

-Eles estão em quatro, Col – Luna disse devagar, como se estivesse falando com uma criança – Um carro de cinco lugares não seria capaz de acomodar seis pessoas. Sem falar que, Range Rover é demais.

-Gosto dos esportivos – ele deu de ombros – Sabe como é.

 ***

 Do lado direito do rio, Peste, do lado esquerdo, Buda. As cidades se uniram em 1873 e Budapeste tornou-se a Rainha do Danúbio. E meu conhecimento se resumia a isso, até o planejamento da viagem e minhas pesquisas começaram. Eu já sabia que Budapeste era imperdível, mas que não espervara encontrar tanta beleza. A cada rua, um lugar perfeito para uma foto. E um beijo. Devo confessar que tive os dois. Fotos e beijos.
 Nossa primeira parada foi no Parlamento Húngaro. Construído em estilo gótico, ele tem torres, pináculos, salões com estátuas e todas essas coisas. Tivemos uma visita guiada dentro do Parlamento, o que ajudou muito. O lugar é todo decorado com as cores da Hungria, vermelho, branco e verde. De lá fomos para Szent István Basílica, a Basílica de São Estevão, maior igreja da cidade. Dentro dessa igreja encontramos pinturas, esculturas e muitos afrescos.

 ***

 Já eram duas da tarde e eles ainda estava caminhando na avenida Andrassy Ut. Pelos roteiros que Gina tinha lido, essa avenida era como a Champs Élysées de Paris. Eles não ficaram decepcionados. Encontraram prédios lindos e dezenas de bares e restaurantes. E lojas.

-Nem acredito que almocei – Blaise falou enquanto os quatro deixavam o restaurante – Sério, eu mal podia sentir minhas pernas.

-Você é tão dramático – Gina sorriu – Querem descansar antes de continuar?

-Por mim – Star deu uma olhada ao redor – Isso já é descansar. Você viu quantas lojas? Juro Gina...Isso é o paraíso final.

-Dramática – Draco revirou os olhos e depois focou-se em Gina. Ela estava sorrindo suavemente, o cabelo se agitando no vento.

 Tão vermelha. Tão intensa. Tão apaixonante.

-Vou fazer nossa marquinha Be – Star informou o namorado.

 Gina ficou em silêncio enquanto via Star tirar um canivete do bolso e marcar, com muita dificuldade, em uma placa de madeira. Isso não era vandalismo? Ela se virou para olhar Draco, que a encarava intensamente. Algo nos gestos dele...Ela não sabia ao certo, mas parecia errado. Uma felicidade finita...O relógio estava correndo.

-Tudo bem? – Draco perguntou, tirando os óculos de sol.

-Claro – Gina sorriu abismada para os olhos azuis acinzentados. Ela realmente não conseguia definir a cor deles. Era uma cor simplesmente feita para ele. Sem dúvida.

 ***

-Deus! Eu odeio esse mapa – Luna resmungou frustrada – Colin, acho que nos perdemos – ela murmurou e jogou o mapa no banco de trás.

-Você está de brincadeira comigo? – ele a encarou, incrédulo.

-Estou sim – Luna riu – Mais vinte minutos até Praga.

-Garotinha mimada – Colin sorriu – Não minta para o condutor.

 ***

 Depois de Andrassy Ut fomos para a rua Vamhaz Korut. Lá encontramos o Mercado central da cidade e compramos alguns vinhos e produtos artesanais. Sem falar nos dez queijos que Blaise comprou depois de muita insistência. Saindo do mercado demos de cara com o lindíssimo Danúbio, bem na nossa frente. Foi inevitável lembrar de Draco em Viena.

 ***

-Ali – Gina puxou Draco pela mão – Achei a Rua Vaci U.

-Que seria...? – Draco ergueu uma sobrancelha.

-É só uma área imensa para pedestres Draco – Gina balançou a cabeça, fingindo profundo descontentamento – Sério, você me deprime com a pouca noção sobre as coisas.

-Desculpe então, senhorita viajada.

-Idiota – Gina se virou rindo e o beijou.

 Draco correspondeu com força, erguendo centímetros do chão. Star aproveitou e bateu várias fotos dos dois. Os moradores passavam e olhavam assustados para o confuso casal. Mas logo seus olhos localizaram as lojas, e Star puxou Blaise para longe.

-Ela é sempre assim? – Draco perguntou, os lábios ainda nos de Gina – Tão consumistamente enlouquecedora.

-Você não viu metade – ela riu e se soltou dele – Está tudo bem com você? E antes que você me diga que não, eu posso ver seus olhos Draco.

-Eu não tenho nada – ele deu de ombros, repentinamente indiferente. A camada de gelo derreteu assim que Gina o beijou mais uma vez.

-Você pode criar mil barreiras – ela sussurrou, parando de beijá-lo por um segundo – Mas saiba que estou pronta para derrubar todas elas.

-Eu sei disso – Draco não pode evitar o sorriso espontâneo em seus lábios – E é por isso que estou, oficialmente, desistindo de lutar contra isso.

-Bom saber Malfoy. Agora vamos logo, eu quero tirar fotos. Os dois partiram de mãos dadas, brincando e implicando. Brigando e beijando. Não sei quanto a vocês, mas algo me diz que eles serão assim para sempre.

 ***

 O gigantesco Range Rover fez uma curva fechada e quase atropeloou dois turistas. Dentro do carro, Luna estava suando frio. Praga não deveria estar tão cheia assim, não mesmo.

-Droga Luna – Colin exclamou, fechando os vidros rapidamente – Você não faz idéia do que foi que eu lembrei.

-O quê? – ela respirou com dificuldade. Em lugares cheios Colin não diriga tão bem – Você lembrou que não consegue dirigir?

-Engraçadinha – ele riu sem humor – Hoje começa a Copa.

-Meu Deus! – Luna arregalou os olhos e fechou apressadamente seu vidro – A Copa Mundial de Quadribol é em Praga. Eu tinha me esquecido.

-Vamos dar o fora daqui – ele acelerou – Ou você realmente acha que seu pai vai ficar feliz quando souber que você não está na Alemanha?

-Ele vai me caçar até o fim do mundo, não é? – ela suspirou.

-Pode apostar que sim.

 ***

 Nós descobrimos, naquele dia, que os bondes eram o transporte mais seguro e barato em Budapeste. Passamos duas horas passeando de bonde, só vendo a cidade e no conforto de nossos bancos. Visitamos ainda o Magyar Allami Operahaz, o famoso e maravilhoso prédio da Ópera Húngara e a Nagy Zsinagoga, a sinagoga de Budapeste.

 ***

-Já está anoitecendo – Blaise falou para Gina enquanto os quatro saíam da sinagoga de Budapeste – O que acham de irmos para o hotel?

-Bondinho! – Star gritou animada, já correndo pela rua – Anda gente! – ela se virou para eles – Ou o bonde vai embora sem nós.

-Alegre – Gina sorriu e seguiu Blaise e Draco até a amiga.

 Foi surreal andar no bonde enquanto a noite caia e as luzes começavam a se acender pela cidade. O vento gelado já não era tão insuportável e as cores do céu eram tão belas quanto as de Viena, naquela tarde na roda gigante. Gina ficou sentada no banco, sem conseguir se mexer. Ela sentia Draco do seu lado, a mão dele sobre a sua e também sentia seu coração batendo tão rápido quanto as frágeis asas de um pomo de ouro.

-Diz a lenda – Draco se inclinou e sussurrou em seu ouvido – Que Tristão e Isolda fugiram do Inferno de Dante e se esconderam do mundo aqui.

-Na Hungria? – Gina se virou e sorriu.

-Não. Nas águas do Danúbio – ele apontou, através da janela – Condenados a flutuar por essas águas.

-Condenados como Romeu e Julieta? - o sorriso de Gina foi mais mórbido do que ela pretendia – Infelicidade eterna?

-Quem disse que eles foram infelizes?

 Draco voltou a olhar para frente, deixando Gina com milhares de pensamentos. Estariam os dois condenados a infelicidade eterna? Ela sabia que o que ele falara sobre Tristão e Isolda era mentira...Mas a pergunta era: Por que ele tinha dito aquilo? Ele estava dando sinais, pistas. Alguma coisa estava, definitivamente, errada.

 ***

-Hei, será que também vamos ganhar nossos especiais? – Luna perguntou sorrindo, os pés apoiados no painel do carro.

-Não sei se vamos ganhar especiais – Colin sorriu – Mas Rony vai querer te matar quando descobrir que você sabia sobre Gina e não disse nada.

-Ela é minha amiga muito antes dele ser meu namorado – Luna deu de ombros – E falando sério Col...O Rony é muito entediante às vezes.

 Colin riu alto. A estrada para a Áustria estava bem calma e eles sentiam que o mundo todo era só deles. Demorariam a encontrar Gina? Eles encontrariam Gina? Seja lá como essa viagem terminasse, Colin tinha certeza de uma coisa. Seria inesquecível. De relance, observou Luna. Ela estava debruçada na janela, tentando ver o céu. Desligada, distraída e encantadora.

 ***

 Com muito custo conseguimos pegar um táxi na porta do hotel, por volta das nove da noite. Eu já tinha um destino definido: Avenida Andrassy Ut. A paisagem, os bares e as pessoas já diziam a tarde mesmo, que a noite seria a melhor possível. Eu também tinha outros planos para aquela noite. O plano era descobrir o que Draco escondia.

 ***

-Mentira! – Gina gritou divertida – Você sempre ficava com mais garotos Star.

 Star riu e se apoiou no balcão. Eles estavam em um bar lotado e mal podiam se ver por causa da fumaça. Gina e Star bebiam drinks com gin e Draco e Blaise estavam bebendo cerveja. A música era alta e tinha uma batida contínua. Meio irritante até. Nada que pudesse atrapalhar a ótima noite.

-E o Harry? – Star disparou – Pensa que ninguém sabia que vocês se agarravam pelos cantos? – Star e Gina riram. Draco fechou a cara.

-O que eu tive com o Harry foi bem passageiro – Gina deu de ombros, querendo passar indiferença. Blaise deu uma risadinha quando viu a cara feia de Draco – E você sabe, ele logo ficou apaixonado pela Hermione.

-E naquele verão Ginevra? – a voz de Star saiu carregada de sarcasmo.

 Draco apurou os ouvidos e se escorou mais no balcão. Gina ficou tão vermelha que o blush sumiu na pele. Blaise começou a olhar as pessoas ao redor, mas Draco sabia que ele também estava escutando tudo.

-Foi diferente...Meio...Intenso – Gina deu de ombros e sorriu para Star, um sorriso confidente.

-Do que vocês estão falando afinal? – Draco se intrometeu, não agüentando mais a raiva que sentia só de imaginar o passado de Gina e Harry Potter – Espero que o Testa Rachada não esteja no assunto.

-Não seja rude – Gina o repreendeu delicadamente. Ela se inclinou e beijou o pescoço dele – Você sabe que não precisa de ciúmes, não sabe?

-Eu não tenho ciúmes Ginevra – Draco se afastou abruptamente dela e um segundo depois tinha desaparecido na direção do banheiro.

-Blaise... – Gina chamou – Será que você pode...

-Claro! – Blaise ergueu as mãos – Eu vou ver o problema do Draco. Ou... – ele se virou e sorriu – FDB.

-O que foi isso? – Star arregalou os olhos para Gina – Foi ciúmes?

-Não sei – Gina deu de ombros – Mas eu adorei.

 As duas riram e beberam, ao mesmo tempo, o restante do gin.

 ***

 Blaise empurrou a porta do banheiro e viu Draco, encostado em uma parede e olhando emburrado para o nada. Ele teve que se segurar para não rir. Por incrível que pareça o banheiro estava vazio. Bem, com certeza não era o caso do banheiro das mulheres.

-Por que as mulheres vão juntas ao banheiro?

-Você só pode estar brincando – Draco o encarou, incrédulo – Você quer saber isso? Sério?

-Quebrando a tensão FDB, quebrando a tensão – Blaise balançou as mãos, imitando um tal de 50 Cent. Ele e Star tinham assistido a um clipe completamente indecente com esse cara.

-Você fica ridículo imitando aquele cara – Draco falou sério.

-Deixa de birrinha e fala o problema – Blaise cruzou os braços. Ele estava tentando não rir da cara emburrada de Draco, mas estava ficando difícil.

-Elas estavam falando sobre o Potter e... – Draco fez uma pausa – Eu só comecei a imaginar como é que vou lidar com o fato de que uma hora ou outra Gina vai arrumar um namorado.

-E casar – Blaise completou o pensamento.

-É, e casar – Draco suspirou frustrado – Vai ser mais difícil do que eu imaginei. Vê-la com outro cara, na verdade, vai ser insuportável.

-Então não fique sem ela – Blaise simplificou.

-Você sabe que eu não posso virar as costas para a Pansy – Draco falou sério – Sei que você me chamou para essa viagem pra me fazer mudar de idéia, não foi isso basicamente que você me falou enquanto fazíamos os preparativos? – Draco mudou a voz, tentando imitar Blaise – Vamos lá Draco, na viagem você vai pensar bem e decidir se quer mesmo casar.

-Minha voz não é fina – Blaise se indignou – Estou ofendido.

-Ela vai me odiar, não vai? A Gina.

-Eternamente.

 ***

 Luna abriu a porta do pequeno quarto e acendeu a luz. Atrás dela, Colin abafou um grito de terror ao ver aquele minúsculo quadrado. Uma cama, uma mesinha e um banheiro (provavelmente do tamanho de um armário). Luna estava alheia ao descontentamento dele.

-Veja que vista adorável – ela correu para a janela – Será que chegamos em Viena até o final da semana?

-Bem, temos cinco dias pela frente – Colin deu de ombros – Talvez sim. Mas eu acho meio impossível encontrar Gina.

-Eu estou tão feliz por estar aqui com você – Luna se virou para encará-lo e sorriu – Sério Col. Você é a melhor companhia do mundo.

-Sei, sei – ele riu e foi até a janela também – É, a vista é realmente bonida daqui de cima Luna.

 Eles estavam em uma pequena cidade chamada Beroun. Como atravessar a República Tcheca estava sendo perigoso, por causa da Copa, ele estavam decididos a parar nas cidades só de noite e dirigir de dia sem parar.

-Sabe... – Luna sentou-se em uma das duas camas e abriu a mochila – Eu estava pensando e meio que tive uma idéia para avisarmos a Gina e a Star.

-Avisar o quê? – Colin se escorou na janela e encarou Luna. O coque tinha desmanchado e ela tinha feitou uma trança no cabelo loiro cor de areia.

-Que estamos indo até elas – Luna respondeu sorridente – Assim elas podem tentar nos deixar pistas. Sabe...Facilitar nossa viagem.

-E como faríamos isso? – Colin se interessou.

-A Rita Skeeter está publicando coisas sobre eles sem parar, não é? – Colin assentiu – Então! É só mandarmos umas notícias sobre nós e ela publica. Eu aposto que a Gin está dando um jeito de ler o Profeta Diário.

-Isso é genial! – Colin abriu um enorme sorriso – Eu posso manipular fotos e falar que estamos indo atrás deles. Nossos amigos.

-Meu pai vai descobrir que eu não fui para a Alemanha – Luna suspirou e parou de mexer na mochila – Acha que ele vai ficar muito bravo comigo?

-E alguém consegue ficar muito bravo com você? – Colin balançou a cabeça – Uma hora ou outra ele ia saber. Afinal, essa viagem vai levar um mês pelo menos...Não uma semana.

-É – ela deu de ombros, já despreocupada – O que for, será – Luna olhou confusa para Colin – Ou será que a frase é: O que já era, já era? Não...Não era bem isso. O que foi já era? – arriscou.

 Colin sorriu.

 ***

 Gina dançou sozinha na pista de dança do clube. Depois da pequena crise de Draco e das doses de gin consumidas, ela e Star acharam que dançar seria uma excelente idéia. E para quem acredita que só Ibiza, na Espanha, tem tudo, espere só até ver os clubes de Budapeste. Não eram como os de Amsterdã, dificilmente acharam lugares como Amsterdã na Europa, mas era bem parecido. Draco estava sentado em uma mesa.

-Gente, eu me sinto um rei hoje – Blaise anunciou alto, voltando para a mesa – Vocês não sabem quem é o dono daqui.

-Quem? – Star perguntou animada. Ela estava tonta depois de tanto dançar, mas não sabia o que era pior: Cair na pista de dança ou ficar olhando para o bicudo Draco Malfoy? – Quem meu Chambinho?

-Anthony-Charles Persand – quando Blaise disse o nome até Draco saiu de seu estado apático. Star deu um grito de alegria e correu até Gina.

-Sério cara? – Draco perguntou.

-Senhor Persand – um homem de terno chamou, respeitosamente – O camarote já está pronto para o senhor. Seguimos suas recomendações.

-Muito bom, muito bom – Blaise agitou as mãos de maneira irritante de novo, e Draco revirou os olhos. Até quando ele ia bancar o rapper? – Não se esqueça de me dizer seu nome para que eu avise o gerente. O segurança abriu um assustador sorriso de contentamento.

 Gina e Star já estavam correndo até eles, sorrindo. Draco não gostou dos olhares dos homens em Gina, não gostou mesmo. Mas se controlou, segurando-a pela cintura e caminhando com ela até o camarote.

-Vamos ter champanhe? – Gina perguntou divertida.

-O que você quiser – Draco não conseguiu evitar um sorriso – Champanhe e vodka.

-Vodka me faz lembrar você – ela confidenciou – Sabe, naquele dia na Ucrânia.

-É, eu vou me lembrar também – ele surrussou no ouvido dela – A vodka e a Ucrânia.

 Os dois riram e subiram as escadas para o camarote. Star, é claro, já tinha se acomodado em um sofá e estava fazendo o pedido. De repente a música mudou para uma bem melhor, como as de Praga.

-Mandei trocar – Blaise avisou, sentando relaxado – Sabe como é, quando Anthony-Charles Persand vem em um dos clubes de seu pai...Ele é V.I.P.

-Ridículo – Draco riu para o amigo.

-Não fique com inveja caro amigo – Blaise agitou as mãos – Você também está comigo. Então não deixa de ser V.I.P.

-Isso de mexer com as mãos está irritante – Draco avisou.

-Vem aqui FDB estressadinho – Gina se sentou no colo dele – Por que não aproveitamos essa noite maravilhosa?

-Como você quiser – Draco abriu um largo sorriso antes de começar a beijá-la.

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N/A - Postado com atraso. E me deu um trabalhão configurar. Não consegui com o ctrl C e ctrl V, mas vai lá. Postado.
 Próximo cap - Você não esperava por essa!
 E dicas: Eles ainda vão estar em Budapeste. Eu amoo essa cidade. E vai ser um cap leve, como foi esse. Sabe como é, assim vcs não me matam daqui uns...Três ou quatro caps.

Muitooo obrigada por todos esses comentários meninas, sério...Isso sim dá vontade de escrever mais e mais.
E espero q gostem desse cap.

Ps - Como eu coloco foto no meu cadastro? Sabe, quando a gente comente e saí o quadradinho?

beijinhusssssssssssssssss

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