O amor em Viena



32º capítulo – O amor em Viena


 


 De Hollabrunn fomos para Schrems, Krems e por fim Viena. Chegamos na cidade austríaca por volta das oito da manhã, sete de fevereiro. A verdade é que não precisávamos demorar tanto nas cidades, mas a idéia de acabar com a viagem era simplesmente...Aterradora. Eu me dedicava a pensar somente no presente, ignorando o que toda a minha família falaria quando soubesse que eu e Draco estávamos juntos. Se é que estávamos. Eu não entendia o que se passava na cabeça dele, talvez nunca entendesse. Ignorar o futuro se torna extremamente fácil quando o presente é tão maravilhoso...Mas começa a se tornar impossível a partir do momento em que o presente nos faz pensar no...Futuro. É, confuso. Agora imaginem como minha cabeça estava.


 


 ***


 


-Vou sentir tanta falta do carro – Star suspirou alto – Como vamos nos virar em um trem barulhento e que mexe demais?


 


-Eu vou fazer a viagem ser muito boa, minha Chambinha – Blaise sorriu e segurou as mãos dela. Gina e Draco fingiram vomitar e Gina aumentou o rádio.


 


-Seus invejosos! – os dois gritaram do banco de trás.


 


-É Blaise, meu sonho é chamar a Gina de Chambinha – Draco disse com sarcasmo.


 


-E o meu é chamar o Draco de...Como você chama o Blaise mesmo Star? – ela se virou para a amiga – Yakult? Danete? Batavinho?


 


-Engraçadinha – Star riu sem humor – O Blaise é Chambinho também, oras.


 


-Continuando – Blaise os ignorou e voltou sua atenção para Star – Eu juro que o trem vai ser bom minha Chambinho.


 


 Foi como uma bomba. Em um segundo Blaise estava sorrindo e falando Chambinho, no outro Gina estava colocando o rádio no último e gritando com Draco.


 


-GIRL PUT YOUR RECORDS ON TELL ME YOUR FAVORITE SONG... – eles cantaram e gritaram juntos. Blaise e Star os olharam, horrorizados.


 


You go ahead, let your hair down


Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,


Just go ahead, let your hair down.


You're gonna find yourself somewhere, somehow.


(Put Your Records On – Corinne Bailey Rae)


 


 Corinne Bailey Rae tentaria o suicídio se os ouvisse cantando.


 


 ***


 


 As avenidas de Viena eram largas e arborizadas, lindas como toda cidade européia deveria ser. Imponentes prédios históricos, palácios, museus e calçadas cheias de cafés e restaurantes. Nosso passeio por Viena começou no coração da cidade, uma região onde ficam os grandes palácios, áreas de pedestres e parques. Região essa chamada Ring. Depois de uma manhã visitando os museus dessa área fomos para o prédio da prefeitura. A torre central do prédio tem mais de cem metros de altura e a o parque que fica bem em frente a prefeitura tinha uma feirinha de produtos e pratos típicos. Star estava nas nuvens. Voltamos para o Ring, porque ainda tínhamos muito para ver. Lá dentro visitamos o palácio Hofburg, que é na verdade um complexo de residências imperiais, museu, biblioteca, escola de equitação, capela, igreja e sede do poder Austríaco.


 Andando pela avenida Ring, chegamos no Kunsthistorisches Museum, que tem um acervo de milhares de obras de arte acumuladas durante os séculos de dinastia Habsburg. Em frente a ele fica o Naturhistorisches Museum, que visitamos também.


 Na Mariahilfe Strasse, principal rua de comércio de Viena, entramos em lojas de departamento e uma loja da Virgin Records (comprei vários CDs). Não deixamos passar, claro, o shopping de Viena.


 


 ***


 


-Sorriam! – Star fingiu ser uma profissional enquanto apontava a câmera para Gina e Draco, que estavam exatamente em frente ao Schönbrunn, o principal palácio de Viena.


 


 Atrás deles era possível ver muitos restaurantes e cafés. Aparentemente, aquela era a melhor área da cidade. Uma torre de 137 metros de altura, pertencente ao palácio, destacava-se do lado direito de Gina. O ponto mais alto de Viena.


 Eles tinham acabado de sair do palácio, onde visitaram, inclusive um conjunto de labirintos no subsolo. Gina só não achou assustador porque Draco segurou sua mão o tempo todo. Antes do palácio já tinham visitado o Museu da Catedral, a Academia de Ciências e Karlskirche, uma igreja imensa. Dentro da igreja encontraram um elevador, que os levou para o alto da cúpula. A vista foi de tirar o fôlego.


 


-Pronto! – Draco deixou sua mão descansar na cintura de Gina enquanto a via pedir para um turista tirar uma foto dos quatro – Cansada de fotos? – ele perguntou para Gina, feliz por senti-la tão perto dele.


 


 Depois de dezenas de fotos, tiraram mais fotos ainda. Mas agora perto das esfinges dos jardins do Belvedere, um palácio, é claro. De lá foram para um pedaço da cidade encontrado por acaso, cheio de bancas vendendo produtos, vinhos, bebidas e mais e mais restaurantes.


 


-As damas primeiro – Blaise sorriu galante e abriu a porta do bar. Gina e Star reviraram os olhos e entraram.


 


 Lá dentro não estava frio, então eles puderam tirar os sobretudos.


 


-Caneca de meio litro do chope? – Star arregalou os olhos – Eu não dou conta disso.


 


-Nem eu – Gina riu.


 


-Vocês são muito fraquinhas – Draco chamou o garçom em inglês, quase se sentindo em Londres – Eu e Blaise vamos pedir Eggnberger Urbock, uma cerveja mais forte. Vocês duas podem dividir a caneca.


 


-Draco... – Gina o encarou com um sorrisinho, ela estava adorável – São cinco da tarde. Isso não é uma boa idéia.


 


 ***


 


-CORRE! – Blaise gritou para Draco e Gina, que corriam atrás dele e de Star de mãos dadas – Ou não vai ter graça.


 


-Eu não consigo correr! – Gina gritou para Draco, fechando os olhos por um segundo enquanto imaginava quantas pessoas ela e Draco tinham praticamente atropelado.


 


 Eles cruzaram um parque, formando duplas e de mãos dadas. Não havia neve no chão, apesar do frio estar aumentando a cada segundo. O sol sumiria por completo em sete minutos aproximadamente. Draco gargalhou junto com Gina, os dois corados, cruzando Viena. Era tão irreal e tão...Certo.


 


-Ali! – Gina apontou, sem fôlego.


 


 Os vagões vermelhos da Riesenrad pareciam brilhar mais que o normal agora no crepúsculo. A famosa roda gigante ficava no parque Prater e era o símbolo mais conhecido de Viena. Gina e Draco pararam por uns segundos, observando a imensidão de tudo.


 


-Ingressos! – Blaise gritou para os dois – Vamos logo. Mais quatro minutos de sol.


 


 Eles correram mais um pouco, passando por brinquedos, crianças e adultos. Blaise e Star se sentaram em um vagão, e Gina e Draco em outro. O brinquedo começou a se mover lentamente.


 


-Está com a máquina? – ele perguntou.


 


-Aqui.


 


 Gina olhou a vista, percebendo que era a melhor da cidade. Dali ela podia ver tudo, o Danúbio contornando a cidade, virando pequenos rios entre ruas. Viu os prédios modernos e prédios tão antigos quanto Hogwarts. O sol era um brilho pálido agora e o céu começava a ser dominado pelas estrelas.


 Na outra extremidade, a lua começou a brilhar. Draco bateu uma foto dela. A mais linda de todas...Porque um dos raios do sol misturou-se ao cabelo dela. Quando abaixou a câmera e encarou Gina ele se deu conta de tudo.


 A roda gigante parou e uma brisa suave agora chegava até eles. Gina deixou de olhar a paisagem e o observou. O brilho da lua misturado ao cabelo loiro de Draco fez o coração dela bater de tal forma que chegou a doer.


 Eles eram como o sol e a lua...Mundos opostos que quando se encontravam, como no adeus do sol e na chegada da lua, como no sorriso de Gina Weasley e no olhar de Draco Malfoy...Faziam tudo ter sentido. Tudo tinha estado errado até aquele momento.


 E isso queria dizer que estavam perdidos. Irremediavelmente apaixonados.


 Draco se inclinou levemente na direção de Gina, beijando-a. Sol e lua fundindo-se em um só. Tingindo o céu de uma cor que, até então, imaginaram impossível.


 


 ***


 


 Star se olhou no espelho do banheiro e arrumou o cabelo. Do seu lado, Gina tentava terminar a maquiagem. Blaise e Draco estavam no quarto ao lado. Ultimamente Gina estava pegando dois quartos, e acabava (sem intenção, claro) ficando com Draco porque Blaise queria dormir com Star.


 


-Gina... – Star a encarou através do espelho – Você por acaso está...?


 


-Não – Gina respondeu rapidamente. Ela fechou o rímel e desviou os olhos de Star – Eu não estou apaixonada por ele.


 


-Está sim – Star suspirou e se encostou no balcão da pia – Como isso foi acontecer?


 


-Eu não estou – ela disse séria, já caminhando para sair do banheiro.


 


 Eles tinham passado mais de uma hora na roda gigante, até decidirem voltar para o hotel e se arrumarem para o jantar. Gina abriu a porta do banheiro com pressa, e quase caiu em cima de Blaise, que estava parado na porta.


 


-Calma aí Foguinho! – ele brincou, segurando-a pelos ombros.


 


-Blaise – ela o fulminou com os olhos – Não me chame assim.


 


-FDB e Foguinho – ele riu, balançando a cabeça – Como não te chamar assim?


 


 Gina revirou os olhos e se afastou de Blaise, pegando a bolsa e saindo do quarto como um foguete. Draco olhou confuso para Blaise, sem entender nada. Meia hora depois, quando entraram no Weiner Rathauskeller, o restaurante mais famoso de Viena (ficava junto ao prédio da prefeitura e tinha música ao vivo) Gina estava com um sorriso nos lábios.


 Mas Draco soube que algo estava errado.


 


 ***


 


-Está tudo bem? – Draco perguntou enquanto abria a porta do quarto para ela. Star e Blaise estavam enrolando dentro do carro. Último dia antes de devolvê-lo.


 


-Claro – ela disse baixinho.


 


-Gina... – ele chamou, segurando a mão dela e virando-a para ele – Eu fiz alguma coisa? Na roda gigante você parecia bem e então, de repente, está toda irritadinha e...


 


-Não é com você – ela cruzou os braços, afastando-se dele dois passos – É estranho não estar implicando com você.


 


-Eu entendi – ele suspirou irritado. Por que ela tinha que pensar tanto? Tentar entender o que os dois eram só tornava tudo difícil, muito difícil – Não se preocupe antes do tempo. Tudo bem?


 


-Tudo bem – ela sorriu levemente.


 


 Ele se aproximou, beijando-a com mais força do que pretendia. Gina correspondeu com a mesma intensidade. Não, eles não era errados. Logo a neve iria embora e tudo melhoraria com o calor...Ela abriu os olhos por um segundo e viu Draco de olhos fechados. Pelo menos ele não estava brincando com ela.


 


-Vem aqui – ele murmurou, puxando-a na direção da cama. Gina riu alto enquanto se deixava levar.


 


 ***


 


 Logo pela manhã, no dia seguinte, fomos para o centro. Foi inevitável cair na rua Graben, cheia de restaurantes elegantes e cafés, daquele jeito adorável com mesinhas nas calçadas. E claro, lojas. Da Graben fomos para Karntner e depois Kolmarkt. A manhã passou voando, mais do que eu gostaria. Ainda surpresa por ter gostado tento de Viena, voltamos para almoçar em um restaurante da Graben.


Depois do almoço fomos para o lado norte do rio Danúbio. Por lá encontramos modernos prédios (Inclusivo os prédios da OPEC e das Nações Unidas) e aproveitamos para comprar as passagens de trem para Hungria na estação Sudbahnhof.


 


 ***


 


-Ah meu Deus! – Blaise colocou a mão no rosto, dramático, enquanto via as inúmeras charretes que iam para o centro – Não me diga que aqui também existem essas malditas charretes para passeio.


 


-Aí que lindo! – Star gritou animada, já acenando para que um senhor parasse com a charrete do lado deles.


 


 Draco e Blaise torceram os rostos quando entraram nas charretes exageradamente decoradas em várias cores.


 


-Isso é tão gay – Draco reclamou enquanto acomodava Gina do seu lado. Mesmo que ainda tivessem quase um mês de neve pela frente, ele podia sentir um pouco do sol. Era uma sensação boa – Esse carrinho colorido.


 


-Não reclame – Gina virou a câmera para os dois e juntou seu rosto ao de Draco, batendo uma foto – É melhor conhecer Viena assim do que a pé, não acha?


 


-Por esse ângulo – ele se deu por vencido, algo que realmente não acontecia com freqüência.


 


-Ah Gininha – Star a chamou – Vai ser tão impossível contar todas as maravilhas dessa viagem para todo mundo, não acha?


 


-Não se preocupe – Blaise riu – Gina tirou tantas fotos que palavras não serão necessárias – ele e Draco riram alto – Não fique brava Foguinho.


 


-Hei Blaise! – Gina disse de repente, encarando Draco – Sabe o que significa FDB? – o sorriso de Draco deu lugar para olhos arregalados e uma expressão de completo terror.


 


-CONTA! – Star e Blaise gritaram juntos. De repente as ruas de Viena pareciam bem menos interessantes.


 


-Hei! – Draco se recuperou do choque e, em um único golpe, a puxou. Blaise e Star reviraram os olhos enquanto os dois se beijavam.


 


 Certo, ótima maneira de parar uma garota.


 


 ***


 


-Olá Danúbio! – Star gritou animadinha, deixando Gina roxa de vergonha. Draco e Blaise estavam comprando cafés e elas estavam sentadas em um banquinho simpático, em frente ao rio famoso – O Danúbio não passa em vários países? – Star perguntou curiosa.


 


-Passa...Mas de alguma forma ele parece pertencer somente à Áustria – Gina suspirou, se sentindo estupidamente romântica.


 


-Cadê os garotos? – Star tirou da bolsa os óculos de sol e os colocou – Eu posso quase jurar que sinto o sol novamente.


 


-É um alívio depois de meses de inverno – Gina deu uma risadinha e observou a larga margem do rio.


 


 Do outro lado da rua ela viu Draco e Blaise carregando copos de plástico. Uma fina camada de neve cobria o chão e o vento estava mais frio, não tão frio quando em dezembro, mas frio. E, no entanto, ao olhar Draco...O mundo ficou mais aquecido.


 Então talvez fosse assim que as pessoas apaixonadas sem sentissem, tão estupidamente românticas.


 


-Café quente – Blaise entregou um copo para Star e se sentou do lado dela.


 


-E chá para a senhorita – Draco sorriu e se sentou na outra ponta do banco, ao lado de Gina.


 


-E mais uma dia vai embora – Star disse enquanto apoiava a cabeça no ombro de Blaise – Será que ainda vamos achar alguma cidade horrível? Porque tudo para mim parece tão...Perfeito.


 


-Não procure imperfeições, ou você as acha – Gina sorriu.


 


 Os quatro ficaram sentados naquele banco por um bom tempo, conversando, pensando ou só olhando. E a noite caiu.


 


 ***


 


 Gina saiu do banheiro já trocada. Star estava sentada em sua cama, tão animada que parecia irritante. Draco e Blaise estavam se arrumando no outro quarto. Como eram os últimos momentos em Viena, eles queriam aproveitar.


 


-Olha só isso! – Star mostrou os jornais – Eu e Blaise encontramos agora mesmo, em um lugar aqui perto, quando fomos lavar as roupas.


 


-Profeta? – Gina pulou na cama, animada.


 


-Eles fizeram matérias sobre nós Gina – ela realmente se sentia uma celebridade – Cada jornal trouxe um de nós na capa. E falam tudo da nossa vida, com alguns exageros, como era de se esperar.


 


 Gina leu tudo. O de Draco não estava ali e ela perguntou para Star.


 


-Não deve ter saído ainda – foi a explicação plausível – Blaise só achou esses daqui.


 


 ***


 


 O trem saia de madrugada, então Draco sabia que tinha quatro horas para tentar compensar tudo o que aconteceria, inevitavelmente. Porque Gina iria descobrir sobre Pansy e tudo estaria acabado. Ele não era pessimista, só terrivelmente realista. Blaise e Star foram fechar a conta no hotel e ele foi atrás de Gina.


 


-Vamos – chamou da porta. Gina o encarou, confusa.


 


-Para onde? – ela estava linda. Usava um gorro preto que tinha pegado dele, uma saia cinza e uma blusa preta. A meia calça preta, um cachecol e as botas sem salto de Star. Os olhos verdes dela estavam mais ofuscantes que o normal e alguma coisa dentro dele derreteu.


 


-Sem perguntas Foguinho – ele sorriu de lado, encantador.


 


-Tudo bem – ela suspirou, adorando cada segundo daquilo. Esticou a mão e deixou que Draco a pegasse. Eles subiram correndo vários lances de escada, até finalmente pararem em frente a uma portinha de madeira.


 


-Vamos Gina, anda – ele abriu a porta e a puxou de novo. Mais um lance de escadas e finalmente estavam lá. No telhado.


 


-Draco... – ela murmurou, enquanto girava o corpo e via toda a cidade. Draco ficou parado, as mãos nos bolsos, e sorrindo para ela de um jeito que ele jamais sorrira para alguém – Isso é lindo.


 


-Eu procurei a valsa Danúbio Azul – ele disse suavemente – Mas ninguém tem.


 


-Música composta por Johann Strauss Filho – Gina sorriu – A música que tornou o rio Danúbio imortal para Viena.


 


-Como eu não tinha a valsa, me virei com outra música – Draco se abaixou o ligou o pequeno rádio que estava no chão.


 


 Gina mordeu o lábio quando Draco se virou para olhá-la, mais uma vez. Os dois riram e sorriram. A melodia suave parecia encher o céu e chegar até as águas do Danúbio, que brilhavam lá embaixo. Gina olhou o rio por alguns segundos, até sentir a mão de Draco sobre a sua mão.


 E eles começaram a dançar.


 


The day's last one-way ticket train pulls in


We smile for the casual closure capturing


There goes the downpour


Here goes my fare three well


There's really no way to reach me


'Cause I'm already gone


 


-Você sabe que está fazendo tudo perfeito, não sabe?


 


-Eu tenho meus momentos – Draco sorriu e a girou. E espero que não me odeie para sempre, completou em pensamento.


 


 Ele iria conquistá-la primeiro e depois falaria sobre Pansy. Aí tudo poderia dar certo.


 


There's really no way to reach me


'Cause I'm already gone


So this is your maverick


This is Vienna


(The Fray – Vienna)


 


 Naquela noite eles seriam apenas um casal. A melodia continuou enquanto eles dançavam. E o tempo correu rápido demais.


 


 ***


 


 Chegaram na estação Sudbahnhof meia hora antes da saída do trem. Draco e Blaise foram para uma loja de conveniência comprar comida e Gina e Star foram garantir as quatro melhores cabines. Blaise olhou para trás, confirmando que as duas já tinham saído. Depois olhou para Draco, que escolhia um chips.


 


-Quando você vai contar? – ele estava sério, o que era muito estranho em Blaise – Quando vai contar que está noivo da Pansy? – Blaise tirou um jornal amassado do bolso e deu para Draco – Foi por pouco que Star não viu esse jornal sobre você.


 


-O casamento foi adiado para julho Blaise – Draco suspirou, irritado – Porque está todo preocupado com isso? Eu mandei uma carta para Pansy, na Eslováquia. Claro que não sei a resposta dela, mas ela teve a minha.


 


-Não é porque o casamento vai acontecer em julho que você deve ignorar – Blaise o segurou pelo ombro – Eu estou falando sério, Gina vai ficar destruída quando descobrir.


 


-Eu não quero magoá-la – Draco deu de ombros, voltando os olhos para as prateleiras – E não posso terminar com a Pansy porque me envolvi com alguém em uma viagem.


 


-Não minta para você mesmo – Blaise balançou a cabeça – Eu consegui esconder o jornal com sua matéria da Star, mas Gina ainda vai descobrir. E não venha me dizer que você não está envolvido. Nós dois sabemos que você está.


 


-Eu não deveria – Draco o encarou – Eu não tenho a pretensão de acreditar que isso vá dar certo quando essa viagem acabar. Quando sairmos da nossa bolha de proteção.


 


-Então você vai desistir de tudo? – Blaise parecia irritado agora – Você é um idiota Draco. Você não ama Pansy, então porque se importa?


 


-Eu não sei! – Draco gritou – E eu não posso evitar nada disso! – ele deu as costas para Blaise e saiu da loja.


 


 Em sua cabeça o plano estava formado. Assim que a viagem acabasse ele voltaria para Pansy. Era assim que deveria ser...E ele sabia que não teria forças para tentar mudar nada. Ele pensou em Gina. Sorriu. Pelo menos a teria por algumas semanas.





N/A - Postado. Muita gente pediu o trem, então eles vão ficar de trem por alguns países agora. Próximo cap muitas surpresas.
Então, revelação triste, eu não inventei Chambinha ou Chambinho. É o apelido que o alegre do meu namorado me deu e espalhou para todo mundo. Aí eu passei a chamá-lo de FDB. É, triste. Rsssss
Cap 33 ainda sem titulo,nao consigo pensar em nada legal. Alguém me ajuda????

Muito obrigada por todos os comentários que vcs deixam. Demorei pra postar pq to sem internet em casa esses dias. Mas eh isso...Espero que gostem e comentemm muuuito...

beijinhussssssssssssssss

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