Armadilhas de um sorriso.



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A euforia de Rony por saber que já estava praticamente dentro do corpo de aurores juntamente com Harry perdurou pelo resto da semana, sobreviveu ao fim de semana e só começou a murchar com a proximidade dos testes para a equipe de quadribol, mas ainda assim, o ruivo se mantinha sorridente e aparentemente muito satisfeito consigo mesmo.

- Eu já disse pra você apagar esse sorrisinho do rosto Rony! A proposta de Kingsley, ao invés de inflar esse seu ego e te encher com essa falsa autoconfiança, deveria soar como uma responsabilidade a mais nas suas costas! – disse Hermione pela milésima vez – Será que você não percebe que isso apenas trará mais pressão para seus estudos? Imagina a vergonha que vai ser se você não passar nos NIEM’s?

- Hermione, você é sempre assim, tão animadora? – perguntou Rony com um sarcasmo quase venenoso.

- Eu só estou dizendo a verdade!

- Eu sei disso, mas seria tão sacrificante pra você parar um pouco de me lembrar das desgraças e sentir um pouco de orgulho de mim? – o ruivo ficou cabisbaixo, fazendo Hermione murchar arrependida.

- Eu tenho muito orgulho de você, Rony! – disse a morena, abraçando o namorado carinhosamente – Me desculpe!

Rony deu uma piscadela para Harry e Gina por cima do ombro de Hermione, fazendo os dois segurarem a risada.

- Você tem certeza que não está interessada em ser auror, Mione? – perguntou Gina.

Hermione se virou de frente para ela, tomando o cuidado de não sair dos braços de Rony, que fazia uma dissimulada cara de gato escaldado.

- Tenho Gi! Nunca tive ambição de seguir essa carreira. Eu pretendo buscar formas de concretizar algumas idéias que surgem na minha cabeça.

- Como lutar pela liberação dos elfos domésticos? – chutou Harry.

- Também! – esclareceu a morena – Não é só isso que passa pela minha cabeça.
- Se fosse, eu estranharia. – emendou o moreno.

- Eu também não sei se suportaria ter o Harry como patrão. – brincou a garota.

- E qual o problema de me ter como patrão? – Harry estreitou os olhos.

- É, qual o problema de ter o Harry como patrão? – Rony se manifestou – Tenho certeza de que ele será um ótimo chefe!

- Obrigado Rony! Lhe darei uma folga no fim de semana!
Todos ali riram.

- E você Gina? Também tem certeza que não gostaria de tomar esse caminho? – Hermione olhava ansiosa para a amiga.

- Não, não tenho certeza! Eu acho que gostaria de ser uma auror, mas não tenho certeza se tenho vocação para passar o resto da minha vida caçando bruxos das trevas. Além do mais, não tenho tanta experiência quanto vocês.

- Tenho certeza que você seria uma excelente auror. – disse Hermione com convicção – Mas realmente, você só deve mergulhar de cabeça em algo que goste. Não é bom nos dedicarmos a fazer algo que não temos certeza se é o que realmente desejamos.

- Eu adoraria se você decidisse ser auror, assim, ficaríamos juntos o tempo todo. – disse Harry abraçando a namorada, fazendo Rony pigarrear.

- Nem pense nisso Sr. Potter. – retrucou a garota – Horário de trabalho é apenas pra trabalhar.

- Eu sei, mas só estar perto de você já seria suficiente. – rebateu o moreno num ímpeto de galanteio que fez Hermione sorrir e Gina fazer biquinho.

Rony pigarreou ainda mais alto.

- Oh, que fofo! Onde você conseguiu arrumar todo esse romantismo, hein? – indagou Gina o abraçando.

- Amanheci assim hoje. – respondeu brincalhão.

- Então preciso aproveitar bem esse dia, hum? – a ruiva levantou as sobrancelhas sugestivamente, nem ouvindo o acesso de tosse do irmão – E não se preocupe, pois mesmo que não trabalhemos juntos, compensaremos a distância à noite, quando chegarmos em casa. – e o beijou.

Rony desistiu dos dois, e achou melhor tapar os ouvidos e fechar os olhos. Não era obrigado a ficar vendo e ouvindo todas aquelas trocas de carinhos melosos e desavergonhados. Hermione afastou apenas dois dedos do ruivo de sua orelha e sussurrou:

- Ao invés de ficar aí, que tal deixar de bobagem e lembrar que a sua namorada está aqui, e adoraria dar uma volta pelos jardins da escola?

Rony arregalou os olhos para ter certeza que Hermione realmente tinha dito aquilo, mas se arrependeu ao dar de cara com Gina e Harry trocando um beijo quase indecente. Superou a vontade de desgrudar os dois e disse:

- Tem razão!

Com um pulo ficou de pé, e saiu arrastando Hermione para fora do salão comunal.














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O campo de quadribol estava repleto de alunos de todas as casas, inclusive da Sonserina. Ainda era um pouco estranho vê-los tão quietos, e mais estranho ainda foi eles não terem entoado o hino de “Weasley é nosso rei” quando Rony montou em sua vassoura e se posicionou em frente as balizas. Os Sonserinos não entoaram, mas a torcida da Grifinória que estava presente cantou alegremente a canção, principalmente depois de Rony ter defendido nove, das dez goles disparados contra ele, barrando todos os seus oito concorrentes a goleiro, que não defenderam mais que sete.

- Parabéns Ron! – disse Hermione animada, se jogando nos braços dele – Você foi fantástico!

- Parabéns cara! – Harry o parabenizou, lhe dando tapinhas nas costas.

- Obrigado. Mas eu ficaria ainda mais feliz se tivesse agarrado a goles que a Gina atirou. – falou o ruivo, tentando aparentar modéstia.

- Mas a dela foi a única que você não defendeu. – lembrou a morena.

- Esse é o problema! Eu ainda vou descobrir quem ensinou essa garota a jogar quadribol. – disse sacudindo a cabeça e sorrindo, enquanto caminhava próximo a uma mesa onde estava uma grande garrafa de água.

- Quem sabe ele não tivesse defendido a goles da Gina se alguém a tivesse confundido na hora que ela arremessou. – Harry sussurrou no ouvido de Hermione, fazendo-a corar e dar um sorrisinho sem-graça – Você sempre foi boa em ajudar o Rony a se safar nos teste para goleiro.

Harry se dirigiu ao centro do campo para começar o teste com os aspirantes a batedores ainda rindo do embaraço em que deixara a amiga.

Os artilheiros já haviam sido devidamente testados e igualmente escolhidos. Dino havia feito um excelente teste e para sorte dele, poucos dos seus concorrentes tinham a sua habilidade com uma goles nas mãos. Gina havia sido um espetáculo à parte, e desde seu primeiro arremesso já havia garantido seu lugar na equipe. A última vaga ficou, para desespero da ruiva, com a loira que andava cercando Harry e se chamava Sally Wilson. Infelizmente, a entrada da garota na equipe era um fato incontestável, pois a loira havia feito um excelente teste, melhor que o de Dino. Talvez a entrada da garota, que parecia felicíssima, no time tenha alterado o humor de Gina e a feito lançar a goles com tanta fúria no teste do irmão, quase o derrubando da vassoura.

Quase uma hora depois, um Harry muito rouco dava as boas vindas a mais nova equipe de quadribol da Grifinória.

- É isso aí galera! Parabéns pelo teste e sejam bem vindos ao time. Espero que possamos trazer mais uma vez a taça pra Grifinória. Não esqueçam que o primeiro treino será no próximo fim de semana. Obrigado!

Após breves aplausos, todos começaram a se encaminhar lentamente em direção ao castelo. Rony parecia ter se dado muito bem com Jheremy McLuhan, um corpulento quartanista que havia garantido sua vaga de batedor na equipe após um excelente teste, e conversava animadamente com ele, provavelmente sobre quadribol, a julgar pela cara entediada de Hermione que os acompanhava de volta ao castelo. Assim que ajudou Harry a guardar o caixote com as bolas, David Elkis, o dono da última vaga de batedor da equipe, foi de encontro a Dênis Creevey, seu colega de classe, e saíram empolgados, comemorando a conquista.

Harry estava no vestiário fechando a porta de seu armário quando olhou para Gina, que aparentemente o aguardava. A garota estava sentada em um banco, as pernas cruzadas se mexendo rapidamente; o rosto dela estava impassível, e os olhos cravados em algum ponto do outro lado da sala. Quando seguiu o olhar dela, sorriu enviesado e sacudiu a cabeça.

- Vamos andando? – ele tentou tomar a atenção dela pra si, mas pareceu inútil, pois ela não desviava os olhos de Sally, que estava transformando a simples ação de guardar suas luvas no armário num ato totalmente maçante.

- Eu não estou com pressa! Acho que ninguém aqui está, certo? – perguntou em alto em bom som, parecendo satisfeita ao perceber que a loira havia ouvido, pois esta tratou de acelerar o processo e trancou rapidamente seu armário.

- Gina, você poderia parar com isso e vir comigo? – Harry perguntou baixinho, segurando o braço dela, que ficou de pé e se desvencilhou educadamente.

- Harry, você poderia ir na frente e me esperar no salão comunal? – ela enfim olhou pra ele.

- Gi, o que você está pensando em fazer? – Harry parecia bastante preocupado agora, mesmo sem saber exatamente o porque.

Gina sorriu pra ele e o abraçou com carinho.

- Não se preocupe, eu não vou demorar! Confie em mim! – deu um beijo rápido nele e abriu a porta para que ele saísse.

Harry ainda deu uma olhada para dentro do vestiário e para Gina, que tornou a sorrir, e se retirou a contragosto.

Gina parou de sorrir no mesmo instante. Entrou no vestiário e se encostou displicentemente em um dos armários, observando Sally terminar rapidamente de amarrar os cadarços. A loira levantou do banco, pegou sua mochila, deu um sorrisinho trêmulo à Gina, que não retribuiu, e caminhou em direção à porta. Gina apontou a varinha para a porta e travou-a com um feitiço, fazendo a loira olhar desconfiada para ela.

- Agora somos só nós duas! – decretou a ruiva, se aproximando.















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- Ei, Harry, olha só isso! – Rony interpelou o amigo, que havia acabado de entrar na sala comunal, lhe mostrando a revista de esportes bruxos que tinha nas mãos – Não é incrível?

Harry arriscou um olhar quase desinteressado para a revista e descobriu rapidamente o porquê da empolgação de Rony. Se não estivesse tão tenso, teria ficado em um estado bastante semelhante ao dele, pois a vassoura que estava estampada na capa da revista era a criação mais esplêndida que ele já vira.

- É o mais novo lançamento do mercado! A firebolt-X! – o ruivo seguia o amigo falando sem parar – Já pensou se você jogasse com uma dessas? Não teria pra ninguém.

Harry jogou sua mochila em uma poltrona e se jogou em outra sem dizer palavra. Foi o suficiente para Rony olhar melhor pra ele, assim como Hermione, que estava em uma mesinha, enterrada no meio de livros, mas tendo percebido a desatenção do amigo. Os dois trocaram olhares curiosos.

- Ei, cara! Você ouviu o que eu disse? - insistiu Rony mais uma vez.

- Ouvi sim Rony! Eu também achei a vassoura fantástica. – respondeu sem o mínimo de animação.

- Certo! – disse o ruivo jogando a revista em cima da mochila do amigo e sentando próximo a ele – O que foi que aconteceu? Cadê a Gina? – perguntou olhando em volta e dando por falta da irmã.

- Vocês brigaram? – indagou Hermione lá do canto dela, definitivamente deixando os livros de lado.

- Não, não brigamos!

- E então? – Rony tornou a perguntar.

Harry olhou para os lados, e vendo o quão abarrotado de alunos estava o salão comunal, achou melhor baixar a voz, até por que, muitos ali pareciam bem interessados na conversa deles. Chegou mais perto do amigo e disse algo baixinho para ele. Hermione praguejou por estar longe e não ter ouvido. Rony balançou a cabeça erguendo as sobrancelhas sugestivamente.

- Aquela desmiolada! Já vai querer arrumar confusão!

O comentário do ruivo causou efeitos diferentes: Harry ficara ainda mais preocupado, e gemeu arrependido por não ter arrastado Gina e a obrigado a voltar para o castelo com ele. Hermione largou os livros na mesinha e correu para junto dos rapazes, se remoendo de curiosidade; mas assim que ouviu a história toda, apenas sentou ao lado de Harry e suspirou, parecendo bem mais tranqüila que os dois.

- Acho que ela fez muito bem! – sentenciou.

- Fez o que? Nós nem sabemos o que aquela maluca pretende se trancando sozinha com uma garota nos vestiários! – mencionou Rony.

- Não é uma garota qualquer. É uma que anda cheia de segundas intenções para com nosso amigo aqui! – argumentou a garota, apontando Harry como polegar.

- Como você sabe? Gina te contou alguma coisa? – perguntou Harry.

- Não! Não foi necessário! Eu venho percebendo os olhares nada furtivos que aquela garota anda lançando na sua direção, e ainda notei que Gina, assim como eu, também percebeu isso. – disse com certa soberba, lamentando intimamente a lerdeza masculina. – Mas pra você ela deve ter dito, não é?

- Disse! E por isso eu fiquei preocupado. Por que raios Gina quis ficar a sós com ela? A garota nem fez nada! – retorquiu Harry aflito.

- Você acha que ela não fez nada. – acrescentou Hermione com ar astuto de alguém que sabe o que está falando – Talvez não tenha percebido, mas já peguei essa garota nos cercando várias vezes quando estamos conversando, e ela é a única que sempre fica até tarde aqui no salão comunal. Você não se deu conta, mas suponho que ela tem tido esperança de ficar a sós com você de alguma forma. Só que ela já deve estar percebendo a duras penas o quanto essa é uma missão impossível, pois Gina está tomando o cuidado de não permitir que ela tenha essa sorte.

- Caraca Harry! Essa garota deve estar mesmo a fim de você! – exclamou Rony com um sorrisinho engraçado – Mas ela não sabe nos apuros que se meteu.

- Como assim? – perguntou Harry, mas já sabia muito bem a resposta.

- Lidar com a Gina não é uma coisa muito agradável! Tem um gênio terrível aquela dali.

- Não diga bobagens Rony! Gina vai saber como resolver essa situação civilizadamente. – afirmou Hermione.

- Não vejo motivos para que a Gina fizesse isso! – resmungou Harry parecendo nem ter ouvido a consideração da amiga e ainda inconformado com a situação. Achava tudo aquilo um exagero completamente desnecessário.

- Harry, se coloque no lugar dela. Não é fácil lidar com o assédio pela qual a pessoa que gostamos passa, sem fazermos nada! – ponderou a garota, vindo em auxílio da amiga – Gina estava suportando bem a situação, mas imagino que deve ter sido a gota d’água para ela ver a tal garota entrando para a equipe de quadribol. Já que vocês terão de conviver mais tempo juntos, nada mais justo que Gina tente por os pingos nos “is”, para assim tentar buscar um bom relacionamento entre elas, e futuramente pra equipe. Gina está fazendo o certo, Harry. Confie nela!

Harry acenou positivamente. Se Hermione estava dizendo aquilo, o melhor que ele poderia fazer era acreditar nela, afinal, ela também era uma garota e, portanto conhecedora das estranhas estratégias nas quais as mulheres lançavam mão para resolverem suas questões.

- E como é que você sabe o quanto é difícil lidar com o assédio das pessoas que gostamos? – Rony parecia se esforçar bastante para não permitir que seu rosto se contorcesse de contrariedade – Foi difícil pra você suportar todas as fãs do Krum, foi?

Hermione, ao contrário do que Harry e Rony esperavam, lançou um olhar piedoso ao namorado, parecendo sentir profundamente o fato de, muitas vezes, ele ser tão obtuso com relação a relacionamentos. Pegou-se pensando em como ele era contraditório, às vezes parecia ser o homem mais maduro e perfeito do mundo, mas em outras não era mais que um garoto de carne e osso.

- Para a sua informação Ronald, as fãs do Vitor não me incomodaram nem um pouco. Mas não me admira o fato de você, tanto quanto o Harry, não ter percebido que metade da ala feminina da escola só falta engolir vocês com os olhos. E eu só não tomo uma atitude tão drástica quanto a Gina, porque nenhuma dessas garotas assanhadas teve a audácia de lançar mais que um olhar cobiçoso na sua direção. E isso é uma coisa que está longe do meu alcance impedir!

Hermione levantou decidida e caminhou de volta à mesinha, se enterrando novamente no meio dos livros. Harry e Rony, mais por impulso, olharam ao redor, e enfim perceberam a quantidade de olhos femininos que estavam virados na direção deles, acompanhados daquelas risadinhas insuportáveis que elas davam ao perceberem que os dois as olhavam. Os dois, muito corados, tentaram manterem-se indiferentes.

Rony ainda deu mais uma olhada de relance no salão, parecendo, pela primeira vez, ter notado a grande quantidade de alunos que a Grifinória possuía, mas o que realmente atraiu a atenção e indignação do ruivo foi notar que, além dos olhares femininos que recebia, um número considerável de olhos masculinos virava na direção de Hermione. Olhos que demonstravam um interesse muito maior do que a simples curiosidade de ver o quanto a garota poderia suportar soterrada no meio daqueles livros velhos e pareciam mais interessados em analisar famintamente a pena que ela passava distraidamente em seus lábios; sua cintura delgada, levemente pressionada pela mochila que estava imprensada sob suas costas na cadeira; ou suas pernas cruzadas pos baixo da mesinha, onde seu pé balançava quase que por vontade própria, num ritmo hipnotizante.
Rony teve vontade de estuporar a si próprio por ser tão avoado e não ter notado que sua atração por Hermione não era justificada exclusivamente pelo amor que sentia por ela. Ou melhor, achou que seria mais produtivo estuporar cada um daqueles abutres imbecis que não tiravam aqueles olhos pervertidos de cima dela. Hermione tinha atributos demais para ficar um segundo a mais à mercê daqueles pervertidos do inferno. Levantou de um salto, com as orelhas em chamas e cara de poucos amigos, e caminhou para junto dela, alegando uma vontade incontrolável de fazer seu dever de Defesa contra as Artes das Trevas, e isso por si só fez a garota franzir o cenho, desconfiada. E Hermione teve certeza de suas suspeitas quando, sem aviso algum, seus lábios foram capturados de supetão e sem cerimônias, ali, em pleno salão comunal, cheio de alunos, ele eram monitores e... como os lábios dele eram macios...

Hermione tentou recuperar o bom senso, o que foi quase impossível com aquele convite inesperado a sonhar acordada. Mas ela era monitora, não podia ficar se agarrando pela escola assim, tão deliberadamente, como se isso fosse tão certo... é, não tinha nada mais certo que aquelas mãos excepcionalmente fortes e decididas segurando sua nuca, não a deixando cessar o beijo. Num impulso inevitável de lucidez, conseguiu se afastar um pouco dele, murmurando rapidamente algo mais ou menos sensato.

- Ron, o que foi isso? – perguntou meio assustada, meio incrédula, se livrando daquelas perigosas mãos.

- Um beijo!

A resposta óbvia à sua pergunta mais óbvia ainda, fez com que ela não segurasse um sorriso, mas logo olhou em volta, e não se assustou ao perceber que eram o centro das atenções. Mas algo a fez não arrepender-se de sua fraqueza momentânea: as risadinhas incessantes daquelas assanhadas, com exceção das que eram direcionadas à Harry, tinham finalmente silenciado, e substituídos por expressões que beiravam a inveja. Exultou interiormente.

- Eu te amo! E você é a garota mais linda dessa escola!

Essa frase sussurrada em seu ouvido foi a responsável por lhe roubar toda a pouca lucidez que havia recobrado a base de muito esforço. Não evitou que um sorriso lhe rasgasse a boca enquanto se arrepiava por completo e mandava a Hermione certinha ir alimentar explosivins na Malásia. Sentou-se nas pernas dele, o sorriso ainda brincando em seus lábios.

- É tão reconfortante saber que você não é um ser desprovido de emoção! – brincou, enterrando as mãos impiedosamente nos cabelos rubros.

- É melhor ainda ver que aqueles idiotas perceberam que você não está disponível. Estúpidos! – Rony olhava para os colegas de casa, carrancudo e satisfeito ao mesmo tempo.

- Minha nossa! Além de sensibilidade, você também é capaz de sentir ciúmes? – disse a morena num tom irônico, mas sem conseguir esconder a satisfação.

- Sou sim! – o ruivo nem hesitou em admitir – Sou ciumento até demais, então quero ver quem vai ser o primeiro engraçadinho a querer se aproximar de você com segundas intenç...

- Shh – Hermione encostou um dedo sobre os lábios dele, deitando a cabeça em seu ombro direito e fechando os olhos, mas logo se empertigou e o olhou com a testa franzida – Você só me beijou por que alguns rapazes estavam me olhando, é?

- Não! Não apenas por isso. – completou ao ver a incredulidade se formando no rosto dela – Acontece que, ainda há pouco, percebi como você é linda até mesmo fazendo as coisas mais simples. – ele suspirou um pouco sério – Sabe, não sei como eu pude demorar tanto pra tomar uma atitude com você.

- Ron, fui eu quem tomou a atitude primeiro. – ela o lembrou.

- Eu sei. – agora ele estava muito constrangido, olhando para um livro, mesmo que não tivesse consciência de que aquilo era um livro – E isso me torna ainda mais lerdo! Hermione, eu sinceramente não sei, não entendo como eu pude demorar tanto pra descobrir o quanto você é linda. Demorei a admitir o quanto eu gostava da forma como você prendia seu cabelo, ou como eu me sentia envolvido pelo seu perfume, ou até mesmo como eu adorava te ver irritada com aquela ruguinha charmosa enfeitando sua testa enquanto você berrava a plenos pulmões comigo. Eu sempre amei tudo em você, mas não conseguia perceber isso! – ele parecia injuriado, inconformado, quase confuso – Me explica, como alguém pode demorar tanto pra notar uma pessoa tão especial como você? – ele enfim olhou pra ela, mas sua expressão de interrogação se alterou para surpresa quando viu aqueles olhos castanhos rasos d’água.

- Oh, céus, Ron... me beija por favor! – o pedido foi quase uma súplica, que o ruivo nem pestanejou em atender prontamente.

“E que se dane o resto!”, foi a última coisa que Hermione pensou antes de se deixar carregar para um plano bem longe daquele salão comunal, daqueles cochichos e olhares e do sorrisinho maroto de um Harry risonho, que só o que desejava era que Gina não demorasse, não porque ainda estivesse aflito por ela fazer alguma bobagem, mas por que, por incrível que pareça, já estava com saudades.
















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- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Sally dando um passo pra trás ao ver Gina se aproximar.

- Sim, aconteceu. - a voz saiu tão seca e árida quanto areia de um deserto, seus instintos a guiando para o caminho que julgava mais apropriado.

- E eu tenho algo a ver com isso?

- Okay, vamos direto ao assunto. – disse Gina sem vacilar, parando em frente à garota e olhando-a diretamente nos olhos – Eu, até pouco tempo, estava suportando muito bem o fato de você não parar de olhar para o meu namorado como se quisesse despi-lo. E não finja que não sabe do que eu estou falando. – alertou ao ver a loira fazer uma cara confusa - Não posso impedir que olhem pra ele, pois ele é bem bonito. Mas depois que você ganhou a vaga de artilheira na equipe, achei melhor esclarecer essa história e resolver esse assuntou de uma vez.

Sally suspirou um pouco impaciente e cruzou desafiadoramente os braços na frente do corpo, como que afrontando Gina. Sustentou com determinação o olhar da ruiva.

- Diz de uma vez o que você quer. – disse a loira com arrogância e dando a impressão de estar inteiramente entediada.

- Ora, vamos! Pare de tentar bancar a durona. Isso não faz o seu tipo que eu sei e também não me intimida nem um pouco. Quero conversar com você numa boa, sem nenhum tipo de agressão. E acho que estou no meu direito e você sabe disso! – as palavras da ruiva saiam como uma faca afiada de sua boca.

Sally pareceu um pouco desconcertada e envergonhada. Percebeu que aquela não seria uma conversa de meias palavras e não adiantaria nada fazer tipo ou incrementar certa hostilidade em suas palavras. Descruzou os braços e segurou na cintura, mas continuou encarando a ruiva com altivez, preparada pra conversa franca.

- Tudo bem Gina! Eu também não quero criar confusão com você. Desejo entrar na equipe de quadribol desde meu segundo ano, e não quero estragar tudo justo agora. – disse de maneira mais comedida.

- Acontece, Sally, que eu gosto do Harry desde quando eu tinha onze anos. – a melhor arma de Gina era continuar sendo direta – Passei boa parte da minha adolescência nutrindo sentimentos por alguém que eu achava ser impossível pra mim, coisa que eu acho ser de consciência de praticamente toda a escola, inclusive sua. Mas depois de quase cinco anos, eu finalmente consegui faze-lo olhar pra mim, mas ainda assim, você e nem ninguém fazem idéia do que nós dois tivemos que passar pra estarmos juntos hoje. Então eu só quero que você tenha conhecimento de uma coisa, que eu não estou disposta a perdê-lo novamente. E fique certa de que o que eu sinto supera em muito qualquer relação com aparência física ou a fama que ele tem.

O desfecho que tomou aquela conversa era algo que Sally não esperava. As palavras de Gina saíram tão cheias de emoção e verdade, que, mesmo que involuntariamente, baixou de vez a guarda, olhando com certa admiração para a ruiva e quase duvidando que ambas tivessem praticamente a mesma idade. Viu que Gina parecia falar com os olhos, que percrustavam impiedosamente seu rosto.

- Eu não quero criar problemas pra vocês, Gina. Desculpe-me se fui inconveniente. Eu não posso negar que me sinto atraída pelo Harry, mas agora que sei o que você sente por ele, me acho até injusta por estar aqui, discutindo com você sobre isso. – disse com um sorriso envergonhado.

- Eu não tenho nada contra você, Sally. Te conheço há quase seis anos e sei que você é uma boa pessoa. Eu realmente adoraria que nos déssemos bem, principalmente agora que pertencemos à mesma equipe de quadribol. – Gina continuava sendo muito sincera.

- Eu sei. – disse a loira, agora com um sorriso verdadeiramente simpático e acanhado – Vai ser bom criar jogadas com você nas partidas. Você joga muito bem.

Gina finalmente sorriu e estendeu a mão em direção à Sally.

- Trégua? – perguntou a ruiva.

- Paz! – respondeu a loira apertando a mão de Gina e retribuindo o sorriso – Ah, tenho que confessar uma coisa. Por várias vezes eu achei que me azararia só com os olhares que me dava. E hoje, pensei que nem fosse sair viva daqui!
Gina riu abertamente, enquanto via Sally sair do vestiário.

- Sally! – chamou a ruiva correndo para fora do vestiário, chamando a atenção dela, que olhou pra trás - Parabéns pelo teste! Você realmente mereceu uma vaga na equipe!

E mais uma vez Sally viu verdade nos olhos de Gina.

- Obrigada! E não se preocupe, não vou compartilhar essa conversa com ninguém! - e retomou seu caminho.

Gina entrou novamente no vestiário, encostando cuidadosamente a porta. Caminhou lentamente para o comprido banco de madeira que adornava o centro do aposento. Olhou para cada canto daquele lugar, mas não parecia notar nada ali, sua mente vagueava por ambientes bem mais desconhecidos. Com certo choque percebeu que seus instintos, mediadores absolutos de todas as suas ações durante essa conversa, eram capazes de chegarem à extremos até agora ocultos na sua concepção para defender sua felicidade. Com um sorriso impressionado e imprevisivelmente assustado lhe crispando o canto esquerdo da boca, chegou à conclusão de que estar com Harry era mais essencial do que ela imaginara.














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As semanas nunca passaram tão rápidas em Hogwarts. As aulas, com exceção as de História da Magia, corriam tão aceleradas, que era como se um minuto corresse na velocidade de um milésimo de segundo. Mas esse fator não alterou em nada a quantidade de deveres com que os professores vinham presenteando seus alunos, o que fazia com que os estudantes que prestariam NIEM’s e NOM’s quase não fossem vistos pelos jardins, gozando das já raras, mas ainda existentes, aparições do sol. Hermione que o diga. A morena andava tão nervosa que por várias vezes Gina tentara lhe persuadir a procurar Madame Pomfrey na intenção de tomar uma boa dose de poção calmante. “E olha que o ano letivo mal começou!”, dizia a ruiva para o namorado e o irmão.

Harry tivera alguns problemas com os treinos de quadribol devido à chuva. Era sempre uma incógnita se teriam condições de treinar nos dias que havia reservado o campo, e apenas três dos cinco treinos que tinha marcado, puderam ser realizados, o que os fazia retornar apenas muito tarde da noite para o interior do castelo, completamente exaustos e com quase uma tonelada de lama pelo corpo. Mas foi com certo alívio que descobriu que a equipe parecia bastante madura, apesar dos poucos treinos. O trio de artilheiros armava jogadas rápidas e imprevisíveis, munidos de um entrosamento quase telepático, e isso se fazia uma situação bastante incomoda e estranha algumas vezes na visão de Harry. Incomoda por ver Dino abraçar Gina quando acertavam alguma jogada ensaiada e não ter como interferir, e estranha por notar o quanto a ruiva e Sally se davam bem. Aliás, não era nada estranho encontra-las pelo salão comunal ou caminhando juntas após os treinos conversando animadamente, como se fossem amigas de infância. E a boa relação das duas se refletia também em campo, o que deixava Harry tão abismado quanto satisfeito.

O primeiro passeio do ano à Hogsmeade antecedeu o dia das bruxas, trazendo um pouco de alívio aos alunos, que poderiam usufruir um dia inteiro fora das paredes do castelo, deixando mesmo que por algumas poucas horas, os livros de lado. E o evento foi desencadeante de mais uma discussão de Rony e Hermione, coisa que era bastante comum nos últimos dias (não que não fossem comuns desde sempre).

- Eu já disse pra você ir! Não é obrigado a ficar aqui comigo contra a vontade! – Esbravejou a garota no meio do salão comunal, apontando para o buraco do retrato e chamando a atenção de alguns terceiranistas que saiam empolgados para seu primeiro passeio no vilarejo bruxo.

- Você pode parar de gritar? Está fazendo o maior escândalo! – disse Rony no mesmo tom dela – E eu já disse que não vou se você não for. O que você vai ficar fazendo aqui sozinha?

- Não vou estar sozinha. E mesmo que fosse, preferiria assim a ter você esfregando essa tromba sisuda no meu pescoço, lamentando a cada cinco minutos por estar aqui com sua namorada chata e histérica ao invés de estar se deliciando com os saborosos doces da Dedos de Mel!

- Você esqueceu de dizer insuportável...

- O que? – Hermione pareceu confusa.

- Você disse namorada chata e histérica. Esqueceu de dizer insuportável! – explicou Rony, cruzando os braços em frente ao corpo e observando, com um aperto no peito, os olhos da morena se encherem de lágrimas.

- Ótimo! – disse pegando com violência uma apostila de cima do sofá - Ótimo! – repetiu olhando diretamente no rosto dele, antes de virar as costas e começar a subir as escadas do seu dormitório.

- Ah, Mione... volta aqui! – Rony correu atrás dela – Espera!

Só então ela parou, ainda de costas para ele.

- Desculpa! – ele se aproximou receoso e se assustou quando ela virou de repente.

- Não! – respondeu chorosa e baixou o rosto, permitindo que algumas lágrimas gotejassem no degrau que ela estava parada – Sou eu quem deve desculpas a você. E ao Harry e a Gina também. – disse olhando para o casal, que estava abraçado no sofá, totalmente arrumados para o passeio, apenas esperando, meio entediados, por ela e Rony.

- Não se preocupem conosco. Estamos à disposição. – gracejou Gina, num misto de brincadeira e irritação.

Hermione desceu os poucos degraus que tinha subido e se aproximou de Rony.

- Ron, eu realmente estou muito nervosa e não tenho o direito de descarregá-lo em você. O que eu acabo fazendo sempre. – A última frase saiu em um tão de lamento tão sinceramente envergonhado, que Rony chegou a sentir pena do estado da namorada.

- Hermione...

- Não Ron, eu sei que ando insuportável ultimamente.

- Anda mesmo. – ele afirmou, mas a abraçou carinhosamente, fazendo-a dar um sorriso molhado.

- Eu sei, mas acontece que...

- Que? – ele a encorajou, acariciando os caracóis chocolates enquanto apertava mais o abraço.

- Eh, que... – Hermione tentou novamente.

- Que? – Rony novamente a encorajou, mas dessa vez pescando a aflição da garota. Afastou-se um pouco para olhá-la. Estava vermelha como seus cabelos – Mione, se você está assim por causa dos NIEM’s...

- Não é apenas pelos NIEM’s. – ela se afastou dos braços dele, caminhou ansiosamente até próximo à Gina e Harry e se jogou no sofá, com as mãos entre as pernas.

O estado de ansiedade exacerbado em que Hermione se encontrava, definitivamente pareceu tirar Harry e Gina de seu estado de semi-tédio e acabou por deixá-los apreensivos. Rony se aproximou desconfiado e tornou a cruzar os braços, olhando para Hermione.

- Você quer contar alguma coisa. – não foi uma pergunta.

- Eu... não...

- Hermione, você está me deixando preocupado. – Rony estava sério e isso só fez Hermione ainda mais aflita.

- Tudo bem. – ela levantou a cabeça para olhá-lo – Acontece que eu fiz um projeto.

Um breve silêncio.

- E? – Rony agora estava curioso.

- E se eu passar, ganharei uma vaga para estagiar no Ministério da Magia!

Outro silêncio, um pouco mais longo.

Rony começou a abrir pequeno um sorriso que Hermione achou extremamente confortante.

- E é por isso que você anda mais eriçada que um ouriço?

Hermione concordou lentamente com a cabeça, mordendo o lábio inferior.

Rony soltou com força o ar dos pulmões, deixou os braços se descruzarem e sacudiu a cabeça no mesmo momento que puxava a namorada para um abraço.

- Hermione, você é a criatura mais estranhamente complicada que eu já tive o privilégio de conhecer. – a apertou nos braços e sorriu – Por isso você vivia enterrada até os cabelos em livros de legislações, não é? Por que não me contou nada?

- Eu tive medo, Ron. – a morena tinha o rosto encostado no peito dele, e estava completamente aliviada por ele não ter ficado ofendido por ter escondido isso – Fiquei com medo de não passar e achei melhor guardar isso só pra mim.

- Como se isso fosse possível! – e sacudiu novamente a cabeça, como só de pensar na possibilidade de Hermione ser reprovada em algo fosse ridícula - Repito, você é realmente uma criatura estranha e complicada. – e sorriu – Por isso eu te amo tanto.

- Eu também! – respondeu radiante e em seguida o beijou – Agora me deixe ir buscar minha bolsa, já perdemos umas boas horas de passeio e estou com uma vontade tremenda de comer um grande caramelo da Dedos de Mel. – deu uma piscadela para Rony, e subiu as escadas correndo.

- Ela é pirada, não é? – Rony disse sonhadoramente, se jogando no sofá, com se “pirada” fosse um romântico elogio a se fazer sobre a namorada.

Gina apenas sorriu afetuosamente para o irmão e se aconchegou melhor nos braços de Harry, que a abraçou mecanicamente, ainda impressionado com a naturalidade com que até seus melhores amigos, que sempre brigavam tanto, deixavam transparecer com palavras seus sentimentos a quem quisesse ouvir, sem o menor receio. “E por que você, seu imbecil, não consegue fazer o mesmo?”, xingou-se, passando o queixo nos cabelos macios de Gina, deixando-se embriagar por seu perfume.



O passeio foi rápido, mas produtivo. Aproveitaram para conversar com os colegas de escola e para namorar, o que se fazia muito complicado na escola devido às intensivas horas de estudo incessante. Foram em todas as melhores lojas de Hogsmeade e levaram um estoque de doces suficiente para sustentá-los até a data da próxima visita ao vilarejo. Os festejos do dia das bruxas na escola só veio para encerrar com chave de ouro o dia maravilhoso que os dois casais tinham compartilhado.
















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- Rony, você não vai começar com isso, não é? – Harry achava que não teriam mais de passar por essa situação, ledo engano.

- Mas que droga Rony! Você esteve excelente nos treinos, será que poderia parar de bancar o herói trágico e tomar esse mingau, antes que eu vá até aí e o enfie goela abaixo. – o sibilar com que Gina ameaçou o irmão denunciava seu próprio nervosismo.

- Ron, eles têm razão. Você esteve ótimo, e tenho certeza que se sairá ainda melhor hoje. – Hermione segurou nas mãos dele, um gesto que fez o esverdeado da pele de Rony atenuar-se levemente.

O dia da primeira partida de quadribol da Grifinória chegou num momento que Harry achava bastante oportuno, pois nunca treinara uma equipe tão equilibrada. E se não fosse esse pequeno incidente com seu melhor amigo, poderia até julgar-se bastante confiante. Arriscou um olhar de relance pela mesa, onde todo o time estava tomando café. Jheremy McLuhan e David Elkis conversavam com as cabeças unidas e Harry suspeitava que estivessem repassando alguma estratégia de última hora. Sally Wilson, que estava sentada ao lado de um hipnotizado Dênis Creevey, comia tranquilamente sua torrada, prestando atenção aos cochichos de Jheremy e David, indiferente aos olhares de Dênis. Dino Thomas se servia de leite enquanto conversava distraidamente com Luna, que estava de pé ao seu lado, e não foi surpresa vê-la usando o tão conhecido e hilário chapéu de cabeça de leão.

Quando a equipe ficou de pé para se dirigirem ao campo, todos já trajando o uniforme, a mesa da Grifinória explodiu em aplausos e gritos de incentivo. Aquela euforia contagiante pré-quadribol era algo que Harry tinha certeza de que sentiria muita falta. Saiu do salão principal juntamente com seus companheiros, um friozinho gostoso assolando seu estômago.



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" Lufa-lufa joga com Jones, Lincon, Marley, O’Brien, Neal, Craig e Rogers. O time já está em campo saldando sua animada e generosa torcida "– bradou Tim Reynolds, o novo comentarista das partidas. Novo mesmo, se levada em consideração seus doze anos. Mas a empolgação do garoto sonserino em poder narrar as partidas e o conhecimento que o garoto parecia possuir sobre quadribol, definitivamente tornavam sua pouca idade e sua vozinha extremamente aguda um mero fator insignificante.

“E o time da Grifinória entra em campo pessoal, representados por Weasley, Thomas, as belíssimas Weasley e Wilson, McLuhan, Elkis e claro, Potter.”

As arquibancadas tremiam, quase na mesma intensidade que o peito de Harry assim que apertou a mão de Rogers. Logo que montou na precária, mas ainda assim vassoura da escola e levantou vôo, sentiu uma sensação de liberdade jamais experimentada por ele antes. Nunca havia participado de uma partida assim, tão despreocupado e feliz. Sua única preocupação seria agarrar aquele pomo, e isso realmente, era maravilhoso.

“E soa o apito, a posse da goles já é da equipe da lufa-lufa. A jovem O’Brien carrega a goles desviando da marcação dos artilheiros da Grifinória e ...Uh! Infelizmente ela não foi tão feliz em desviar do balaço!”

Um sonoro “Oh!” foi ouvido vindo das arquibancadas e Harry ainda teve tempo de ver David socando o ar, comemorando sua boa pontaria, e Sally tomando a posse da goles para a equipe da Grifinória. Tentou manter a concentração na procura do pomo, que até agora não havia dado o menor sinal de vida.

“Wilson joga a bola para Weasley, que desvia de Neal e passa a vez para Thomas que acelera e arremessa... mas, Jones defende. Uma bela jogada dos artilheiros Grifinórios.”

Quase uma hora depois, o jogo estava 60X30 para a Grifinória. O placar favorável se devia as grandes jogadas do trio de artilheiros da casa e duas defesas espetaculares de Rony, seguidos dos gritos ensandecidos da torcida vermelha e dourada e do rugido do chapéu-leão de Luna. Harry já tinha visto o pomo duas vezes, mas assim como a pequena e veloz bolinha alada aparecera, sumira na mesma velocidade, fazendo o apanhador grunhir irritado.

Mas um tempo de jogo decorrido, quando Gina se preparava para lançar uma bomba na direção dos aros adversários, um balaço rebatido por Lian Craig acertou em cheio seu braço, paralisando o jogo por quase dez minutos para medicar a garota. Harry e Rony, preocupadíssimos, tiveram o auxílio de Hermione numa tentativa inútil de tentar convencê-la a abandonar a partida, mas a teimosia e o gênio forte da ruiva os venceram facilmente, e ela acabou por voltar ao jogo, decidida. Ainda assim, Harry manteve os olhos nela, e as caretas de dor que ela fazia cada vez que carregava ou lançava a goles o estava deixando desesperado. Mais do que nunca apurou a visão, decidido a encontrar o bendito pomo de ouro e acabar com aquela partida de uma vez. “Diabos de garota teimosa!”, pensou inconformado.

E eis que Mérlin ouviu suas súplicas, pois não tardou e viu o pontinho dourado sobrevoando o centro do campo, parecendo se decidir pra que lado correr. Harry procurou rapidamente o apanhador da lufa-lufa, e o encontrou na sua direção, porém do outro lado do campo. Não pensou duas vezes e guinou a vassoura pra frente, impondo o máximo de velocidade que aquela vassoura velha poderia oferecer. Para sua sorte, a vassoura de Rogers, o apanhador adversário, estava nas mesmas condições que as suas, mas ainda assim, o pomo parecia estar mais próximo ao outro, que aparentemente não tinha notado o pomo, nem a manobra de Harry.

“Senhoras e senhores parece que o Potter finalmente achou o pomo-de-ouro!”

Pronto, a nada discreta consideração de Tim no megafone mágico foi o suficiente para despertar a torcida e Rogers, que acelerou sua vassoura na direção de Harry. Ninguém nem ao menos viu o gol que Dino Thomas acabara de fazer. A torcida gritava, incentivando os apanhadores, enquanto esses voavam em direção ao centro, um de cada lado do campo.

Harry falava e gritava com a vassoura, como se isso fosse fazê-la acelerar mais. Nunca tinha sentido tanta falta de sua firebolt. Olhou pra frente e achou que acabaria colidindo com o outro apanhador, pois os dois voavam velozes na mesma direção. Esticou o braço no mesmo instante que Rogers.

A torcida, que gritava, agora fazia um silêncio tenso e modorrento. Os milhares de olhos mal piscavam. Hermione chegou a fechá-los quando viu a quão perto os apanhadores estavam. Ia ser um baque feio. “Porque esses idiotas não desviam? Querem se matar!”, pensava nervosamente, roendo as unhas com os olhos apertados. Ouviu os urros dos estudantes ao seu lado, mas antes mesmo de abrir os olhos, já sorria.

“Harry Potter pega o pomo numa jogada incrivelmente perigosa! Grifinória vence por 230 a 60!”

Quando Harry pousou, todo o time já o esperava no chão, e a primeira a pular em cima dele foi uma empolgada Sally, desejando parabéns com um sorriso radiante. Mas assim que Gina se aproximou, a loira se afastou humildemente, ainda sorridente, e abriu espaço para a ruiva, que sapecou um beijo na boca do namorado. Ainda em meio ao beijo, Harry percebia vagamente as vozes que lhe cumprimentavam ou os tapinhas que recebia nas costas.
















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“CAPÍTULO 11: Um ano para se apagar da memória.”


Como será que Harry Potter descreveria seu quinto ano na escola? Talvez difícil, ou aterrorizante... ou quem sabe ele resolvesse nem comentar o assunto por querer apaga-lo da memória?

É isso mesmo! De todos os pesadelos que o jovem herói precisou vivenciar acordado, talvez o que mais o tenha assustado foi o vivido aos seus ainda imaturos 15 anos de idade. O rapaz entrava em uma idade de conflitos, carregando o fardo de ser o menino-que-sobreviveu e tendo de lidar com situações de vários extremos: descobertas, segredos, mudanças, perdas. A volta à Hogwarts, um momento sempre muito aguardado e ansiado por Harry Potter, se fez um evento altamente assustador, tornando a vida já turbulenta do jovem ainda mais complicada.

Vamos aos fatos! Poderíamos enumerar vários episódios desagradáveis que sucederam em Hogwarts naquele ano, como por exemplo, a saída de Alvo Dumbledore da diretoria da escola. Um choque para o jovem Harry, pois é de conhecimento de todos que o mago era uma espécie de tutor para ele. O acontecido, somado à sua imagem ridicularizada pelos meios de comunicação bruxos, devido à incredulidade da sociedade e do próprio Ministério da Magia acerca do retorno de Você-sabe-quem, a recém perda de um colega de escola e a nomeação de Dolores Umbridge como auto-inquizidora e posteriormente diretora de Hogwarts, tenham testado a tão complacente paciência de Harry.

Segundo minhas pesquisas, o rapaz andou extravasando sua tão contida raiva em qualquer um que ultrapassasse o raio de três metros em proximidade. Nunca foi segredo que Harry jamais foi um exemplo estudantil, fato comprovado nos arquivos de detenções da escola, mas o comportamento dele durante o ano em questão, foi alvo de diversas discussões. Pelo que descobri, Harry Potter não fazia o menor esforço em esconder seu asco e repulsa por Dolores Umbridge, que lecionava a tão problemática matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas. Bom, com exceção de alguns poucos alunos, ninguém, nem mesmo o quadro docente da escola, parecia simpatizar muito com a professora. Mas ninguém ousou bater de frente com ela como Harry fez, e isso lhe rendeu uma bela cicatriz no dorso da mão direita, resultado das cruéis e desumanas detenções pela qual foi submetido.

A escola, sem a presença de Dumbledore, estava sofrendo transformações nada agradáveis aos olhos da maioria dos residentes do castelo. Alguns professores foram afastados do cargo, muitas matérias sofreram ajustes e uma série de decretos estudantis criados por Umbridge com o apoio direto do então Ministro Cornélio Fudge, transformou Hogwarts em um verdadeiro quartel.

Então, entrou em ação a “Armada de Dumbledore”, uma sociedade criada por alguns estudantes rebelados contra a tirania imposta pelo Ministério e pela diretora Dolores Umbridge, e liderada, logicamente, por Harry Potter. Acredita-se que os estudantes se reuniam clandestinamente para serem ensinados a duelar e realizar feitiços que julgavam necessários para estarem preparados à vigente guerra, que o Ministério insistia em contestar, mas que de fato veio a acontecer posteriormente. Potter, apesar de jovem, fora unanimemente escolhido a lecionar para o grupo de rebeldes, afinal, era inegável a experiência que o rapaz tinha (ver capítulos 1, 2, 5, 7, 8, 9 e 10).

Apesar das visíveis dificuldades, Harry Potter realmente provou sua força ao passar por uma das maiores provações de ainda sua curta vida: a morte de seu padrinho Sirius Black, que vivia recluso por ser o criminoso mais procurado pelo Ministério, acusado de um crime, que já sabemos, não cometeu (ver capítulo 3). A morte do padrinho representou a maior perda já sofrida pelo garoto desde o assassinato dos pais, pois pessoas próximas a ele dizem que Sirius Black lhe representava a figura mais próxima a uma família.

Como se tudo isso não fosse suficiente, no mesmo ano, após toda essa sucessão de tragédias, Harry Potter tomou conhecimento da existência da tão misteriosa profecia...



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- Caraca! – exclamou Rony de olhos arregalados, ainda fitando incrédulo o livro que tinha aberto nas mãos.

- Eu disse que você ainda iria se surpreender com as coisas que ela descobriu. – Hermione interpretou corretamente a surpresa de Rony.

- Mas... se eu não soubesse, duvidaria que esse texto foi escrito pela degenerada da Skeeter. É como se ela tivesse estado presente em tudo.

Hermione procurou os olhos de Harry. Os dois sorriram, lembrando que a morena havia dito algo parecido. Rony logo voltou sua atenção para o livro novamente.

- Acho que vou evocar o oráculo novamente, pois estou começando a ficar muito preocupada. – Gina comentou com desinteresse, molhando a ponta da pena no tinteiro e voltando a escrever no pergaminho.

- Com o que? – quis saber Harry, virando a página de um livro.

- Talvez o apocalipse esteja próximo. Acho que não vejo Rony tão empolgado com um livro desde “Contos de Beaddle, o Bardo”. Ele se apaixonou pela coelha Babbity, sabem?

- Eu ouvi, ok? – a voz de Rony veio por trás do livro.

Os quatro estavam confortavelmente espalhados pela sala d’A Toca, curtindo o recesso de Natal. Bom, pelo menos Rony e Hermione estavam curtindo, pois Harry e Gina tinham decidido por em dia seus deveres. Gina estava deitada de bruços no puído carpete da sala, escrevendo sua redação de DCAT enquanto, sentado no sofá, Harry lia um livro de Herbologia, pois teria de responder um questionário sobre espécies de plantas nocivas que tinham propriedades curativas.

Hermione e Rony, que tinha sido obrigado pela namorada a fazer todos os deveres no mesmo dia que chegaram à Toca, agora buscavam o que fazer para matar o tempo. Rony estava deitado próximo de Gina no chão, há mais de meia hora com a cara enterrada em “A história real e detalhada de Harry Potter, o menino que venceu!”, provavelmente achando na leitura coisas bem mais interessantes do que Hermione acharia em “Hogwarts: Uma história”. A morena estava, não tão confortavelmente, sentada ao lado de Harry, dando um jeito de achar uma posição para pintar as unhas dos pés “à moda trouxa”, como dissera Gina.

- Bom dia família! – a voz de Jorge chegou até a sala, vinda da cozinha.

Não tardou e o ruivo deu o ar da graça na sala, se jogando no sofá, bem ao lado de Hermione.

- E aí crianças?

- Jorge! Você me fez borrar uma unha! – Hermione brigou, analisando o estrago.

- Desculpa Mione! Mas por que você não usa magia pra fazer isso? Seria bem mais prático! – observou Jorge, vendo o contorcionismo que a garota precisava fazer para ter uma visão das unhas do pé.

- Eu já disse isso! – resmungou Rony sem tirar os olhos do livro.

- Acontece que eu também sou trouxa. Gosto de fazer as coisas sem magia de vez em quando. – Hermione soltou o pé direito e olhou para o esquerdo, que ainda nem tinha começado a fazer – Mas acho que minhas costas não agüentam mais. – concluiu, gemendo enquanto esticava as costas doloridas.

- Um típico resmungo de uma velha reumática! – brincou Jorge, levando um tapa da cunhada.

- Você anda abatido Jorge. Está tendo problemas na loja? – perguntou Hermione, prestando atenção no ruivo, que apoiou os cotovelos nos joelhos.

- Não são problemas necessariamente. A loja continua vendendo bem, mas acho que precisamos de novidades, sabe? – deu um suspiro e esfregou os olhos cansados – Tenho virado noites na loja, buscando novas idéias. Acho que não tenho andado muito criativo ultimamente. Com o Fred do meu lado seria bem mais fácil.

Hermione segurou de leve no ombro dele. Gina olhou pra Harry de forma significativa e pesarosa. Rony olhou rapidamente para o irmão por cima da capa do livro, mas logo retomou sua leitura.

- Antigamente seria bem mais fácil transformar um caramelo em uma brincadeira, mas hoje em dia, não consigo deixá-lo mais interessante que um caramelo mesmo.

- Jorge, é só ter um pouco de paciência. Você passou por um momento muito difícil, é normal que tenha um pouco de dificuldades em retomar o negócio dos logros. – consolou a cunhada.

- Espero que sim, Mione! – Jorge encostou-se no sofá – Pensei em criar uma linha de chicles de baba bola com sabores exóticos. O problema é que minha idéia não avança mais que isso.

- Acho que seria uma grande idéia! – Gina sorriu para o irmão.

- Talvez os chicletes pudessem ter mais que sabores exóticos. – opinou Rony lá do canto dele.

- Como assim? – Jorge olhou para a capa do livro que escondia o rosto do irmão, mas não parecia muito interessado.

- Sei lá! Poderia ter uma linha de caramelos com sabores exóticos e uma outra com os sabores preferidos da pessoa. – Rony deu de ombros, não desgrudando os olhos do livro – Eu pelo menos sempre desejei encontrar um caramelo assim.

- Continuo não entendendo Rony. – Jorge agora pareceu um pouco mais atento ao irmão.

- Os feijõezinhos de todos os sabores, por exemplo, tem todos os sabores exóticos que podemos imaginar, mas temos de tomar cuidado para não engolirmos um com gosto de meleca de trasgo. – Rony explicou calmamente – São bem divertidos. Mas não conheço outra linha de doces parecida, tipo, chicletes de morango com recheio de cerveja amanteigada. Deveria ser uma delícia, não? São sabores que todo mundo gosta. E mais, seria um barato comer um caramelo que assumisse o sabor de algo que você desejasse comer na hora, não acham? – Ele enfim baixou o livro e olhou para o irmão. Ergueu uma sobrancelha – Tá tudo bem, Jorge?

Jorge estava quase babando, essa era a verdade. O queixo estava quase encostando em seu peito, e uma ligeira baba ameaçava lhe molhar a camisa.

- Eu não acredito que você tem um cérebro. – disse após se recuperar um pouco.

- Eu tenho um estômago! – Rony não ligou para a gracinha do irmão – Só disse o que eu gostaria de encontrar por aí!

- Você acha que além dessa história dos sabores poderíamos acrescentar algo mais engraçado aos chicletes? – Perguntou Jorge, agora olhando Rony com tanta atenção que o estava deixando intrigado.

Rony ergueu a outra sobrancelha, quase não acreditando que o irmão estava lhe perguntando isso. Jorge e Fred sempre zoavam com ele, e nunca pareceram se interessar por suas humildes opiniões. Mas por consideração à boa convivência familiar, resolver considerar a pergunta.

- Bom, não sei. Que tipo de coisa?

- Algo engraçado! – Jorge estava empolgado, quase sorrindo.

Rony pareceu pensar um pouco. Um leve sorriso foi nascendo aos poucos em seus lábios.

- Seria bem engraçado se, enquanto a pessoa mastigasse os chicletes, sentisse muita vontade de, bom... você sabe... ficasse com o aperto-você-sabe-onde! – Harry, Gina e Hermione riram na mesma hora. Jorge só se empolgava – E ao invés de liberar um gás supostamente intoxicante, o aroma seria exatamente o mesmo que tinha o chiclete. A pessoa ia ficar desesperada antes de descobrir o aroma.

Agora Harry, Gina e Hermione explodiram em risadas. Jorge deixou seu sorriso morrer e olhou para o irmão como se um enorme galho estivesse lhe saindo pelas orelhas.

- Cara, você é um gênio! Acho que enfim posso assumir meus laços de sangue com você. – Jorge disse abobalhado.

- Eu sei que sou brilhante! - Comentou um Rony nada modesto.

- Escuta, você não gostaria de me ajudar na loja?

- O que? – quatro vozes incrédulas perguntaram ao mesmo tempo.

- É sério! – Jorge revirou os olhos – Trabalhar comigo. Pelo menos dar uma força de vez em quando.

Harry, Gina e Hermione olharam para Rony com as bocas semi-abertas. Este parecia pasmo, mas logo se recuperou e olhou desconfiado para o irmão.

- Você tá me gozando, né?

Harry, Gina e Hermione olharam para Jorge.

- Não! Eu não me lembro de ter falado tão sério em toda a minha vida. Rony, você tem muita criatividade, uma criatividade bastante produtiva nesse ramo pelo menos. – completou maroto – Mas gostaria de trabalhar mais essas idéias com você, se quiser ser meu sócio, claro.

Harry, Gina e Hermione tornaram a olhar para Rony.

- Eu... Eu acho que podemos tentar. – disse um pouco incerto – É, acho que seria uma boa! – agora pareceu mais confiante.

Os dois ruivos se levantaram ao mesmo tempo e se abraçaram fraternalmente, como nunca tinham feito antes.

- Valeu mano! – Jorge agradeceu – Eu vou precisar muito da sua força!

- Pode contar comigo. – Rony garantiu, dando um tapinha nas costas do irmão quando saíram do abraço.

- Bom, agora preciso subir. O cansaço enfim me venceu. – e se retirou.

Rony olhou para os outros três que permaneceram na sala, ouvindo os rangidos dos degraus da escada que o irmão estava subindo.

- Dá pra acreditar? – perguntou abismado.

- Não! – responderam os três na mesma hora.















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O dia estava incrivelmente quente, completamente diferente do dia anterior, onde uma chuva torrencial desabou impiedosa do céu escuro. Era véspera de Natal e a senhora Weasley literalmente se aproveitou do sol para escravizar os homens da casa, alegando que não tinha clima melhor para se desgnomizar o jardim do que esse. Não foi à toa que os rapazes passaram grande parte da manha conversando e atirando pra longe os pobres gnomos. Rony levou tão à serio a seção judiação, que acabou sendo judiado, pois levou uma bela mordida de um gnomos bastante irritado, e até agora estava com a mão direita vermelha e inchada.

Na hora, Harry lembrou-se de um momento hilário, e não conteve a brincadeira.

- Não se preocupe Rony. Saliva de gnomos é altamente benéfico! – disse para o amigo que não parava de resmungar segurando a mão ferida.

- O que? – perguntou o ruivo confuso.

- Você pode ter sido presenteado pelos Germumblies! – completou Harry, fazendo força pra não rir.

Rony pareceu lembrar do episódio no casamento de Gui, onde o Sr. Lovegood havia dito isso à Luna, que tinha sido mordida por um gnomo.

- Maluco! – disse rindo, enquanto entrava em casa para fazer um curativo.


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Harry estava no quarto do amigo, terminando de responder seu questionário de Herbologia. Assim que deu por encerrado seu dever, se espreguiçou, sentindo a sensação boa de seus músculos se alongando e resolveu descer para o, agora desgnomizado, jardim. Seria bom pegar a brisa do final de tarde. Desceu alguns patamares e quando percebeu que estava na frente do quarto de Gina, pensou em convidá-la também, mas ao ouvir a voz de Hermione lá dentro, achou melhor não incomodá-las. Ao chegar à cozinha, assustou-se ao ver que Fleur estava ali. Observou a Sra. Weasley ensinando a nora a preparar o que parecia ser uma torta.

- É uma receita aparentemente comum, mas um segredo da família torna o resultado final espetacular. – disse a matriarca de maneira professoral e Fleur prestava atenção à tudo com interesse enquanto escrevia em um pergaminho.

Harry sorriu. Não duvidava que Fleur realmente estivesse anotando cuidadosamente tudo que a Sra. Weasley dizia, afinal, a comida da bruxa era a mais gostosa que ele já comera. Andou mais um pouco e viu Rony e Jorge sentados no chão da sala, rodeados de doces, pergaminhos e, inclusive, alguns livros.

- Há! Eu sabia! As de caramelo têm efeito mais prolongado, mas as de baunilha são mais fortes! – disse Rony apontando um pergaminho.

- É! – concordou Jorge coçando a cabeça com a ponta de uma pena – Mas mesmo assim acho melhor trocarmos as cores, pois com essas nem o tapado do Percy comeria. Tem cor de bosta de dragão!

- Concordo, o gosto está ótimo, mas aconselho alterarmos o cheiro também. – opinou Rony fazendo uma careta ao cheirar um doce que tinha na mão enfaixada – As pessoas vão achar que vendemos titica de hipogrifo. Jamais mastigariam isso!

- Certo! Acho que Fred concordaria com isso! – Jorge pareceu estranhamente pensativo e Rony concordou com o irmão.

Harry se encaminhou pra fora da casa, embebido em pensamentos agradáveis de como sua vida e de seus amigos havia mudado. Se encostou de ombros em uma árvore, sentindo a morna brisa despenteando seus cabelos. Passou um tempo ainda, sozinho com seus pensamentos, quando sentiu mãos macias vendarem seus olhos. Ela nem precisaria falar nada, apenas o cheiro e o toque já seriam suficientes para reconhecê-la.

- Adivinha quem é? – perguntou aquela voz tão agradável.

- A garota que anda povoando meus sonhos!

Gina logo entrou em seu campo de visão, segurando na cintura e com um sorriso maroto.

- Eu ando povoando seus sonhos, é? Que tipo de sonhos são esses, hein?

- Hum, todo tipo de sonhos. Mas os melhores são aqueles em que eu sou um bandido perigoso apaixonado pela donzela ruiva mais linda da cidade. Então minha única saída é seqüestrá-la e ir pra bem longe, onde só sejamos nós dois.

- É mesmo? – ela se aproximou lentamente – Então por que não faz isso? – provocou com o nariz quase colado ao dele.

Harry nem pensou duas vezes. A jogou sobre os ombros e saiu com ela pelos jardins, se afastando mais da casa. A ruiva sacudia as pernas e gritava para ele soltá-la enquanto dava soquinhos leves em sua costa. Harry apenas ria, coisa que ela também não se esforçava em esconder que fazia. Ao chegar a um lugar que dava para acompanhar perfeitamente o pôr do sol, desceu Gina de seus ombros. Ela o encarou e sorriu.

- Você é louco Harry Potter! – disse sorridente, o abraçando pelo pescoço.

Harry sentiu o cheiro dela, acariciou seus longos e macios cabelos, sentiu o toque morno e suave da pele dela. Apertou mais o abraço. Sorriu.

- Eu te amo!

Gina sentiu seu corpo retesar, seus olhos se arregalarem e suas mãos começarem a suar frio. De repente sentiu seu ar faltar, suas pernas bambearem e seus olhos arderem. Ela realmente tinha ouvido isso?

Se afastou um pouco dele, gravando em sua memória a expressão dura e ao mesmo tempo serena que ele tinha no rosto. Ela nem teria percebido que estava chorando se não tivesse sentido ele limpar uma lágrima de seu rosto com o polegar.

- Ha-Harry... – tentou começar, mas sentiu os dedos dele em seus lábios. Não evitou que seus olhos se fechassem, liberando mais algumas lágrimas. Não sabia por que estava chorando, seu coração queria explodir tamanha violência com que batia em seu peito.

- Não precisa dizer nada. – ele disse e deu o sorriso mais lindo que ela já tinha visto, era como se toda sua felicidade pudesse ser transmitida naquele sorriso – Eu realmente já desejava ter dito isso antes, só não fiz por que... eu nem sei por que não fiz. Mas eu sentia que já te amava há muito tempo.

Gina ficou em choque. Como, pelo amor de Mérlin, ela acharia que pudesse estar tão feliz, tão histericamente e loucamente feliz. Sem poder se conter mais, abriu um largo sorriso e, literalmente, pulou com vontade em cima dele, prendendo as pernas na cintura dele e os braços em seu pescoço.

- Eu também te amo! – exclamou em alto e bom som, completamente feliz enquanto ele a rodava lentamente.

Harry acabou pisando em um buraco, se desequilibrou e ambos caíram na grama.

- Gi, você tá legal? Se machucou? – perguntou preocupado, olhando ansiosamente pra ela. Mas Gina ria abertamente.

- Quem se importa?! – e segurou o rosto dele, selando os lábios.

O sol se punha lentamente, tingindo o céu de várias cores o que tornava ainda mais lindo o cenário que se formava nos jardins d’A Toca.

Passados alguns minutos, o casal encerrou o beijo com uma dificuldade quase sobre-humana. Queriam ficar ali pra sempre.

- Sabe, - começou Harry passando a mão nos cabelos acajus da amada, espalhados na grama – eu nunca pensei que chegaria a me sentir tão feliz.

- Então vá se acostumando Sr. Potter, pois comigo você não vai ter um dia triste pra se queixar. – disse Gina com um sorrisinho enviesado e coçando a ponta do nariz de Harry.

- Puxa, que mulher mais confiante! – Harry fez um pouco de cócegas na ruiva.

- Não querido. Só acho impossível alguém te amar mais do que eu.

Os dois se encararam sem piscar. Gina deitada na grama fria e Harry por cima dela. Os dois estabelecendo uma conexão forte e intensa com uma simples troca de olhares.

Gina sorriu, e Harry nunca resistia ao sorrisos dela. Começou a aproximar seu rosto do dela, mas ela o virou. Harry olhou para ela intrigado enquanto a via se levantar. A ruiva continuava sorrindo, agora um sorriso extremamente convidativo. “Ah, ela está me provocando?”

- Gin... – disse ele, mas ela apenas inclinou mais seu sorriso.

“Isso e golpe baixo!”, pensou o garoto. Mas ela se agachou um pouco, foi aproximando seu rosto do dele, ele fechou os olhos.

- Vem me pegar. – sussurrou a garota, e quando ele abriu os olhos viu que ela fazia uma cara que com certeza não a levaria para o céu.

- Você quem pediu! – ele deu um salto, no mesmo momento que ela começou a correr dando um grito agudo e divertido.

Gina corria para todos os lados, Harry atrás dela. A garota circulava árvores, pulava por cima de pedras, pisava sem pena em poças de lama, e não restava à Harry outra alternativa a não ser se esforçar para alcançá-la e assim sentir novamente o gosto daquela boca. Ela o provocava, jogava beijos no ar, mas ele apenas ria, sem conseguir alcança-la. O jogo de pega-pega ainda durou um bom tempo, até que...

- Ai! – gritou Harry.

Gina virou rapidamente e o viu caído no chão, segurando o tornozelo com uma expressão de dor no rosto. Correu preocupada à seu encontro e agachou-se junto a ele, já com a varinha acesa em suas mãos para vê-lo melhor.

- Harry... – ela estava sem fôlego pela correria – Você se machu... Ahhhh! – gritou.

Harry a tinha agarrado pela cintura e a jogado no chão. Agora ele ria abertamente.

- Te peguei! – disse risonho – Eu jamais te pegaria na corrida, então tive que apelar! – riu ainda mais quando viu o rosto assustado dela começar a ficar possesso.

- Isso não é justo! Você realmente me assustou! Isso é jogo sujo seu trapacei...

Foi interrompida pelo beijo de Harry. A varinha frouxa em sua mão era a única fonte de luz ali.




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- Por Deus! O que houve com vocês? – perguntou uma assustada Sra. Weasley, vendo que Harry e Gina entravam na cozinha – Vocês estão todos sujos de terra e lama!

- Estávamos estudando Herbologia mamãe. – disse Gina divertida, dando uma piscadela pra mãe.

Gina foi puxando Harry em direção às escadas. Harry apenas sorriu encabulado para a doce senhora.

- Sei, sei... Crianças! – exclamou a matriarca com um sorriso, sacudindo a cabeça.

Quando chegaram na porta do quarto de Gina, deram um longo beijo.

- Agora vamos tomar banho. Daqui a pouco teremos de descer para jantar. – Gina abraçou o namorado.

- Promete que não vai me esquecer? – perguntou Harry.

- Só se eu fosse louca. Ou doente. – completou, fazendo ele rir.

- Tá bom. Eu te amo.

- Eu também!

Deram um selinho rápido. Gina não entrou enquanto Harry não sumiu do seu campo de visão. Abriu a porta do quarto, deixando liberto um sorriso que não conseguia conter. Encostou a porta lentamente, e se aproximou se sua cama. Imagens da tarde mais linda da sua via pipocando em sua mente, fazendo-a gargalhar de felicidade. Tocou os lábios com as mãos e se jogou na cama, nem se importando por estar completamente imunda. Por ela, nunca mais tomaria banho, para não apagar aquela sensação do seu corpo.

- Eu adoraria saber o motivo dessas gargalhadas.

Levou um susto quando ouviu a voz de Hermione. Estava tão enfeitiçada pelas suas lembranças que nem tinha notado a presença da amiga em seu quarto. Fechou os olhos e suspirou, se perguntando por que não conseguia parar de sorrir. Era como se duas linhas invisíveis puxassem os cantos de seus lábios em direção as suas orelhas.

- A explicação é simples, Mione! – disse ainda de olhos fechados - Acabei de descobrir que sou a mulher mais feliz do mundo!

Hermione captou bem as palavras “feliz” e “mulher”. Sorriu, aquele sorriso de alguém que sempre entende mais do que as pessoas gostariam que ela entendesse.




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N/A: *abram alas para uma autora exultante*

Olá galera!
Oh, gente, fiquei tão feliz por ver como faz bem uma boa chantagem...auhuaua Brincadeira! Nossa, a página bombou de comentários, maravilhosos como sempre...
Eu amo voces, sabiam! AMO MESMO!
Olhem, eu disse que postaria no sábado, e promessa é divida! Mas pessoal, o sábado só acaba meia noite...tinha gente me cobrando desde a madrugada! ahuahua...não me importo, fico até muito feliz, isso quer dizer que voces realmente estão gostando de acompanhar a história criada pela mente perturbada desta humilde moça aqui *autora aponta dramaticamente para si própria*!

Ok, mas vamos aos fatos...

Primeiramente, vou agradecer os comentários, e depois, vou fazer algumas considerações sobre o andar da fic, ok? Então, mãos à obra.

P.S: O capítulo 15 saiu rápido por que eu simplesmente a-d-o-r-e-i escrevê-lo! desembestei na frente do PC. Desabafos à parte, vamos ao que interessa:

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Resposta aos comentários maravilhosos de voces:


Isabella O. M.: Olá! Começo por voce... Nossa, só você lotou as páginas de comentários! Que legal! *sorriso matreiro* Olha, quanto seu coment... Puxa, voce perguntou muita coisa... e muitas das perguntas que voce fez foram iguais a de outras pessoas, então resolvi fazer umas considerações lá embaixo. Seguinte: Simas e Neville: Já se formaram, assim como grande parte da turma do Harry. Diferentemente do Harry, Rony, Hermione e Dino, os demais cuntinuaram cursando o sétimo ano (mesmo que fosse tendo aquela orda de comensais no castelo! ECA!).R/H no dormitório: Bom, não posso dizer que não rolaram uns belos amassos, mas acredito que não chegaram aos finalmentes...ainda não!*sorriso malvado*A loira lambisgoia: Acho que Gina já deu um jeito nela! É isso aí ruiva! P.S: eu não sou loira! Harry e Rony fizeram boas amizades com os novos colegas, mas às vezes é difícil descrever tudo. Como diz minha ídala J.K:"Quando escrevemos, temos de resistir a tentação de relatar tudo!" POr isso não descrevo melhor as aulas, e etc... ainda tenho muito anos pra escrever! (Foram dezenove, cara!). A indicação do Harry à chefe dos aurores: Sugiro que voce leia novamente o final do capítulo 14! Leia com atenção o que Kingsley diz. Não é que ele queira por capricho o Harry lá, mas é por que ela é a pessoa mais preparada pra estar ali, apesar de não ter concluido a escola e ter só 18 anos. E acho que a população bruxa (não toda, claro) vai concordar com o ministro. Mas, vou tentar desenvolver mais isso, ok? TENTAR! Bom, acho que chega!*autora afasta o suor da testa* Ficou bem grande esse meu coment, mas voce mereceu! Beijão e continue aqui! e aí, gostou do quinze?*sorriso esperançoso*

Cindy Nolte: Okay, a loira se ferrou! hehehe... Olha, teve mais R/H nesse capítulo! E aí? gostou? Espero mais coments... beijão!

Amanda Weasley Potter : Oh, já te add. Tomara que te encontre por lá de vez em quando pra trocarmos uma idéia... taí o cap. Aguardo mais coments e Entramos novamente no top 20...ehhh!!! Passarei na sua fic assim que der.*autora beija o dedo* prometo!

Feholy: Já te add! E to louca pra ver essa capa!*autora rói as unhas* que bom que gostou do capítulo, e eu também adorei o momento "somos os melhores amigos do mundo" entre a minha amada Mione e mo meu querido Harry! Aguardo mais coments. Bj.

Chiraru Potter: ahuahuahua! Aiai...valeu pelo elogio, mas eu tenho que confessar... ri muito vendo o seu desespero pra ler o cap. Meu, voce me fez ganhar o dia! Eu sei que não foi nada demais, mas gostei! ahauhau...e aí, gostou? Aguardo coments e pode me encher o saco sempre que quizer, estamos aqui pra isso! bessos.

Raoni O Rabelo: Seja bem-vindo! E olha, deixa eu te contar um segredo *autora se aproxima e cochicha baixinho* Aqui, críticas são muito bem aceitas, ok?! Nada é mais importante que a opinião de voces. É, valeu a lembrança. Mas acontece, que apesar de muita coisa eu estar escrevendo baseados em entrevistas da J.K e etc, também queria dar um toque meu na fic. Então nem tudo vai ser seguido à risca. Mas se isso não for do agrado de vcs, me avisa, ta? Beijão!

MiSs BiRd ₣ℓр®: E aê, gostou da atitude da leoa? hehe...é, ela e a Mione tem de ficar de olhos abertos mesmo! Espero que também tenha gostado desse capítulo! Seu comentários são sempre bem-vindos. Bjokas.

Hermione Jean Granger: Mione para presidente!!! Aê, eu adoro leitores assim, fiéis e dedicados! *um minuto de silêncio...autora olha pors lados e sorri* Valeu pela força, viu? Espero que tenha gostado do capítulo e continue comentando. Seus coments fazem falta por aqui! Inté...

Guta Weasley Potter: Olá mana romântica! ENFIM... nosso Harry conseguiu! (nosso Harry? como assim?) Gina sortuda... mas ela merece. Pois é, é complicado descrever a rotina escolar dessa galerinha, to tentando resumir...mas espero que dê pra passar a msg! gostou do cap.? Beijão e aguardo seu brilhantes coments... Num morre não, os Weasley Potter presisam enfestar esse planeta!

Juliana B. *-* : Oi Ju! (olha a intimidade...) Que bom que tá gostando...e desse cap. Gostou? Seja bem-vinda à fic, e fique à vontade pra comentar! Beijosssss

♥ May W. Potter ♥: *autora faz uma dança de guerra* Ele conseguiu! Hu! Ele conseguiu! Ha!...hehehe, enfim, né?! E aí, gostou da declaração do nosso herói? Voce eu não seu, mas a Gina amou! hauhauau...Ai*suspiro* Aguardo seus coments. beijos.

Deusiane Potter : Oh, coments são sempre bem-vindos! Pois é, não sei qual o problema da Skeeter. Mas pode acreditar, ela escreveu muita barbaridade naquele livro...Eu que to sendo boazinha, mostrando só as coisas razoaveis...hehehe! Curtiu o cap. novo? ansiosa pelos seus comentários magníficos! Beijus.

Dany Kohn : Uma delícia? Mais gostosa de cicle de morango com recheio de cerveja amanteigada? hehehe... Valeu Dany, e epero que tenha gostado do capítulo. Té mais...

Fl4v1nh4: Olá... mais uma lembrança sobre História da Magia... Valeu, viu... mas é como eu disse, nem tudo vai ser seguido à risca, uma coisinha aqui outra ali vão ser modificadas...mas se voce não curtir me diz, ta? é importante!Quanto o resimo... *sorriso maldoso* Aguarde...ahauahuahua*risada maléfica*

Selindë Linwëlin: Ai gente, adoro comentários grandes...e o seu foi demais! Valeu pelas dicas, mas repito pra voce o que eu disse pra Fl4v1nh4 aqui em cima "uma coisinha aqui e outra ali vão ser modificadas" Espero que agrade pelo menos!Mas e aí, gostou do cap.? Aguardo mais coments! Beijos.

fissu: Chegou o cap....e aí, curtiu ou eu pequei em algo? Aguardo seu coment! Beijão.

alkins: oh, um leitor que quer ação?*autora coça o queixo*...Vou pensar seriamente nisso...Aguardo seu comentário sobre o capítulo! bijusss

Lih Weasley: Êeee*autora comemora* Não fui ameaçada de morte... E aí, gostou? eu sinceramente espero que sim...mas vou fazer o esforço de aguardar um comentário... beijão!*piscadela*

Larissa: Muita calma nessa hora! Eu realmente adoraria postar um capítulo atras do outro, mas é quase impossível, já que a fic ta sendo escrita ainda... e mais, tenho de dar tempo pra ler os comentários de voces, pois acredite, se algo estiver desagradando meus leitores, dou um jeito de melhorar! Beijos e valeu por gostar tanto da fic.

Soca: Oh, obrigada pelo elogio! E sim, gosto que voces me mostrem meus deslizes. Acontece o seguinte: O Harry e o Rony realmente não passaram e HdaM, mas isso não quer dizer que eles não pudessem cursar a matéria... eu tento dar uma caminhada na história de acordo com o que a J.K disse que aconteceu(ou vem dizendo), mas também to dando um toque "Lore Weasley Potter" nela, se é que voce me entende... *piscadela*. Espero, pelo menos, que não esteja desagradando muito. Beijos!

Rayane Guedes: A melhor que voce já leu? UAU! *autora limpa uma lágrima* Só o que eu desejo é contar com voce daqui pra frente e continuar agradando tanto! Seja bem- vinda!

Lola Potter: Oie! Que bom que está gostando, mas quero te explicar uma coisa: O Malfoy já concluiu os estudos! NUm vai voltar pra escola. O Harry acertou quando disse que o loiro deve ter feito prova separado dos outros por questão de precaução...nada mais que isso! Mas... isso não quer dizer que o loiro vai sumir da história...Vamos ver, né? Beijão!

Anna Rosa: Acho que a pergunta do seu coment. foi respondida nesse capítulo, né!? E aí, curtiu ou faltou algo? Aguardo resposta! Beijuss.

*♥*Naty L. Potter*♥*: Oh, querida, não se preocupe...sei que voce é uma leitora fiel! e aí, nossa amizade não se corta mais, né? hehehe...Passarei na sua fic sim! Beijos!

Bia Nônô [Lupin] : Hum, só espero que esse capítulo tenha te agradado tanto quanto o 14! Estou aberta a sugestões e críticas, ok? *piscadela* Bye.

Gabriela Granger : Brigada Gabi (autora confiada...olha a intimidade!) hehehe. espero que tenha gostado do capítulo...qualquer coisa, minha orelha está aqui pra ser puxada! Não muito forte, claro...hehehe.

Danielle Pereira: Ei, que prazer receber um coment. seu. No outro capítulo, sua prima quem mandou lembranças por voce! Seu comentário foi muito caloroso e lisonjeiro. Brigada mesmo! Conseguiu me deixar ainda mais feliz... espero que continue gostando tanto. Beijos!

Bia Amorim: Oi Bia... coisas muito estranhas passam pela cabeça desses jovens amados, né? Mas eles me enchem de orgulho! Espero sempre poder contar com voce. Beijo.

Penny Lane: Oh, querida amiga (confiada, né?). Está aqui o capítulo. maior do que eu esperava! Espero que tenha gostado... Beijos e, voce sabe que eu te adoro, né?*piscadela*

Amanda Lizzy Green: ahauhauhau! Ai, voce é legal...como assim não soletra o nome do ministro...Menina, voce vai ser banida do mundo bruxo! Tem que saber o nome de um dos melhores ministros da história do ministério Britânico. heuhuhua...a-d-o-r-e-i! Beijão.

Marlene Lee: Valeu a força e espero que continue gostando...beijos!

Yumi Morticia voldemort : Melhorou a ansiedade? OU ta mais ainda agora?*autora ergue uma sobrancelha* Beijão!

Vivika Filth Malfoy: Que Mega comentário o seu!!! Pois é...deixa eu te contar uma coisa*autora se aproxima de mansinho*. Há muito tempo eu acompanho a tua fic *autora sorri travessa* Pois é, e acredite, eu adoro ela...sou H/G assumida, mas como me divirto com aquele Draco, e o Zabini...ahauhauau! Amo o Dilan e a Gina! Pois é! A sua fic foi uma das poucas(se é que nãso foi só ela) que me fez aceitar que existiria uma relação D/G! (se não houvesse Harry, é claro!). Já deixei coment na sua fic (exigindo atualização...hehehe) e fico muito feliz por ter lido um elogio como o seu, pois eu também te acho uma autora fantástica! ...Bom rasgação de seda à parte, verei como colocarei o loiro na história, ja vinha pensando nisso! e aí, gostou do capítulo? Aguardo outro coment maravilhoso. beijão!

Trícia Guima: Aê, mais R/H nesse capítulo! Gostou? E adorei seu coment e seus elogios! Acredite, realmente Harry e Hermione são muito amigos, quase irmãos, como eles mesmos diriam! E acalme-se, momentos melhores ainda virão! ahuahua*risada malvada*

Mayara Potter: Brigada Mayara pelos elogios! Espero que continue gostando tanto assim! Beijão!

Fabizbrasil :Não se preocupe em me dar uns toques...eu realmente gostaria que voce me enviasse tudo que voce pudesse, pra eu ficar inteirada! Eu quero sim, seguir a linha de raciocínio da tia Jô, mas não posso deixar de modificar algumas coisas a meu modo, como o fato dos garotos fazerem História da Magia, por exemplo...mas não quero fugir muito à linha da trama original, senão vou fugir dos meus próprios objetivos! Seria muito bom saber mais do que aconteceu. Posso esperar? E nãos e preocupe, leitores como voce só engrandecem mais a fic! Super mega beijo!

CamilaStradiotti: Pois é...Harry merecia uma festa divertida, cercado de amigos, concorda? Que bom que a fic subiu nos seus conceitos, mas não se engane, o sucesso dela se deve à leitores como voce! Um beijão, e estou por aqui sempre, ok?

Clara: Amou tudo é? Que bom, espero que tenha amado esse também! Sempre que der passa por aqui pra deixar um recado...seus coments fazem falta! Mil beijos pra voce tbm!

Lily* Rouwood : Pois é, acho que a fic vai ficar bem grandinha mesmo! Não é facil descrever dezenove anos com essa turminha esperta! hehe...tenho que me segura pra não escrever detalhes demais! Brigadão pela força e espero contar com seus coments daqui pra frente! Beijos.

Duda Pirini: POis é, será que nosso herói vai se dar bem no ministério? Esperamos que sim! Espero que voce goste mais e mais e mais ainda da fic! Beijão!

Patricia Ribeiro: Já estava sentindo falta dos seus coments! É sim, estou começando a gravar os nomes do meus (milhares, não é fácil...que bom!) leitores! Espero que também tenha gostado do 15! Brigada pela força e aguardo mais coments.

mari granger weasley: Ahuahau! Uma poção calmante aqui por favor! Vamos com calma... Infelizmente não vou poder atender todos os seus pedidos. Mas se voce não estiver gostando do rumo que as coisas estão tomando, pode me dizer, ok?*piscadela* Quanto ao seu irmão...tadinho *autora com cara de dó* Peça desculpas a ele por mim...e espero que voce, pelo menos, tenha curado os ferimentos dele com um feitiço! heheuha. Tinha que ser uma Granger!

Viviane: Ah, sempre podemos contar com os aguçados genes Weasley, principalmente quando esses Genes estão dentro de uma ruiva cheia de determinação! "Viva Gina Weasley"!!! Ela sabe como resolver seus problemas, né? hehehe...que bom que poderei contar com voce, e espero que tenha gostado desse capítulo! beijão!

Neliroca: Puxa! Uma leitora mais que compreensiva! Voce escreveu absolutamente tudo que eu penso! Brigadão pela força, e prometo que tentarei não decepcionar! E responder os coments não é uma obrigação, é quase mais que um laser...Beijão!

Nathy Potter: Então? *autora cheia de receio* Gostou? Aguardo seus coments.! Beijão!

Flávia Marques Carneiro: Num é que voce acertou! O Rony achou o máximo...por que será??heueu...Quanto as cenas mais íntimas...cenas para os próximos capítulos!

Fred : Olá! Obrigada pelo toque. Quanto ao clima...Bom, acontece que Setembro lá, já desaba umas boas chuvas de vez em quando,...muita água antes da neve...lembra do terceiro livro? Pois é! Bejjão!

Tailana Schreiber: Ah, Tailana, a fic num tem comu no orkut não! Nunca cheguei a pensar nisso, na verdade! Quanto DCAT! Não, não. não...chega de problemas com essa matéria, não acha? Beijokas...e valeu pela força!

Munique Negrão: Ok, srta Negrão, aí está o capitulo bem grandão, e nem demorei não! ahuahauhauhaua... Sou uma palhaça sem graça! *autora baixa a cabeça e sai envergonhada*

**Jaque Granger Weasley**: Oláaaa! E aí garota? tudo em paz? Gostou do capítulo 15? Oh,Mérlin, tomara que sim! Mas aguardarei seu coment! Beijus!

KK Weasley: Enquanto voce comentar, seu nome estará por aqui!*autora confirma com a cabeça* Aí está, mais momentos R/H! GOstou? Aguardo mais coments...

Isabela abreu rodrigues: Ahh...essa loira daria problemas se não existisse Gina Weasley! Sempre podemos contar com a ruiva geniosa! hehehe...Continue por aqui...beijão!

Ana Granger Potter: E aí, gostou? Espero que sim...continue acompanhando e passarei na fic da sua amiga sim...beijos!

Reji Granger Weasley : NUm é! A ruiva é fogo! ahauhua...Espero que tenha gostado do capítulo! beijão e aguardo coments.

Juliana Lima: Me sinto lisonjeada por conseguir arrancar um coment. seu! hehe! Espero merecê-los mais pra frente! Beijos.

Morgana Black: OIe...e então, postei! E aí, gostou ou eu não satisfis as expectativas?*autora roi insanamente as unhas* Mérlin! é tão bom aguardar os coments. Ansiosa pelo seu...

Thais_me: Valeu pela força...aguardo mais coments! Beijão e continue por aki! A fic(e eu) adora voce.

Hellzita: Pelas barbas de Mérlin! Jamais tiraria meu Harry (meu? o.O...como assim?) de Hogwarts. Seria cruelmente torturada pela cruciatus. A MIone entra para o ministério tbm! Aguarde!

Peverell~: Concordo... To dando o melhor de mim pra cortar algumas partes, senão não acabo a fic...Mas não é fácil descrever 19 anos! è complicado...mas voces me ajudam, certo? Valeu e , bom...acho que me sinto orgulhosa por ter conseguido um coment. seu. Espero continuar os merecendo!

Pandora Potter: Hello...amei seu coment. Grope! Ah, o livro da Skeeter é muuuito grande, mas farei o possível pra mostrar algumas coisas e confesso que estou sendo boazinha, mostrando apenas as coisas boas que ela escreveu! Acredite que a megera inventou muita coisa. Pois é, os argumentos do Kingsley convenceram a mim tbm. Agora é com o Harry! To tentando resumir ao máximo a estadia deles em Hogwarts, mas é difícil fazer isso sem ocultar coisas importantes! Mas enfim...é a vida! Valeu pela força e mil beijões. Ah, gostou do capítulo 15?

.maari-weasley: Oi! Esse não demorou! *autora vem em sua própria defesa* Mas voce gostou. Eu desejo do fundo do meu âmago que sim...aguardo seu coment. beijo!

Natália Camargo: Valeu Natália, e espero que tenha gostado do capitulo 15! Beijos.

Daniela Paiva: Saciei um pouco da curiosidade? Deixe sempre sua impressão por aki! Beijok.

Lisandra Matthew: É! E quem não pode se sacode! hehehe... Gostou do 15? Vamos aguardar sua opinião...beijão!

Larissa : Brigada Larissa! Aguardo sua opinião sobre o novo capitulo! Beijo.

Tety e Carol: E pipocam mais fogos no céu! Fogos da gemialidades, claro. Ai de nós que estejamos comprando fogos do Dr. Filibusteiro! Jorge nos mataria! hehehe. Beijão!

Lissandra Alvarenga Swerts (Pipoca): Que pipoca é essa...EU QUERO!!! hehehe... Gostou do capítulo? Aguardo seu coment ansiosa! Beijukas...

Mariana LR Silva: Voce me fez procurar no dicionário o significado de inefável! ahauhauhau...Obrigada mesmo Mariana! Que bom que está gostando. Aguardo mais um comentário inefável!




*** À todos que comentaram e eu, por algum motivo de força maior, não repondi, meu muito obrigada pela lealdade e sinceridade de voces. As critica, sugestões e até o fato de apenas dizerm o que mais gostaram, estão me fazendo apenas mais determinada a dar o melhor de mim nessa fic! Valeu!!!! E aos que acompanham, porém, por algum outro motivo, não comentam, meu muito obrigado igualmente. Sem voces, essa fic não teria chegado tão longe em apenas poucas semanas de vida!***


Ai, como estou sentimental hoje...Acho que foram certas declarações de amor do capítulo...
hehe


Mas sim...tenho algumas considerações a fazer:

1- Uma continuação do livro 7? É, talvez no início eu tivesse pensando em construir a história mais assim (É impossível, eu não sou a J.K). Mas gente,
não dá, a gente sempre acaba fugindo um pouco à regra. Quando voce escreve uma coisa dando sua alma naquilo, é inevitável que voce queira colocar coisas de acordo com seu ponto de vista. É o que ta acontecendo comigo. Eu desejo sim, que a história siga a linha de raciocínio da tia Jô (ídala da maioria de nós), mas não dá pra fazer ao pé da letra. Então, uma coisa aqui, outra ali, outra acolá, não vão ficar fidedignas às declaraçoes da autora Mor da saga, mas no contexto geral, a fic vai seguir essa linha, ok? Estamos entendidos? Mas gente, se algo desagradar, irritar, decepcionar, peço que apenas façam o que estão fazendo agora: sejam sinceros e me digam, afinal, o objetivo maior é agradar voces!

2- Muitos andaram me perguntando sobre Draco, Neville, Simas...enfim...É de sabedoria aos que leram o livro 7, que, com excessão de Harry, Ron, Mione, Gina, Dino e Luna, todos os outros estudantes da geração Potter em Hogwarts cursaram o ano em Hogwarts. Aqui na fic eles fizeram as provas depois da guerra (assim como Gina). Então, pra efeito geral, estão formados. OK? Claro, que isso não quer dizer que eles estejam de fora da história...a não ser que meus caros leitores não desejem vê-los mais, daí, eu não forço a barra...

3- Tento, tento, mas é difícil...descrever dezenove anos, resumindo a história, buscando não cometer muitas gafes(o que é muito difícil) e ainda sem deixar escapar nada muito importante, é por demais complicado. E confesso que isso é o que mais está dando trabalho aqui na fic. Então peço a humilde compreensão de voces em alguns aspectos da história e imploro pela ajuda incondicional. Digam, berrem, sei lá, façam o que quiserem, mas sempre me mostrem o que tá bom, o que tá ruim, o que poderia melhorar, o que não pode faltar... Voces não sabem como os comentários de voces influenciam durante a contrução dos capítulos. E é bom voces assumirem essa responsa comigo *autora cruza os braços e funga*. Eu já disse que amo voces? *sorri*

4- Eu não ia fazer isso, mas não resiti, tive de narrar uma partida de quadribol! Eu sou péssima pra narrar partidas, mas acho que deu pra engolir um pouco, né?*sorriso trêmulo e incerto*

É isso...NOOOSSA! Falei de mais...
Aguardo os coments e vou começar a escrever o capítulo 16, que não tem nem a primeira linha escrita ainda.

*autora sai correndo antes das azarações e maldições imperdoáveis*



CRACK!

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