O desastre




Harry reparou que nos treinos os garotos mostravam estar muito animados com o cargo. Eles haviam melhorado muito em apenas uma semana. Faltavam agora quatro dias para o jogo contra a Corvinal e Harry sentia uma pressão positiva para seu time. Ele tinha certeza de que iria dar certo e eles iriam ganhar a partida. Ele andava muito feliz ultimamente, porque o time estava indo às mil maravilhas, e a turma da AD se reuniu e resolveu voltar com as reuniões. Só faltava agora definir uma data. E a AD havia ganhado muitos membros depois que fora confirmado que Voldemort voltara. Harry também estava feliz porque a amizade entre ele e o Rony estava mais forte do que nunca, e Harry amava cada vez mais Hermione. Eles estavam se encontrando semanalmente atrás do retrato do bruxo de um olho só para ficar e conversar. Harry também nunca tinha visto Rony tão feliz assim em toda sua vida. Mas, num sábado de verão quentíssimo, Harry resolveu dar uma volta pelos arredores do castelo. Ele saiu do castelo e deparou com o gramado apinhado de alunos, que andavam em grupos ou conversavam sentados no chão. Isto fez Harry pensar em que parte do gramado estariam Rony e Hermione agora. Harry procurou em todo o gramado e não os achou. Então achou melhor voltar para o salão comunal para fazer seus exercícios de casa. Entrou no castelo com uma estranha sensação de que algo estava para acontecer, então enfiou a mão no bolso e continuou subindo as escadas, em direção ao Salão Comunal da Grifinória segurando bem firme a sua varinha e olhando para todos os lados. Chegou em frente à mulher gorda e disse a senha “Cabeça de porco!” e entrou no salão. Harry desejou nunca ter feito isso. Assim que entrou viu Hermione encostada na parede e Rony sem camisa, se beijando. Harry sentiu seu estômago afundar. Ele não podia acreditar no que estava vendo. Então, Rony percebeu que havia alguém ali e largou Hermione imediatamente, dando alguns passos para trás. Então Hermione viu Harry e ficou pálida.

- Harry... Eu...eu só estava... Eu não sabia que...

- Eu estava aqui, não é? E aproveitou essa oportunidade para ficar com meu melhor amigo! – disse ele agressivamente.

- Não Harry...

- Há quanto tempo vocês estão me fazendo de bobo? – perguntou Harry, fazendo força para manter a voz calma.

- Harry... não...não é o... o que você está.... está pensando!

- VOCÊ ACHA QUE EU SOU CEGO? – berrou Harry. – EU NÃO ESTOU PENSANDO NADA. EU VI! – E saiu correndo do Salão Comunal. Percebeu que Hermione o seguia de perto, então virou-se e apontou a varinha no meio da testa dela.

- Pare de me perseguir.

- Harry, eu posso explicar.

- NÃO QUERO EXPLICAÇÕES. – urrou Harry – EU SÓ QUERO FICAR SOZINHO E NÃO TE OLHAR MAIS! E – disse Harry, tentando se acalmar – se você vier atrás, eu juro que te azaro. – E continuou subindo correndo. Ele percebeu que Hermione não se intimidara com isso e continuou subindo atrás dele. Então Harry dobrou uma esquina e entrou na Torre de Astronomia, que era a maior de Hogwarts. Então ele bateu a porta e se virou. Dois segundos depois a porta se abriu novamente. Era Hermione, que estava ofegante.

- Eu te avisei, Granger!
-
Harry, eu queria te expli...

- NÃO ME INTERESSA. NÃO QUERO MAIS SABER DE VOCÊ! CHEGA! VOCÊ ME TRAIU COM MEU MELHOR AMIGO, COMO QUER QUE EU REAJA?

- Harry, eu...

- Eu te avisei para não me seguir. DENSAUGEO!

Os dentes da frente de Hermione rapidamente começaram a ficar maiores. Hermione começou a chorar e saiu da sala, com os dentes maiores do que a boca. Logo depois entrou Rony, com varinha na mão, olhando para ele.

- O QUE VOCÊ FEZ COM ELA?

- NÃO SE META, WEASLEY. OU VOCÊ VAI FICAR IGUAL À ELA.

- Harry! Porque você está agindo dessa maneira? Eu sinceramente não estou entendendo. – Harry olhou para Rony e viu que ele estava sendo sincero.

- Rony, eu estava namorando ela, é SÓ ISSO! E ELA ME TRAIU COM VOCÊ.

- Vocês estavam namorando? – perguntou Rony, abobalhado. – Harry, eu juro que não sabia. Se soubesse eu não teria feito isso. Você sabe que eu nunca faria isso contigo, cara.

- MAS FEZ! EU SEI QUE VOCÊ GOSTA DELA, RONY. APROVEITE BASTANTE AGORA QUE EU ESTOU FORA DO CAMINHO. – e olhou para a janela. Rony entendeu na hora o que Harry pretendia fazer.

- Harry, por favor, não faça isso. Vai ser uma queda feia, Harry. Você pode morrer. Vamos voltar para a Sala Comunal da Grifi...
Mas Harry já estava pendurado na janela. Rony gritou “Harry!” e ele se soltou. Harry sentia o vento passar rapidamente pelo seu rosto e sentiu que o chão deveria estar perto agora. “Vou rever Sirius” pensou Harry, feliz.
Rony chegou na janela e gritou:

- Wingardium Leviosa!

Mas Harry era muito pesado para o feitiço. Mas, para alívio de Rony, o feitiço quase parou Harry, que caiu mais devagar, mas não era bastante...

PAM!

Harry batera no chão lá em baixo. Rony desceu correndo as escadas e viu Harry desacordado na grama molhada. Rony chegou perto e gritou:

- Enervate!

Mas nada aconteceu. Rony ficou desesperado e correu com Harry para a enfermaria. Ao chegar lá a Madame Pomfrey colocou Harry em cima de uma cama ao lado de Hermione, preocupada, e perguntou:

- Weasley, o que aconteceu com ele?

- Ele se jogou da Torre de Astronomia, Professora. Mas eu consegui retardar um pouco a caída dele. Ele vai ficar bem?

- Vai sim, Sr. Weasley. Mas vai demorar muito.

- Rony – chamara Hermione, os dentes agora diminuindo de tamanho rapidamente. – O que ele fez?

- Ele ficou desesperado pelo o que ele viu e me disse que eu era um traidor. E disse que era para eu aproveitar a chance de ficar com você antes de te perder para mais alguém. E então se jogou. Eu tentei puxá-lo de volta, mas não conheço um feitiço bastante forte para impedir que ele caia. – disse Rony – Porque você não me disse que estavam namorando?

- Ele queria manter segredo, porque se você-sabe-quem descobrir que nós estamos namorando, ele vai tentar acabar comigo.

- Weasley – chamou Madame Pomfrey – quero que vá ao escritório de Dumbledore e diga a ele que Harry e Hermione estão na enfermaria, e no caminho conte a ele o que aconteceu.

- Quanto tempo ele ficará aqui, Madame Pomfrey?

- Um mês ou mais, Weasley.

No outro dia um cartaz foi afixado no quadro de aviso da Grifinória:





Precisa-se urgentemente de apanhador para a partida contra Corvinal. Harry Potter está com problemas e só voltará a jogar contra a Sonserina. Procurar Rony Weasley.



Ronald Weasley.





Agora todo o Salão Comunal da Grifinória sabia que Harry namorava Hermione, que ficou com Rony e Harry acabou, de raiva, azarando Hermione e pulando da Torre de Astronomia, e que agora estava na ala hospitalar com os cuidados de Pomfrey.

Harry recebia muitas visitas por dia, mesmo estando desacordado ou dormindo. Ás vezes alguém chegava lá com ele acordado, e as pessoas levavam chocolate para ele. Ele ficava muito agradecido.
Na sexta-feira Harry se lembrou que tinha jogo de quadribol e perguntou á Madame Pomfrey se ele podia ir.

- VOCÊ É LOUCO?

- Não senhora, mas eu sou capitão do time e sou o apanhador. Se eu não for, o time vai ficar desorientado em campo.

- Você não pode jogar, Potter. Sinto muito.

- Então eu posso ver?

- Tenho que conversar com Dumbledore para saber.

Dizendo isso, ela saiu. Logo depois, Gina entrou na sala.

- Oi, Harry.

- Olá, Gina.

- Como você está?

- Estou melhor, obrigado. Gina, vocês tem que arranjar outro apanhador. Eu não vou poder jogar contra Corvinal. Madame Pomfrey vai ver se eu posso ir ver o jogo, pelo menos. – disse ele.

- Não se preocupe, Harry. Colin vai jogar em seu lugar.

- COLIN? Ele não sabe nem montar em uma vassoura!!!

- Ele foi o único que se candidatou.

- Espere... Tive uma idéia. Passe o Colin para a artilharia e você fica como apanhadora. Eu me lembro de quando a Sra. Sapa Umbridge esteve aqui. Você jogou excepcionalmente bem, enquanto eu não estava.

Neste momento a Madame Pomfrey voltou.

- Boas notícias, Potter. – disse ela. – conversei com o diretor e ele disse que virá te pegar para levá-lo ao jogo. Mas logo após o jogo você tem que voltar para a ala hospitalar. Dumbledore disse que vai trazer você até aqui.




*****




Então, no dia do jogo, Dumbledore e Hermione apareceram na porta da enfermaria quinze minutos antes do jogo e levaram Harry para assisti-lo. Então, os três foram juntos para o campo. Quando estavam chegando, Dumbledore disse:

- Harry, hoje eu vou me sentar ao seu lado, ok? Só para ter certeza de que nada vai acontecer.

- Ok. – disse Harry. Ele na verdade estava se sentindo péssimo. Ele queria estar jogando. Mas nem reclamou, porque ele sabia que era um favor que Dumbledore estava fazendo a ele quando disse que o levaria.

Harry se sentou com Dumbledore ao seu lado esquerdo e (a seu contragosto) Hermione ao seu lado direito.

Então o time da grifinória entrou em campo embaixo de aplausos e vivas. Rony jogava no gol, Harry sentiu um peso no estômago quando viu Gina fazer exatamente o que ele faz, subir mais alto que todos e ficar olhando para baixo, procurando o pomo. Ela era a apanhadora da grifinória neste jogo, já que Harry só poderia jogar contra Sonserina, Sett e Robastan eram os batedores e Creevey e as Patil eram os artilheiros.

“Boa noite para todos vocês ao campo de quadribol de Hogwarts – falava a voz de Lino Jordan, que agora estava no sétimo ano, magicamente amplificada pelo feitiço Sonorus! – para a primeira partida de quadribol do campeonato – ele fez uma pausa para os vivas da torcida – E a primeira partida será entre Grifinória e Cornival! – outra pausa para vivas – E aí vem os times!!! Todos sobem ao ar... vai começar a partida... a goles foi solta... E COMEÇA A PARTIDA!!! – a torcida vibrou como nunca – E a grifinória vai para o ataque...a bola está com Colin Creevey, ele manda para Parvati... Patil com a bola... de novo para Creevey... e ele faz o passe errado, a cornival vai para seu primeiro ataque na partida... e... que frango, Weasley! É gol da Cornival! – ouve uma salva de palmas para o gol. – E a grifinória tenta atacar novamente... mais uma falha de Creevey e... É gol da Corvinal! – a torcida da Grifinória lamentavam o acontecido – a Grifinória está perdida dentro de campo! Grifinória, aliás, que está sem capitão e com apanhador improvisado, já que Potter não poderá jogar. E lá vem a cornival novamente. A bola é lançada ao aro e É gol da Cornival! – falou Lino Jordan, desanimado – A grifinória vem para o ataque, Creevey, manda para Padma, para Patil... É GOOL DA GRIFINÓRIA! – berrou Lino – Grifinória agora perde por 110 à 10. – Harry queria que Gina pegasse logo o pomo para acabar com aquela tortura. Então Gina olhou para baixo e viu o pomo passando á três metros do chão. Ela desceu velozmente, e Cho percebeu isso e desceu velozmente também. Lino Jordan berrou – EI, O QUE É ISSO? PARECE QUE AS APANHADORAS VIRAM O POMO!!! – e todos os rostos do estádio se viraram para as duas, que agora estavam à menos de quinze metros do chão... Gina e Cho estavam emparelhadas... dez metros... cinco metros... então um balaço cruzou o ar rapidamente e bateu em cheio nas costas de Gina e Harry gemeu. No susto, Gina batera em Cho e as duas perderam o pomo. Gina se desequilibrou e acabou pendurada nas pontas dos dedos na vassoura. Estava á cinco metros do chão. Rony percebera o que acontecia e não pensou duas vezes. Subiu com rapidez em direção à Gina. Nesse meio tempo, Grifinória tomou três gols, um atrás do outro. Estava 140 à 10. Se Cho visse o pomo, seria a pior derrota que a Grifinória já teve desde que Thiago Potter esteve na escola. Rony ajudou Gina a subir novamente na vassoura e se virou para o gol, em tempo de ver a grifinória tomar mais um gol. Agora eram 150 à 10. Depois disso, a partida ficou tensa e disputada. Passaram-se dez minutos de bola passando de mão em mão, mas sem gols. Rony fizera três defesas espetaculares e o goleiro da Cornival também defendeu muito bem seus aros. Gina viu novamente o pomo. Desceu velozmente novamente. Dessa vez, Harry, Cho e Gina viram o pomo juntos. Gina e Cho novamente desceram rapidamente em direção ao pomo. O pomo estava a menos de um metro do chão. Elas agora estavam á quinze metros do chão. Cho estava na frente. Dez metros. Gina conseguira emparelhar novamente com ela. Sete metros... Gina estava à frente. Cinco metros... Cho à frente... Dois metros... Emparelhadas... Um metro... As duas esticaram os braços e Gina se desequilibrou da vassoura, caiu no chão, derrapando e se ralando toda nele. Quando ela parou, esticou à mão para cima com um sorriso dolorido no rosto. – GINA WEASLEY PEGA O POMO!!! – e a torcida da grifinória berrou com todas as forças – GRIFINÓRIA VENCE POR 160 À 150!”

“Que vitória incrível – pensava Harry, enquanto ia em direção à Gina para cumprimentá-la. – Eu não fazeria melhor.”

- Parabéns, Gina. Você foi demais. – disse ele.

- Muito obrigado, Harry – disse ela, enquanto o abraçava.

Ele subiu com Dumbledore para a ala hospitalar, conversando sobre quando Harry poderia sair de lá. Dumbledore disse que, se não se engana, ele poderia sair dali à dois dias.

E foi dito e feito. Dois dias depois Harry conseguiu alta pela Madame Pomfrey. Harry correu para o Salão Comunal para ver Rony e Hermione. Mas, na entrada do Salão Comunal, Harry se lembrou que estava brigado com os dois. Então ele entrou no Salão Comunal e se surpreendeu vendo Rony e Hermione se beijando. Os dois tentaram se justificar, mas Harry percebeu que era só para não brigarem. Sabia que Rony gostava de Hermione. Mas não imaginava que ela pudesse fazer isso com ele para ficar com Rony. Harry fingiu não ver e seguiu para seu dormitório. Ao pé da escada, ouviu Hermione dizer:

- Fico feliz por você ter saído da ala hospitalar, Harry.

Ele se virou para ela e disse.

- Me escute bem! – disse Harry. – para você, eu sou somente o Potter, entendeu? Não quero que você suje meu nome com sua boca imunda. E desde quando você se importa comigo a ponto de se sentir feliz por mim? – e nem esperou resposta. Saiu correndo e entrou no dormitório.

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