O duelo dos mais fortes



O feitiço atingiu as costas de Voldemort, e este voou uns três metros e caiu com um baque no chão. Ficou imóvel. Belatriz havia parado de torturar Gina ao ouvir o feitiço de Harry. Ele, todos os Comensais, Gina, Rony e Hermione olhavam fixamente para Voldemort pela telinha, que continuava imóvel. Harry começou a dar alguns passos inseguros para perto dele, para ter certeza de que conseguira completar a profecia. Chegou perto dele e já estava encostando o dedo no pescoço dele para ver se ainda tinha pulsação quando Voldemort deu um forte soco no rosto de Harry, que caiu para trás de susto. Pôs a mão no nariz. Estava sangrando violentamente. Olhou para Voldemort, que dava passos se distanciando de Harry. Chegou a uns dez metros de distância e simplesmente pegou fogo! Destas chamas saiu a mesma cobra que havia atacado Harry. Voldemort estava possuindo a cobra. Antes que a cobra desse o bote, Harry berrou:

- Expecto Patronum!

Um veado prateado saiu da varinha de Harry e saiu galopando em volta dele, obviamente procurando um dementador. Harry se esforçou para pensar em um leopardo. Antes que ele se transformasse por completo, berrou:

- Fusion!

E o veado se juntou com o leopardo, e Harry sentiu tudo girar pela terceira vez em apenas meia hora. Quando tudo parou, ele se admirou olhando para seu corpo. Ali havia um corpo que parecia a de leopardo, com patas e chifres de um veado, mas as pernas estavam mais grossas e firmes e os galhos pareciam muito afiados. Harry encarou a cobra.
Voldemort escancarou a sua boca e deu o primeiro bote. Harry inteligentemente se desviou e deu uma patada no corpo da cobra, que se virou agilmente e deu uma forte investida contra Harry, que caiu de costas no chão. Antes de se levantar novamente, a cobra deu outra forte investida e Harry bateu fortemente na parede do número 8 da rua dos Alfeneiros. Sentiu tudo rodar novamente e viu uma fumacinha prateada desaparecer na sua frente. Se sentia muito fraco. Deu uma cuspida no chão. Cuspiu puro sangue. Olhou novamente para Voldemort, que já deixara de ser cobra.

- Vejo que você quase me matou, não, Potter? Mas eu sou muito esperto para cair na sua. Eu sabia que iria tentar me matar. Quando percebi a força de seu feitiço, me desviei, mas a força de seu feitiço me fez cair longe. Então aproveitei a oportunidade e fingi de morto. Vejo que deu certo. Agora tudo acabou, Potter. Não vou me demorar mais. Avada Kedavra!

Harry nem se moveu. Estava acabado. Não via como se sair desta enrascada. Viu um feixe de luz verde sair da varinha de Voldemort. Foi questão de segundos. Houve uma explosão mínima e o feitiço desapareceu! Harry olhou para o símbolo na sua mão. Brilhava mais que nunca. O símbolo acabara de salvá-lo mais uma vez. Se virou para Voldemort, mais confiante. Os olhos de Voldemort brilhavam de raiva atrás do capuz. Harry berrou:

- Furúnculus - mas Voldemort se desviou. Assim que olhou novamente para Harry fez um movimento em diagonal, o mesmo movimento que o Comensal havia feito em Hermione quando estavam no Departamento de Mistérios, e o raio prateado saiu de sua varinha. Harry agora sentia alguns pingos de chuva batendo em sua cabeça. Se jogou de inteiro no chão para se desviar do feitiço. Levantou-se ofegante, sentindo a chuva se fundir com seu suor. Voldemort fez um movimento com a varinha e a mesma cobra que havia atacado Harry apareceu ali. Voldemort gritou:

- AVADA KEDAVRA!

Ao mesmo tempo que a cobra atacou. Harry nem se mexeu. A varinha apontava inutilmente para o chão. Tudo pareceu demorar uma eternidade. Olhou e viu o raio verde sair da varinha de Voldemort e vir em sua direção. Harry conseguiu ouvir Gina gritar:

- NÃO!

E Hermione soltar um grito: “HARRY!”, o feitiço estava chegando cada vez mais perto. Então, quando o feitiço estava a milímetros de Harry, ele desapareceu. Voldemort ficou olhando aquela cena, sem entender o que havia acontecido. Harry também não entendeu. Sua cicatriz começou a doer com mais força agora, e caía um temporal em cima deles.




*****




Gina sentiu Rony se mexendo ao seu lado. Olhou e viu que o garoto conseguira se livrar das cordas sem os Comensais verem. Murmurou um feitiço e soltou Gina e Hermione. Gina apontou para a corda e murmurou:

- Portus!

Ela, Rony e Hermione pegaram na chave de portal e sentiram a sensação de estarem sendo puxados com força e começaram a rodar. Bateram no chão a alguns metros atrás de Voldemort. Rony olhou para a tela e viu que os Comensais não perceberam que eles estavam soltos. Apontou a varinha para o feitiço que Voldemort estava pronto para lançar e sussurrou, junto com Gina e Hermione:

- Evanesca!

Voldemort soltou o feitiço letal, mas não percebeu que os três feitiços estavam ao caminho para salvar Harry, e acabou dando certo. Os três feitiços foram o suficiente para acabar com o avada de Voldemort.




****



-O que você fez, Potter? – rosnou Voldemort. Harry então viu os amigos atrás de Voldemort e não pôde conter o sorriso. – ME DIGA O QUE VOCÊ FEZ, POTTER! AGORA!

- Não vou te dizer, seu otário. Eu não tenho medo de você, mas agora você vai ter medo de mim, sabe porquê? Porque você não me atinge mais. – Harry se levantou vagarosamente e olhou para Voldemort, que estava parado de costas para a tela, onde os Comensais cochichavam algo consigo mesmo.

- Vamos ver se eu não atinjo você, Potter. Crucio!

Harry sentiu facas e mais facas entrando em todo o seu corpo. Não iria agüentar mais por muito tempo. Caiu no chão e Voldemort suspendeu o ataque.

- Vejo que você não sabia o que estava falando, não é mesmo, Potter?

Harry encarou as fendas vermelhas de Voldemort e se levantou novamente, sentindo suas pernas bambas. Não iria agüentar ficar em pé por muito tempo, então juntou toda a sua energia e já ia soltar um feitiço, mas Voldemort novamente fora mais rápido.

- Espigen!

Harry sentiu-se sendo golpeado por todos os lados por algo com espinhos. Ele sentiu os espinhos baterem em seu rosto, fazendo com que abrisse alguns cortes fundos nele, e chicoteando todo o seu corpo. Novamente Voldemort suspendeu o ataque. As pernas de Harry não agüentavam mais. Elas tremiam muito e não suportavam mais seu peso. Ajoelhou-se. Ouviu Rony berrar:

- Estupefaça

Mas Voldemort parecia já esperar por este ataque. Com um rodopio da capa ele sumiu e reapareceu assim que o feitiço passou.

- Crucio!

Harry viu Rony cair no chão berrando de dor. As suas vistas começaram a embaçar. Viu o vulto de Voldemort amarrando Rony, Hermione e Gina e se voltando para ele.

- Este é o fim do grande Harry Potter. O Menino Que Sobreviveu agora vai morrer. E o melhor: Pelas mãos do maior bruxo que já existiu. Você vai ser uma lenda, Potter. Nada mais que isso. Adeus. Avada Kedavra!

Então Harry ouviu muitos barulhos difusos por todos os lados e sentiu o feitiço o acertando...




*****




Harry acordou e olhou onde estava. Era um lugar muito limpo e tudo era branco. As paredes eram brancas, a cama onde estava deitado era branca também. As cobertas, seu pijama, a porta, tudo era tão branco que ofuscava as vistas de quem olhava.

- Gina? Rony? Hermione?

- Harry? – perguntou alguém atrás dele. Harry se virou e sentiu seu peito explodir de emoção. Ali estavam Lílian e Thiago Potter. Os pais de Harry. Levantou-se rapidamente e deu um forte abraço nos dois.

- Mamãe? O que aconteceu? Eu estou... morto?

- Não, Harry. Você está em coma. É aqui que você decide se fica aqui ou volta.

Harry sentiu algumas lágrimas saírem de seu rosto.

- Eu quero ficar aqui. – falou ele, olhando agora para um homem que, se fosse mais novo, se confundiria com ele, a não ser pelos olhos, que eram castanhos.

- Harry, você tem que pensar muito bem sobre isso – falou Thiago. – Se você ficar aqui, o mundo bruxo vai virar trevas. Não vai ter um bruxo que possa deter Voldemort se você ficar aqui. E mais... Quando você acordou. Quem você chamou primeiro?

- Gina.

Seus pais sorriram. Harry sentiu um aperto no coração. Queria voltar para ficar com Gina e protegê-la.

- Eu quero voltar.

- Nós te amamos, Harry. Não se esqueça disso.

Harry deu um abraço demorado em sua mãe e outro em seu pai.

- É só você se deitar e fechar os olhos – falou Lílian Potter.

Harry, ainda com os olhos molhados de lágrimas, se sentou novamente na cama.

- Harry. Fale com Hermione para lutar para conseguir o que quer. Diga que eu sei o que é. – falou Lílian.

Harry apenas balançou a cabeça, confirmando que entendera e passaria o recado.

- E fale para a Gina para fazer bom proveito de você. – falou, sorrindo, Thiago.

Harry confirmou novamente e se deitou. Deu uma última olhada para seus pais e fechou os olhos. Sentiu como se estivesse caindo rapidamente. Sentiu o ar e o vento passarem rapidamente por seu rosto e de repente tudo parou. Tinha voltado, sabia disso, principalmente porque toda a dor do duelo agora ele estava sentindo. Sentiu alguém acariciando seu cabelo e ouviu a voz de Gina, que dizia:

- Eu estou com medo, Rony. Faz duas semanas que ele está aqui e não melhorou, nem deu sinal de vida.

- Dumbledore disse que vai ficar tudo bem – respondeu Rony, apesar de não ter muita certeza do que dizia. Harry ouviu algumas fungadas de Gina, mas não abriu os olhos. Pouco depois ouviu a voz de Hermione:

- Ele está muito melhor agora, Gina. Vai ficar tudo bem com ele. Olha só. Ele nem está tão pálido como antes. – falou, com a voz embargada, de quem acabara de chorar. Harry resolveu abrir os olhos, apesar de se sentir extremamente cansado. Estavam na ala hospitalar.

- HARRY! – berrou Gina, assim que viu ele se mexendo.

- O que foi, Gina? Tudo bem com ele? – falou com voz aflita a sra Weasley. Rony e Hermione se viraram para olhar.

- ELE ACORDOU! Que saudade, Harry – falou ela, lágrimas escorrendo pelo seu lindo rosto. Ela é linda até quando chora, pensou Harry, feliz. – estivemos aqui durante duas semanas esperando você acordar. As aulas já acabaram faz uma semana. – Ela deu um forte abraço em Harry, que sentiu as costelas doerem muito.

- Ai!

- GINA! Assim você vai sufocá-lo. Tudo bem Harry, querido?

Harry balançou a cabeça afirmativamente. Sim, estava tudo bem, tirando o corpo todo doendo.

- Harry – falou Rony, rouco. – cara, nós achamos que ele tinha conseguido te pegar. Foi um desespero quando aquele feitiço lhe acertou.

- Porque eu não morri? – perguntou, inesperadamente, Harry

- Porque o feitiço de Voldemort não te acertou – falou uma voz firme atrás da sra Weasley. Harry olhou e viu que era Dumbledore – eu consegui desviar o feitiço, mas o meu feitiço acabou pegando em você. Queria que me desculpasse.

- Claro – respondeu ele, ainda pensando nos pais. Inesperadamente Gina se jogou em cima dele e, se esquecendo que a sra Weasley e Dumbledore estavam ali, deu um beijo apaixonado em Harry (que meloso!). Depois de algum tempo, Dumbledore saiu e a sra Weasley também. Harry contou o que tinha acontecido enquanto dormia enquanto Gina fazia carícias em seu cabelo. Depois eles conversaram por muito tempo e comeram os doces que Harry havia recebido de seus fãs. Harry teria que ficar ali por, no mínimo, uma semana, para se recuperar totalmente.

- Claro – ia dizendo Hermione – que essa história não é segredo algum, por isso saiu uma matéria no Profeta. Veja.




Harry Potter vs Aquele-que-não-deve-ser-nomeado novamente!


Um duelo fascinante entre Harry Potter, o “menino-que-sobreviveu” e Lord... das quantas, também chamado de “aquele-que-não-deve-ser-nomeado” marcaram a quinta-feira passada (...) Harry Potter demonstrou bravura ao duelar com Lord... das quantas e mostrar que não morrerá fácil... o Lord,, pela entrevista de testemunhas trouxas, usou o ‘avada’ por três vezes, mas Potter, mostrando toda a sua habilidade, conseguiu ultrapassar estas barreiras. Dumbledore, Olho-Tonto Moody, o lobisomem Lupin e Ninfadora Tonks conseguiram chegar antes que houvesse estragos mais absurdos (...) Harry Potter encontra-se em coma, na ala hospitalar da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Dumbledore afirma que Potter ficará bem, e é o que desejamos, mas seu estado é grave (...).



- É incrível como eles inventam. – falou Harry - seu estado é grave... Ora, eu não estava tão mal assim. – mas, ao olhar para as expressões nos rostos dos amigos, continuou – estava?

Rony apenas confirmou com a cabeça. Harry se sentiu desnorteado. Ele estava ótimo, até viu seus pais. Como ele esteve tão mal assim e nem percebeu? Olhou para Hermione, depois para Rony e Gina.

- Sabe, Harry, minha mãe está tentando fazer com que Dumbledore deixe você ir para a minha casa se quiser. Mas Dumbledore insiste que você tem que ir lá na casa de seus tios primeiro. Mas talvez quando estiverem faltando umas duas semanas para recomeçar as aulas do nosso sétimo ano em Hogwarts, ele deixa.

Harry sentiu um imenso aperto no coração ao se lembrar que o dia da viagem de volta estava chegando. Este ano passara com uma velocidade incrível. Iria sentir saudades dos amigos e ficar mais um verão com os seus detestáveis tios Dursleys. Olhou para Gina. Iria sentir saudades principalmente dela. Ficou não sabia quanto tempo olhando para ela, imaginando como deve ser ficar o verão inteiro sem ela. Não queria saber como era, mas seria obrigado.




*****




Harry queria aproveitar o último dia em Hogwarts e ficar com os amigos. As famosas provas finais foram canceladas, e então ele ficaria o dia inteiro somente para ficar com Rony, Hermione e, principalmente, Gina. Passou a manhã jogando Snap Explosivo com eles, e descobriu que Hermione, apesar de não gostar muito, jogava muito bem. Gina não perdia uma. Harry era o pior jogador dos quatro. Quando Rony enfrentava Gina, Harry e Hermione podiam até dormir esperando o jogo acabar, porque os dois demoravam demais para decidir qual peça mexer. De tarde ele, Rony e Gina foram ao campo de quadribol treinar um pouco, e Hermione foi a juíza, apesar de também não gostar de voar. A noite foi reservada especialmente para Gina. Eles se sentaram em um canto e ficaram ali nos amassos até uma da manhã, quando Rony falou que ia dormir e Gina achou melhor ir também.
No outro dia, já com as malas prontas, Harry encontrou Luna, que mais uma vez pregava avisos pedindo suas coisas de volta. Harry sentiu uma mistura de dó dela e de ódio dos idiotas que faziam isso com ela só porque ela era... ‘excêntrica’.
No trem foi tudo como sempre foi. Harry foi conversando com Rony, enquanto Hermione estava cochilando em seu assento e Gina brincava com a orelha de bichento. Quando deveriam estar faltando apenas uns quinze minutos para chegarem à King’s Cross, Gina disse:

- Ei, Harry! Você se transformou em animago enquanto duelava com ele. “Você-sabe-quem” – disse ela quando Harry fez uma cara de quem não entendera o ele. – Faz isso de novo?

- Claro – falou Harry, se transformando em leopardo.

- Harry, você é bonito como leopardo também, sabia? – falou Gina olhando carinhosamente para Harry, que lambeu sua mão.
Quando chegaram à King’s Cross, Harry logo viu seus ‘admiráveis’ tios (obs.: admiráveis uma ova! São horríveis) e se virou para se despedir de seus amigos. Deu um forte abraço em Rony, escutando o menino cochichar em seu ouvido que iriam tirá-lo de lá o mais cedo possível (o que já nem é novidade mais. Em todos os livros e em todas as fics que eu li o Rony se despede falando que vai tirá-lo de lá rapidamente), depois deu um forte abraço em Hermione e se virou para Gina.

- Tome! – sussurrou Harry para a sra Weasley não ver, entregando um espelho pequeno para Gina. – Este é um jeito de nos comunicarmos sem sermos interferidos, e sem perigo de nossos recados sejam interceptados. É só você falar meu nome para o espelho, que eu tenho o par. Não deixe sua mãe ver. Foi Siri... – tomou fôlego e continuou – Sirius quem me deu.

Deu um longo e apaixonado beijo em Gina (que meigo!) e se virou para a sra Weasley. Deu um forte abraço nela e, igual ao Rony, ela falou que iria tirá-lo de lá o mais rápido que pudesse. Começou a andar em direção aos Dursley, imaginando se eles viram algo que acontecera naquela noite. Mas eles não disseram nada. Harry se virou novamente e deu um tchauzinho para todos e foi-se embora com os Dursley, passar mais um terrível verão com Duda.




Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.