O retorno da AD




Ele chegou perto, o sangue á flor da pele.

- Não se contentou só com a Hermione, Weasley?

Os dois olharam para ele imediatamente. Rony corou.

- Eu já disse o que tinha para dizer. Obrigado, Cho! – disse ele se virando para ela e saindo de perto.

- O que ele estava fazendo aqui? – perguntou Harry.

- Não seja ciumento, Harry. Nós estávamos conversando.

- Sobre o que?

De repente Cho ficou séria.

- Você.

- Eu o quê?

- Estávamos conversando sobre você, Harry.

Ela esperou que Harry dissesse alguma coisa, mas ele ficou calado. Então ela continuou:

- O Rony pediu para eu dizer à você que ele não está com a Hermione mais. Eles brigaram.

- E eu com isso?

- Calma, Harry. Eu só estou passando a mensagem. Ele disse para você esquecer esta bobagem. Ele sente sua falta, Harry. Ele quer voltar a ser seu amigo.

- Ele não pensou nisso ao ficar com a Hermione, não é?

- Ele sabe que fez errado, Harry. Ele estava prestes a chorar. Pense no que eu disse.

Harry saiu de perto dela, sentindo muita raiva. Ele pensou que poderia confiar em Cho, mas agora nem nela ele pode mais. Voltou ao dormitório, pensando em dormir e perder o seu sábado. Ou então fazer seus deveres, afinal, não podia pegar o de Hermione mais. Ele entrou no dormitório e viu que Rony estava lá. A cortina em volta de sua cama estava fechada e Harry podia ouvir as fungadas dele. Ele chorava desesperadoramente. Harry sentiu pena dele, mas se lembrou que não podia falar com ele. Rony não sabia que ele estava ali. Ele foi rapidamente em sua cama, pegou seus livros e voltou para o Salão Comunal, que estava deserto. Ele ficou o sábado inteiro fazendo seus deveres. Então se lembrou da AD. É uma ótima idéia. Ele poderia muito bem pedir à Dumbledore uma sala e continuar com as reuniões. Ele se divertia muito com elas. Então ele saiu rapidamente do Salão Comunal e foi diretamente à sala dos professores. Entrou e viu Dumbledore.

- Prof. Dumbledore. Preciso falar com o senhor.

- Olá Harry. Pode falar.

- Você se lembra quando Umbridge estava aqui, que eu e os meninos fizemos a AD?

- Claro, Harry.

- Eu queria saber se você poderia nos ceder uma sala para continuar as reuniões. Não que precise – falou ele rapidamente. – mas é que nós nos divertimos muito lá, sabe... E Neville tem se esforçado muito para aprender. Ele já está 100% melhor que antes da AD. Por favor? Senhor?

- Claro, Harry.

- Obrigado professor.

- Você pode continuar usando a Sala Precisa, se você quiser.

- Claro, Prof. Dumbledore. Você quer ir à nossa primeira reunião do ano?

- Quando?

- Hum... Depois de amanhã.

- Estarei lá.

Harry saiu voando da Sala dos Professores e foi direto ao Salão Comunal. Entrou no dormitório e pegou seu galeão falso. Ajustou a data para a segunda-feira e voltou a atenção para seus deveres. No café da manhã do dia seguinte todos os membros da AD vieram perguntar a Harry se haveria mesmo a reunião. Ele sempre dizia que “sim” ou “vai ter”.

- É o correio. – Neville falou e Harry olhou para o alto. Centenas de corujas invadiram o salão e foram aos seus donos. Uma coruja-das-torres pousou bem na frente de Harry e soltou um embrulho comprido para ele. Ele rapidamente olhou a carta.




Harry,

Este é um presente de aniversário atrasado para você. Acho que você vai gostar. Muitos acham que eu não presto. Outros acham que eu morri, como você. Mas eu estou vivo e não sou culpado por nada, e espero que saiba disso.




Faça bom proveito.




- Não tem escrito quem mandou. – disse ele.

- Abre logo, Harry. – disse Neville.

Harry acenou afirmativamente com a cabeça e começou a abrir a caixa. Primeiro apareceu uma caixa de Feijõezinhos de todos os Sabores e uma caixa de cogumelos de chocolate. Depois Harry abriu totalmente a caixa e não acreditou no que viu. Toda a mesa da grifinória olhava agora para a nova Nimbus 2008 que acabara de sair no mercado bruxo. Harry não acreditou. Ele levou imediatamente a vassoura para o campo e subiu nela. Deu um forte impulso e sentiu o vento passar velozmente pelo seu cabelo. Era incrível a velocidade daquela vassoura. Harry deu duas voltas no campo em menos de sete segundos. Ele ia arrasar contra a Sonserina. Ela virava com apenas uma guinadazinha fraquinha que Harry desse. Então ele subiu até ficar a sessenta metros do chão e fez o que já era sua especialidade. Deu uma forte guinada para baixo. Harry desceu a mais de trezentos quilômetros por hora. Em dez segundos ele deu uma guinada para o alto e sentiu sua perna passando pelo chão á menos de cinco centímetros. Ele sentiu que aquela seria a melhor vassoura que ele já teve. Ele ficou mais um tempo voando e decidiu ir para o castelo. Entrou no Salão Comunal aos olhos curiosos dos colegas e entrou no dormitório. Mal fizera isso e Neville perguntou:

- Como ela é, Harry?

- Ela é demais, Neville. Você tinha que ver. Acho que vamos detonar nos próximos jogos.

Então, na segunda-feira, Harry se lembrou de sua Firebolt. E então pensou que ele poderia emprestar ela à Gina. Claro... Gina com a Firebolt na artilharia ia arrasar. Ás seis horas da tarde, Harry subiu com Gina para a reunião. Eles mal entraram na Sala precisa e Harry contou o que havia acontecido e perguntou se ela queria a sua Firebolt para o jogo. Gina ficou muito feliz.

- Ah, Harry, muito obrigado.

Então os membros da AD, que agora eram quase quarenta, foram chegando pouco a pouco. Quando todos haviam chegado (inclusive Rony, Hermione e Cho), Harry tomou a palavra.

- Er... Bom... Boa noite. – todos responderam um boa noite em uníssono. – vocês se lembram porque formamos este grupo, não lembram? Este grupo tem o nome de Armada de Dumbledore, para os que não sabem. A AD foi feita quando a Umbridge esteve aqui. Nós fizemos este grupo de Defesa contra as Artes das Trevas para praticar alguns feitiços. Bem, na primeira reunião da AD... – Harry parara de falar. A porta se abriu e por ela entrou Dumbledore. – ah, é claro. Este é o nosso convidado de honra, ele vai presenciar a primeira reunião deste ano. Boa noite, prof. Dumbledore.

- Boa noite à todos.

“Preciso de uma cadeira” pensou Harry. Então uma cadeira apareceu em um canto da sala.

- Sente-se, por favor – disse Harry. Dumbledore se dirigiu à cadeira e se sentou. – como eu estava dizendo, na primeira reunião da AD, a srta Granger disse que precisávamos de um nome. Então chegamos a um acordo que o nome seria Armada de Dumbledore, porque, como a srta. Gina disse, o ministério temia uma armada de Dumbledore contra ele. Então a srta. Granger disse também que precisávamos de um líder. Acho que este ano precisamos escolher um líder. – todos começaram a falar ao mesmo tempo. Então Cho gritou: “Harry, você tem que ser o líder, você é o professor” E todos concordaram – então – continuou Harry – vocês acham que eu posso continuar sendo o líder? – todos fizeram comentários de concordância. – ok. E também – continuou – começamos a fazer os feitiços mais simples naquele dia. Acho que podemos ter uma simples revisãozinha do que aconteceu, ok? Então tá. Fiquem em duplas. – todos se levantaram e formaram as duplas. – ok. Alguém está sozinho? – Neville estava. – você faz comigo, Neville. Então vamos fazer os feitiços mais simples primeiro. Vamos primeiro no feitiço do desarmamento. Então, quando eu contar três, vocês dizem “Expelliarmus”. Ok? Então... Um... dois e... três! – e a sala se encheu de gritos de expelliarmus.

- Neville, faça com os Creevey enquanto eu dou uma olhada na sala, ok?

E Harry foi andando pela sala e reparou que os que estavam na AD á mais tempo conseguia facilmente desarmar os outros. Harry parava aqui e ali para fazer comentários como “Parabéns” e “Você tem o jeito, continue assim”. Então, passados dez minutos, Harry apitou com toda força e a sala se aquietou.

- Vocês estão de parabéns. Já conseguiram pegar o jeito do feitiço do desarmamento. Agora cada dupla pegue dois travesseiros e comece a treinar o feitiço estuporante, o “Estupefaça”. Ok? Prontos? Então... Já! – E a sala novamente foi coberta por gritos. Harry estava orgulhoso de ver como Neville estava se saindo bem. Então Harry pediu ao prof. Dumbledore para ficar com Neville e rodou a sala para olhar o desempenho. Apenas os Creevey não estavam conseguindo fazer direito, de tanta excitação. Dez minutos depois Harry apitou e a sala se aquietou, exceto pelos gritos de Neville:

- EU CONSEGUI ESTUPORAR DUMBLEDORE! QUE DEMAIS!

- Parabéns! – disse Harry, fingindo emoção, mas sabendo que Dumbledore deve ter deixado – Bom, vocês também estão de parabéns novamente. Vocês pegaram o jeito. Agora eu acho que devemos praticar o feitiço “Impedimenta” ok? Vamos lá. Um dois e... três!
Dumbledore continuou fazendo com Neville, e Harry continuou andando pela sala, observando cada um dos amigos. Harry achou que eles estavam indo muito bem até agora. Então ele passou por Cho que estava se dando muito bem, pois ela não foi paralisada nem uma vez. Passados dez minutos, Harry apitou novamente e todos pararam.

- Agora iremos praticar o “Wingardium Leviosa!" Podem começar! – e, passados os dez minutos, Harry apitou de novo.

- Vocês estão demais. Agora está na hora de praticar o feitiço convocatório. “Accio o nome do objeto” ok? Por exemplo: “Accio travesseiro” – e um dos travesseiros voaram para suas mãos. – ok? Vamos lá. – dez minutos depois Harry apitou novamente.
- Parabéns novamente. Por enquanto esses foram os mais fáceis. Agora a coisa vai complicar... Nós vamos praticar o feitiço da conjutivite, o “Conjutivictus Curse”. Vocês colocarão o travesseiro na frente do rosto. Se o travesseiro der uma estufada, é porque o feitiço está certo. E revezem. Cada hora um faz. Vamos lá? Ok... Já!

Mal acabou de dizer isso e a sala se encheu novamente de gritos. Harry passou de dupla em dupla, pulando apenas a de Rony com Hermione. Eles foram muito bem, para quem faz isso pela primeira vez.

- Alguém aqui já havia feito este feitiço antes? – perguntou Harry, depois de ter apitado para eles pararem. Todos responderam negativamente. Harry continuou – então vocês estão progredindo rapidamente. Parabéns. Vamos agora com o feitiço Silenciador. É só dizer “Silencio”. Ok? Mas combinem para um fazer primeiro, depois o outro. Já! – A sala momentaneamente se encheu de berros. Mas logo acabou. – ok. Agora é só dizer “Quietus” que a voz volta ao normal. – todos disseram “quietus” e os outros voltaram a falar. – ok. Agora os que fizeram deixem o outro fazer. Prontos? Vai! E a cena se repetiu. – Ok. Agora o feitiço “Sonorus”. Vamos lá! – e de repente, a sala começou a ter berros por causa do feitiço. – OK. – berrou Harry – DIGAM “QUIETUS” PARA A VOZ VOLTAR AO NORMAL. – gritou ele. Todos disseram “quietus” e a voz voltou ao normal. – Ok. Estão de parabéns. Agora eu acho que devemos praticar o Feitiço Escudo, o “Protego”, mas dessa vez vocês não vão fazer entre si. Façam duas filas aqui... e aqui. – e sussurrou para Dumbledore: – Me ajuda? Fique aqui, na frente de uma das filas e diga “expelliarmus” e depois “Accio Varinha”, ok? – e, aumentando a voz para todos ouvirem, disse: - Ok. Façam duas filas. Eu e Dumbledore iremos dizer nossos feitiços e vocês irão dizer “Protego”. Ok?
Todos concordaram com a cabeça. Então Harry disse:

- Cada hora um. Quando um sair, o outro já pode se adiantar. Venham os primeiros. Prontos? Expelliarmus! – gritou ele quando Parvati se adiantou.
Ela gritou:

- Protego!
-
Ok. Próximo. Expelliarmus! – e assim foi durante uns trinta minutos, quando todos passaram. Na vez de Rony e de Hermione, Harry, em vez de gritar “Expelliarmus”, ele gritou “Estupefaça”, na esperança de eles errarem o feitiço, mas eles não erraram.

- Vocês foram demais! Não houve um que errou o feitiço. Estou orgulhoso de vocês. Agora está na hora de aprender o fetitiço de fazer aparecer Aves. Observem: Avis! – uma pomba saiu da ponta da varinha de Harry e voou para fora da sala. – Agora vocês! Já!

E muitas aves apareceram de todas as varinhas que ali estavam.
Dumbledore havia feito uma fênix. Harry apitou. – Parabéns a todos. Agora o feitiço “Engorgio”, que aumenta o tamanho das coisas. Vamos lá, com os travesseiros. Preparados? Ok. Vão! – E Harry recomeçou a andar pela sala. Ele parava aqui e ali, dando dicas. Após dez minutos, Harry apitou. – bem, até agora nós já vemos os feitiços para desarmar, o “Expelliarmus!”, o feitiço de estuporação, o “Estupefaça!”, o feitiço “Impedimenta!”, o feitiço “Wingardium Leviosa!”, o “Accio nome do objeto”, o “Conjutivictus Curse”, o “Silencio!”, o “Quietus”, o “Sonorus”, o “Protego”, o “Avis” e o “Engorgio”. Já são doze feitiços. Agora eu acho que...

- Está na hora de ir embora, Harry – disse Dumbledore. – Depois vocês continuam. Já são nove e meia. Tá? E – disse ele, levantando a voz – vocês estão todos de parabéns. Por favor, não faltem. Eu vi que o prof. Potter é muito bom. Antes de sair, vocês assinarão um papel só para Harry ter certeza de quem esteve aqui. Tá? Então, até mais! – disse ele, se postando na porta com a lista de presença.

- Eu só queria dar uma palavrinha – disse Harry – Gente, eu acho que vocês foram muito bem. E eu lembro vocês para levarem o galeão falso no bolso para poderem saber quando vai ser a próxima reunião. E, se o prof. Dumbledore quiser, será muito bem vindo em todas as reuniões. Ok! Até a próxima.

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