Os testes de antes do Natal



Capítulo 16 – Os Testes de antes do Natal

Para Harry os dias daquela semana estavam passando muito rápido. Já tinha arrumado tudo que Kristen pediu. Sua mala estava pronta, estritamente o necessário era o que tinha ali dentro.

Era quarta-feira, e ele foi avisar os amigos. Encontrou- os na Sala Precisa, para não serem importunados. Hermione já foi perguntando curiosa:

-O que aconteceu para vocês dois estarem tão nervosos ao ponto de nos chamarem para vir aqui na sala precisa?

Kira sorriu e comentou:

-Por isso que você é a mais inteligente de nós, sempre entende rápido.

Hermione corou furiosamente, enquanto Rony começou a rir, mas logo parou ao ver o olhar da menina. Harry começou a falar:

-Nós chamamos vocês aqui para avisar que não vamos passar esses dias antes do Natal junto com vocês na sede da Ordem.

Rony e Hermione ficaram surpresos e ele perguntou:

-Como assim vocês não vão com a gente?! A Kira tudo bem, já que ela pode querer ir para a casa dela, mas você, Harry, vai para onde?

-Eu vou viajar com a Kristen... -recebendo um olhar de Kira ele consertou. -...eu e a Kira vamos viajar com a Kristen.

-Agora vai ser sempre isso?! Você não ficar com os amigos para ir viajar com a Kristen?

-Não é uma simples viagem, nós vamos resolver uns assuntos, temos que terminar o nosso treinamento.

Hermione falou:

-Vocês vão terminar aquele treinamento que vocês nos falaram no outro dia?

-Sim. Aí vamos ficar com uma maior disposição de tempo.

Hermione e Rony ficaram pensando. Rony que estava calado falou:

-Espero que você não precise ficar treinando o tempo todo. A vida não é só isso. Todos nós queremos acabar com você-sabe-quem, mas não precisamos, deixar de nos distrair por causa disso.

Os três ficaram de queixo caído. Geralmente quem fala isso é a Hermione. Ela por sinal olhava admirada para o ruivo, que ficou muito vermelho por ter os amigos o encarando principalmente uma certa morena. Hermione saiu do seu estado de contemplação e perguntou:

-Para onde vocês vão?

-Não sabemos ainda. Kristen nos dirá quando chegarmos.

Rony perguntou desconfiado:

-Vocês confiam realmente nela?

-Sim, é claro. -respondeu os dois firmes de suas respostas.

-Por que pergunta?

-É que ela é amiga do Snape.

Harry fez uma careta e respondeu:

-Nem ouso discutir essa amizade dela com ele. Ela me mata.

-Eles não tem um caso...-perguntou o ruivo.

-Não. Harry foi tão firme que surpreendeu a Hermione, fazendo-a perguntar:

-Como você pode saber disso?

O moreno riu e respondeu:

-Bem, é que nós descobrimos... -ele apontou para Kira.

-...que o Snape está ...namorando uma amiga da minha madrinha.

Rony e Hermione ficaram boquiabertos e perguntaram surpresos:

-O seboso namorando?

-Por mais incrível que pareça, sim ele está namorando.

-Como alguém pode gostar dele? Só pode ser bem maluca!

-Bem ela não é a pessoa mais normal do mundo, mas ela é legal.

Rony olhou para Harry incrédulo e falou:

-Namorando o Snape, eu acho isso meio difícil.

-Eu sei disso, mas nós a conhecemos e ela é super gente boa.

-'Tá bom, se você diz. -respondeu Rony meio cético.

Hermione mudou o assunto e perguntou:

-Vocês vão passar o Natal viajando?

-Não. Nós vamos passar o Natal na sede da Ordem.

Rony olhou para Kira e perguntou:

-Você também?

-Sim.

-Por que você não vai passar com os seus pais?

-Porque eles não comemoram o Natal e porque o Harry me chamou.

Hermione e Rony ficaram surpresos. Então Rony comentou:

-Falando nisso, Harry, você já conheceu os pais da Kira?

Harry olhou para o relógio e falou:

-Já está na hora da janta, vamos se não a gente perde a comida.

Isso pareceu distrair Rony, mas deixou uma Hermione desconfiada e curiosa. Eles foram jantar.

Eram onze e meia da noite.

Kristen estava na Torre de Astronomia. Sentiu a presença de alguém e falou:

-Bem na hora, Severo!

Severo Snape saiu das sombras. Parecia muito nervoso e estava muito mais pálido do que normalmente.

-Podemos ir logo?

-Calma, você está muito nervoso!

Snape olhou com desdém para Kristen e falou:

-Você esperava que eu estivesse como?! Pulando de alegria?

Kristen riu e respondeu:

-SE eu te visse pulando de alegria eu pensaria que você ou ficou maluco ou alguém está te controlando ou que não é você. Fica calmo.

Kristen apontou a mão para o amigo e murmurou algumas palavras. O rosto dele se descontraiu e a pouca cor que ele tinha voltou.

-Agora está bem melhor, podemos ir!

As sombras cresceram e os envolveram. Não viram nada até aparecerem no que e parecia um salão maior que o de Hogwarts. Estava vazio e silencioso. Era muito bem decorado apesar dos tons sombrios.

-Onde estamos?

Kristen sorriu e respondeu:

-Estamos na minha casa.

Severo ficou surpreso.

-Casa?

-É. Eu moro aqui quando não tenho que trabalhar. E vai ser aqui no meu salão que você vai passar pelo seu teste. É muito simples, você só tem que lutar.

-Lutar, contra quem?! Só tem você e eu aqui... eu vou lutar com você?

-Não. Eu pensei muito sabe, coisas do tipo: o que eu vou fazer para testar os descendentes do pessoal que era do antigo grupo? Quebrei a cabeça com isso. Então me passou pela cabeça, o que mais certo do que fazê- los enfrentar seus ancestrais? Então me veio outro pensamento: Como eles vão enfrentar pessoas que já morrerão?

Snape estava ouvindo tudo aquilo, sem acreditar, “ele teria que lutar com seu ancestral? Como?” Kristen continuou:

-Aí eu me lembrei de um encantamento muito antigo e poderoso.

Ela se abaixou e tirou um punhal da roupa. Falou:

-Esse punhal eu fiz para a Helena. É muito especial. Eu gastei muito tempo para fazê -lo. Coloquei muitos feitiços, mergulhei em poções, resumindo: deu muito trabalho!

-E por que você pegou o punhal?

-Porque ele é excelente para fazer rituais.

Ela abaixou a cabeça. Colocou o punhal equilibrado na ponta e murmurou alguma coisa. O punhal brilhou e ficou em pé no chão. Ela se afastou e começou a falar num dialeto, totalmente desconhecido para Snape. O punhal começou a fazer vários símbolos no chãos. Desenhos, hieroglifos e várias outra coisas que Snape não conseguiu identificar. Kristen parou de recitar o feitiço e fez o punhal ir para a mão dela. Chamou Snape e perguntou:

-Você está pronto?

Ele respirou fundo e respondeu:

-Sim.

Ela pegou a mão dele e com um punhal fez um corte no pulso dele. ainda segurando a mão dele, jogou o sangue em cima do desenho enquanto murmurava um outro feitiço. Fechou o corte e lançou um feitiço em Snape, para que não ficasse enfraquecido.

-Severo, agora eu quero que você ande quinze passos daqui.

Ele fez o que ela mandou.


-Muito bem. Agora eu vou fazer o invocamento. Ela circulou o desenho e começou a recitar um encantamento:

Na noite vivia, as sombras servia, e por ela jurou lealdade. Na escuridão estava o seu poder, Matt, o noturno, Eu o invoco com o sangue de seu descendente, venha e mais uma vez sirva as sombras.

O tom de Kristen estava mais grave e seus olhos tinham um brilho negro. Os símbolos do desenho no chão começaram a brilhar e dele começou a se formar a sombra de uma pessoa. A silhueta dela foi ficando cada vez mais definida. Então Snape viu um homem aparecer. Tinha os olhos e os cabelos negros. A pele era branca como cera. Uma aura negra o envolvia. Matt olhou ao redor e viu um homem o olhando sério. Parecia com ele.

Continuou a percorrer os olhos e viu a mulher que estava ali. Ela estava sorrindo e com um brilho negro nos olhos. Seus lábios curvaram um nada para cima e ele fez uma leve reverência para ela. Viu ela fazer um movimento com a cabeça e depois desmaiar. O homem que o encarava fez menção de socorrer a mulher, mas Matt não deixou. Foi até ela e conjurou um sofá no canto do salão e a deitou ali. Uma barreira negra a envolveu. Ele se dirigiu ao homem e falou:

-Você deve ser o meu herdeiro. Antes de desmaiar, ela me passou uma mensagem dizendo que a gente teria que lutar, e que ela está bem.

Snape concordou com a cabeça. A luta entre eles começou. Tudo começou com feitiços fortes, mas não eram feitiços negros. A luta foi ficando mais acirrada. Parecia que só estavam testando seus adversários. Os feitiços foram ficando mais fortes e feitiços negros passaram a ser usados. Depois de um tempo de luta, nenhum dos dois pareciam estar cansados. Snape lançou dois feitiços negros num único movimento complexo da varinha, fazendo com que Matt se desviar com dificuldade.

-É garoto você até que é bom.

Snape estava lançando os feitiços com uma agilidade muito grande, o que fez com que Matt ganhasse alguns machucados.

-Não pensei que usaria isso tão cedo numa luta. Agora você vai saber por que eu era chamado de noturno.

A iluminação do salão passou a ser feita por poucas velas espalhadas. Snape ficou atento, aguçando todos os sentidos. Matt começou a se mover silenciosamente. Snape pensou ter visto uma sombra e atacou.

-Seu alvo está bem longe da sua mira.

Matt passou a atacar fisicamente Snape, que por não ver, não conseguia se defender. Snape estava tentando enxergar alguma coisa, mais estava difícil. Já estava bem machucado quando então ele se lembrou de um feitiço que havia aprendido com o seu antigo mestre.

-visions vampires.

Passou a enxergar tudo e quando Matt o atacou, simplesmente se defendeu e atacou com um feitiço de conjuração e um de chamas. Lançou adagas flamejantes, em seu ancestral, que não conseguiu se defender de todas.

-Parece que não sou só eu que tenho alguns truques, mas você vai precisar de mais do que truques para me vencer.

Matt conjurou um caduceu e recitou um feitiço numa língua egípcia antiga. As sombras começaram a ser mover e tomaram a forma de cães de Anúbis. Eram cães pretos de dois metros de altura. Tinham olhos vermelhos e seus dentes tinham pelo menos cinco centímetros de tamanho. Snape ficou surpreso, pois a invocação daquela criatura só podia ser feita por mestres das sombras egípcias.

-Sabe, eu andei por muito tempo pelo Egito.

Snape olhou para Matt e reforçou as barreiras mentais.

-Não precisa se preocupar eu não li sua mente só deduzi o que você pensou.

Matt sorriu e mandou os cães atacarem. Snape teve que usar de toda a sua agilidade para se defender e desviar dos ataques. Os cães eram muito fortes e rápidos, além de serem muitos espertos, pois tentavam a todos custo cercar a presa. Um deles conseguiu morder a mão esquerda de Snape que deu um grito abafado, mas continuou lutando. Snape estava sendo cercado pelos dois cães, ele sacou a varinha e tentou usar feitiços negros para destruí -los, mas nada parecia surtir efeito.

-Só se pode usar feitiços negros egípcios para acabar com esses bichinhos.

Snape não gostou muito daquela resposta até que se lembrou do treinamento que fazia com Helena.

-Anúbis caninus exumai.

Um clarão negro saiu da varinha de Snape e acertou os dois cães, que desapareceram. Matt ficou impressionado, aquele feitiço era muito poderoso, já que para destruir aqueles bichinhos era necessário muito poder.

-Vejo que você também tem algumas cartas na manga.

-Não é só você que conhece alguns mistérios do Egito.

-Então nossa luta vai ficar muito mais emocionante agora.

Os lábios de Snape crisparam um pouco para cima, numa espécie de sorriso e a luta recomeçou. Agora só estavam sendo utilizados feitiços egípcios e de preferência os mais negros possíveis. A luta estava de igual para igual. Nenhum dos dois parecia que ia desistir. O salão estava intacto, apesar dos poderosos feitiços que o atingiam.

Kristen permanecia desacordada, mas a barreira que a envolvia mudava de acordo com o nível de magia utilizada pelos dois, o que a protegeu de qualquer perigo. A aura de Matt era de tonalidade preta. Sua aura emanava de seu corpo e se misturava ao ambiente. Os feitiços mais leves de Snape se dissolviam ao entrar em contato com a aura. Snape tinha uma aura marrom escura. Também era muito poderosa, e com o feitiço que destruiu os cães de Anúbis, ficou ainda mais forte. Apesar de estar coma mão esquerda inutilizada, ele ainda permanecia firme na luta.

-É garoto você é mais resistente que eu pensei.

A luta já se prolongava a um bom tempo até que Snape decidiu usar uma das cartas de sua manga. Parou de atacar e usou a aura como uma poderosa barreira. Matt parou para ver o que aconteceria, e conjurou uma barreira ao perceber o que o seu descendente poderia estar fazendo.

-Você acha que vai agüentar fazer isso?

Snape nem se incomodou e continuou a fazer o ritual. Fazia um feitiço, que diferentemente dos outros não era egípcio e sim de uma tribo africana que ele conheceu no treinamento que fez com Helena. Ele falava num dialeto estranho e era muito complicado de ser dito, poucos eram os capazes de dizê -lo, pois não era preciso só capacidade em aprender línguas e sim, ter muito poder dentro de si. Os seus olhos, tanto a pupila e a córnea, estavam negros e sua pele começou a aparecer símbolos negros. A barreira que era a sua aura aumentou de tamanho. De seu corpo saiu uma sombra negra que tinha a forma de uma pessoa, mais não tinha rosto os detalhes. A sombra se movimentou para fora da barreira e num movimento rápido atacou.

Matt que pensava que aquilo era um feitiço egípcio que ele conhecia, ficou surpreso ao as marcas no corpo do adversário e ainda mais surpreso ao ver a sombra que saiu de seu corpo. Matt viu a sombra sair da barreira, então criou uma barreira, que acabou não sendo suficientemente forte para parar a sombra, no instante seguinte ao ver a sombra sumindo, ela apareceu na sua frente. Ele olhou para baixo e viu que o braço da sombra tinha entrado no seu corpo. Começou a se sentir fraco, não conseguia se mexer então ele percebeu o que tinha acontecido e ele sorriu e falou para o seu adversário:

-Pelo que vejo você é merecedor de ocupar o meu lugar do lado da Rainha das Sombras. Já que você é meu descendente vou te deixar a minha herança.

Toda o poder de Matt tinha sido sugado pela sombra que Snape tinha criado, mas ao invés de desaparecer a sombra voltou e entrou no peito de Snape que deu um grito e caiu no chão desacordado. Kristen nesse momento acordou e olhou ao redor e viu Snape caído no chão. Olhou ao redor e viu que em cima do círculo que tinha feito, Matt a esperava.

-Como ele foi na luta?

-Muito bem me surpreendi com o garoto, ele é muito poderoso, vi que ele é merecedor do meu antigo posto.

-Que bom. Isso ajuda bastante.

Matt sorriu e falou:

-Acho que você vai ter que carregá -lo e cuidar do machucado da mão dele, que pode piorar, já que tinha veneno na boca dos meus cães.

-Tudo bem, eu carrego ele. Até deixaria outra pessoa cuidar dele, só que ela vai ser testada amanhã.

-Ele tem algum envolvimento com outra descendente?

-Sim, e advinha de quem ela é descendente?

Matt olhou incrédulo para Kristen e perguntou:

-Você não vai me dizer que a namorada dele é a descendente de Cailleach?

-Se você não quer que eu diga, eu não digo.

Kristen falou isso rindo. Matt balançou a cabeça negativamente e respondeu:

-Deve ser mal de família. Agora eu tenho que ir.

Matt ao falar isso foi embora, deixando uma Kristen muito risonha. Ela se aproximou de Snape, se abaixou do lado dele, segurou a sua mão e fez as sombras o envolverem. Apareceram no quarto de Snape, cuidou dos ferimentos dele, lhe deu algumas poções e o deixou descansar. Foi para o seu quarto dormir já que tinha que fazer o teste de Helena.

No dia seguinte Kristen acordou tarde e perdeu o café da manhã, ficou caminhando um pouco para esperar a hora do almoço. O castelo estava vazio pois os alunos já tinham ido para as suas casas para o Natal. Quando deu a hora foi almoçar. Tinha alguns professores lá, que quando ela entrou a olharam um pouco torto. Era assim desde que o ataque a Hogsmead. Ela nem se importou com isso:

-Bom dia.

Nem todos deram uma resposta ao seu cumprimento. Ela se sentou e comeu com vontade. Antes de comer a sobremesa olhou ao redor. Seus olhos se encontraram com os de Harry. Ele estava um pouco sério e depois de se fitarem por um tempo a expressão dele desanuviou. Kristen continuou olhando pelo salão e procurou Snape com os olhos e não o encontrou, pensou “deve estar muito cansado da batalha”. Continuou comendo a sobremesa e logo depois se levantou e saiu do salão. Foi para o seu quarto e chegando lá encontrou Helena.

-O que foi? Aconteceu alguma coisa para você está aqui?

-Não, só queria saber como o Snape está.

-Ele está bem, mas cansado. Acho que ele deve estar dormindo até agora.

-O que aconteceu lá?

-Ele lutou.

-Com quem?

-Com um amigo meu.

-Que amigo é esse?

-Não vou contar. Mas para você não ficar estressada, pense positivo ele ganhou a luta. Vai ficar um pouco estranho, mas depois ele se acostuma.

-Com que ele vai se acostumar?

Kristen sorriu e não respondeu. Helena tentou convencê -la mas não conseguiu. Ela ficou séria e perguntou:

-Você está preparada para o teste?

-É claro.

-Está nervosa?

-O que você acha?!

-Não sei, é que eu sempre pensei que vampiro não ficava nervoso ou com medo.

-Diante dessa situação, dificilmente um vampiro não ficaria como eu estou.

Ela riu.

-Você tem que ficar concentrada e calma, eu tive que lançar um feitiço no Snape para ele relaxar.

-Deve ter sido no mínimo cômico está cena.

-Com certeza.

As duas ficaram conversando durante um tempo. Kristen depois falou para Helena dar um passeio e encontrá- la na Torre de Astronomia, onze e meia da noite.

Kristen depois conversar com a amiga foi até a sua sala. Ficou surpresa ao encontrar Draco a esperando.

-Que foi Draco, aconteceu alguma coisa?

-Não só vim aqui para perguntar quando eu vou fazer o teste?

-Você vai viajar sexta.

-Então 'tá. Você vai junto?

Kristen balançou a cabeça negativamente e respondeu pesarosa.

-Não vou poder, tenho que resolver muitas coisas.

-Então por quem eu vou ser testado?

-Um amigo meu vai com você nessa viagem. Ele vai te testar, sua mãe já sabe dele e da viagem. Não se preocupe que tudo vai dar certo.

-Espero que sim.

Draco saiu da sala da professora meio abatido pelo teste estar tão próximo. Resolveu aliviar um pouco a tensão com a namorada. Sabia que Gina com certeza o acalmaria. Foi se encontrar com ela.

Voldemort estava sentado em sua sala escura pensando, quando Rabicho entrou:

-O que você quer Rabicho?

O comensal demonstrando claramente que estava com medo falou:

-Senhor, Baltazar voltou.

O Lord das Trevas deu um sorriso diabólico e mandou:

-Traga ele logo aqui.

Rabicho saiu tropeçando nos pés. Voltou acompanhado de um alto de cabelos curtos loiros, tinha os olhos castanhos, e um porte que demonstrava arrogância.

-Que notícias você me traz Baltazar?

O homem sorriu e respondeu:

-Por alguns informantes eu descobri que os Anjos da Noite voltaram mesmo a agir.

-Quero que entre em contato com eles, seriam bons aliados.

-Já entrei em contato com eles, só esperam que o senhor marque uma reunião com eles.

-Excelente. Agora eu quero que você os avise que os quero aqui amanhã á noite.

-Sim, senhor.

Voldemort sorriu e pensou “ Com certeza eles são poderosos aliados...”, mas então seus pensamentos foram interrompidos.

-Senhor?!

-O que você quer?, por quê ainda está aqui?

O homem se encolheu um pouco, mas falou:

-Eu descobri algumas coisas ao investigar os Anjos da Noite.

-O que você descobriu?

-Um deles tem uma fixação por uma professora de Hogwarts. Eu até deixaria isso para lá, poderia ser bobagem, mas então eu descobri que essa mulher mantém contato com o Demônio das Chamas Negras.

Voldemort ficou surpreso.

-Uma professora de Hogwarts mantendo contato com uma ser das trevas?

-Isso mesmo. E eles pareciam muito amigos.

-Qual professora é?

-É a professora que foi contratada no lugar do Henry.

-Sei, mas quem é ela?

Baltazar deu um sorriso e falou:

-Ela é a filha do líder do Clã Stuart.

Voldemort teve que se surpreender mais uma vez.

-Ela é uma vampira?

-Ela é mestiça. A mãe dela é humana.

-Isso é muito interessante. Contratar um mestiço o velho Dumbledore já fez uma vez, mas essa mestiça sendo filha de um dos líderes de um dos grupos mais sombrios de vampiros e ela tendo uma amizade como o demônio das Chamas negras. É parece que o velho diretor caducou de vez.

-Senhor?!

-Fala.

-Pelo que eu soube, Dumbledore não conhece da amizade dela, mas o parentesco dela ele descobriu a pouco tempo.

Voldemort fez um movimento com a cabeça e depois perguntou:

-Mas o que ela tem a ver com um dos Anjos da Noite?

-Eles tem um passado sombrio juntos, só não consegui descobri o que aconteceu nesse passado.

-Então descubra.

Voldemort parou para pensar um pouco e falou:

-E também quero que você sonde essa professora, ela pode ser uma aliada muito útil.

O homem saiu da sala rapidamente deixando o Lord das Trevas em meio aos seus pensamentos.

Já era onze e meia da noite e Helena foi se encontrar com Kristen no alto da Torre de Astronomia.

-Estou pronta.

-Que bom, vejo que seguiu o meu conselho e procurou relaxar um pouco.

-Tinha que relaxar de qualquer jeito.

Kristen sorriu e falou:

-Vamos agora.

As sombras envolveram as duas e elas foram para o mesmo lugar que Kristen levou Snape.

-O que estamos fazendo no salão da sua casa?

-Vai ser aqui o seu teste. Eu vou ser direta. Você vai lutar contra Cailleach.

Helena ficou meio perdida.

-Como eu vou lutar contra ela?, já que ela está morta.

-Eu vou fazer um ritual igual ao que eu fiz há alguns anos na Rússia.

-Tudo bem, mas precisa de muito poder, pois naquele tempo você só fez aquilo para falar com a pessoa, não para fazê- la lutar.

-Eu tenho treinado. E como você acha que foi o teste do Snape?

Helena ficou surpresa.

-Agora sem mais perguntas, eu vou começar o teste.

Como fez no teste de Snape, Kristen pegou a adaga e começou a desenhar no chão magicamente. Só que dessa vez os feitiços estavam diferentes, o dialeto era totalmente diferente do que foi feito no teste de Snape. Os símbolos eram mais complexos. Helena reconheceu aqueles símbolos como os do dialeto dos elfos negros. Kristen então avisou:

-Eu vou fazer o invocamento agora.

Nascida nas cavernas das profundezas da terra. Com um poder oculto inigualável. Traída por companheiros, mas o seu grande poder a impediu de ser morta, acolhida pela rainha foi consagrada, seu poder foi libertado E se tornou Cailleach e assumiu o seu lugar como a Soberana dos drow's e se juntou a rainha em uma aliança. Eu como sacerdotisa das Sombras a chamo, para mostrar mais uma vez o seu poder, que você suba das profundezas das trevas mais uma vez, Cailleach!

No chão apareceu uma ruptura e dela emergiu uma sombra, Cailleach. Tinha os cabelos prateados, como se a lua os estivesse iluminando. Sua pele tinha um tom ardosia- azulado. E seus olhos eram estranhamente brancos, e tinham um poder hipnótico muito grande. Usava um vestido medieval preto.

Kristen olhou para Helena e lhe jogou a adaga. Cailleach olhou para Helena e depois para Kristen a quem deu um sorriso. Kristen retribuiu e desmaiou. Cailleach a fez levitar com um movimento de mão e a deitou num sofá que ali tinha, do mesmo jeito que na luta de Snape, apareceu uma barreira protegendo Kristen. Helena olhou para a criatura na sua frente e perguntou:

-Então você é a poderosa Cailleach?

-Sim, é você deve ser minha descendente?

-Sim. Quando Kristen me disse que eu ia lutar com você eu não acreditei muito, mas agora...

-É deve ser difícil acreditar que alguém vai trazer uma pessoa que já morreu para uma luta.

Helena concordou com a cabeça.

-É melhor começarmos a lutar logo, pois não tenho muito tempo.

-Então vamos.

As duas se encararam. Uma energia poderosa foi liberada por Cailleach o ar se tornou pesado e sufocante, por causa disso. Seus olhos pareciam ainda mais hipnotizantes. Sua pele irradiava um brilho negro. Helena ficou hipnotizada, não conseguia se mexer. Sem perceber foi se deixando levar pela beleza da liberação de todo aquele poder. Cailleach se aproximou da descendente e de sua mão apareceu uma adaga, já estava com ela no pescoço de Helena quando essa percebeu o que estava acontecendo e conseguiu se livrar do encanto e deu um pulo para trás caindo em pé a uma distância de dois metros da drow.

-É até que você não é fraca, conseguiu se livrar do meu encantamento.

Helena não tinha gostado daquilo. Naquela hora tinha sentido uma paz e um vazio tão grande, como se não pudesse desprender os olhos dela como se daquilo dependesse a sua vida. Ela então se transformou. Sua pele ficou pálida e seus olhos vermelhos. Seus caninos cresceram. Sua aparência era aterrorizante.

-Então quer dizer que minha descendente é uma vampira. Interessante.

Cailleach deu um murro na cara de Helena, que a mandou de encontro à parede. Sem perder tempo, ela se atirou na direção dela e a agarrou pelo pescoço. Mas Helena se recuperou a tempo de poder dá um soco no estômago de Cailleach que dobrou o corpo. Helena não perdeu tempo para descer -lhe uma cotovelada na nuca enquanto Cailleach estava curvada, esta caiu no chão, mas aproveitou para agarrar os pés de Helena e derrubá- la também.

Helena por ainda manter uma parte de seus poderes de antes de se transformar em vampira, conjurou um pedaço de ferro e desferiu um golpe em direção a Cailleach. A drow aparou o golpe utilizando a sua aura jogando Helena no chão. Cailleach fez aparecer em suas mãos espadas de energia, fazendo- as rodopiar em sua mãos em alta velocidade o que as fez parecer hélices. Foi se aproximando de Helena, que fez uma barreira com sua aura em volta do corpo, ela girou sobre si mesma com rapidez, ergueu a perna e, aproveitando a força proporcionada pelo impulso do giro, aplicou um chute tremendo na cabeça de Cailleach, que caiu para o lado.

Cailleach se levantou e sua aura a envolveu como se fosse uma barreira. A pressão do ar começou a aumentar drasticamente. Helena flexionou os joelhos quando sentiu aquela pressão, mas logo voltou a ficar ereta. A soberana dos drow's então elevou os braços e começou a recitar um encantamento. O ambiente mudou o salão de Kristen se tornou um labirinto, o chão era de terra, e as 'paredes' eram de plantas. Helena ficou surpresa, não esperava por aquilo. Olhou para os lados e viu os caminhos que poderia seguir, não encontrou Cailleach em lugar nenhum. Então ouviu a voz dela:

-Vamos brincar um pouco de caçada, eu sou a caçadora é claro.

Helena por instinto se abaixou, e viu passar onde sua cabeça estava uma lança feita de energia. Começou a andar pelo caminho da direita, seguindo o seu instinto. Deve que se desviar de muitos obstáculos e criaturas que Cailleach invocou, a maioria dos bichos eram terrestres ou viviam no subterrâneo. Ela estava com alguns ferimentos que não tinham se cicatrizado, ela resolveu se transformar. Seus olhos ficaram mais claros. Seus cabelos ficaram prateados. A cor da sua pele ganhou uma tonalidade negro- obsidiana. Todos os seus ferimentos se fecharam rapidamente. Sua aura aumentou e começou a ser emanada como se estivesse rastreando ao redor. Cailleach falou:

-Finalmente você resolveu mostrar o seu verdadeiro poder.

Cailleach invocou um doppelgänger. Era uma criatura que tinha a forma de uma sombra disforme. Ao aparecer para Helena se transformou em sua sombra e começou a atacá-la. Todos os golpes que Helena dava, a sombra rebatia e fazia igual. Ela descobriu da pior forma que a sombra além de copiar os golpes que ela utilizava, também sabia todas as suas técnicas de combate. Já estava ficando sem idéias quando ouviu Cailleach dizer:

-Quando eu vi você se transformar em drow pensei que também utilizaria os poderes de uma, só que vejo que não deve saber usá-los.

Helena teve uma idéia e fez uma barreira que a envolveu. Ela concentrou a sua mente para dentro de si, fez uma busca interior, lembrou-se de tudo que Kristen já tinha lhe dito, então quando abriu os olhos, sua aura emanava um poder muito maior que antes. Ela liberou uma quantidade muito grande de energia que destruiu as sebes que a cercava em um raio de cem metros, permitindo que ela pudesse ver Cailleach. Ela sorriu e falou:

-Finalmente vamos lutar para valer.

A luta delas se tornou ainda mais competitiva, Helena passou a usar seus poderes de drow, que eram muito ligados as magias da terra. Cailleach revidava a altura por ser considerada a soberana dos drow's. A pressão que se instalou no local desde que elas passaram a utilizar seus poderes era tão grande que se colocassem uma ser humano ali ela seria esmagado. Elas lutavam como se fossem plumas ao ar livre. Nada parecia interferir nos seus golpes.

Tudo ao redor foi destruído, elas não poupavam nada. Cailleach fez um movimento com a mão que levantou a terra em volta de Helena, fazendo uma barreira prendendo- a. Começou a falar no dialeto drow, uma aura envolveu a barreira de terra e Helena deu grito. Helena quando viu a terra envolta dela tentou sair dali mas não conseguiu, a terra a envolveu como se fosse uma barreira, e ela ouviu o encantamento de Cailleach, ficou assustada pois entendera muito bem o feitiço:

Das profundezas de sua mente, os seus maiores medos surgirão. Tomaram formas e a levará para o recanto mais sombrio de sua mente.

Ela começou a ver dentro de sua mente, várias coisas que lhe aconteceram quando ainda era uma criança, antes de se transformar em vampira, tudo de ruim que ela já tinha visto e vivido e que a assustava voltou com toda força a assombrando. Ela deu um grito ao passar por aquilo de novo.

Sua mente estava começando a definhar com tudo que estava revivendo. Então ela passou a se lembrar do duro treinamento que teve com sua mestre. Foram anos de humilhações e torturas físicas e psicológicas para que ela aprendesse tudo que lhe era ensinado. Foi um dos piores períodos da sua vida. Então ela passou a se lembrar de coisas boas, lembrou de como foi bom ao final do treinamento com a sua mestra, matá -la numa luta, em que ela provou ser mais forte.

Lembrou de ter conhecido Kristen que fazia um treinamento perto dali, e a amizade que se criou a partir daquele dia. Lembrou de como por intermédio de Kristen, Max, William, Rafael e ...Snape. Como foi bom conhecer Snape, foi uma das melhores coisa que lhe aconteceu na vida. Helena esqueceu de tudo de mal que lhe tinha acontecido só pensando nas coisas legais que lhe aconteceu, ela liberou o resto de sua aura, numa explosão de energia que a libertou da barreira que Cailleach tinha feito em torno dela.

Cailleach percebia que a cada momento, Helena se perdia na escuridão de sua mente, sempre mergulhando mais e mais, até que tudo parou e Helena estava começando a se libertar do encantamento. Cailleach viu orgulhosa a sua descendente se libertar liberando uma grande quantidade de energia. Helena assim que se libertou olhou diretamente para Cailleach. Seus olhos estavam num tom verde muito forte.

Cailleach ao olhar nos seus olhos ficou totalmente imóvel começou a sentir uma paz, um vazio como se não pudesse desprender os olhos de Helena, que se aproveitou do estado dela para enfiar a adaga no coração de Cailleach, que ao acordar do transe, olhou para a adaga em seu peito, sorriu e falou:

-Finalmente eu posso passar o meu trono para a minha herdeira. Que você reine a frente dos drow's e siga ao lado da Rainha.

Uma forte energia se desprendeu de Cailleach e entrou no corpo de Helena que caiu desmaiada no chão.

Kristen acordou e viu Helena desmaiada no chão e Cailleach em cima do círculo que ela tinha feito.

-Ela se saiu bem?

-Sim, ela já está em condições de reinar sobre os drow's. Ela já está pronta para caminhar ao lado de Nicole.

Kristen deu um sorriso ao ouvir aquele nome, seus olhos ganharam um brilho especial. Cailleach retribuiu o sorriso e desapareceu em forma de sombra, entrando n a ruptura que tinha no chão. Kristen caminhou até Helena e a pegou no colo. As sombras as envolveram e a levaram para Hogwarts. Ela levou a amiga desmaiada até as masmorras e bateu na porta da sala de Snape, que abriu a porta depois de alguns minutos, estava com uma carranca enorme, mas ao ver quem era desanuviou o rosto e perguntou preocupado:

-Ela está bem?

-Sim. Só quero que você cuide dos ferimentos dela e de uma porção de revigoramento, creio que esteja muito cansada, principalmente psicologicamente.

Ele deu um suspiro aliviado e perguntou sério:

-Ela passou no teste? Kristen sorriu e respondeu:

-Passou e magnificamente como sempre.

Snape acenou a cabeça concordando e entrou com ela na sala. Antes de fechar a porta perguntou?

-Você quer entrar?

-Não, estou morta de cansaço, vou descansar porque eu tenho que me preparar para esse fim de semana.

Snape concordou e fechou a porta. Kristen foi para o seu quarto descansar.

No sábado, Kristen já estava com as malas prontas para viajar, encontrou Harry e Kira na sua sala e partiram para os testes mais importantes que ela realizaria. Os dois adolescentes estavam muito ansiosos para que os seus testes começassem logo. Kristen falou:

-Kira você vai ser a primeira a lutar, terá esses dois dias para se preparar, pois seu teste vai ser segunda-feira que é lua cheia e seus poderes estarão no seu ápice.

Kira concordou séria. Harry que estava do lado perguntou:

-E eu, vou realizar o teste quando?

-Você vai realizar no dia seguinte, pelo mesmo motivo que Kira.

Harry confirmou com a cabeça. Eles estavam na casa de Kristen tinham se instalado, cada um, em quartos bem grandes, com uma decoração sombria mas muito confortáveis.

-Desçam ás oito para jantarem, vocês devem ir dormir ás dez horas. Nada de passeios noturnos pelo castelo, principalmente pelo ala norte, leste e oeste, fiquem nessa ala, que é a sul. Até o dia do teste de vocês, quero que descansem o físico e o psicológico.

Eles apesar de terem ficado curiosos concordaram e foram para seus quartos desfazer as malas. Sabiam que não teriam descanso até os testes e seguiram a risca o conselho de Kristen de não passear e de descansar.





Olá, pessoal?! Tudo bem? Está aí mais um capítulo, espero que gostem pois levei um tempo para fazê- lo. Perceberam que não demorou muito para eu postar esse capítulo, é porque eu já tinha esse pronto. Que bom né? Agradeço a todos que me pediram para postar e que elogiam a minha fic. Queria pedir desculpas por não ter postado antes, pois meu pc está ruim e não tenho previsão de quando ele estará bom, tenho utilizado outro computador para postar. Tentarei não demorar para escrever, agora postar já é outra história. Beijo para todos e continuem a ler a minha fic.

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