Encontro Inesperado?!





Virgínia acordou no dia seguinte ainda sonolenta. Não tinha passado a noite anterior muito bem devido a um pesadelo. A ruiva colocava a mesa do café ainda pensando no tal ‘pesadelo’ “Que coisa mais estranha, eu me sentia vigiada, daí instantes depois eu estava num vestido de noiva e entrando num local super esquisito... parecia uma Mansão antiga, algo assim. ela pensava ao fogão, terminando de ferver a água pro café. “E antes de acordar eu me lembro, daqueles olhos... olhos azuis acinzentados... que cor incomum.” ela pensava quando o barulho da lareira a despertou de seus devaneios.



_Oh, droga! – ela falou retirando a chaleira de qualquer jeito quase derrubando água quente em tudo.

_Que foi, Gina? – Rony perguntou se esquivando das gotas de água que voavam pela cozinha.

_Tá quente demais. – ela falou alcançando a mesa. – ai...

_Percebe-se. Porque não usou o pano? – ele perguntou parecendo óbvio.

_Esqueci. – ela falou corando e encarando a cunhada que estava o tempo todo escondida atrás do irmão. – pode sair Mione, o furacão Gina já está saindo. – ela comentou rindo.

_Ah, er... tá. – a castanha falou desconcertada – bom dia Gi. Já vai trabalhar?

_Sim, Mione. Tenho que conseguir dinheiro, né. Não dá mais pra depender de vocês pra tudo... tenho mesmo que ir agora. Bom dia pra vocês.- ela comentou pegando uma torrada e preparando-se para aparatar. – estão bem dispostos, hein. Viu algum ‘passarinho’ esta noite Mione? – a ruiva comentou aparatando antes de ouvir uma resposta mal criada do irmão e perceber uma Mione roxa de vergonha.



Gina aparatou no Beco Diagonal para mais um dia de agitação na Artefatos & Cia. A loja já estava apinhada de gente, mesmo sendo ainda 9 da manhã, várias crianças fazendo aquele alvoroço por um brinquedo novo nos corredores, mães em pânico por algum vestido em liquidação, estudantes de férias à procura de materiais para o ano letivo, um verdadeiro caos. E no meio de toda aquela gente ainda pôde ouvir alguém chamando-a, era Violet, sua colega de trabalho.



_Oh, Gina, graças à Merlin você chegou! – a loirinha falou dramática arregalando os enormes olhos violeta. (N/A: por isso ela se chama Violet. E sim, eu não tenho muita criatividade! Continuando...)

_Calma, já estou aqui, o que houve?

_Bom, estou atendendo três estudantes e ainda existem mais dois à procura de alguns materiais, pode ajudá-los?

_Claro, onde eles estão? – Gina perguntou à procura deles.

_Ali, no canto direito – Violet apontou para dois rapazes concentrados em algum livro de poções.


Virgínia caminhava para atendê-los quando uma outra funcionária passou por ela como um furacão, atendendo os dois rapazes que pareciam aliviados pelo atendimento da garota. Gina ficou ali olhando perplexa até que uma pessoa adentrou no recinto fazendo a sineta da porta tocar. Cabelos loiros como o sol, porte alto, pele não mais tão pálida, um sorriso enviesado na face e um olhar penetrante. Gina reconheceu de imediato.



_Malfoy. – ela balbuciou com um olhar incrédulo.



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Draco acordou naquela manhã com um pensamento fixo em mente, se não conseguisse convencer a Weasley, arrumaria um jeito de burlar o testamento do pai. Decidido, o loiro caminhou até seu enorme guarda-roupas e ao abri-lo fez uma constatação, no mínimo, interessante: a maioria de suas roupas eram pretas! “E quem liga? Draco Malfoy é lindo de qualquer maneira.” ele pensou presunçoso, sorrindo enquanto escolhia qual roupa usaria para ‘conquistar’ a Weasley.



Ao terminar de arrumar-se, mandou uma coruja para Blaise avisando-o que ficaria fora na parte da manhã e que talvez nem trabalharia à tarde. O moreno somente respondeu um como sempre e nada mais poderia atrapalhar os planos do loiro, que desceu para tomar seu café e teve uma leve surpresa: Narcisa não estava à mesa.



_Alfred! – ele chamou o mordomo que apareceu flutuando à frente dele – onde está minha mãe?

_A Sra. Malfoy não quis descer para o desjejum. Disse que está cansada e pediu o café no quarto Sr. – o mordomo respondeu eficiente.

_Muito bem, então sirva-me. – Draco ordenou.

_Sim, Sr. – Alfred começou a servir-lhe sucos e pães, bolos e muitas variedades de frutas.

_Está bem, Alfred. - ele falou minutos depois - Pode retirar a mesa, estou de saída. – e pegou sua capa, pois estava chovendo fracamente, e foi em direção à saída da Mansão.


Segundos antes de aparatar a visão do sonho que tivera com a Weasley embaraçou seus pensamentos. “O que será que meu pai quis ao colocar esta cláusula absurda no testamento? Não pode ser só me prejudicar... aí tem coisa.” ele convenceu-se arrumando as vestes e aparatando no meio do Beco Diagonal.



Avistando um local ao abrigo da chuva Draco aproximou-se, sem se dar conta até o momento que aquela era a loja em que a ruiva trabalhava. Espiou o grande movimento dentro da loja e encontrou sua ‘vítima’ em segundos. Ela parecia muito atraente, mesmo naquele uniforme barato de vendedora. O molde dos seios, a cintura fina e o quadril bem disposto ficavam em evidência no vestido roxo que ela usava. Parecia que tinha visto um fantasma ao notar que outra garota, também de vestido roxo, ‘roubara’ sua venda. O leve rabo-de-cavalo balançou perigosamente ao mexer de cabeça, em descontentamento, que ela dava. “Está na hora de nos encontrarmos, Weasley.” ele pensou dando um passo à frente e entrando na loja. Mal pode acreditar em sua sorte, pois naquele momento o barulho da campainha da porta chamou a atenção da ruiva. O cabelo levemente preso, com algumas mechas caídas na face, o corpo bonito, a baixa estatura e o olhar cor de chocolate. “Que olhos!” ele pensou antes de dar um passo a frente.




****************************************



_Malfoy. – Gina balbuciou e virou-se rapidamente até o interior da loja. Não sabia exatamente o porque mas não queria se aproximar do loiro, mesmo que naquele momento ela fosse a única vendedora disponível e ele parecesse um cliente comum. Avistou Violet com os três estudantes mais a frente e apressou o passo – me dá a lista deles, atenda o loiro que acabou de entrar, ok.

_Mas Gina... – a loirinha nem teve tempo de responder, pois a ruiva já estava longe com os três, confusos, estudantes em seu encalço. Violet não entendeu a atitude da colega – porque ela não iria querer atender o loiro... super gostoso! – ela completou pasma ao avistar o tal loiro. O cara parecia um Deus Grego e Gina simplesmente se negou a chegar perto. – se tu não quer, ruiva... – falou aproximando-se furtivamente. – pois não Sr. em que posso ajudá-lo? – ela perguntou sorrindo.

_A ruiva ali adiante é a Srta. Weasley, não? – Draco perguntou educadamente após examinar o sorriso cheio de promessas da loira à sua frente.

_Er... sim, mas então... em que posso ajudá-lo? – perguntou com certa impaciência.

_Qual o seu nome?- ele perguntou abruptamente.

_Violet.

_Então Violet, se não se importa, eu gostaria que a Srta. Weasley me ajudasse. – ela falou e a loira não mexeu um músculo – é que nós somos amigos de colégio e eu preciso de um favor...ahn... particular, ok.

_Oh, sim. – a loira corou um pouco – compreendo, só um minuto. Vou chamá-la.



Passados alguns minutos e um Draco já impaciente foi atendido por uma Gina extremamente mau humorada. A ruiva parecia que soltaria fogo pelas orelhas a qualquer minuto, pois tinha os olhos mais verdes que o normal e as orelhas e bochechas extremamente vermelhas.



_Malfoy, o que quer?

_Hum... que educação Weasley. – ele começou e ela bufou – sabia que os Weasley eram pobres e não mal educados.

_Olha aqui –ela falou com o dedo na cara dele- se você pensa que pode entrar aqui no meu trabalho e falar o que quiser de mim ou da minha família está muito enganado, ouviu bem? E eu vou procurar outra pessoa para atendê-lo, passar bem. – ela ia virar-se até que ele disse.

_Ouvi perfeitamente, só que tem um detalhe. – ele aproximou o rosto perigosamente do dela. – eu estou aqui como cliente e você deve me atender, ok.

_Eu não quero atender você. – ela falou dando as costas ao loiro.

_Seu patrão vai amar saber que você deixou um cliente sem ser atendido, Weasley. – ele falou e ela virou-se, encarou-o por alguns instantes e voltou.

_Está bem, o que você deseja? – ela perguntou cansada.



Draco não respondeu de imediato. Seu olhar vagou dos olhos cerrados da ruiva, passando pela boca rosada, pelo colo bonito e terminando nas coxas bem torneadas. Ao notar que a ruiva estava ficando constrangida e poderia ter uma atitude um pouco violenta pelo olhar dele, abriu um sorriso enviesado e respondeu:



_Um presente. Procuro um presente para minha mãe. É aniversário dela na próxima semana.

_Ok, então... ahn... do que ela gosta?

_Ler. Gosta de perfumes também, mas acredito que já tenha muitos.

_Certo acompanhe-me então. – ela falou guiando entre as estantes da loja, que mais parecia um labirinto de tão grande, até a sessão dos livros – pronto chegamos. De que tipo de livros ela gosta?

_Romances. – ele falou simples e impressionado com o tamanho da livraria da loja.

_Açucarados ou com um certo drama? – ela perguntou franzindo o cenho.

_Ora Weasley, como é que eu vou saber? – ele falou exasperado.

_Você que é filho dela não sabe, como eu vou saber então?

_Faça o seguinte, mande-me tudo que for do gênero. Dinheiro não é o problema. – ele falou retirando alguns galeões do bolso.

_Idiota. – ela falou baixo.

_Como disse? – ele arqueou a sobrancelha.

_É assim que você presenteia uma mulher? Mandando via coruja? – ela perguntou com desaprovação na voz.

_Nem sempre, porque o incômodo? – ele perguntou apertando-a contra a estante de livros. – gostaria de saber como presenteio uma mulher, Weasley?

_Não. – ela falou com voz firme, ou quase – saia de perto de mim, Malfoy.

_Porque deveria? – ele falou com o rosto próximo ao dela.

_Porque estamos em um local público e...

_Hum, então quer ir à um local mais... privado? – ele falou entre arfadas no pescoço da ruiva.

_Não... eu... eu...não... sai Malfoy! – ela falou empurrando-o com as mãos, porém Draco foi mais rápido.

_Você não quer que eu saia, confesse. – e antes que ela pudesse falar mais alguma coisa, se perdeu naquele mar azul e cinza à sua frente.




As bocas quase se tocavam, as respirações descompassadas, pernas bambas, coração acelerado... tudo isso Gina sentia. Draco podia sentir o perfume da ruiva, e isso o embriagava. “Até que ela cheira bem.” ele pensou vendo-a fechar os olhos. Gina sentia-se perdida naquela imensidão azul-acinzentada. Podia sentir suas mãos suando e seu corpo perdendo os sentidos perto daquele loiro. Fechou os olhos para receber o beijo, que aconteceria se não fosse...




_GREG! Volta aqui!! – um ruivinho corria atrás do sapo de estimação no corredor onde o casal (?) estava.

_Dylan. – ela falou baixo, abrindo os olhos de repente, para encontrar um Malfoy já distante, com uma mão no bolso e outra examinando o exemplar de um romance. – Dylan! – ela chamou e o ruivo veio correndo, já com o sapo em mãos.

_Mãe! – ele gritou correndo e abraçando-a.



”Mãe? A Weasley é mãe? Desde quando?” o loiro pensava analisando o garoto ruivo que vinha correndo. Seus olhos arregalaram-se de espanto, o moleque era a miniatura do Potter, versão Weasley é claro, mas os cabelos arrepiados e os óculos redondos eram idênticos. ”Não acredito que vou ter que levar o pacote!” ele soltou um suspiro resignado.



_O que está fazendo aqui? – Gina perguntou olhando por cima do ombro do filho - veio sozinho? – ela perguntou preocupada.

_Não, o Tio Rony me trouxe, mas ele foi na loja do Tio Fred. – ele falou rápido. Olhou para o loiro que estava ali e perguntou baixo – quem é ele?

_Ele? – Gina olhou confusa para Draco e disse – é apenas um cliente da loja, ele veio comprar um livro.


_Eu gosto de livros. – ele comentou e lançando um olhar nada furtivo ao loiro pergunta – qual livro você tá procurando?

_Eu? – Draco assustou-se. – er, um romance, é pra minha mãe. Presente, sabe. – Draco comentou sorrindo enviesado. “Tive uma idéia!”

_Hum... este aqui. – o garoto apontou para um exemplar de “As 10 melhores histórias de amores bruxos” – acho que ela vai gostar.

_Er, Dylan vem cá. – Gina falou afastando-se com o filho alguns passos - não acho que você deva influenciar a decisão do Sr. Malfoy, ok. Ele pode não gostar.

_Não, Virgínia – o loiro chamou-a pelo nome de batismo, causando estranhamento na ruiva – eu gostei deste. Boa escolha rapazinho. – ele falou para Dylan.

_Me avise se sua mãe gostar do livro Senhor. – o menino falou contente.

_Dylan! – Gina repreendeu-o.

_Deixa ele Virgínia. – o loiro falou já rindo – eu aviso você sim, Dylan. E a propósito, me chame de Draco. – ele falou ‘simpático’.

_Tá bom Draco. Me avise, tá. – o ruivinho apertou a mão do loiro a sua frente e virou-se para a mãe. – vou encontrar o Tio Rony, tchau mãe. – disse beijando-a na face.

_Tchau filho. E cuidado! – ela falou enquanto ele corria porta afora com Greg entre os dedos.



Após a saída de Dylan da loja, Gina virou-se para Draco com fúria nos olhos. Parecia que a ruiva à frente do loiro explodiria a qualquer momento. Os cabelos já totalmente embaraçados, a roupa ligeiramente amassada “E a culpa desse amassado é minha!” o loiro pensou divertido, mas foi tirado de seus devaneios por uma ruiva nervosa.



_O que você acha que está fazendo?

_Como? – ele perguntou sem entender.

_Você não veio aqui comprar livros de romance droga nenhuma. O que você quer comigo? – ela perguntou na defensiva.

_Perdoe-me, mas eu deveria querer algo com você?

_Você – ela apontou o dedo na cara dele outra vez – entrou nesta loja hoje só pra me perturbar. Você só veio aqui pra estragar a minha manhã, quer por favor pegar este seu ‘presente’ e sair daqui!

_Acho que você está trabalhando demais. E veja é hora do almoço. – ele apontou para o relógio no alto da loja – vai sair pra almoçar?

_Pra que quer saber? – ela perguntou brusca – o que você quer comigo afinal?

_Um acordo. – ele falou para surpresa da ruiva.

_Acordo? Com você? – ela desatou a rir descontroladamente na cara do loiro – faz-me rir, Malfoy. Você querendo fazer um acordo com um Weasley?

_Não ria. Ainda não falei do que se trata. – ele falou aproximando-se dela vagarosamente – vai se dar muito bem se colaborar comigo, Weasley. – disse com as bocas quase se tocando.

_Nunca colaboraria com você, Malfoy. – ela falou afastando-se dele e sumindo pelo fundo da loja.



Draco ainda ficou ali fitando-a partir por alguns instantes, até que suspirou. “Um filho. Eu não sabia que ela tinha um filho, que merda! Mas talvez o pestinha me seja útil, preciso falar com o Blaise.” e com esse pensamento o loiro partiu para o caixa da loja e saindo da mesma deu uma breve olhada para uma ruiva, desconcertada, atrás do último balcão.



_Você é minha ruiva, minha. – ele falou desaparecendo do campo de visão de Gina, que ficou aliviada.




***********************************



N/A: Oiiiiiiiii!!!!
Demorei pra postar? O_o'
Que caras são essas... abaixa esta varinha! *se esconde*

*olha desconfiada, toma coragem e sai do esconderijo*

Hello, pessoaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas!!!!

Então, gostaram do cap?
Que encontro, não? Eu particularmente não gostei mto... acho que tá ruim...
Tá ruim? Hein? Hein?? *olha enviesado*

Gostaram da fala do Draco: "Draco Malfoy é lindo de qualquer maneira"
Eu concordooooooooooooooo!!!! ^_^

E o encontro dele com o Dylan!!! Será que o pequeno vai conquistar a afeição do loiro??

Só COMENTANDO pra saber.... então:
C O M E N T A !!!!!!!!!!!!!!!!



Bjus


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