8 meses depois...






Cap 34 - 8 meses depois





_Você mentiu para mim. - ele falou encarando-a após longo tempo em silêncio.


A sala fétida era algo que o incomodava. Olhar a mulher que um dia amara, naquele estado lastimável machucava-lhe. Cho não era mais a mesma garota bonita e com vontade de viver que ele conhecera há quase um ano, no St. Mungus após aquele acidente de trabalho. Memórias assolhavam-lhe a mente de forma rápida e inesperada.




Sala de Recuperação de Traumas Mágicos - St. Mungus, 11 meses atrás.


Estava inconsciente devido há feitiços lançados pelos últimos comensais existentes. Seu estado era grave, Carl Flitz precisava de ajuda medi-bruxa com urgência ou os danos causados pela maldição que recebera seriam permanentes, deixando-o em estado catatônico vitalício. Ela cuidou dele desde o primeiro momento que o viu entrar desacordado no Hospital, trazido pelo amigo, e capitão da operação Tenente Edward Martin. Preocupou-se e não saiu de seu lado desde que ele aparecera no hospital, sem ao menos saber o porque fazia aquilo. Foi numa noite de chuva fraca que ele finalmente reagiu ao tratamento e acordou de seu sono profundo.


_Onde estou? - perguntou sem abrir totalmente os olhos.

_Está no Hospital St. Mungus. - a chinesa falou brandamente - como se sente?

_Costurado. - ele respondeu de maneira irônica - quem é você?

_Sou a enferme-bruxa Chang. - ela falou polidamente.

_Você cuidou de mim não foi? - ele perguntou, agora desperto.

_Desde que chegou aqui. - ela respondeu simples, encarando-o - agora tenho que ir, ver outros pacientes e... - ela falou rapidamente, tentando sair de perto do leito dele.

_Espera. - ele pediu com urgência segurando-a pelo pulso fino - fica. Até eu dormir pelo menos.

_Certo, eu fico. - ela falou num olhar cheio de carinho.




Carl ainda não entendia como a personalidade doce de Cho tinha mudado tanto em tão pouco tempo. Lembrava perfeitamente do dia em que ela o procurou com nervosismo para lhe contar sobre a proposta de Malfoy. Se soubesse no que daria, em que ela iria se transformar, jamais concordaria com o fato dela usar o menino dos Malfoy para conseguir dinheiro. Até agora perguntava-se porque cargas d'água ele concordou com aquela insanidade. Olhando-a de maneira perdida, percebeu seu erro. Ele tinha, finalmente, se apaixonado.




_Diria que 'omiti' é o termo mais apropriado, querido. - ela respondeu cínica.

_Você não presta, Chang. - ele falou olhando-a enojado - espero que você apodreça aí. - ele disse com um leve aperto no peito.

_E sua filha? Não vai assumí-la? - ela perguntou, pela primeira vez, demonstrando preocupação com a trouxa de roupas no canto da cela, que era a criança. Carl encarou a criança, com o peito comprimido, rindo secamente.

_Eu não tenho filha. - ele falou friamente, dando-lhe as costas. - mas não se preocupe com ela, não vai ficar desabrigada.

_O que você vai fazer? - Cho perguntou levantando-se rapidamente - Carl, volta aqui! - ela gritava para o corredor, aparentemente vazio - Carl, seu idiota, ela é sua filha! Sua menina. -ela sussurrou a ultima parte em meio as lágrimas.



Uma risada seca anunciava a presença de mais alguém ali. A escuridão sempre fora algo que amedrontava Cho, desde pequena, mas era algo com que ela podia se acostumar. Afinal estava presa e passara por maus bocados durante a gravidez naquela cela. Somente as visitas de Carl a confortavam de certa maneira. Arrependera-se de ter mentido para o namorado sobre a paternidade da criança que carregara no ventre até meses atrás. Sua filha agora estava nas mãos do destino, pois uma forte pneumonia a atacara, dando-lhe a certeza que teria poucos meses a mais de vida. Olhando da filha para o corredor escuro, correu até a criança para acalentá-la em seus braços. Encarou mais uma vez a escuridão para ver surgir a figura imponente de Draco Malfoy.



_O que você quer agora?- ela perguntou analisando um ponto acima do ombro de Draco - vá embora!

_Você precisa de ajuda Cho. - ele falou calmamente - está doente, precisa de tratamento...

_Não quero me tratar. VÁ EMBORA! - ela falou tacando uma tigela com comida mofada entre as grades.

_Pare com isso Chang. - ele falou desviando-se do prato - eu quero ajudar você.

_Até parece. - ela disse numa risada insana - você quer roubar meu bebê, isso sim.

_Chang, me dê a criança. - ele falou calmo -você precisa de ajuda. - o loiro falou fazendo sinais discretos para dois homens fortes trajados de branco aproximarem-se da cela.

_Não. - ela falou agarrando-se ainda mais ao pequeno embrulho - nao vai tirar Lia de mim, não vai.

_Senhores, por favor. -Draco fez com que as grades da cela sumissem e os homens adentrassem.

_O que vão fazer? -ela perguntou com pânico, enquanto um dos homens retirava o bebê de seus braços finos e entregava ao loiro Malfoy- não, me devolve ela. Por favor, Draco. Me dá minha filha, minha menina. -ela implorava com lágrimas nos olhos.

_Não posso, Cho. - o loiro baixou a cabeça - podem levá-la. - ele acenou para os homens.

_Não. - Cho debatia-se enquanto os dois homens carregavam-na para fora - NÃO! Lia!! NÃO!! DRACO POR FAVOR!!


Quando não mais podia-se ouvir os gritos da chinesa, Draco suspirou pesadamente. Olhou para o pequeno embrulho em seus braços e constatou que a pequena Lia Chang precisava de cuidados médicos, com urgência. Aparatou no St. Mungus com a pequena a tiracolo, que foi retirada de seus braços com eficiência pela equipe medi-bruxa de plantão. Preencheu a ficha da criança na recepção e ficou ali, na sala de espera, aguardando notícias por longas horas até que um inesperado visitante apareceu.



_Onde ela está? - Carl Flitz perguntava aflito - por favor Sr. Malfoy, onde está a minha filha?

_Sua filha está sendo tratada agora. Acalme-se. - Draco falou calmamente - vamos tomar alguma coisa, temos assuntos a tratar.

_Só quero saber como ela está. - ele falou miseravelmente após um longo gole em seu café - aliás como elas duas estão.

_Bom, o que eu soube pelos medi-bruxos é que sua menina é bem forte, e apesar de apresentar um quadro de pneumonia leve, ela vai sair dessa bem rápido. - o loiro falou - agora, sinceramente, é com a Cho que deve se preocupar.

_Ela está maluca? -ele perguntou num tom beirando o desespero.

_Não exatamente. - o loiro disse - mas é melhor você conversar com algum especialista.

_Certo. - Carl respondeu afundando mais na cadeira. - Sr. Malfoy lhe devo desculpas, em nome da Cho, ela não agiu certo com o Sr.

_Desculpas aceitas. -o loiro falou - com uma pequena condição.

_Qual? - o homem levantou a sobrancelha interessado.

_Eu fico com a criança. - Draco falou encarando-o e o homem quase respondeu, mas o loiro foi mais rápido - fico com a Lia até você conseguir um lugar decente para morar.

_Mas eu tenho um lugar decente! - ele falou lembrando-se do pardieiro que era seu apartamento. - quer dizer quase decente.

_É disso que estou falando.- o loiro falou sério - você precisa decidir o que fazer da sua vida, Sr. Flitz. E até isso acontecer sua filha ficará sobre os meus cuidados.

_E sua mulher?

_Virgínia adora crianças. - ele falou curto - ela vai entender. E até porque será por pouco tempo, só até você se estruturar e a Cho estabilizar seu quadro emocional.

_Obrigado Sr. Malfoy. - o homem disse emocionado.

_Não me agradeça ainda. - o loiro falou rapidamente - estou sendo sensato. Não quero que uma criança que possui pai e mãe seja tratada por estranhos em um orfanato qualquer. Por isso estou agindo assim. Mas não espere nenhuma consideração a mais da minha parte.

_Perfeitamente.

_E não se preocupe com sua posição no EBI. Nada irá lhe acontecer, fique tranquilo. - Draco disse lenvantando-se da mesa.

_Er, Sr. Malfoy, posso perguntar somente mais uma coisa?

_Fale.

_Poderei ver a Lia, regularmente não é? - Carl perguntou num olhar aflito.

_Sim, meu advo-bruxo irá te procurar para acertar esses detalhes. - e sem mais palavras saiu do café do Hospital para aparatar em casa.



**********Mansão Whiltshire************



_Até que enfim, onde você estava Draco Malfoy? - perguntou uma ruiva com cara de poucos amigos, com as mãos na cintura avantajada.


Virgínia estava no oitavo mês de gravidez e seu corpo, apesar de esguio, estava mais recheado de curvas. Não era gorda, pelo contrário estava mais atraente do que nunca, e isso era um dos motivos pelo qual Draco morria de ciúmes da esposa. Ela levantou-se da confortável poltrona e deixou o exemplar do Semanário das Bruxas na mesinha para encarar o marido, que acabava de aparatar no Hall de entrada.


_Boa noite. - ele respondeu irônico.

_Nem tenta me enrolar.- ela falou com o dedo em riste. Ciúmes, Virgínia agora sentia muitos ciúmes devido a gravidez. - onde você estava Draco?

_Já te disse que você anda muito possessiva ultimamente? - ele perguntou num sorriso sarcástico, aproximando-se da ruiva.

_O que pensa que vai fazer? -ela falou tentando demonstrar indiferença.

_Beijar você. - ele falou simplesmente antes de juntar seus lábios ao dela.



******Minutos depois, no quarto do casal******




_Sabe Draco, acho que você fez a coisa certa. - a ruiva disse carinhando os cabelos loiros do marido.

_Eu nunca a deixaria ir Virgínia. - ele falou passando a mão nos cabelos dela - e outra coisa, Cho precisa de tratamento, parece estar bem doente. E não era justo deixar a criança nas mãos de um pai que nem a conhece direito.

_E você a conhece?

_Não, mas pelo menos eu tive o Dylan pra me acostumar com crianças. - ele falou constrangido - ah, você sabe que é difícil pra um cara cuidar de um bebê.

_Se pra uma mulher já é complicado. -ela comentou mais para si mesma - ei, chega de falar disso. Tenho coisas mais prazerosas pra fazer agora - ela disse beijando-o em seguida.



********Dia seguinte*********



_Só mais uns minutos. - ele respondeu sonolento, aconchegando-se mais no corpo rechonchudo da esposa.

_Draco levanta. - Gina falou aninhada a ele.

_Que eu tenho que fazer pra você ficar aqui, hein? - ele perguntou sonolento.

_Você decide: ou fica comigo aqui e aguenta as consequências - ela disse maliciosamente - ou se atrasa pro trabalho e perde o melhor negócio do ramo de vassouras e o Blaise te mata. Qual solução você prefere?

_Nenhuma das duas. - ele respondeu dormindo novamente. Virgínia sorriu e depositou um breve beijo em seus lábios, levantando-se.

_Bom, é melhor cordar o Dylan, daqui a pouco ele tem que ir pra escola e... AI.- ela dizia quando uma forte dor no baixo ventre a fez cair.

_O que houve? - o loiro precipitou-se para fora da cama rapidamente.

_A bolsa... acho que estourou! - a ruiva falou encurvada de dor, tentando controlar a respiração.

_Calma! - ele falou levantando-a com cuidado - calma! Se acalma! Respira fundo -ele falou para ela, mas quem fez foi ele mesmo - isso, agora expira.- ele continuou fazendo e Gina teve que se controlar para não rir. - agora senta aqui. -ele falou sentando-se na cama.

_Draco. - ela chamou-o.

_Quê? - ele perguntou aéreo.

_Quem está grávida aqui sou EU! -ela gritou - ENTÃO ME LEVA PRO HOSPITAL AGORA SEU PASPALHO ANTES QUE EU ME ARREPENDA DE TER DORMIDO COM VOCÊ TODOS ESSES MESES!

_Calma- ele falou com os olhos arregalados - vamos até a lareira.

_Draco, - ela chamou pegando-o pelo pescoço - chame o Dylan.

_Vamos pro hospital primeiro - ele falou aparatando com ela em seus braços.




********Mansão Zabine, na noite anterior*******




_Blaise, eu disse sorvete de quiabo! - a loira esbravejou pela enésima vez naquela noite.

_Luna, querida - ele começou com a paciência forçada - são três e meia da manhã!

_E daí? Vá buscar meu sorvete. - ela falou discplicente empurrando-o para fora da cama.

_Quando essa gravidez acaba, Meu Merlin?! - ele resmungou recebendo uma travesseirada nas costas.



O moreno aparatou numa das ruas da Londres Bruxa a procura de algum lugar aberto para comprar o tal sorvete. Andou por entre todos os Becos da pacata Vila e nada. "Se eu voltar sem essa merda de sorvete a Luna me estrangula." ele pensou rindo de nervosismo. Andou mais alguns metros e de repente deu-se conta. Era um bruxo, podia transfigurar qualquer coisa.



_Blaise Zabine, você é patético.


PLOP.
Aparatou ao lado da loira e sorriu, estendendo-lhe um enorme pote com o conteúdo almejado. Luna sentou-se de súbito na cama e seus olhos brilhavam como os de uma criança. Agarrou o pote e começou a comer todo o conteúdo de maneira selvagem. Blaise assistia a cena num misto de nojo com incredulidade.



_Não quer uma colher, querida? - ele perguntou numa careta.

_Não faça essa cara de nojo pra mim. - ela mandou, lambendo um dos dedos - isso tá uma delícia! -ela comentou pra si mesma.

_Está certo. Fique aí, com seu sorvete, vou dormir. - ele falou depositando um beijo suave na testa alva da loira. - boa noite - ele falou virando-se de lado na cama.


Alguns minutos mais tarde, o pote já vazio de sorvete jazia sobre a cômoda e o corpo adormecido de Luna procurava abrigo entre os lençóis da cama de Zabine. O moreno virou-se para abraçá-la, a fim de dormir mais tranquilamente, visto que ela se remexia um bocado. "Será que está tendo pesadelos?" ele pensou analisando a face alva de Luna, contrair-se rapidamente. Aproximou os lábio da testa dela e constatou que a loira ardia em febre. Isso não era bom para ela no estado avançado da gravidez. Preocupou-se.


_Luna? Luna acorda amor. - ele pediu agitando-a lentamente. Ela não se movia, somente balbuciava coisas sem sentido. - Loira, acorda. - ele falava, totalmente desperto, até que notara algo molhado em suas pernas. Retirou os lençóis que os cobriam com brusquidão até revelarem uma poça de sangue com água, misturadas próxima às pernas brancas de Luna. - ai, merda!


Ele pegou-a nos braços rapidamente e aparatou.




***********Na Toca, mesma noite***********



PLOP. Aparatou em casa para deparar-se com um silêncio fora do normal.



_Hermione? - chamou ao pé das escadas - querida? Esta aí? - subiu as escadas com um aperto no peito. "Será que aconteceu algo com eles?" ele pensou ansioso abrindo a porta do quarto para deparar-se com o vazio. - onde será que ela se meteu? - ele perguntou ao nada, observando um bilhete rabiscado às pressas em cima da cômoda.- Oh, Merda!



"Ron,

Fui para o St. Mungus com Michael. Não se preocupe.

Amo você,

Hermione.




O ruivo apareceu num corredor particularmente vazio e branco. Muito branco mesmo. Dirigiu-se até a bancada para pedir informações sobre o filho. Michael Granger Weasley estava agora com um ano de idade, tinha os cabelos ruivos característicos dos Weasley e os olhos castanhos dos Granger. Era uma criança totalmente ativa e isso o metia em sérias confusões, deixando Hermione e Rony muito preocupados. Encaminhou-se para um corredor longo, a procura do quarto 206, onde a recepcionista o informou que seu filho estava em observação. Abriu a porta do aposento com o coração aos pulos.



_O que houve? - ele indagou à uma Hermione com cara de quem havia chorado bastante.

_Ele se engasgou com a comida. -ela falou baixo para não acordar o pequeno.- mas agora ele está bem.

_Fiquei tão preocupado. - Rony falou abraçando-a e beijando-lhe os lábios em seguida. - tive medo de que algo tivesse acontecido à vocês.

_Nada aconteceu Ron. -ela falou acariciando-lhe a face. - não se preocupe estamos bem.

_Quando ele poderá sair daqui?

_Amanhã de manhã. -a castanha falou calmamente - você está estressado. - ela comentou analisando-o.

_Muito trabalho no Ministério, só isso. - ele falou rápido. - vou pegar um café, você quer?

_Ah, sim. Quero um sim. - ela falou observando-o sair pela porta do quarto. "Você está me escondendo algo Sr. Weasley." ela pensou voltando a atenção para o filho, que dormia calmamente.




Rony andava calmamente pelos corredores, com dois cafés, um em cada mão até que alguém aparatou na sua frente. Moreno, olhos azuis claros, cara de idiota. Ele até ia rir da cara do sujeito, mas ao observar Blaise Zabine carregando uma loira ensanguentada e aparentando estar em pânico, achou melhor desistir.



_O que aconteceu com ela? - o ruivo perguntou jogando os cafés numa lixeira próxima.

_Eu não sei. - o moreno respondeu nervoso - me ajuda, Weasley!

_Vou chamar os medi-bruxos. - o ruivo pôs-se a correr atrás da equipe de plantão. - eu preciso de um medi-bruxo, rápido! - ele falou quando alcançou enormes portas de madeira branca.



Segundos depois estavam passando por ele com Luna em uma maca em direção à uma sala equipada com vários aparelhos estranhos. Rony pôde observar a tabuleta acima da entrada Sala de Cirurgia. Um súbito arrepio acometeu-lhe na espinha. Procurou a figura do noivo da loira e encontrou o moreno há alguns metros de distância, jogado em uma das poltronas de uma sala de espera, com a cabeça baixa. Aproximou-se.


_Zabine? - chamou-lhe- você...er... está bem?

_Weasley - ele levantou o rosto e Rony pôde observá-lo chorando - eu não sei o que eu faço! Se algo acontecer à ela, ouao bebê... eu... eu... - e pôs-se a chorar novamente.

_Hey, não vai acontecer nada. - o ruivo sentou-se ao lado dele, dando um tapinha amigável em suas costas. Era uma situação constrangedora, visto que eles não se davam bem desde Hogwarts. - você precisa ser forte cara.

_Rony? - uma voz doce o chamara, era Hermione. - querido, o que...? Blaise? - ela estranhou, aproximando-se.

_Oi. - o moreno respondeu rápido.

_O que aconteceu? -a castanha perguntou solícita, abaixando-se de fronte à ele - onde está a Luna? E o bebê?

_AH, Hermione. - ele falou jogando-se num abraço em cima da castanha, que ficou atônita por instantes.

_Vou ver o Michael. - Rony falou seco, com as orelhas avermelhando-se.

_Blaise, se acalme. - ela pediu gentilmente, afastando-o - me conte o que aconteceu.

_Estávamos dormindo e ela me acordou com um desejo de comer algo, acho que era sorvete de quiabo, sei lá. - ele falou forçando a memória para lembrar-se - eu consegui o que ela tanto queria, virei para o lado e dormi. Acordei horas depois com ela tremendo em febre e delirando. Tinha uma... uma... - a voz dele embargou, fazendo-o respirar fundo antes de prosseguir - uma poça de sangue, misturada com água, não sei direito.

_Tudo bem. Você agiu certo trazendo-a pra cá. - Hermione falava suavemente - agora se acalme e vá pra casa, troque de roupa e traga algumas roupas para ela também.

_Tá. Se algoa contecer, não exite em me chamar, ok? -ele pediu com um leve desespero.

_Eu chamo, agora vá. - ela falou e instantes depois ele sumiu na sua frente. - vamos ao que interessa agora.


Ela falou caminhando de volta ao quarto onde estavam o marido e o filho. Respirou fundo antes de abrir a porta. Rony estava com ciúmes dela com Blaise, isso era fato. "Será que ele não pode amadurecer nunca?" ela pegou-se pensando assim que entrou no quarto e viu a expressão fechada no rosto do ruivo.


_Ron, por favor.

_Acabou a sessão terapia? - ele perguntou com as orelhas vermelhas.

_Não seja infantil, Rony. - ela falou brava - Luna está correndo perigo de vida e ele estava desesperado.

_Eu vi o desespero dele quando se jogou em cima de você. -ele flaou com certo desprezo.

_Seus ciúmes vão te enlouquecer, Ronald. - ela falou friamente antes de dirigir-se até a porta.

_Vai atrás de seu amiguinho? - ele perguntou irônico.

_Vou procurar notícias da Luna e avisar a Gina também. - ela informou olhando-o secamente, saindo.



*********Dia seguinte, Hospital St. Mungus*************


_Nada ainda? - Hermione perguntou sentando-se ao lado do moreno. Ela tinha passado a noite com o filho.

_Nada. Está demorando tanto. - ele desabafou nervoso.

PLOP.


_O que houve? - Mione perguntou ao loiro que aparecia com uma ruiva nos braços, gritando de dor.

_Ela está em trabalho de parto. - ele informou, exausto.

_DRACO MALFOY, FAÇA ESSA DOR PARAR SENÃO EU TE MATO, OUVIU INFELIZ? EU MATO VOCÊ!! - Gina gritava a plenos pulmões, fazendo com que Blaise sorrisse por instantes.


Logo uma equipe especializada chegou com uma maca conjurada, e depositaram a ruiva, aos berros. Levaram-na pelo extenso corredor onde horas atrás, levaram Luna. Blaise olhou para o amigo loiro, ele parecia cansado.

_O que houve? - Draco perguntou ao amigo - porque está aqui?

_Luna. - ele falou vagamente. - ela...

_Sr. Zabine? - um homem baixo e calvo chamou da porta da sala de cirurgia. Suas vestes brancas estavam manchadas de sangue, fazendo Blaise temer pelo pior.

_Eu. - ele levantou-se de um pulo.

_Seu bebê é grande e saudável - o homem falou sincero - poderá vê-lo em alguns minutos.

_Certo. - ele sorriu para os demais, que o encorajaram com sorrisos felizes - e quanto a minha loira? Ela está bem?

_Bom, a Sra. Zabine teve um parto muito difícil. - o medi-bruxo explicou com cuidado - ela está inconsciente no momento.

_Quero vê-la, por favor, preciso vê-la. - ele pedia com urgência, enquanto Draco o segurava pelas vestes.

_Acalme-se Blaise. - o loiro falava fazendo força para contê-lo.

_Eu quero ver a minha mulher! - o moreno falou alto e claro.

_O Sr. poderá vê-la. Estamos removendo-a para um quarto isolado. -o medi-bruxo disse - seria bom encontrarmos um doador compatível com o sangue dela, no caso de precisarmos.

_Qual o sangue doutor? - Hermione adiantou-se.

_AB negativo. Um tipo raro, devo acrescentar. - ele falou calmo. - com licença. - ele retirou-se.

_O que eu vou fazer agora, Draco? O que? -ele perguntava abraçando o amigo, em sinal de completo desespero.

_Ainda há uma chance Blaise. - Hermione falou.

_Você ouviu o homem Granger. - Draco disse sério - é um sangue raro.

_É meu tipo. - ela falou calmamente, enquanto os dois homens a encaravam seriamente.











****************












N/A: UFA!!! Terminei!!! O que será que vai acontecer com a loira hein?

Comentem pra saber!!!

E não me ameaçem!! 35 sendo escrito... hehehe....

Bjussssssssss

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.