Dilemas







"I wanted you to know
I love the way you laugh
I wanna hold you high and steal your pain away.
I keep your photograph and I know it serves me well.
I wanna hold you high and steal your pain.
Cause I'm broken, when I'm lonesome
And I don't feel right when you're gone away.
You've gone away, you don't feel me here, anymore."

"Eu quero que você saiba
que eu adoro o seu jeito de rir
Eu quero te abraçar apertado e levar sua dor embora
Eu tenho a sua fotografia e sei que ela me faz bem
Eu quer te abraçar forte e sumir com sua dor.
Porque eu estou quebrado, quando estou sozinho
E eu não me sinto bem quando você vai embora.
Você foi embora, não me sente aqui, não mais."



Broken - Evanescence




PLOP.


Draco aparatou na Sala de Estar da Mansão Whiltshire com Dylan a tiracolo para o alívio de Narcisa. A loira estava desd e a noite passada sem dormir esperando por notícias do pequenino. Correu ao encontro dos dois, e abraçou Dylan apertado, murmurando graças a Merlin pela volta do menino. Observou amis atentamente seu filho, que os olhava como se não os visse, e preocupou-se.


_Draco, está tudo bem? - ela perguntou aflita - onde está a Virgínia? - ela perguntou dando falta da ruiva.

_Não sei. - ele respondeu controlando-se, impedindo-se de chorar, como queria. - eu não sei, mamãe.

_Filho, o que houve?

_Cuido do Dylan, mãe. - ele falou seguindo em direção as escadas - preciso... preciso ficar só. - e dizendo isso sumiu pelas escadas acima, deixando uma Narcisa preocupada e um Dylan desentendido.


Terminou de subir as escadas vagarosamente. Suas pernas pareciam movimentar-se sozinhas, visto que o loiro nem ao menos conseguia raciocinar direito. "Não era pra ter acontecido nada disso. Como eu fui tão despreocupado assim?" ele martirizava-se em pensamentos. Estava frustrado consigo. Tinha vontade de esmurrar a cara do primeiro que aparecesse lhe dando parabéns pelo bebê da Chang. Queria que fosse tudo mentira da chinesa, para que assim pudesse ficar em paz com a ruiva, com a sua ruiva. "Ah, Gina. O que eu fiz conosco, pequena?" ele pensou entrando no quarto, sem acender as luzes, e caminhar até a cama.


"_Quero te propôr um acordo, vai se dar bem se colaborar comigo. - ele falou encurralando-a numa prateleira da loja.

_Nunca colaboraria com você Malfoy. - ela disse saindo a passos duros de perto do loiro."



Pensamentos invadiam sua mente como um flash, rápido o suficiente para vê-lo e devagar o suficiente para confundí-lo ainda mais. "Como você me conquistou assim?" ele pensou irônico, quando mais um flash lhe veio a mente.


"Gina estava desesperada na sala de espera do Hospital, sem notícias do pequeno Dylan, quando ele apareceu. O olhar dela, naquele momento, era de puro desespero. Ela estava com medo, medo de perder aquele que mais amava, ele sabia. E apenas num olhar, ele confortou-a. Ela pôde confiar plenamente nele pois, levantou-se e abraçou-o forte.

"_Calma, ele vai ficar bem, pequena." - ele disse-lhe e para sua surpresa ela não afastou-se, apenas chorou mais abertamente abraçada a ele."




Draco sentou-se na cama, bagunçando os cabelos, desolado. Ergueu os olhos até o gigantesco espelho que ficava pendurado do teto até a beirada da cama e ficou chocado com o que viu: um Malfoy desolado. Um loiro com a aparência cansada. Ele parecia exausto, como se tivesse corrido milhões de metros a pé. Levantou-se dando voltas no quarto, com pensamentos embaralhados na mente. "Eu sempre me precavi, é impossível ela estar grávida. Ela não pode estar esperando um filho meu. É mentira! Só pode ser mentira!" ele pensava em pânico. "Virgínia nunca mais olhará na minha cara, há! Estou feito!" o loiro pensava irônico quando alguém bateu-lhe à porta do quarto.



_Draco, querido, o que houve? - Narcisa perguntou já entrando no aposento.

_Pode entrar mamãe, fique a vontade. - ele falou irônico.

_Olha o respeito comigo, Draco Alexander Malfoy! - ela ralhou e ele apensas suspirou cansado. Não queria conversar com ninguém.

_Mamãe, não quero falar com ninguém. Me deixe sozinho, por favor. - ele falou polido, num tom que não aceitava contestações.

_Não saio deste quarto até você me contar o que aconteceu nesta missão que te deixou nesse estado e que fez a Virgínia sumir! - ela falou enérgica, sentando-se na cadeira da cômoda.

_Voc quer mesmo saber? - ele faloua lterado - pois bem, vou te contar! Chang foi capturada!

_Mas isso é ótimo e...

_E está grávida. - ele falou para choque da mãe - um filho meu, segundo ela!

_Eu te falei que essa chinesa aqui não ia dar certo - Narcisa falou baixo - como você pôde fazer isso com a pobre da Virgínia?

_Você acha que eu não estou pensando exatamente isso, mamãe? - ele perguntou nervoso, bagunçando os cabelos - ACHA REALMENTE QUE NÃO ESTOU ME IMPORTANDO COM ELA? ESTOU DESESPERADO. - ele desabafou.

_E o que vai fazer pra trazê-la de volta? - Narcisa perguntou delicada.

_NÃO SEI! EU NÃO FAÇO A MÍNIMA IDÉIA. - ele gritava em frustração, andando em círculos - ME AJUDA MÃE, ME DIZ O QUE EU FAÇO! - ele pediu agarrando a mãe pelos braços.

_PRIMEIRO: CONTROLE-SE! - Narcisa falou enérgica e ele soltou-a - agora me escute: se esse filho for realmente seu, você terá que aceitá-lo. E a Virgínia também, se quiser manter esse casamento, lógico. Agora, se ela não voltou pra casa até agora é porque confia o filho dela aos seus cuidados, ou seja, ela confia em você, ou teria sumido com ele junto...

_Acho que não fez isso por falta de tempo...

_Bobagem. - Narcisa falou afagando-lhe os cabelos loiros - Draco, você precisa saber o que você quer.

_O que eu quero...? - ele olhoua confuso.

_Você a ama? - ela perguntou diretamente.

_Sim. - ele respondeu tão rápido quanto ela, surpreendendo-se.

_Então, vá atrás dela. - Narcisa falou simples, e ele irritou-se.

_Se eu soubesse onde ela está, já teria ido, mãe!

_Pense Draco! Pense. - ela falou levantando-se - aonde você iria se não quisesse ser descoberto? - ela disse saindo do quarto deixando o filho com seus próprios pensamentos.


"Onde eu iria?" ele pensava fervorosamente até que lembrou-se de uma vez, quando era criança, e quebrou o melhor vinho de Lúcio. Ele se escondeu do pai, no próprio quarto de Lúcio, que ficou procurando por ele quase uma semana para dar a prometida surra à maneira trouxa. Somente Narcisa encontrou-o e quando o fez disse-lhe: "O melhor lugar para se esconder do inimigo é debaixo do nariz dele." Draco riu com as lembranças. Levantou-se de supetão e ganhou o corredor, indo em direção ao quarto da ruiva. "Nunca pensei que você fosse tão esperta, Virgínia." ele pensou abrindo a porta do quarto, na esperança de encontrá-la. Porém a única coisa que encontrou foi o vazio e junto dele, lembranças...



"Ela abraçou-o novamente, dessa vez com mais força e sussurrou-lhe no ouvido um "Obrigada por tudo." deixando-o sem reação, a não ser mirá-la atentamente. Virgínia não mais chorava, somente contemplava o rosto daquele que, mesmo com raiva dela, ainda tinha a hombridade de ficar ao seu lado. O único que estava ali com ela dividindo o desespero do desaparecimento de um filho. "Um filho que nem é dele." ela lembrou de supetão, encarando-o ainda mais. Ia perguntar à ele algo, mas sentiu os dedos dele fazendo-a calar-se. Perdeu-se naquelas orbes azuis-cinzentas e permitiu-se, pela segunda vez desde o casamento, perder-se num momento com ele. As respirações já misturavam-se e quando ela fechou os olhos, Draco sentiu que tinha permissão de continuar. Uniu sua boca à dela, com delicadeza. Pôde sentir o gosto salgado das lágrimas, teimosas, que ainda lhe corriam a face. Sem perder o contato com a boca da Virgínia, ele enxugou suas lágrimas, com a ponta dos dedos, que passeavam pela face branca da ruiva. Foi um beijo rápido e doce, como nunca tinham experimentado antes.


Draco, após alguns segundos, terminou o beijo devagar. Abriu os olhos para encontrar Virgínia com um olhar confuso pousado em si. Levantou-se sem dizer uma palavra, ela ainda o encarava, com a mão à boca. Ele encaminhou-se para a saída do quarto, quando ouviu pela segunda vez a voz da ruiva a surpreendê-lo.


_Fica. - ele olhou-a sem entender realmente. - Fica comigo aqui, não quero ficar sozinha, por favor.

_Tem certeza? - ele perguntou sério.


Ela levantou-se da cama e caminhou a passos vagarosos aproximando-se dele, que a encarava numa face inexpressiva. A ruiva ainda abriu a boca pra falar mais algumas vezes, sem sucesso. Ela estava nervosa com a atenção que ele depositava em si. Suspirou exasperada puxando-o pela mão até onde estava antes, na cama. Sentou-se com ele ainda observando-a curioso. Respirou fundo.


_Não quero ficar sozinha aqui. - ela disse por fim - tenho medo de que faça alguma bobagem ao pensar naquela desgraçada com o meu filho.

_Entendi. - ele falou num tom de voz um tanto desapontado. - eu fico com você. Vou pedir outra cama para o elfo doméstico e...

_Não. -ela falou apressada - quer dizer, você pode dormir aqui, sem problemas, acho.

_Não vou te atacar ruiva. - ele falou brincando - fique tranquila.

_É duro dizer isso, mas. - ela parou dramaticamente - sua presença me tranquiliza, Draco.



Ele a encarou, surpreso. "Isso significa o que eu acho que significa?" ele pensou alarmado, desviando o olhar. Aproximou-se do criado-mudo, onde depositou seu relógio e sua varinha. Retirou os sapatos e o sobretudo que usava. Ia retirar a camisa, mas lembrou-se onde e em quais condições ele iria passar a noite naquele quarto, então desistiu da idéia."Não seria nada prudente receber uma azaração dessa ruiva por estar sem camisa" ele pensou olhando-a por mais alguns momentos, ela estava terminando de ajeitar os travesseiros na cama, alheia ao olhar que ele dispunha sobre ela.


_É melhor você descansar, Virgínia. - ele falou deitando-se de costas para a ruiva, apagando a luz da vela em seu lado da cama.

_Obrigada Draco. - ela falou, deitando-se ao lado dele, também de costas.


A ruiva demorou muito tempo até dormir, ele percebeu. A presença dela ao seu lado fez acender temidas e maravilhosas sensações em seu corpo. Draco sentia-se perdido e extasiado com a simples presença da ruiva perto de si, daquela maneira. Tentou dormir a todo custo, mantendo a mente longe de pensamentos pecaminosos com aquele corpo escultural ao seu lado. Estava quase dormindo quando a ouviu soluçar. Apurou os sentidos e ficou atento ao momento certo de fazer alguma coisa. Após alguns minutos de choro silencioso, ele decidiu mexer-se na cama. Percebeu que ela parou a respiração por alguns segundos, tentando não incomodá-lo ao que parecia, então fez o que sua mente mandou no momento: abraçou-a por trás falando próximo ao ouvido "Não chore. Isso vai acabar logo, prometo.". Ela virou-se para ele e sorriu fracamente. Ficaram alguns minutos encarando-se até que a ruiva tomou coragem e beijou-o levemente os lábios. Draco ficou mais alguns instantes com um olhar que mesclava surpresa e satisfação, até que puxou-a mais para si e beijou-a com paixão. "Até que enfim!" ele pensou feliz por estar beijando-a novamente. Queria mostrar que ela estava segura ao seu lado e que nada atrapalharia essa 'relação' que possuíam. Terminou o beijo de forma delicada e olhou-a num sorriso sincero.


_Quando isso acabar, não quero que vá embora. - ele falou afastando algumas mechas do cabelo dela.

_Como? - ela perguntou surpresa.

_Quero que você fique aqui. - ele disse sincero - você e Dylan são parte da família.

_Mas... e o nosso acordo? - ela perguntou franzindo a testa.

_Sinceramente, nunca houve um real acordo. - ele disse beijando-a em seguida. - quando Dylan voltar, nós seremos uma família de verdade.

_Tá querendo dizer o que eu penso que está dizendo?

_Vamos nos casar novamente. - ele falou rápido. - e você, dessa vez, vai poder fazer juras decentes. -ele piscou - agora durma, amanhã será um longo dia.- ele disse dando espaço para que ela pudesse dormir da melhor forma que a convinhesse."




Draco sorriu melancólico com as lembranças. "Eu só posso estar insano, pedi a Weasley em casamento, pela segunda vez!" ele pensou divertido, limpando uma teimosa lágrima de tristeza do olho esquerdo. Sua mente divagou em lembranças novamente.


"Acordou com uma luz teimosa a perturbar-lhe a visão. "Deixei as cortinas abertas ontem?" ele pensou incomodado, mexendo-se na cama, sentindo o colchão mais macio que o normal. Lembrou-se abruptamente da conversa que tivera com a esposa na noite passada e com certo assombro abriu os olhos devagar. A visão de uma Virgínia dormindo com a cebeça encostada em seu peito nu, "Eu tirei a camisa?", e com os longos cabelos vermelhos desgrenhados, encantou-o. Perdeu as contas de quanto tempo ficou observando-a dormir naquela posição. Com alguns minutos prestando atenção ao ritmo da respiração da ruiva, acabou adormecendo.


_Humm... - ela mexeu-se irriquieta, sentando-se na cama de olhos fechados, ainda. Abriu os braços batendo em algo, ou melhor, em alguém que não deveria estar ali.

_Ai! - o loiro reclamou levando a mão no peito - não sabia que você curtia isso Weasley. - ele falou rindo.

_O que está fazendo aqui? - ela perguntou sonolenta - e porque está sem camisa?

_Você pediu para que eu ficasse aqui ontem a noite. - ele explicou - e pra segunda pergunta: não faço a menor idéia.

_Engraçadinho, vá se trocar e saia já do meu quarto! - ela falou levantando-se enrolada no lençol.

_Não precisa se cobrir ruiva, está de camisola. - ele falou apontando a camisola branca de cetim que ela usava.

_Está surdo? -ela perguntou carrancuda, entrando no banheiro.

_Ê mulher complicada! - ele reclamou levantando-se rumando para seu próprio quarto.




Draco pegou-se rindo das lembranças daquela ruiva. Realmente sentia algo de especial por ela ou não aguentaria tantas patadas e mudanças bruscas de humor. Acordando de seu devaneio, fechou a porta do aposento e desceu as escadas da Mansão rapidamente. Passou por Narcisa e Dylan que comiam algo à mesa de café e foi diretamente para a entrada da casa. Pegou seu sobretudo e sua varinha, quando ouviu a voz infantil perguntando-o:



_Vai sair Draco? - Dylan perguntou analisando-o.

_Vou fazer algo que já devia ter feito desde ontem. - o loiro respondeu apressado, colocando o sobretudo e mirando seu reflexo no pequeno espelho ao lado da porta.

_Onde vai? - Narcisa perguntou preocupada - você não comeu nada até agora...

_Não posso mais ficar neste dilema. - ele falou para si - vou buscar minha mulher. - ele respondeu a Narcisa, aparatando em seguida.

_Será que ele a traz de volta? - Dylan perguntou à mulher loira.

_Espero que sim querido. Espero que sim. - ela falou encaminhando-se com ele para a mesa onde estavam minutos atrás.




















***********************



N/A: O capítulo está aí... agora só quero ver como serão mesu comentários, sabe...

^_________^'


Cara, eu adorei escrever este capítulo... acho que o Draco tava precisando mesmo dar um UP naquela mente perturbada e se tocar que tá de 4 pela ruiva, cês concordam? rs*

Lady Caos: o nome do ator que faz o Draco é Jensen Ackles... esse homem é SOBRENATURAL menina... ui!

Lyra White - Sim, sim... roubei a idéia da postagem de imagens de vc mesmo! rsrsrsrs


Pŕoximo capítulo:

"_Gina, mas... você o ama?

_Er... eu... - mas antes que a ruiva respondesse um loiro aparatou no quintal da Toca, provocando grande alvoroço entre os duendes. - Draco?"



Bjokinhasssssssssss...

Vivika.

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