Uma Escola Diferente



Genteee!! Essa fic é meio antiga e eu precisei reescreve-la. Então eu estou postando aqui e espero que vocês gostem!

Beejosss
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Cissy

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Capítulo 1
Uma Escola Diferente

'Um sinal de alerta
Você voltou para me assombrar e eu me dei conta
De que você era uma ilha que eu ignorei
E você era uma ilha a ser descoberta.'


Rumava nesse mesmo instante para o que eu havia evitado há tanto tempo. Mudar de escola não era lá aquelas grandes coisas inesquecíveis que a gente pode lembrar daqui a alguns anos. Resumindo: era o meu maior pesadelo. Já não me habituara a minha antiga escola e de uns tempos pra cá estou definitivamente convencida de que as coisas não irão melhorar. Estudara na França, na misteriosa Academia de Magia Beauxbatons, onde fiz poucas amigas e onde tinha rivais suficientes para completar um time de futebol. Um exemplo? Fleur Delacour. Uma garota inexplicavelmente metida e que achava que era o centro das atenções. Era do tipo daquelas que acham que são sensacionais e que todos os homens babam por ela. Mentira. Ela adorava inventar histórias, pois ninguém olhava para ela. Só quem simplesmente estivesse bêbado, coisa realmente rara. Mas era engraçado vê-la ficar horrorizada com uma pequena espinha no nariz. Passava quilos de maquiagem para tentar disfarçar. A espinha era tão pequena que nem os “quilos” de maquiagem resolviam. E é claro, como vocês já devem ter percebido, ela me odiava. Todas as vezes que passava ao meu lado, empinava o nariz e fazia cara feia. Tudo isso porque a avó dela era uma veela. Melhor nem comentar mais nada.
Apesar de algumas desavenças com algumas “coleguinhas”, sentirei saudades de Beauxbatons. Era um lugar mágico, onde todas as garotas sonhariam em estudar. Mas agora, estou indo para outro lugar. Hogwarts. Não vou esconder de vocês que estou um pouco ansiosa.
Esse é o meu sexto ano. Continuo ansiosa, mas por outro lado, também estou nervosa. Afinal não sou uma pessoa muito extrovertida. Ao contrário de Fleur Delacour (que nem extrovertida era, tava mais pra cúmulo da burrice) eu sou uma pessoa um pouco tímida.
Tive de mudar de Beauxbatons por causa de meus pais. Morreram em um acidente de carro há quatro semanas. Um acidente que ainda me deixa dúvidas. Eu acredito que isso não tenha acontecido acidentalmente, mas espero não confirmar isto. Eram trouxas. Sabe, eu posso nem ser tão tímida assim, mas o meu único medo é ser criticada por ser filha de trouxas. Assim era em Beauxbatons. Garotas fúteis como Fleur Delacour adoravam usar deste artifício para me irritar. Não tenho problemas com isso. Penso realmente diferente. Você tem que ser como você é. Tenho coragem para alcançar meus objetivos. Sempre fui criticada também por não me interessar muito pelos garotos. Também, sempre tive decepções amorosas. Na maioria das vezes, pra não deixar a coisa meio melancólica, gostei do menino errado. Além disso, sempre gostei de estudar e nunca tive tempo para reparar neles. Não tive quem me aconselhasse e me ensinasse esse tipo de coisa. Minha mãe trabalhava o dia todo e só se interessava pelas minhas notas na escola. Meu pai, um homem muito trabalhador, viajava todos os dias. Via-o poucas vezes no ano. E convenhamos não é? Não pediria conselhos para meu pai sobre garotos! Acho que nenhuma garota faria isso.
Espera um pouco! Plataforma 9 ¾? Isso existe? – me perguntei ao fitar o bilhete em minhas mãos.
Estava parada na estação de trem. Passei os olhos por todas as plataformas existentes e não encontrei nada parecido com 9 ¾. Será que eu havia recebido o bilhete certo? As perguntas martelavam em minha cabeça. Não. Tinha uma explicação para aquilo. Magia. Não deveria ser tão simples assim para entrar em Hogwarts. Mas, ninguém havia me dito como chegar a tal plataforma 9 ¾.
Nesse instante, uma coisa muito engraçada aconteceu. Uma mulher e um homem passaram seguidos por 5 filhos ruivos e estes, um por um, atravessaram uma parede entre as plataformas 9 e 10.
Espera um pouco! Claro! Para chegar até o trem que leva a Hogwarts, eu tenho que atravessar a parede, assim como os ruivinhos fizeram. Como poderia ser tão simples, e eu demorar tanto para descobrir? Sem problemas. Afinal eu era nova e não sabia onde se encontrava a plataforma. Após tantos anos eu ainda tentava acreditar que as coisas ruins que aconteciam próximas à mim eram puro acaso. Puro engano.
Pronto, descobri. Mas, e se ao tentar atravessar, eu simplesmente batesse de cara na parede? Seria certamente o maior mico! Bem, eu estou aqui. Tenho que tentar. Depois se não der certo eu invento uma desculpa qualquer, afinal nisso eu realmente sou boa.
A última criança ruiva acabara de atravessar, uma menina. Será que conseguiria? Bom, vamos ver.
Fiz exatamente como vira cada filho ruivo passar. Em questão de segundos me localizava em uma plataforma lotada. Olhei para uma plaquinha acima de minha cabeça: Plataforma 9 ¾.
Estava certo. Tinha conseguido chegar ao trem. Entrei, caminhei até o último vagão, onde, graças a Deus, encontrei uma cabine vazia. Alguns olhares me perturbaram, mas tratei logo de esquecer.
Me acomodei, coloquei o malão no bagageiro e sentei. Estava sozinha. O trem já começara a andar e a paisagem corria lentamente pela janela.
- Com licença! Será que podemos nos sentar aqui? Todo o trem está lotado!
Na porta da cabine estavam parados três pessoas. Uma menina bonitinha, um garoto moreno de óculos e um dos garotos ruivos.
Afirmei com a cabeça e os três entraram e fecharam a porta.
Não sei por que, mas sentia o meu rosto queimar.
- Rony! Pára! Já falei que não vou fazer isso! – falou a menina um pouco alterada.
- Não estou fazendo nada! Pára você! – respondeu o tal Rony, de cabelos ruivos.
- Querem parar vocês dois? Não vêem que estamos atrapalhando? – bradou o menino moreno.
Fitamos-nos por um momento. Silêncio.
- Ah me desculpe! Prazer, meu nome é Hermione! Hermione Granger! – falou a menina um pouco corada.
- Desculpa mesmo! É que tem gente que não se enxerga! – falou o ruivo – Meu nome é Rony Weasley!
Mais uma vez, Hermione e Rony recomeçaram a briga.
- Não liga pra esses dois não, viu? Com o tempo você se acostuma! E eu sou Harry Potter! – falou o garoto de óculos.
Bem que desconfiei. Não estranhei em saber que estava frente a frente com o menino que sobreviveu. Ainda por cima que ele seria tão... normal. Assim como eu.
- Não tem problema... Prazer, Melissa Bittencourt! – respondi apenas para o garoto, afinal os outros dois só faltavam se bater.
Ao citar o meu nome, o silêncio se fez novamente.
- Você é nova aqui? Nunca a vi por aqui! – perguntou Rony.
- Rony! Isso é jeito de falar? Parece que a menina não existe! Pára com isso! – bradou Hermione.
- Não, tudo bem! – comecei antes que eles recomeçassem – Não sou realmente daqui! Vim da França. De Beauxbatons!
- De Beauxbatons? Onde tem aquelas meninas gostosinhas? – perguntou Rony com uma expressão sonhadora.
Com certeza meu rosto não estava vermelho. Era pouco.
- Rony! Isto é jeito de falar? Desse jeito ela vai pensar que somos um bando de tarados sedentos de garotas! – afirmou Harry bravo.
- Ronald Weasley! Você não tem sentimentos! Deixou a menina totalmente sem graça! Não sabia que você se referia à garotas como “gostosinhas”! – bradou Hermione.
- Ah gente! É a força do hábito! – respondeu Rony. – Não fiz por mal!
- Não, não! Tudo bem! – falei logo antes que Hermione o pegasse pelos cabelos.
- Mas por quê você se mudou logo pra Hogwarts? – perguntou Harry tentando distrair enquanto Hermione e Rony discutiam novamente.
- Meus pais. Morreram em um acidente de carro há quatro semanas. Então não tive como continuar lá. – respondi. Um ar de tristeza me encheu por dentro.
- Ah, me desculpe! Não sabia! – respondeu Harry um pouco preocupado – Sei como é difícil isso! Também perdi os meus quando era criança! Acho que você já deve ter ouvido esta história um milhão de vezes! – ele corou.
- Não tem problema! É... Pra falar a verdade já ouvi sim! Mas eu não ligo se você quiser, algum dia, conversar sobre isso, OK?
- É... Não gosto muito de falar sobre isso, porque me chateia. Você deve sentir a mesma coisa. Mas, quem sabe um dia, não é? – falou Harry abrindo um grande sorriso.
Nesse momento a porta do compartimento se abriu e um garoto alto de cabelos castanho- claros entrou.
- É.... Harry e Rony, vocês tem que ir à cabine do Olívio Wood, capitão do time de Quadribol da Grifinória, ao final da viagem para acertar alguns detalhes sobre o time e os jogos este ano, OK? – falou o garoto.
- OK – responderam Harry e Rony ao mesmo tempo.
- Não devo negar que eles estão com um gás nesse começo de ano! Veja, mal entramos em Hogwarts e já querem discutir sobre Quadribol! – resmungou Rony.
Antes de sair da cabine, o garoto me observou por algum tempo, como se me conhecesse de algum lugar. Tenho dúvidas em saber qual era a cor de meu rosto naquele momento. Se estava mais para vermelho ou roxo. Mas, não fui a única que percebeu isso, Harry tinha uma expressão de dúvida no rosto. Depois que o garoto saiu, Harry deu um pequena risadinha. Rony e Hermione nem perceberam.
- O que aconteceu Harry? – perguntei.
- Por quê? – perguntou ele.
- Por que você riu de mim? – tornei a perguntar.
- Ah... Nada não... Só lembrei de uma coisa engraçada...
- Sei, sei...
Passei o resto da viagem conversando com Harry. Era um garoto diferente. Contei um pouco de como era estudar em Beauxbatons e ele me disse como era Hogwarts. Enquanto isso, vocês já sabem né? Rony e Hermione sempre arranjavam motivos para brigarem. Mas eram legais. Foi uma viagem bastante divertida.
Quando chegamos, descobri que tinha que me juntar com os alunos do primeiro ano.
Com os alunos do primeiro ano? Ai meu deus! – pensei comigo: ‘mico, na certa.’.
Fiz o que Hermione me dissera quando os garotos se retiraram da cabine. Atravessei o salão e me sentei num banquinho de três pernas.
- Ah... Sim! Sim... Sim... – começou o chapéu após ser colocado em minha cabeça, me assustando. – Hum... vejamos... Cabecinha nova...inteligente...sincera...bondade é uma das suas qualidades, com certeza! Hum... muito corajosa... Acho que você daria uma boa aluna na... GRIFINÓRIA!
Caminhei para a mesa da Grifinória e para minha surpresa Harry, Rony e Hermione pertenciam a mesma casa que eu. Com todo o alvoroço de começo de ano, eu havia esquecido de perguntar a casa de cada um.
Sentei-me ao lado de Harry. Estava me sentindo estranha. Era como se algo estivesse prestes a acontecer. E com certeza não era alguma coisa boa.
Ao terminar o jantar, todos seguiram os monitores de suas casas. Esperei que todos saíssem, e caminhei a distância, longe de tudo e de todos, sem perder o monitor de vista. Fui a última a entrar na sala comunal da Grifinória. Encontrei Harry, Rony e Hermione sentados sobre poltronas, perto da lareira. Tinham expressões preocupadas.
- Pelo amor de Deus! Onde você se meteu? – perguntou Hermione preocupada.
- Eu? Nenhum lugar... Apenas demorei no jantar! – respondi.
- E por que não chamou a gente? – perguntou Harry se levantando.
- Eu... é... Hum... Sei lá! Eu nem vi vocês depois! – aquela não tinha sido uma boa desculpa.
Estava certa. Percebi pela expressão de Harry que ele sabia que aquilo não era a verdade.
Perguntei a Hermione onde era o dormitório, e inventei a desculpa de estar cansada da viagem. Subi, e comecei a desfazer o malão. Não demorou muito para que ela aparecesse no quarto.
- Mel? Você está bem? – perguntou ela fechando a porta.
- Sim, estou! Por quê? – tentei não demonstrar a minha preocupação.
- Não... Você parece estar meio... Preocupada! – falou Hermione.
Ela não obteve resposta. Fiquei calada por alguns segundos.
- Ei... Você não me engana! – falou Hermione sentando em minha cama. – O que está acontecendo? É alguma coisa com o Harry? Com o Rony? Comigo?
- Não... Não... Está tudo bem! Juro! – respondi.
- OK... Mas se você quiser conversar, pode me chamar, tá? Eu estarei sempre aqui! – falou Hermione com a maior sinceridade.
- OK, obrigada. – não pensei no que falar.
Não podia falar sobre as minhas suspeitas. Tinha de esperar um tempo. Pensei um pouco ainda antes de dormir.
Na manhã seguinte, recebemos nossos horários. Primeira aula daquele dia: Poções. Até que não era tão ruim assim poções. Mas dizem que o professor não é muito amigável. O que definitivamente acaba com a matéria. Não aparentei um rosto diferente do dia anterior. Mas graças a Deus, a única pessoa que pareceu perceber isso foi Harry. Eu não conseguia esconder nada dele. Tinha certeza de que na primeira oportunidade ele me pararia e me perguntaria o que estava acontecendo. Não teria como mentir. Se mentisse, ele saberia. Terei de dizer a verdade. Espero que não me procure tão cedo.
Sentei-me justamente com ele na aula de Poções. Uma ótima chance para me perguntar. Mas eu poderia dar a desculpa de que precisava prestar atenção na aula.
Professor Snape. Belo nome. Tinha uma aparência que colocava medo em qualquer um. Acho que lavar o cabelo de vez em quando seria ótimo, no caso dele.
Não deu outra. Na primeira oportunidade, quando Severo Snape se virou para o quadro negro, Harry me surpreendeu.
- Mel... Está acontecendo alguma coisa? – perguntou ele.
- Não... Por quê? – evitei olhá-lo nos olhos.
- Você está mentindo! Você está meio preocupada! Não adianta inventar porque não vai adiantar! – como eu imaginava... não ia dar certo mentir.
- Harry! Depois a gente conversa, OK? – falei.
Percebi que Harry tinha ficado um pouco chateado comigo. Mas não poderia falar ali com ele. Snape parece estar sempre de olho em todos os alunos, exceto os seus queridinhos da Sonserina. Conheço o tipo. Só está esperando a oportunidade para me acusar de alguma coisa.

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