Preciso Dizer Que Te Amo

Preciso Dizer Que Te Amo







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NOVE MESES PARA AMAR



CAPITULO XXI


PRECISO DIZER QUE TE AMO


 


- Amo você! – sussurrou Harry baixinho no ouvido de
Hermione. Estavam os dois deitados de frente um para o outro, de modo que
Hermione ficasse na confortabilíssima posição de lado.


- Eu também – ela bocejou cheia de sono.
Fechou as pálpebras lentamente e quando finalmente pensou que iria descansar...


- As surpresas ainda não acabaram,
Hermione. – Harry esperou que ela abrisse os olhos novamente – Não vamos perder
o bom da festa, não é mesmo?


Hermione ainda tentou voltar para o
aconchego do quase sono, mas ficava impossível. Harry havia atiçado sua
curiosidade.


- Ok! Você venceu! Mas saiba que é
crueldade não deixar uma pessoa descansar! – eles riram e Harry levantou a
coberta (conjurada) que estavam cobrindo os corpos dos dois.


Hermione ficou olhando, enquanto Harry
nervoso remexia os bolsos da calça.


- Agora é um pouco tarde para pensar em
proteção, Harry – ele olhou assustado para trás e ela bateu de leve no ventre
enorme. Harry deu um sorriso constrangido.


- Não era isso que estava procurando,
espertalhona. – rapidamente ele voltou para dentro das cobertas. O clima estava
ficando cada dia mais frio, e o sistema de aquecimento do apartamento era nulo.
– Estava procurando isso!


Ele ergueu uma caixa preta comprida, com
um gesto de vitória. E então bem colado nela, abriu o estojo.


Hermione estava esperando um anel, uma
aliança, afinal ele a pedira em casamento. Mas nada na vida a preparara para
aquilo.


Não era um anel.  De ouro fino, com um
trançado ricamente elaborado e pequenas pedrinhas de brilhantes espaçadas, era a
mais bela pulseira que havia visto na vida.


- Foi da minha mãe – admitiu Harry
nervoso com o silêncio dela – Sirius me disso que eles eram originais demais
para uma aliança de casamento, e meu pai quis surpreendê-la e...


- É o presente mais belo que jamais
ganhei em minha vida Harry. – Hermione confidenciou com um sorriso no rosto – Eu
te amo!




Sorrindo, ele a abraçou, sentindo-se muito
feliz. Como jamais havia sido na vida. 


 


Os Weasley haviam finalmente ido embora.
E Draco também!


Gina sentia uma dor de cabeça
insuportável, rachando o seu crânio ao meio. Mas sabia que ainda havia uma coisa
para fazer: explicar tudo à Dumbledore!


- Então Srta. Weasley – ele disse em uma
voz cansada – pode me explicar o que houve?


Gina tremeu por dentro. Sempre era mais
difícil explicar-se diante das resignações do que das raivas. E mesmo acobertada
por Dumbledore, ela sentia até em sua última célula, que ele desaprovava suas
atitudes.


- Eu tive toda a idéia Sr. Diretor. –
disse ela com bastante respeito – Eu convenci Carol a fazer a troca e a Hermione
realizar o feitiço.


- Por quê? Já não teve o bastante de
magia negra em sua vida, Srta. Weasley?


Gina corou envergonhada e abaixou a
cabeça. Não tinha respostas para aquilo, e estava se sentindo à verdadeira tola
que era!


Um silêncio desconfortável se estendeu
sob o escritório do diretor. As pessoas dentro dos quadros fingiam dormir
serenamente, mas era possível ver suas pálpebras tremerem, pelo esforço de
ficarem semicerradas.


- Entre! – ordenou Dumbledore, ao ouvirem
um barulho na porta.


Eram Luna e Carol (toda encapuzada)
acompanhadas de McGonagall.


- Custei para encontrá-las, Alvo –
McGonagall estava com uma expressão que azedaria um limão, ao empurrar as
meninas mais para dentro do escritório. – elas pareciam saber exatamente o lugar
onde eu estava!


Quase imperceptível Gina viu Luna
escorrer um pergaminho para dentro do bolso do casaco de Carol. Ela sabia que
aquele era o Mapa do Maroto II.


- Então pode tirar seu capuz srta. Blair!
– pediu Dumbledore serenamente.


Mesmo sabendo que Carol estava
transformada, eles não puderem esconder uma exclamação de choque. Afinal, tinham
uma outra Gina Weasley na sua frente: sem tirar nem por!




- É incrível! – o diretor constatou
levemente impressionado.


 


Se fosse possível dar um chute no próprio
traseiro, Draco teria dado. Sentia-se um verdadeiro tolo por ter atendido ao
chamado de Dumbledore!


Ele não queria a droga da aprovação dos
Weasley, não queria sair atrás de um maldito bicho invisível e principalmente
não queria mais ouvir falar em Gina Weasley!


Ela que arrumasse outro otário para
livrá-la daquela enrascada, que não ele!




Satisfeito com a decisão, Draco foi tomar
banho. Os Weasley que lhe aguardassem!


 


- É Hermione quem acabou de chegar –
disse a Sra. Weasley da porta do quarto para o marido, deitado na cama.


- Que bom! – responde Arthur em voz
ausente. – Estava preocupado com ela.


A Sra. Weasley assentiu e voltou para a
cama. Estava frio demais pra ficar só de camisola e em pé.


- Boa noite, querido – ela disse ao se
cobrir com as colchas.


- Boa noite Molly.


 Algum tempo se passou até que a Sra.
Weasley virou-se na cama, ficando de frente para o marido. Ele continuava na
mesma posição, com as mãos na cabeça e olhando para o teto.


- Está pensando em Gina?


- Em Malfoy – ele disse lacônico.


- Nele? – assustou-se a Sra. Weasley. –
Porquê?


- Estou procurando um bom motivo para
Gina amá-lo. – ele suspirou e também deitou de lado, encarando a mulher – E não
consigo achar um único que seja.


- Eu compreendo. – Molly soltou um pesado
suspiro e bateu de leve nas mãos do marido – acha que ele ama nossa Gina?


- Acho que sim. E isso é o que me deixa
mais triste. E ao mesmo tempo feliz. Consegue me entender, Molly?


- Sim. Também não quero a infelicidade de
Gina, Arthur. Por Merlin, porque ela não podia se apaixonar por alguém mais...
Mais... Comum!


Arthur casquinou umas risadinhas.


- Devíamos ter esperado isso dela
Molly... É a primeira menina a nascer na família Weasley em muitos séculos!


- Ela tinha mesmo que ser diferente –
soltou a Sra. Weasley a título de concordância.


Os dois ficaram em silêncio, apenas com
seus pensamentos. Quando o Sr. Weasley fez a pergunta que mais lhe preocupava:


- Acha que ele há fará feliz, Molly?




- Só o tempo dirá... Só o tempo dirá!


 


Deitada na cama que pertencia a Carol, na
Torre da Corvinal, Gina sentia o remorso corroê-la por dentro. Dumbledore a
fizera parecer uma burra retardada... “O que realmente sou!” acrescentou com o
humor sombrio.


Agora que os adultos sabiam, ela não
podia deixar de pensar em como seu plano fora idiota e irresponsável.


Dumbledore lhes mostrara o que poderia
acontecer as duas, e os efeitos da troca poderiam ser catastróficos. Pessoas que
jamais voltavam aos seus corpos... Ou mesmo quando voltavam ficavam com traços
esquisitos... Ou pior, as pessoas poderiam morrer ao tomar a poção que desfazia
o feitiço!


Ao pensar nisso Gina virou-se na cama
novamente. O lençol embolado por debaixo da colcha estava lhe dando nos nervos.
Ainda mais irritada, levantou-se e arrumou a cama novamente.


Deitada novamente, o olhar caiu nas
cartas que Draco havia lhe enviado. As duas estavam no criado, enfeitiçadas para
parecer um vaso de flor.


“O que será que ele está pensando nesse
momento? Será que ele vai aceitar o desafio?”


Esse era seu maior medo... Porque
conhecia a natureza rebelde dele, onde, se não fosse tudo feito com muito tato,
dando a impressão de que o próprio Draco é quem pensara na idéia, ele
simplesmente negaria-se a fazer!


E isso seria um risco duplo! Porque ela ficaria
encalhada no corpo de Carol, e ainda seria proibida de namorá-lo!


Revoltada, Gina virou-se na cama
novamente. Foi então, olhando para as colegas de quarto feminino da Corvinal,
que uma idéia genial lhe veio à cabeça.


“A essa, eu duvido que Draco Malfoy
resista!”




Ela ainda soltou uma risadinha de cruel
satisfação!


 


A segunda-feira amanhecia com cara de
chuvas e tempo ainda pior. Outubro ia chegando ao fim e o inverno havia
resolvido aparecer mais cedo. Uma garoa fina cobria toda a Londres, fazendo as
pessoas tirarem seus casacos meio mofados dos guarda-roupas.


A primeira coisa que Harry fez ao entrar
no CTA naquela manhã, fora se dirigir para a secretaria. E Hannah

Hargreaves,
com um sorriso que afrontava o mau tempo, lhe atendeu da maneira mais simpática
que alguém já havia visto naquele lugar!


- Eu gostaria de pedir uma dispensa para
quarta-feira.


- Sob qual motivo? – ela perguntou ao
mesmo tempo em que retirava o formulário a ser preenchido por Harry, de uma
gaveta embaixo do balcão.


- É pessoal – Harry se arrependeu na
mesma hora. Os olhos de Hannah brilharam em curiosidade – minha noiva vai ao
medico, e quero acompanha-la.


- Há uma simples consulta? – desdenhou
Hannah.


- Ela está grávida. E quero ir ao exame.


A curiosidade satisfeita, Hannah entregou
o papel. Mas Harry já não se sentia bem. Estava imaginando quanto tempo iria
demorar para a notícia se espalhar.




Chateado com isso, porque sabia que
Hermione não gostaria de mais especulação, Harry amarrou a cara para Hannah.
Mas ela nem ao menos percebeu, estava ocupada em rir e conversar com os
colegas de repartição.



“Você não perde por esperar!” pensou Harry,
estreitando os olhos perigosamente.



Mas antes de fazer qualquer coisa, tinha
que preencher o formulário! 


 


- Hei Rony! – chamou Lupin – O que há com
você? Eu perdi metade da manhã, para concertar esse erro que você cometeu aqui.


E com isso ele mostrou uma grande peça
metálica, que Rony vagamente identificou como o motor de um carro que ele havia
“concertado” no início daquela manhã.


- Me desculpe Lupin – ele se levantou do
sofá preto, usado pelos clientes enquanto aguardavam concertos rápidos, e chegou
mais perto do motor. – O que foi que eu fiz de errado?


Lupin riu.


- Veio trabalhar Rony, foi isso que você
fez de errado! – passou a mão pelos ombros do menino e guiou até a sala de
Sirius. – Vai me contar o que está havendo nessa sua cabeça, aí?


Rony suspirou. Estava sendo egoísta, mas
não conseguia reprimir esse sentimento. Ao invés de estar preocupado com o
possível namoro de sua irmã e um Malfoy, ele ficava remoendo a história
inacabada dele e Carol.


- Não é nada muito sério. – ele sacudiu
os ombros – apenas uma briga de namorados.


Lupin fez cara de quem entendia tudo e os
dois entraram, sem bater, na sala de Sirius. Teria sido melhor se batessem!


Ele e Tonks estavam, minimamente, em
posição comprometedora. Ela encostada na mesa e Sirius quase em cima dela, como
que pronto para dar-lhe um beijo.


- Hem, hem... – tossiu Lupin da porta.


Os dois tomaram um susto de grandes
proporções. Pulando para longe, como se fosse gatos perto de água fria.


- Por Merlin, Lupin – disse Tonks, com a
mão no coração – por um momento eu pensei que Umbridge houvesse ressuscitado!


Até mesmo Rony, em seu estado quase
apático, teve que rir. Tinha algo de cômico em flagrar dois adultos quase se
beijando.


- Acho que vocês estavam ocupados demais,
para perceber alguma coisa, mas tudo bem. Nós vamos voltar para a oficina e...


- Não seja por isso – Tonks fez um gesto
de desdém, embora seu rosto parecesse um sol poente de tão vermelho – eu já
estava de saída mesmo. 


Ela saiu como se fosse uma rainha e da
porta ainda zombou:


- E para seu governo, Black... Isso – ela
fez o mesmo gesto de desdém – foi fraco... Muito fraco.


Sirius arreganhou os dentes, de um modo
bem canino.


- Disponha Ninfadora, disponha – e fez
uma reverência antiquada.


Se Tonks se importou com o uso de seu
nome não deu mostras, o que deixou Sirius duplamente frustrado.


- Mas o que estava acontecendo aqui? –
Lupin perguntou. - Rony, sensatamente manteve-se calado.




- Não queira saber. – Sirius arriou na
cadeira atrás da mesa – Não queira saber!


 


- ... E AGORA VOCÊ PODE ME DIZER O QUE
VOU FAZER?


- Em primeiro lugar se acalmar –
respondeu Gina irônica – e em segundo, parar de gritar.


Carol respirou fundo. Luna espiou
novamente o corredor, ninguém vinha por aquele lado.


- Você já descobriu como essa noticia foi
parar no The Sun?


- Estou aguardando a resposta da minha
amiga... Ela sabe que sou bruxa – apressou-se Carol em explicar – e sabe como
usar correio-coruja.



-        
Ótimo. Agora, de amiga para
amiga, você realmente gosta do meu irmão? – Gina tinha os olhos bastante
inquiridores. Draco ficaria orgulhoso de vê-la, afinal, muitas das táticas que
usava agora havia aprendido com ele.


- Não gosto. Eu amo – ela disse com
ênfase suficiente para Gina acreditar – e como vou poder conversar com ele? Se
nem mesmo posso usar meu corpo!?!


- Temos que pensar!


Elas ficaram em silencio, com Luna
espiando o corredor, até que Carol tomou coragem para contar à idéia que havia
tido durante a noite.


- Bem... E se pedíssemos ajuda?


- E para quem? E que tipo de ajuda? –
Gina perguntou rápida.


- Alguém poderoso o suficiente para me
transformar novamente em Carol, nem que por algumas horas.


- Rá! – zombaram Gina e Luna ao mesmo
tempo – e quem poderia ser esse bruxo do outro mundo?


- Eu pensei... Bem... Eu pensei em
Dumbledore...


Gina arregalou os olhos e Luna, para
espanto das duas, danou-se a rir, como se houvesse escutado uma piada genial.


- Você é inocente assim Carol? – Gina
balançou a cabeça – Não entendeu nada do “sermão Dumbledore”? Ele não vai nos
ajudar! Ele quer que contemos a verdade para nossas famílias!


- Não me trate como imbecil, Virgínia!


- Então não haja e pense como tal! – Gina
disse dura – Francamente!


Elas ficaram novamente em silêncio. Mas
dessa vez estavam emburradas, e Carol ainda fervia de raiva.


- Acho que o que temos que fazer, – Luna
parou para espiar o corredor – é iludir Rony, deixá-lo crer que quem está
falando é mesmo Carol!


- A Gina não vai ter a conversa mais
importante da minha vida, Luna! Eu quero falar com ele!


- E quem aqui disse em Gina? – Luna se
mostrou ofendida – estou falando de você, mas com certo jogo... Com espelhos nos
lugares certos... Acho que não teríamos problemas e...


-... E péssimo plano Luna. – descartou
Gina na mesma hora – Precisaria de um enorme Espelho da Verdade e isso sairia
uma fortuna!


Carol já estava concordando, quando Luna
saiu de seu posto de observação e encarou as duas.


- E quem aqui falou em Espelhos da
Verdade? – ela tinha os olhos mais saltados, sinal de que estava nervosa mesmo –
Vocês podem acabar de ouvir minha idéia?




Como conheciam a amiga, as duas se calaram.
E o plano que Luna mostrava para elas era simplesmente perfeito!


 


- Sabe Hermione? – Vanessa começou o
assunto que estava preocupando-a – acho que você deveria vir menos de carro.
Ficar mais no escritório... Eu fico com medo dessa sua barriga estourar a
qualquer momento!


Hermione riu, mas fitou a amiga,
apreensivamente. Estava entrando no oitavo mês de gravidez, e agora que o caso
parecia fazer sentido, ela não queria deixar o trabalho de maneira nenhuma.


- Não se preocupe Vanessa, quando a
médica disser que não posso mais dirigir, – ela bateu a mão de leve no volante –
eu passo a ficar no escritório, ok?


Vanessa bufou, mas não disse nada.


- Sabe o que eu não entendo? – Hermione
disse, em uma maneira de quebrar o silêncio – O que essa família de bruxos tem
com todo o esquema.


- Você poderia fazer isso então. –
Vanessa disse triunfante – Poderia começar a pensar nas conexões que esses
assassinatos podem ter!


- E isso seria uma ordem? – Hermione
olhou desconfiada para o lado.


- Não... Mas com o tempo, pode vir a ser!




O tom definitivo não assustou Hermione. Ela
já começa a entender a pessoa complicada que era Vanessa Wolf!


 


Sr. Malfoy,


Gostaríamos que o senhor desse a sua
resposta, quanto ao desafio proposto por Dumbledore, no mais tardar dessa
semana, em nossa residência.


Sr. e Sra. Weasley


 


Com raiva Draco amassou a porcaria do pergaminho e
jogou longe. Mas que audácia desses Weasley! Cobrar alguma coisa, de um Malfoy!


Draco rilhou os dentes. Agora é que não
iria mesmo! Nem mesmo na esquina, para comprar um Cacho de Baratas!


- E quem eles pensam que são? – rosnou
para a porta fechada da biblioteca de casa.


Como que respondendo a sua pergunta, a
porta abriu. Mas apenas para dar passagem a Huny. E ver a elfo, encheu ainda
mais Draco de mal-humor.


- O que é?


- Huny só veio trazer a carta, meu
senhor. A coruja deixou na cozinha. Não deve saber como é na Mansão Malfoy, meu
senhor.


Draco tomou a carta da mão dela. Tinha
horas que ele não gostaria de ter elfos - domésticos. Principalmente quando
olhava para Huny!


- Chispa daqui!


Ao ouvir o rosnado, Huny se precipitou
para a porta. Mas na pressa de sair ela acabou tropeçando e caindo no chão.


Humilhada, Huny saiu de cabeça baixa do
escritório. E Draco, novamente sozinho, pode se concentrar na leitura da carta.


 


Draco,


Sinto muito por meus pais ontem. O que
eles fizeram foi horrível, e gosto tanto dessa manipulação quanto você!


Quando me lembro do modo como eles
falaram! Ah... Que vontade de sumir!


Vou aproveitando para desobrigar você
de fazer qualquer tarefa ridícula, mesmo que eu tenha pedido antes, agora não
quero mais que faça. É simplesmente ridículo, eles quererem medir seus
sentimentos com isso.


Vou escrever aos meus pais, dizendo
que tudo isso é uma grande palhaçada. Não se preocupe!


Amo você!


 


Mas quem eles pensavam que eram? Draco levantou,
mas deixou-se cair na poltrona novamente. Era ridículo que os Weasley pensassem
que poderiam manipulá-lo!


Como um tigre enjaulado ele passou a
andar de um lado para o outro.


Se não fizesse, acataria o desejo de Gina
e se fizesse, acataria o desejo dos Weasley!




Estava em uma verdadeira sinuca!


 


- Você não fez isso! – a voz, tanto de
Luna, quanto de Carol era de completa perplexidade.


- Fiz! – Gina assumiu com arrogância e
satisfação. – Se eu deixasse as coisas correr livremente, ele jamais traria os
pêlos de Semiviso!


Instantaneamente as três olharam para o
lado, para ver se alguém havia escutado. Mas felizmente, todos na mesa da
Corvinal estavam interessados em seus cafés da manhã.


- Mas Gi... Quero dizer... Mas Carol, ele
tem que fazer por vontade própria. Tem que provar que ama você!


- O que você não entende Gina, é
que eu não preciso de provas. Eu sei que ele me ama! E tem mais!


- O que? – as outras duas chegaram mais
para frente. Uma corvinal, sentada à frente delas, parecia ter perdido a fome.


- Eu o conheço! E sei que se for
pressionado, coagido da maneira errada... Simplesmente vai se rebelar! E ai, já
era namoro e também poção!


Depois disso, Luna e Carol voltaram à
atenção para seus pratos. Muito tempo depois, quando estavam saindo do Salão
Principal, é que Luna disse baixinho.


- Gina? Você não tem medo de enganar um
Malfoy? – ela olhou para o lado, temerosa – e se ele descobrir que foi você a
autora das duas cartas?


- Mas ele vai descobrir Luna – Gina
disse, e seu sorriso estava um pouquinho menos confiante – eu só espero que isso
se dê, depois...


- Depois de ele pegar os pêlos? – Carol
se intrometeu.


- Não... – Gina fez um gesto de pouco
caso – eu conto que ele descubra depois de ter dado a palavra dele.


- E ele não voltaria atrás? – receou
Luna, novamente.




- Não. – disse Gina enfática. E diante
disso, as outras duas entenderam que não havia mais o que discutir!


 


Sr. Malfoy,


Gostaríamos que o senhor desse a sua
resposta, quanto ao desafio proposto por Dumbledore, no mais tardar dessa
semana, em nossa residência.


Sr. e Sra. Weasley


 


Quando o Bruxo terminou de ler o bilhete, suas mãos
tremiam de raiva. Pressentia o perigo de forma alarmante, e não estava gostando
nada disso. Sempre soubera que o moleque seria um problema para seus esquemas.
Sempre!


- E você não sabe do que se refere esse bilhete,
Huny? – ele perguntou enquanto embolsava a missiva.


- Sinto muito... Meu senhor Bruxo – a elfo se
dobrou em uma reverência – Huny só conseguiu pegar isso, senhor Bruxo... Só
isso!


- Acha que a mãe dele pode descobrir alguma coisa?


- Huny pode tentar, senhor Bruxo... – a elfo parou
de falar e estremeceu...


- O que é agora? – “elfos!”


- Huny tem medo do castigo senhor Bruxo... Huny
deve lealdade aos Malfoy e...


- Basta! – o Bruxo gritou.


A elfo parou na mesma hora de falar.


- Então você não reconhece o sangue Malfoy de meu
sócio? – mesmo que ela não pudesse ver os olhos por trás do capuz,
estreitaram-se perigosamente.


- O senhor Bruxo está certo. – a elfo fez uma
profunda reverencia – Huny é burra... Muito burra!


- É melhor ir Huny! – o Bruxo ordenou – podem
sentir sua falta na casa.


A serva se foi, depois de se desculpar outras
milhares de vezes, deixando o Bruxo remoer sozinho os últimos acontecimentos.



O
maldito não iria pôr tudo a perder! E, afinal, que ligação era aquela com os
Weasley?


 


Sentado em um banco branco do jardim, Harry gastava
os poucos minutos que ainda dispunha, do horário de almoço, para pensar em
Hermione e no bebê.


Era maravilhoso ficar ali, deixando para o pálido
sol de outono todo o trabalho de prover calor. Pensar, que no dia seguinte iria
ver seu filho (ou filha) novamente e, então, assumiria irrevogavelmente a
posição de pai de família.


Era maravilhoso.


Era assustador!


Os pensamentos iam e viam, deixando-o sonolento e
satisfeito, quando um ruído quebrou a paz que Harry estava sentindo.


- Era bom demais para ser verdade! – resmungou
baixinho.


De alguma das salas à esquerda, no pavilhão Cinza,
ele podia ouvir pequenos gemidos. A pessoa devia estar quase gritando, porque o
barulho vinha de longe.


Curioso, ele foi investigar o que era. E quando
chegou mais perto, os gemidos cessaram, deixando um silêncio estranhamente
agourento no jardim do pavilhão Cinza.


Por um minuto, Harry ainda pensou em voltar ao
idílico banco branco, mas a curiosidade venceu. Ele chegou à porta e por mais
preparado para o bizarro, ficou chocado com o que viu!


Hannah e Woodcrofth estavam fazendo alguma coisa
que lhe lembrava vagamente um documentário trouxa sobre reprodução animal (do
Discovery Channel
) que ele vira, quando ainda morava com os Dursley.


Chocado, Harry deu um passo para trás. Então era
aquilo o tempo todo! Jamais havia tido algum esquema enganoso ou corrupto, os
dois apenas mantinham um caso!


As palavras soltas começaram a fazer sentido:


“ - Estou
dizendo que ninguém vai nos descobrir aqui. – a voz era de mulher, e Harry já a
ouvira antes. Só não sabia onde”.


- Nada aqui
é seguro – essa voz ele reconheceu. Era Marcus Woodcrofth. – eu não quero que
saibam que nos conhecemos, Hannah. Você sabe que nosso plano poderia não dar
certo...


Hannah?
Harry tinha certeza que não conhecia esse nome. E que plano era aquele?


- Mas você
pode ao menos fazer...”


Agora ele via
que os dois estavam tendo um encontro de amantes. E tinha a carta que ele lera,
onde dizia da amante do homem. Estivera tão interessado em conspirações e o
homem simplesmente estava traindo a mulher!


Harry arriou-se
no banco novamente. Fora muito burro. Simplesmente enxergara aquilo que queria
ver... Nada mais! E foi sentado ali, que uma conversa sua com a chefe de
Hermione lhe veio à mente:


“Então
recapitulando – disse Vanessa consultando uns esquemas malucos que fizera em uma
folha de pergaminho – você assistiu a três brigas dessa tal de Hannah Hargreaves
com Marcus Woodcrofth, sendo que nessa última ela ameaçou a família dele?


Colocado do
jeito que a mulher falara, parecia que Harry era um idiota que estava vendo
coisas demais... Mas ele assistira as brigas, vira como estavam, os dois,
alterados e descontrolados.


- É –
respondeu sucintamente. Tinha a impressão que a mulher não gostava dele.


- Ótimo! –
ela se levantou num arranque – quando tiver mais informações que
meias-conversas, venha falar comigo novamente Sr. Potter.”




- Devia ter ouvido a mulher! – irritou-se Harry
– Fui mesmo um estúpido!


Quando Hermione
encontrou Harry, no fim da rua que levava ao Ministério da Magia, ela pode
sentir seu mal-humor no ato. Estava tão forte a irritação dele que, esta chegava
a Hermione em ondas sufocantes.


Ele dirigia
calado, e ao pararem em um sinal de trânsito, Hermione não suportou a tensão:


- Se não queria
vir Harry, era só ter feito como das outras vezes! – ela olhou para as pessoas
que atravessavam a rua – Deveria saber que você não tinha aceitado nada!


- É tocante ver
o quanto você confia em mim, Mione – ele passou a segunda com mais força que o
necessário – Eu não posso estar mal-humorado, que você pensa que estou caindo
fora!


- Tenho motivos
para isso – ela retorquiu friamente.


- Não vou
passar a vida tentando recuperar um erro. Cometi-o e me arrependerei disso até o
fim, mas se não pode deixa-lo para trás...


E a implicação
do que ele falava, ficou ali, gritando no silêncio do carro. Como que zombando
da felicidade de Hermione. Ela olhou para o anel que sustentava com orgulho
desde o domingo. Os olhos se encheram de lágrimas.


- Você quer
desmanchar nosso noivado? – a voz saiu fraquinha e com tanta dor que Harry não
pode suportar. Ele freou o carro, em uma parada proibida e se virou para
Hermione.


- Não! - Ele
soltou os cintos e a abraçou – Não pense mais nisso Hermione. Quero você para o
resto de minha vida, nada mais ou menos que isso.


- Então, porque
está falando desse modo comigo? – havia ressentimento na voz dela. Ele não pode
deixar de se considerar ainda mais estúpido.


- É uma longa
história, e acho mesmo que lhe devo essa explicação.




E rearrumando os cintos, ele tocou o carro para a
médica, contando toda a burrice em que vinha pensando.



Havia chegado o momento, pensou Draco em frente à
gárgula de pedra. Iria dizer sua resposta e depois arcar com suas conseqüências!
E como sempre, como Malfoy que era, escolheu o caminho mais fácil para si.



Nem foi preciso bater à porta. Ela estava aberta, com
todos os Weasley lhe esperando. Cada um, Draco pode ver, tinha um estado
diferente estampado no rosto. “Nem sequer conseguem esconder suas emoções!” –
pensou com certo desprezo.



Gina, pálida em um canto, reteu o fôlego. Já sabia o
que Draco ia dizer. Conhecia-o bem demais, e podia ver sua expressão de
desprezo. Ele iria rejeitar a proposta de Dumbledore e iria fechar qualquer
porta que o amor deles pudesse ter. Sem que percebesse, uma lágrima solitária
rolou pelo canto esquerdo de sua face.



- Então Sr. Malfoy – começou o Sr. Weasley, já que
Dumbledore sabiamente estava resolvendo problemas em outro lugar do castelo – já
tem uma resposta para nos dar?



Mais uma vez o olhar de Draco passou por todos ali,
criando uma atmosfera de suspense quase insuportável. Podia sentir a raiva dos
irmãos de Gina, bem como os nervos em frangalhos da Sra. Weasley. E podia ver
Gina, sentada em um canto, pálida e com as pernas tremendo.



Draco soube ali que tinha que continuar, que fazer de
outro modo só traria dor e ressentimento. Andando com muita calma ele chegou
perto de Gina, e secou as lágrimas dela. Amava-a demais, e faria o sacrifício
por ela.



- Pode ter certeza, Sr. Weasley – ele virou-se para o
homem – que cumprirei o desafio. E para si mesmo completou: Somente por você,
Gina!




Não houve nenhuma reação na sala. Era como se
todos esperassem por aquilo.



- Está tudo certo com o filhinho de vocês, Hermione –
a médica sorriu, de um modo meio profissional, meio pessoal – e mesmo com vocês
querendo uma surpresa quanto ao sexo, posso atestar que o bebê tem todos os
dedos e todos os órgãos no lugar certo.



Harry e Hermione sorriram aliviados. Aquilo era tudo
que preocupava Hermione, a saúde do seu filho ou filha.



- Agora, quanto ao seu trabalho... – a médica olhou
severa e desta vez não havia nada de meio termo em sua expressão – acho melhor
você se afastar dele.



- Mas eu posso trabalhar! Sinto-me ótima e você disse
que o bebê está perfeito!



- Sim, Hermione. – a medica sorriu com indulgência –
Mas acho melhor, devido à natureza do seu trabalho, você afastar-se dele. Que
tirasse já, a licença maternidade.



Hermione olhou para Harry em busca de apoio. Mas ele
se limitou as levantar as mãos. Afinal, não tinha a menor idéia do que Hermione
fazia mesmo!



- E se eu trabalhasse só na parte burocrática? – ela
sorriu contente - só com papéis e mais papéis?



- É tão importante assim trabalhar? – a médica não
tinha uma cara de agrado.



- É sim. Não acho que esse é o momento apropriado
para sair em licença.



- Se me prometer ficar só com a papelada... – via-se
que a médica estava meio contrariada.



- Eu prometo! – apressou Hermione, fazendo o sinal
dos escoteiros.




Como os três naquela sala eram um pouco trouxas
(sendo somente isso que a médica era por inteiro), entenderam e riram com
vontade da piada de Hermione.



 



- Rony! Espere! – pediu Gina, deixando um pouco
Draco, enquanto sua família saía da sala.



O irmão parou, mas sua postura ainda era agressiva.



- Tenho um recado de Carol para você. – Gina passou o
bilhete disfarçadamente – É mesmo importante!



Rony assentiu, mas não disse nada. Ainda não tinha o
que pensar, afinal, havia um maldito Malfoy entrando para a família. 



- O que era? – perguntou Draco curioso.



- Problemas de namorados. – ela sorriu – Obrigado por
aceitar, isto é importante para meus pais.



- Sem problemas. – ele rolou os olhos e a pegou pela
cintura – Você só está me devendo essa... E tenho ótimas idéias de como cobrar!



Gina riu e já estavam chegando suas cabeças, para
darem um beijo, quando um pigarro bem-humorado da porta chamou-lhes a atenção.
Era Dumbledore, que parecia divertido com a cena que acabara de interromper.



Constrangidos, Draco e Gina se separaram. Conservando
somente as mãos dadas.



- Espero que tenha aproveitado a oportunidade e
contado a verdade do que está acontecendo aos seus pais, Srta. Weasley.



- Eu... Eu sinto muito, Senhor. Mas, como o assunto
também se refere a Carol... e ela quer contar a Rony primeiro, nós decidimos
esperar.




- Não espere demais, Srta. Weasley. Às vezes pode
ser tarde demais!



 



Rony,



 



Sei o quanto você deve estar magoado e enfurecido
comigo, mas creia-me aquele jornal que leu não passava de uma fraude. Não sei
quem, como ou porque, mas sei da verdade.



Uma amiga minha que é trouxa, me mandou a versão
original do
The Sun, e Rony, EU tenho
certeza que jamais fiquei noiva de ninguém em minha vida.



Gostaria de lhe explicar minha história, e também de
tirar essa do jornal a limpo. Pode me encontrar na Casa dos Gritos, no domingo, primeiro de novembro?



Fico esperando sua resposta,



Carol



 




Em um primeiro momento, a vontade de Rony foi
jogar aquela carta no fogo da caldeira. Mas não faria isso! Iria ao encontro
e lá terminaria tudo com a Carol-Mentirosa-Blair!



 



É sábado, Sr. Bruxo! Huny ouviu ele dizer para a mãe.
Huny ouviu ele dizer que vai viajar no sábado para  as montanhas... As montanhas
de muito longe...



Como Huny não tinha mais para falar, ficou quieta
esperando ordens de seu amo. Seu mestre.



- Talvez isso possa me ajudar. Seu serviço foi leal
desta vez, Huny... Embora pudesse ser melhor. – ele deu um suspiro de desagrado
– enfim... É o que dá ter por informantes Elfos!



Huny estremeceu de medo. O amo poderia não ser bom e
até castigá-la por não saber mais.



- Vá agora... E se souber de alguma coisa, venha me
contar correndo!




- Eu virei, amo... Eu virei! – e como louca Huny
correu até a porta, querendo escapar o mais rápido possível dali.



 



- Você tem certeza de que quer fazer essa viajem
Draco?



- Não tenho outra escolha, não é? – ele respondeu
cínico – Afinal, ela tem um corpo que não é de se jogar fora!



Henri riu. Pelo menos aquele era o Draco que
conhecia. Cínico e conquistador!



- Você não acha que é muito sacrifício? Afinal,
nenhuma mulher vale tudo isso. – e apontou para a mochila que Draco arrumava.



- Se você a conhecesse – ele afirmou com a expressão
mais cínica do mundo – veria que eu tenho razão. Vale a pena. – dito isso Draco
deu um sorriso debochado, em nada contrastando da figura que todos faziam dele.



Depois disso, eles ficaram em silêncio, com Henri
mexendo com um peso de papel antigo.



- Sabe? – Draco disse quando o silêncio ficou
incômodo – tenho a sensação que não me procurou para falar da Weasley.



- É, não foi. – ele virou o peso, e a neve que tinha
dentro começou a cair – Queria sua opinião sobre meu pai.



- Você sabe que não sou o exemplo nesse tipo de
relacionamento. – disse sarcástico.



- Mas você deixou seu pai se ferrar sozinho, pelas
burradas dele, é claro. Eu queria seu conselho sobre aquele assunto.



Draco parou de colocar roupas na bolsa e se sentou de
frente para o amigo. Embora não se sentisse a vontade para discutir o assunto
Gina Weasley, Henri e ele contavam com amizade em todos os outros sentidos.



- O que houve dessa vez?



- Minha mãe encontrou uma prova irrefutável da
traição dele, Draco. Ela pegou meu pai e a amante na cama... Dela!



 Embora a Sra. Woodcrofth soubesse das escapulidas do
marido, fazia vistas grossas, na certa temendo um confronto que não suportaria.



- Como foi isso, Henri?



- Meu pai e Hannah estavam aproveitando o fato de
minha mãe viajar para fazer das suas na cama de minha mãe. Eu não entendi o que
houve, mas minha mãe acabou cancelando a viagem e pegou os dois!



- Eu imagino o quanto sua mãe está arrasada. – Draco
comentou solidário – Você sabe que me abstive de qualquer coisa com Lucio por
minha mãe. Achei que ela merecia um descanso, depois de ser maltratada por toda
uma vida.



Eles ficaram em silêncio, até que Henri contou em voz
baixa:



- Eu queria entregar ele para meu avô, o que você
acha Draco?



- Se fosse eu, não faria nada Henri. Comigo já é
difícil carregar o fardo da omissão, imagina você, carregar o da culpa?



- Que fardo de omissão? – o amigo estranhou.



- Um pouco antes de morrer, Lucio me mandou uma
carta, não me pergunte como ele conseguiu porque eu também não sei. Ele me pedia
ajuda nessa carta, contando o que estava acontecendo fora da prisão e também que
o tirasse de lá.



Draco parou e suspirou:



- Como você pode saber, eu não movi uma palha para
ajudá-lo, e poucos dias depois ele foi encontrado morto. Espero Henri, que você
viva com o fardo da omissão, porque ele é mais fácil de carregar do que o da
culpa.



- Talvez você tenha razão, Draco.




- Eu sei que tenho... Sei que tenho - afirmou
Draco sombrio.



 



O dia da viajem chegou e não havia ninguém de quem
ele se despedir. A mãe não tinha a mínima idéia de onde ele iria e Gina, a maior
interessada na viajem, não poderia lhe dar tchau.



Um sentimento estranho o assolava, quando saiu do
Ministério da Magia, onde fora buscar os documentos para a viajem. Embora ele
fosse aparatando, isso não queria dizer que viagens internacionais não requeriam
burocracia!



E o bom de ser um Malfoy, ele pensou sarcástico ao
tomar um trem para o sul do país, é que as coisas funcionavam para ele até mesmo
no feriado.



Era trinta e um de outubro, e um funcionário (embora
muito mal-humorado) fora especialmente ao Ministério para lhe entregar o
passaporte e os vistos de que precisaria.



Draco seguiria para a fronteira da China com a
Mongólia, mas para aparatar, achara mais seguro estar em continente. E visto que
o Canal da Mancha impedia a Inglaterra de ser continente, ele pegaria um trem
até Paris. De lá, aparataria na pequena Chin Xan Zuen, onde começaria a caçada
ao bicho invisível.




Só esperava, pensou ele ao arrumar a mochila e
entrar no trem, que tudo se transcorre rapidamente. Não estava gostando da
sensação que o tomava.



 


Com o coração apertado
Gina olhava por todo o salão, se irritando com os morcegos da decoração que
voavam baixo.


Sentia o coração apertado
e tão pequeno que às vezes, parecia que não iria dar conta de bombear o sangue.
Estava morrendo de medo por Draco e sentia que devia ter ido despedir-se dele!


- Mas com Dumbledore em
cima... – resmungou baixinho ao colocar mais uma garfada de comida na boca.


- O que foi que disse
Carol
? – perguntou Carol sentada do outro lado da mesa da Corvinal.


- Estou revoltada com a
atitude de Dumbledore! – desabafou frustrada. – Ele não me deixou sair! – fez o
número um com o dedo indicador – Todos os fantasmas desse castelo me seguiram. –
fez o número dois – Os quadros me vigiaram. – número três. – E finalmente, até
os professores apareceram, nos mesmos lugares que eu!


Carol e Luna se olharam, com um meio
sorriso debochado.


- Você gostaria de ter ido se despedir
não é? – perguntou Luna, que como sempre acertava na mosca.


- Muito – Gina suspirou e largou o garfo.
Não estava mesmo com muito apetite. – mas a essa hora ele já deve estar longe.


- Pense pelo lado bom Carol,
disse a verdadeira, tentando animar o rosto tristonho de Gina – quando você o
encontrar novamente, será você mesma!


- A cada dia que passa você está mais
parecida com seu namorado, Gina. – retorquiu Gina sarcástica – Está com
uma sensibilidade apurada. – e rolou os olhos.


- E você com a sua, Carol. Já que
está sarcástica e pedante como ele!


As duas se olharam feio, e Luna as
interrompeu no seu modo característico.


- Oooh! Podem parar! Já estamos chamando
a atenção de metade da mesa.


Gina olhou para os outros corvinais e viu
que Luna tinha razão. E ficou ainda mais aborrecida.


- Quer saber? Vou dormir. Essa festa já
deu o que tinha que dar.


- Vá mesmo! – mandou Carol com raiva – E
esconde-se na sua raiva, como o babaca do seu namorado faz!


Gina chegou a pegar a varinha. Mas pensou
melhor. Não valia a pena ficar de detenção por causa de Carol Blair.


Sem falar,  saiu do salão comunal, e os
pensamentos se voltaram para Draco. Como será que ele estava?


- Mas o que está havendo com você? – Luna
perguntou a olhando de um modo particularmente intenso. Constrangida, Carol deu
de ombros. Também não entendia essa necessidade de ferir os outros.




- Eu também não sei, Luna. Eu não sei.


 


Dois dias! Dois malditos dias em cima de
uma mula, subindo morros com aquela turma de caçadores de esmeraldas! E nem
mesmo sombra do tal bicho invisível!


Draco riu de si mesmo. Como veria sombra
alguma se o bicho era invisível? Devia estar ficando louco mesmo.


Olhou para frente e viu Kuo, o chinês que
contratara de guia, seguir o cortejo de mais dez pessoas. O chinês era bruxo
também, mas o resto da tropa era trouxa. Mas como ele havia dito, era mais fácil
quando havia muitas pessoas, as tarefas de acampamento ficavam menores.


- Está tudo bem, Malfoy? – ele perguntou
sem o mínimo respeito, mas como se a resposta fosse levemente interessante.


- Claro. Do jeito que vamos indo, eu vou
é dormir. Estou morto de cansaço!


Kuo riu, e mostrou a falta de dois dentes
no rosto. Esse sorriso sempre deixava Draco constrangido.


- Pode dormir se quiser, a mula não o
deixaria cair. Nós vamos demorar a parar e montar o acampamento da noite. –
explicou ele e tocou de leve o chicote no lombo do bicho, acompanhando o rumo da
fila.


Draco ainda tentou resistir ao sono, mas
não conseguiu. Porque eles só saiam para procurar o Semiviso quando escurecia.
Para o resto do grupo não desconfiar das atividades.


Se ajeitando o melhor possível na sela
altamente desconfortável, Draco foi vendo a paisagem diminuir, a cabeça pesar e
o sono, bem vindo, chegar de mansinho.


 


 


- Gina? O que você está fazendo aqui? – perguntou
assustado. E reparando bem ele não estava mais na montanha e sim em sua casa.


Ela não o escutou, e isso seria
impossível. Gina estava na porta da mansão e acenava para ele, que entrava no
portão no lombo daquela velha mula.


A mansão também não era a mesma. Tinha
perdido o aspecto sombrio e assustador e estava pintada de branco, com as
colunas todas enfeitadas com luzinhas de natal, dando um ar festivo que Draco
jamais havia visto na casa dos Malfoy.


Ele tentou sair da mula, mas não
conseguia. Tinha alguma coisa, como uma supercola, que o grudava na sela, não o
deixando sair do lugar.


Gina entrou em casa e Draco apressou a
mula para segui-la. Já podia imaginar quão bonita a mansão também estaria por
dentro, pois parecia que a mera presença de Gina Weasley mudava a atmosfera do
lugar.


E qual não foi o choque de Draco, ao
ver que por dentro, sua casa estava ainda mais deteriorada, acabada e
assustadora. Com cuidado, para não quebrar nada ele foi entrando, ainda no lombo
da  mula e viu Gina no pé da escada principal.


- Gina! – gritou – Espere!


Mas ela só acenou e correndo subiu as
escadas. De repente gargalhadas se fizeram ouvir no segundo andar e Draco
reconheceu uma delas. Com medo, tentou dar meia volta e ir embora. Mas a mula,
não ia para trás. E a porta, ele pode ver ao virar a cabeça, fechou com um
estrondo.


Temeroso do que encontraria no segundo
andar, Draco instigou a mula a subir a escada. Quando estava no meio do caminho,
ele pensou como era impossível ela subir uma escada. Mas como se fosse mágica (e
se ele não fosse bruxo não acreditaria) a mula transformou-se em um centauro, de
corpo branco como leite e lombo castanho claro. Jamais, Draco, havia visto coisa
semelhante em sua vida.


- Você pode me dizer o que está
acontecendo?


O centauro virou-se para trás, e Draco
sentiu vontade de morrer. Seu rosto era uma caveira, encoberta pelos cabelos
mais loiros que já havia visto.


Eles acabaram de subir as escadas e as
risadas também pararam. O corredor do segundo andar estava vazio, e Draco ainda
podia ouvir os ecos das risadas. De Gina, e pior: de seu pai!


Com o coração aos pulos ele seguiu
pelo corredor, em direção a última porta. Ao quarto de Lúcio. Quando chegou à
porta, Draco conseguiu se descolar do lombo do centauro, mas apenas para
inclinar o corpo para frente.


Lá dentro, estava Gina deitada na
cama, e Lucio estava velando seu sono. Na frente da cama, Narcisa chorava
incontrolavelmente, balançando o corpo para frente e para trás.


- Não faça nada! – ela pedia – Não me
deixe, Lucio! Não deixe de me amar.


O homem levantou a cabeça e Draco pode
ver seu rosto. A morte não fizera bem a Lucio Malfoy.


Em um rosto cadavérico, ele exibia
dois olhos cinzas, idênticos aos do filho na cor, mas intensamente mais cruel e
frios.


- Seja bem vindo ao reino, filho. –
saudou ele com sarcasmo. – Estava mesmo esperando por você.


Draco e o centauro acabaram de entrar
no quarto, e a porta novamente se fechou com um estrondo. Draco começou a se
sentir sufocado. Detestava aquela sensação de medo e impotência.


Os dois se olharam como se
digladiassem, e Draco pode sentir o quanto de maldade ainda fluía do fiapo de
gente que estava a sua frente.


- Não tenho medo de você, Lucio! –
declarou, mas o coração estava aos saltos.


Lucio riu. Ele era patético, o seu
filho.


- Que não tenha por você, mas e por
ela? – ele apontou a varinha para Gina e lançou um feitiço. Logo o corpo em cima
da cama começou a retorcer-se de dor. Narcisa começou a gritar como louca e
Draco tentou chegar mais para frente. Tinha que salvar Gina!


- Se sair desse centauro você morre,
Draco. – Lucio disse ao parar de infligir dor em Gina – Terá que escolher, se
tentar salvá-la morrerá. E se nada fizer, ela vai morrer!


Com firme determinação, mas com o
coração saltando tanto e a adrenalina correndo em suas veias, Draco saltou para
o chão.


No mesmo momento este sumiu aos seus
pés, e ele se viu caindo em um poço sem fim. Ainda pode escutar a risada de
Lucio e os berros de Narcisa. Depois, tudo virou escuridão e ele, abençoadamente
não viu mais nada!


 


- Santo Merlin! – exclamou Kuo no inglês impecável
que tinha – Malfoy? Malfoy? Você está bem?


Draco sentia-se tonto e desorientado.
Podia escutar vozes falando em um idioma estranho e tinha alguém, em cima dele,
batendo-o na cara. Sentia vontade de mandar parar com isso, mas não tinha
forças.


Devagar ele abriu os olhos e pode ouvir
exclamações aliviadas. Um sorriso sem dois dentes o encarava. E aos poucos a
memória foi voltando à Draco.


- Eu tive um pe-pe-sadelo. – gaguejou por
fim, enquanto Kuo o ajudava a se levantar.


- Minha nossa. Você nos deu um susto
tremendo, Malfoy! Cair da mula daquele jeito, pensei que tinha perdido o
pescoço! – na pressa de falar Kuo até mesmo errava, o que ele não gostava, já
que tinha orgulho em dizer que seu inglês era perfeito.


- Está tudo bem, Kuo. Eu só tive um
pesadelo e acabei caindo. Só isso!


O chinês olhou para ele desconfiado, mas
não disse nada. Afinal, a impressão que dera, ao ver o homem cair é que alguém o
havia empurrado da mula e não que ele houvesse caído.


- Nós vamos parar já. – disse entre
contrafeito e aliviado – Como você pode ter se machucado e já está quase
anoitecendo, resolvemos montar acampamento aqui.


Draco concordou com a cabeça, mas não
disse nada. Estava pensando no significado do pesadelo que tivera, e não
conseguia ver nada que o alivia-se da sensação de medo e terror que o dominava.


Algumas horas depois, quando todos
acabavam o jantar ao redor da fogueira, Draco puxou o assunto que não saia de
sua cabeça. Tinha que pedir uma ajuda a Kuo.


- Hum, China. - chamou ao se sentar ao
lado do homem – Eu queria te pedir um favor.


Kuo apenas o olhou, indicando que estava
ouvindo. Mas não parou de comer.


- Estou com uma sensação ruim. Por causa
do pesadelo e o ar frio da montanha. – como para atestar suas palavras ele levou
as mãos enluvadas a boca e assoprou-as – Então se algo me acontecer, quero que
me faça um favor.


- Pode dizer Malfoy – Kuo sorriu, como se
achasse graça do medo dele – Kuo vai fazer direitinho.


- Sabe como chegar a Inglaterra? Mesmo
que por meios ilegais? – Draco perguntou receoso.


- Claro que sei! – o homem mostrou-se
ofendido – Não vai me dizer que acreditou em mim. Eu jamais estudei em qualquer
colégio! Aprendi meu inglês nas ruas de Londres!


- Ótimo! Não precisa ficar assim. Quero
que você leve um recado a uma mulher em Londres, caso algo me aconteça.


Com extremo cuidado, Draco passou o
pedaço de pergaminho para as mãos do chinês. A sensação que estava sendo vigiado
aumentara consideravelmente com a noite.


- O nome dela é Hermione Granger, ela
está grávida. Você vai encontrá-la no Ministério da Magia. É uma inominável!


- Caramba! – o homem arregalou tantos os
olhos que perdeu o traço característico dos chineses – Você está envolvido mesmo
com problemas, hein? Uma inominável!


- Vai fazer o que te disse? – perguntou
aborrecido e apontou para a carta que já havia entregado ao homem.


- Pode deixar comigo! – garantiu o
chinês.


Mais aliviado Draco foi se deitar. Queria
descansar até a hora de procurar pelo Seminviso.


Muito tempo depois, quando a lua já ia
alto no céu, ele sentiu fortes cutucadas na lateral do corpo. Quando abriu os
olhos, viu Kuo chutando-o de leve, para acordá-lo.


Mal –humorado e com sono, seguiu o guia
em silêncio para fora do acampamento. E logo eles seguiam para fora da trilha,
montanha acima, procurando excrementos verdes. Indicação de que havia Seminviso
na área.


Depois de mais de duas horas de buscas e
quase nenhum progresso, Draco viu algo que fez seu coração acelerar. Finalmente
encontrara os excrementos verdes! Estavam na porta de uma caverna, sinal que o
bicho morava lá dentro.


- Não vá, Malfoy. – avisou o guia ao
notar-lhe a intenção. – Pegue o bicho ao ar livre, mas nunca entre em uma
caverna atrás de algo que nunca viu!


- Ora! Deixe de bobagem! Quero me ver
livre logo, quero voltar para casa!


Com um safanão se liberou do guia e
seguiu para dentro da caverna. Todos os extintos lhe dizendo que finalmente iria
parar com aquela maldita busca.




Foi quando deu o primeiro passo para dentro
que Draco viu seu erro. Como no sonho ele foi caindo num buraco negro e sem
fim. Mas daquela vez não tinha ninguém gritando e ele pode ouvir sua voz
claramente ecoando no vazio. E a imagem de Gina foi a última coisa que viu
antes de perder os sentidos.


 


Do lado de fora, Kuo correu até a beira
da caverna. Sabia que aquilo era uma armadilha. Sentia isso no seu sangue! Mas o
inglês era muito afobado! Agora teria que ir para Londres.




Com um suspiro resignado ele se afastou da
beirada e começou o caminho de volta. Aquilo iria ser uma danação sem fim!


 


- Gina? – Draco sussurrou em
delírio – É você? Ahh... eu... eu preciso dizer que te amo, Gina.


Uma gargalhada cruel invadiu seus
delírios, como ele jamais havia ouvido. Com um estremecimento Draco acordou e
olhou a sua volta. Não podia acreditar que estava ali!


Uma sombra começou a fazer volume à sua
esquerda e a última coisa que Draco viu, antes da pancada lhe atingir a cabeça,
o fez ficar ainda mais confuso.




E restou somente uma pergunta: Por quê?


 


N/A: Quero primeiro pedir desculpas pela
demora do cap... eu, tanto quanto vocês não gosto de demorar... mas quero também
pedir a ajuda do pessoal! Gente, eu to começando agora na facul e as coisas
apertaram eu tenho que estudar e não posso mais me dedicar a fic, tanto tempo
quanto antes!


Por isso não adianta vir desesperadas no
msn!!!! Pk eu não posso escrever um cap da noite pro dia!!!! Então paciência
galera!!!!


N/A²: Valeu à: Santa: eles deram
chance... mas axo que naum foi uma boa coisa neh?


Silvinha Potter: Eu tb gostei...
principalmente porque foi uma leitora que me deu a idéia do anel (eu naum
consigo lembrar o nome... sseja quem for, Obrigado)!


Katie: Mas pelo menos eu não desisto neh?
Em todo caso Katie, a gente naum pode viver soh dakilo que gosta... tb temos
responsabilidades 8-)


Mia: Bom... Mia, não se preocupe com as
NC-17 pk de agora em diante naum tem mais... hehehehe... e mesmo que vc goste de
Luna e Neville, eu já mudei os casais da continuação ;) veja a próxima N/A!!!


Jessy: Eu adorei o seu cartão Jessy!!!
Fiquei feliz por vc ter lembrado do meu dia!!! Hehehe Mas quanto a Carol... ela
eh um pouco imatura, e só quis se livrar do problema, não pensou nas
conseqüências dos atos (assim como a Gina ao fazerem a troca de corpo).


Rafa: emboa seja tentador postar a
continuação sem nome... não vai ser mais preciso! Eu já tenho um nome... veja a
próxima N/A!


Lílian Black: O baby dos dois... esse é
causo serio... pk tem muitas madrinhas pra pouco bb!!! Hehehe, quanto ao sexo...
não se desepere, quando nascer vc vai saber! :D


Franci Flom: Ainda bem! fiquei com medo
que me axasse uma dramalhona!!! Hahahaha... e obrigado por gostar da fic! ;)


Lilika: Amigaaa!!! Não tem problema... eu
sei q vc gosta da fic!!! Hahhahaha... beijos!


Mione03: todo mundo muda não é? O Harry
de responsável não mudou pra boçal? Então ele muda novamente para responsável...
as pessoas são eternas mutantes... hehehehe


Gaby: Noooosa! Gaby vc acabou de fazer
uma escrevedora de fic feliz!!! Hehehe... eu tento fazer o meu melhor... então
se vc gosta eu fico muito feliz! :D beijos pra vc!!!


Annete Fowl: enfim a pergunta de que mais
gostei... Annete quando eu ideializei a fic, eu pensei no seguinte: e se o
Voldemort tivesse sido vencido e o harry quisesse ser o mais diferente possível
do que era? E se nisso acontecesse da Mione ficar grávida? Então eu imaginei
essa reação pro Harry! Agora quanto ao Rony, é muito mais fácil ser maduro com
os problemas dos outros... a gente vê isso nos livros... hehehehe... eu axei que
isso tivesse ficado subtendido :P... mas a pergunta valeu, por me dar a chance
de explicar! Beijos pra vc tb!


Agradecimentos tb ao pessoal do potterish
que sempre comenta e ao pessoal do 3V... que andam fracos nos coments! Hehehe
(me desculpem por naum colocar os nomes, mas eu naum sei quem comentou nesse cap
20!)


N/A³: agora quanto à coninuação... já tem
o titulo escolhido!!!!hehehehe vai se chamar  A História de Nós Dois, com o
casal principal sendo a Tonks e o Sirius e tendo como secundários a Vanessa e o
Lupin, o Percy e a Peelope!!! Hehehe.... eu espero que você gostem muito...
lembrando que os casais que aparecem em 9meses também vão aparecer na
continuação.... ;) mais detalhes nos próximos caps!!!


N/A4: Agradeço à Nina, a Giovanna (que
betou esse cap), ao Dudu que me convidou para ser beta da sua fic (O Feitiço do
Tempo) e tb a todos que leram e que por um motivo ou por outro não comentaram!
MUITO OBRIGADO À VCS!!!


N/A5: galera eu agora Beto para o site
www. Alianca3vassouras. Com  então se vcs quiserem que eu bete as suas fic,
entrem o site e pegue o meu mail... hehehehe... um beijo pra vcs!


Agora eu kbei!!!!!


 


 


 


 






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