O Espelho da Verdade









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NOVE MESES PARA AMAR


 


CAPITULO XIX


 


O ESPELHO DA VERDADE


 


 


 


 


- Carol?
– chamou uma voz do lado de fora do banheiro – você está ai Carol?


A loira
dentro do banheiro sentiu vontade de se afundar e nunca mais sair de lá.


- Mais
cinco minutos e estarei pronta Luna! – gritou por fim – É só o tempo de
acabar de escovar os cabelos.


Luna
suspirou irritada. Não era tão idiota a ponto de aceitar essas desculpas todas
as manhãs. Com uma insistência que não lhe era peculiar, bateu novamente na
porta:


- Vamos
Carol saia daí. Se estiver assim por causa do teste de McGonagal, nós podemos
dar um jeito.


De dentro
do banheiro, Carol suspirou com a inocência de Luna. Deu mais uma olhada no
espelho, checando a cor dos seus olhos… enfim estavam bastante parecidos com
os que tinha.


Abriu a
porta enfim, apenas para ver Luna boquiabrir-se no corredor dos dormitórios.


- O que
foi? – ela logo levou a mão ao rosto.


- Gi...
Gina? – Luna gaguejou horrivelmente e esbugalhou como nunca os olhos saltados
– Gina... O que está fazendo aqui? Onde está Carol?


Com um medo
desconhecido, Carol voltou para o banheiro correndo, mas no espelho viu apenas o
seu rosto normal. Irritada com a brincadeira idiota, Carol disse rudemente para
Luna:


- Que
babaquice luna! Jamais pensei que você fosse se rebaixar tanto! - Estava tão
furiosa que não reparou como sua voz estava estranha, ou como a ponta do seu
rabo-de-cavalo ainda estava vermelha.


- Não...
Hei... Espere... Eu... – Luna não conseguia articular uma só palavra! De
todas as coisas incríveis que já vira, essa era sem duvida a mais esquisita!


As duas
ficaram se olhando, e Carol só sentiu a raiva se esfriar e transformar-se em pânico,
quando um grupinho de garotas passou e perguntou:


- Gina
Weasley? – as meninas riram – o que está fazendo com o uniforme da Corvinal
e na nossa torre?



Elas não esperaram por uma resposta, e saíram rindo feito loucas, mas
Luna ainda estava parada e ela sim, esperava por uma resposta!



 


- Hermione
está pronta para sair? – gritou a Sra. Weasley do pé da escada.


Cinco
minutos depois, Hermione aparecia na cozinha vazia, já que se atrasara quando
estava se arrumando. A barriga grande a impedia de fazer as coisas muito
rapidamente.


- Bom dia
Sra. Weasley – desejou Hermione, pegando para si uma torrada besuntada de geléia
de morango – eu não tenho mais tempo para um café reforçado, mas prometo
comer bastante no almoço! – acrescentou ao ver a cara feia que a mãe de Rony
fez.


- Tudo bem
querida. – ela pegou um objeto e o entregou à Hermione – Tome. É presente
de Sirius e Remo. Eles mandaram ontem à noite, mas como estava dormindo achei
melhor não acorda-la.


Com o coração
batendo forte e o objeto metálico na mão, Hermione foi até o quintal ver o
presente dos dois.


Era um
lindo carro, modelo família, na cor vermelha. O estofamento de couro tinha um
tom bege e ao abrir o carro, ela sentiu o cheiro de novo que o automóvel tinha.



Encantada,
Hermione entrou e colocou a chave na ignição. A Sra. Weasley sorriu ao ver o
carro pegar e Hermione também não pode ser conter.


- É um
lindo presente – ela passou a mão pelo volante de couro bege – eles
acertaram na mosca.


- Foi idéia
de Remo, como sempre sensato – ela girou os olhos para cima – agora vá
antes que chegue muito atrasada.


- Ainda
levo a senhora para passear no carro! – Hermione prometeu.



A mais velha apenas acenou e com um arranque Hermione foi embora. Ainda
nem podia acreditar no que estava dirigindo!



 


- ENTÃO O
SR. PENSA QUE PODE FAZER O QUE QUER DENTRO DESTE COMANDO? – berrou a voz
potente do capitão Woodcrofth. 


- Não
senhor... – começou Harry, mas foi interrompido por novos gritos.


- ENTÃO O
SR. PENSA QUE POR SUA FAMA NÓS IREMOS RELEVAR SEUS DELITOS??


- Também não
penso isso senhor… – Harry tentou mais uma vez, mas foi novamente
interrompido.


- NÃO
PENSA! OTIMO! TENHO UM RECRUTA QUE NÃO PENSA E NÃO TEM RESPONSABILIDADE!
DIGA-ME SR. POTTER, EM QUE RAIOS O SR. PENSA?


Harry se
armou de toda paciência que tinha. Afinal, ele sabia, que estava errado. Uma
das regras mais severas dos Aurores é a disciplina e ele a quebrara.


- Minha
namorada teve sérios problemas de saúde, senhor, e...


Woodcrofth
suspirou. Já conhecia a velha historia do parente que passava mal.


- Chega
Potter! – Harry se calou na hora – vou te dar duas semanas de detenção. Não
irá visitar sua família nesse e no próximo fim de semana.


Harry abriu
a boca para reclamar, mas um instinto atávico de sobrevivência fez com que
calasse a boca.


- Está
dispensado recruta!


Cabisbaixo,
Harry saiu do escritório do instrutor e se dirigiu para a terceira aula do dia.
A conversa com Woodcrofth o fizera perder duas aulas.



Com uma intensidade que desconhecia, Harry jurou que descobriria o segredo
daquele canalha!



 


- Então
você vai comigo ter uma conversinha com Jonas? – Vanessa perguntou da porta
do escritório rosa de Hermione.


Hermione se
levantou com certa dificuldade e apanhou a bolsa.


- Não
perderia isso por nada desse mundo.


Rapidamente
as duas se dirigiram para o estacionamento.


- Vamos em
meu carro hoje Vanessa? – Hermione riu da cara de espanto que a chefe fez. 



- E desde
quando você tem carro? – estavam chegando perto do utilitário vermelho que
Hermione ganhara.


- Desde
hoje de manha. – ela respondeu com simplicidade – Sirius e Remo me deram de
presente.



Vanessa apenas riu, e as duas entraram no carro. Desta vez, dirigido,
tranqüilamente por Hermione.



 


- Você
acha que Hermione gostou de nosso presente Aluado?


- Claro que
sim Sirius! – Remo respondeu de debaixo do carro que olhava – quem não
gostaria de um utilitário como aquele?


Sirius deu
de ombros, depois se lembrando que Remo, por estar debaixo do veiculo, não
poderia vê-lo.


- Ela
poderia ter mandando alguma carta ou qualquer coisa parecida não?


Remo apenas
riu, e saiu de debaixo do veiculo.


- Ora vamos
Almofadinhas – ele deu uns bons tapas sujos de graxa no ombro de Sirius –
acha mesmo que ela nos esqueceu? Provavelmente está esperando o dia acabar para
poder ter um tempo livre!


Mais uma
vez Sirius deu de ombros.


- Eu não
consigo entender esses jovens de hoje em dia. – ele passou a mão pelos
cabelos negros – veja, por exemplo, a Tonks!


- O que tem
ela? – Remo estreitou os olhos, achando que finalmente a conversa começava a
fazer algum sentido.


- Ela é
completamente maluca! Em um minuto te trata muito bem, mas no seguinte vem com
dez caldeirões na mão para te tacar! – ele deu um suspiro frustrado.


- Eu não a
vejo como maluca – Remo sorriu com o canto dos lábios – mas se você
parasse de chamá-la de Ninfadora, com certeza poderiam ter algum
relacionamento...


- FICOU
MALUCO LUPIN???? – Sirius berrou – ela é minha prima! E se seu
comportamento me confunde, é porque sou mais velho e... E... – e percebendo
que estava fazendo papel de idiota na frente de um risonho traidor, Sirius foi
embora batendo o pé.



- Depois ela é quem é criança! – meneando a cabeça Lupin deu um
berro em Rony. Afinal alguém ali tinha que trabalhar!



 


Uma
elegante casa no estilo vitoriano, situada em uma rua mais afastada do centro de
Bristol, era o escritório de imóveis de Jonas.


A fachada
austera, pintada de branco tinha seu charme antiquado, como Vanessa fizera questão
de declarar.


A sala da
secretária ficava na antiga sala de visitas. Uma escrivaninha de mogno antigo
dava ao ambiente uma sofisticação maior que os aparelhos eletrônicos
instalados.


- Quero
falar com o Sr. Jonas. – Vanessa pediu no seu pior estilo arrogante e
petulante.


- Vocês
marcaram hora? – a fria secretaria não se deixou intimidar pela postura
agressiva de Vanessa.


Vanessa ia
responder grosseiramente, quando Hermione tocou seu braço pedindo silencio.


- Escute
Srta. Lafaiete – era o nome estava escrito em uma tabuletinha em cima da mesa
– nós somos da Scotland Yard – as duas mostraram seu distintivo – e
precisamos falar com o Sr. Jonas. Pode chamá-lo, por favor?


Diante de
tanta educação e uma mulher, evidentemente, grávida a Srta. LaFaeyte pegou o
telefone para se comunicar com o patrão.


Depois,
enquanto subiam as imponentes escadas de cerejeira, Vanessa sussurrou meio
contrariada:


- Da próxima
vez eu farei o papel da tira boa... Estou enjoada de ser vilã.


Hermione
levantou as sobrancelhas sarcasticamente e disse meio rindo:


- E quem
vai acreditar na maldade de uma grávida?



E riu quando Vanessa fechou ainda mais a expressão.



 


- Gina!!


Intrigada
Gina parou no meio do corredor de feitiços, quando ouviu Luna chamando-a. Em
geral a amiga não levantava a voz por nada.


- Que bom
que te encontrei! – ela disse meio ofegante.


- Ola Luna.
É uma pena que tenha me achado somente agora. Mas tenho uma aula realmente
importante de feiti...


Luna não a
deixou acabar de falar. Com determinação pegou-a pelo braço e começou a
puxa-la para longe da sala de aula.


- Luna...
vamos pare com isso... – Gina tentava soltar suas mãos, mas a amiga era
surpreendentemente forte – mais tarde poderemos conversar e...


- Não! –
disse em um tom definitivo que Gina nunca a vira usar – temos que conversar
agora.


Meio
preocupada pela seriedade que Luna mostrava, Gina começou a segui-la de bom
grado. Estava imaginando aonde iriam, quando parou em um canto escondido, entre
a Torre da Grifinória e a de Astronomia. Nunca vira aquele lugar.


- Vamos
entre aqui.


Gina entrou
e nada em todos os seus anos de vida a preparou para aquele fato. Viu-se
igualzinha, até a ultima sarda, parada do outro lado da sala.


- O que...
O que é isto? – perguntou com a voz rouca, embora já soubesse do que se
tratava.



- Isto é eu Virginia – a outra suspirou audivelmente – Carol Blair!



 


- Tenho
certeza que as Srtas compreendem que não posso falar nada sem ter meu advogado
junto comigo. – ele olhou para a caneta que rolava nas mãos – já fui muito
cooperativo quando dei aquele outro depoimento, mas sinceramente? Para que tudo
novamente?


-
Descobrimos um ou dois pontos que não ficaram muito esclarecidos Sr. Jonas -
Hermione declarou com facilidade – queríamos apenas esclarece-los...


Ele deu de
ombros em uma postura displicente.


- Podem
começar então! – deu um sorriso que esperava ser relaxado.


Vanessa
meneou a cabeça.


- Não hoje
Sr. Jonas. Não hoje. Esperávamos por uma nova visita do senhor à nossa
humilde sala, no prédio da policia.


O homem
apertou os olhos, começando a ficar desconfiado.


- Ora, então
porque se deram ao trabalho de vir aqui?!


- Estávamos
passando – disse Vanessa de um modo nada convincente. – e agora que fica
acertado, podemos esperar pelo senhor no sábado as nove da manhã?



Ele apontou que sim com a cabeça e as duas foram embora. Mas haviam
conseguido o que queriam: deixar o homem com a pulga atrás da orelha. Alias,
pulga não, deixaram foi um hipogrifo de desconfiança para trás.



 


- E
enquanto esperamos que Hermione nos ajude, o que vou fazer? – perguntou Carol
desesperada – vou sumir? Os professores logo vão desconfiar!


Gina se
sentia frustrada. Ainda não entendia como aquilo havia acontecido com Carol e não
acontecera nada com ela. Ou como iriam sair daquela tremenda enrascada.


- Você
poderia passar muito mal e ir uns dias para a enfermaria. – Luna disse animada
– então, teremos pelo menos algum tempo.


Mas Gina e
Carol acharam péssima a idéia. Já que a verdadeira Gina teria que sumir, e a
verdadeira Carol continuaria sumida!


Muito tempo
se passou antes que Gina se aventurasse a dar sua idéia. Era um plano audacioso
e arriscado.



- Prestem atenção. Porque nada pode dar errado nessa idéia.



 


 O
sol ia se pondo e Draco olhava preguiçosamente para fora da janela do prédio
da empresa. Claro que ele não via nada alem de pessoas fazendo compras no Beco
Diagonal, mas ele também não estava (realmente) vendo alguma coisa.


Estava
preocupado com as ultimas movimentações da policia. Tinha suas fontes, é
claro, e sabia que o nome Malfoy estava em jogo...


Mas somente
se a certidão de nascimento, do bastardo de seu avô chegasse a publico é que
alguma coisa poderia acontecer com o nome deles. E como Gina pegara porcaria do
papel da sua mesa em casa, ele estava vivendo permanentemente de sobressalto.


E, o que
ele sabia, era que sua mãe não suportaria mais um escândalo que abalasse a
Casa Malfoy. Provavelmente Narcisa morreria de desgosto, mesmo estando maluca
como estava.


Tentando
relaxar da pressão constante que se abatera por sobre sua cabeça, Draco
esticou-se o melhor que pode na poltrona, colocando os pés para cima.


Mesmo que
nada mais corresse à perfeição em sua vida, ainda tinha os momentos que
passara com Gina.


“Malfoy,
seu tolo idiota... você se apaixonou por ela!”


Rindo de si
mesmo, Draco teve que concordar... Podia mentir e manipular as pessoas, mas não
era burro a ponto de fazer isso consigo mesmo.


Ainda sem
saber se ficava feliz por amar Gina ou não, e sem conseguir pensar em um modo
de faze-la pagar por sua traição, ele foi arrancado de seus pensamentos por
batidinhas insistentes na janela.


- Já não
era sem tempo! – exclamou, excitado por receber finalmente sua resposta.


O que viu,
deixou-o um tanto desapontado. Tanto a coruja, como as cartas eram muito
pequenas.


 


Fale
desse jeito comigo novamente, e eu lhe arranco o pescoço!


Estarei
lhe esperando no sábado, as quatro em ponto!


Weasley


 



Draco teve que rir, afinal nem fora tão ruim quanto imaginara. Estava
conseguindo, enfim, domar a ferinha!



 


Mesmo o
corujal não sendo o lugar seguro que iria querer para a missão que tinha pela
frente, Gina se resignou. Tinham mesmo que ir até lá, e era um lugar
completamente permitido de se ficar depois das seis horas.


Mas mesmo
assim, ela, Luna e Carol seguiram com cuidado para a torre das corujas. Afinal,
seria de se estranhar duas Gina Weasley andando por Hogwarts. 



Quando
finalmente despacharam as corujas que precisavam, Gina se virou com a varinha já
em punho.


- Luna,
fique do lado de fora vigiando. Se vir alguma coisa, entre rapidamente!


Luna
assentiu indo para seu posto de vigia.


- Tem mesmo
certeza que isso vai dar certo Gina? – a voz de Carol, veio meio abafada pelo
capuz que usava.


- Bem... Não
completamente... Eu li naquele livro que compramos, que podemos fazer isso
sozinhas, sem ser de dupla troca... Entende? E bem... Acho que essa é nossa única
chance.


Mesmo com
medo do que pudesse acontecer, Carol não tinha escolha. Era pegar ou largar, e
ela com certeza, pegaria!


Gina se
concentrou, tinha certeza de ter lido aquilo em alguma parte do livro. Era um
feitiço rápido, mas ainda sim eficiente para no caso de uma só pessoa.


Tentando
relaxar e concentrando suas energias, Gina começou a vislumbrar, dentro de sua
cabeça, a pagina onde o feitiço estava escrito.


Apertando
os olhos, como se estivesse muito longe, começou a ler as linhas pregadas ali,
apontando a varinha diretamente para seu coração...


 


 Que
enquanto durar


Mude
apenas um ser


A que a
varinha apontar...


 


 


- Droga!
– resmungou Gina abrindo os olhos – Não me lembro da ultima frase!


Carol
suspirou... Isso estava difícil!


- É algo
que rime com ser... Tenho certeza disso, eram versos rimados... – Gina começou
a andar de um lado para o outro, batendo a varinha em uma das mãos e produzindo
pequenas fagulhas vermelhas com o movimento.


- Seria
viver? Ter? Morrer? – Carol arriscou, mas parou ao ver a cara que a amiga fez.


- É isso!
Morrer! Carol até que você ajuda de vez em quando sabe?


Nem
resposta Gina recebeu.


 


- Bem vamos
lá. - Novamente apontando a varinha para o coração, Gina começou o feitiço.


 


Que
enquanto durar


Mude
apenas um ser


A que a
varinha apontar


Por esse
feitiço não irá morrer...


 


- GINA!


- Mas o que
foi Luna! Não mandei você vigiar lá fora?


- É
mandou! E aquela gata nojenta acabou de me ver e descer desabalada a procura de
Filch!



- Mas que merda!



 



- Vanessa... Você acha mesmo que foi uma boa tática avisa-lo do que
vamos fazer?


- Foi sim... – Vanessa riu e se ajeitou melhor, o carro era pequeno
demais para suas pernas – ele vai pensar que está com uma dianteira, vai
pensar que somos amadoras... E então vai abrir a guarda, e é ai que pegamos
ele!


- Bom você é mais experiente do que eu – disse Hermione ao fazer uma
curva para a direita – se você...


- Hei onde está indo? A Yard é três ruas pra frente!


- Eu esqueci de avisar... Você se importaria de passar na oficina de
Sirius e Remo, comigo?


- Como se fizesse alguma diferença – Vanessa resmungou.


Hermione riu.


- Vamos Vanessa, atenda o pobre desejo de uma grávida... Deixe de ser
ranheta!


- E o pior é que ainda passo por bruxa má! – bufou.


- Mas você é má – Hermione ironizou.



 


Três
andares a baixo, em Hogwarts.


 


- Ainda
acho os malditos moleques que jogam chicle no teto deste corredor... – ia
resmungando Filch, com sua voz asmática, enquanto tirava os malditos chicles do
teto.


Como não
podia usar magia, já que nem o curso do FEITICEXPRESSO havia conseguido lhe
deixar um pouco mais mágico, Filch tinha que usar os métodos trouxas de
limpeza: uma cadeira e uma vassoura.


E ele quase
tomou um tombo, quando madame Nor-r-ra passou correndo por de baixo da cadeira.


- Oi
belezinha... Veio fazer companhia por papai, foi? – ele olhou para baixo e riu
como besta – mas que maravilha!


A gata
desesperada miava, tentando chamar a atenção de Filch e até mesmo ficou de pé
nas patas traseiras, com as da frente apoiando-se na cadeira.


Sentindo
que o desespero da gata só podia ser um aluno cometendo algum tipo de infração
séria no castelo, Filch finalmente se tocou e segui-a para fora da sala de
aula.


E quanto
mais seguia, mais se convencia que naquela noite iria achar uma coisa realmente
quente.


Quando
chegou no corredor que levava à sala comunal da Corvinal e ao Corujal, Filch
pode ver, escada acima, uma luz branca muito forte e ouvir pios de corujas
muitos assustadas.


- Bom – a
voz soou ainda mais asmática pela correria – alunos travessos, fora da
cama... Muito bom.


Tomando o
resto de fôlego que conseguiu, Filch subiu as ultimas escadas e num estrondo
abriu a porta do Corujal. E para seu grande prazer, três meninas pularam de
susto ao vê-lo!


- Filch!
– a menina Weasley colocou a mão no peito – quer nos matar do coração!


As outras
duas a imitaram, e Filch se sentiu atrapalhado. Conhecia uma, a Luna e a outra,
a dos cabelos loiros, nunca havia reparado nela.


 -
Peguei vocês fora da cama e fazendo alguma coisa aqui! – chiou de volta –
quero explicações já!


Gina riu.
Filch sentiu-se arrepiar. Detestava os Weasley com todas as suas forças!


- Tomando
satisfações de uma Monitora-Chefe, antes da nove Filch? – ela zombou – eu
estava aplicando uma detenção nessas duas. Eu as peguei brigando hoje cedo!


- Não vi
nenhum comunicado disto! – podia sentir o cheiro de mentira no ar.


- Porque
ainda não fiz – Gina bateu na sua própria testa – ainda sou nova na função,
e não me lembro sempre das ordens em que as coisas devem funcionar... Mas
obrigada por me lembrar Filch... Andando garotas!


As outras
duas que tinham ficado caladas, seguiram Gina para fora, mas Filch ainda tentou
uma ultima coisa:


- Eu vi uma
luz branca... Muito clara... O que estavam fazendo?


Da porta, Gina virou-se e respondeu:         



- Luz
branca? Está louco Filch? Eu não vi nada e vocês garotas?


- Nada –
respondeu Carol e Luna esbugalhou os olhos.


Elas
desceram as escadas tranqüilamente e quando Filch passou por elas, ouviram ele
resmungar:


- Vou ficar
de olho em vocês, vou ficar mesmo!


Depois, só
os passos dele pelos corredores de Hogwarts se fizeram ouvir...


- Acham que
enganamos ele? – perguntou Carol (no corpo de Gina).


- Você
esteve maravilhosa Carol! – Gina (no corpo de Carol) a abraçou – embora eu
ache que não sou tão arrogante assim ao falar com as pessoas.


As três
riram e se separaram para voltar as suas casas. Luna e Carol para Corvinal e
Gina para Grifinória.


Mas quem
visse aquela cena iria achar estranho. Afinal, Carol estava seguindo para a
Grifinória, sem ver que as outras duas estavam paradas olhando-a.


- Humm...
Gina? – Chamou Carol, parada ao lado de Luna – Você não acha que está
indo para o lado errado, não?


Gina parou,
e então se deu conta que, agora estando permanentemente de Carol, não poderia
ir para a Grifinória.



Com um sorriso amarelo ela mudou a rota e as duas trocaram de casas; iria
sentir saudades da Grifinória, Gina pensou, “mas será por pouco tempo!
Hermione irá nos ajudar!”



 


Quando as
duas estacionaram o carro novo na frente da oficina, o humor de Vanessa já
havia melhorado. E ela, para demonstrar esse seu estado de espírito elevadíssimo,
estava brindando Hermione com uma de suas hilariantes piadas.


- E então,
você não vai acreditar, quando o lobis... Ai! Que foi?


- Olá
Remo! – Hermione abraçou-o ao mesmo tempo em que Vanessa ganhara um beliscão
- como vai você?


- Bem
obrigado... – ele sorriu educadamente para Vanessa – que piada estava
contando?


- Ahh... É
uma de um...


-... Um
trasgo, uma bruxa má e um leprechaun que entraram em um bar e...


-... E pode
parar Hermione – Lupin riu – todo ano Dumbledore conta essa mesma piada...
Sou capaz de lembrar até as paradas que ele dá para respirar!


Os três
riram e Lupin convidou as duas para visitarem os escritórios. Hermione
ostensivamente ignorou as caras que Vanessa ia lhe fazendo pelo caminho.


Quando
chegaram a sala que Sirius e Lupin ocupavam, os três puderam escutar os gritos
que vinham lá de dentro.


-... E SE
VOCÊ PENSA QUE PODE ME IMPEDIR DE DIZER QUALQUER COISA... OU FAZER O QUE EU BEM
ENTENDER...


- PODE
DIZER O QUE QUISER, NINFADORA, EU NÃO ME IMPORTO – Sirius berrava de um jeito
tão descontrolado, como Hermione jamais havia visto. – MAS NÃO VAI ESCREVER
SOBRE MIM, NUMA MALDITA TESE... E É O MEU PONTO FINAL!


Um silêncio
retumbante caiu no corredor, os três parados no corredor não sabiam onde
enfiar a cara. Lupin ia sugerir que voltassem para a parte de montagem, quando
Tonks abriu a porta de supetão:


- Oh... Vocês
aqui – ela sorriu de um modo estranho (o que combinava com a cor roxa berrante
dos cabelos longos) – eu... Bem me desculpem... Vocês chegam e eu saio... Um
beijo...


E ainda
falando sem deixar tempo para respostas, ela foi embora.


- Não se
preocupem – garantiu Lupin ao entrarem na sala – o dia anormal é quando
eles não brigam...



Vanessa e Hermione simplesmente continuaram de boca aberta.



­­­­­­­­­­


Quando
Hermione finalmente chegou em casa, sentia uma dor de cabeça tão forte que
pensou se não iria desmaiar. Jamais havia sentido uma dor como aquela. Parecia
que alguém estava lhe esmagando o crânio.


- Hermione,
querida... Você está se sentindo bem?


- Uma incrível
dor de cabeça, Sra. Weasley... Acho que vou me deitar se a Sra. não se
importar com minha ausência no jantar...


- Faça
isso Hermione – garantiu a Sra. Weasley – mais tarde eu levo uma sopa bem
quente para você.


Hermione
sorriu, mas um sorriso tão amarelo e se vida, que preocupou ainda mais a Sra.
Weasley.


- Antes que
me esqueça, Mione! – Hermione parou ao pé das escadas – essas cartas
chegaram ao longo do dia para você.


- Obrigado
Sra. Weasley.


Uma carta
era de Gina, e outra de Neville. Um par estranho para mandar cartas.


 


Ola
Hermione!


 


Espero
que tudo esteja bem com você e seu filho também.


Estou
fazendo um favor para o Harry, ao escrever essa carta. O coordenador deixou-o em
detenção por duas semanas, incomunicável!


Ele fez
isso porque Harry havia faltado no CTA na segunda-feira, e o homem é rígido
demais!


Por
isso, ele não está escrevendo essa carta pessoalmente, mas manda dizer que está
tudo bem... E que quando sair do castigo vai querer saber tudo sobre esse
“Woodcrofth idiota!”


 


Um abraço,


Neville
Longbottom


 


Hermione
ficou preocupada. Afinal, Harry faltara ao CTA por sua causa e do bebê. Podia
ser que ele também se ressentisse disso.


A cabeça
deu mais uma pontada particularmente forte, e Hermione decidiu colocar o assunto
de lado. Por enquanto, era melhor assim.


A outra
carta era de Gina, e explicava tudo o que estava acontecendo com as meninas...
Até o feitiço que Gina havia feito. A cabeça doeu ainda mais, ao ler que Gina
não visualizava muito bem o feitiço em sua memória...”


 


... É
por isso Hermione que estamos fazendo esse apelo. Pode nos encontrar às duas da
tarde de sábado? Você escolhe o lugar!


E se
tiver algum tempo pode pesquisar um jeito de nos fazer voltar ao normal?


Um
grande abraço de Gina e Carol.


 


P.S:
Carol está mandando um beijo para Rony! Ela diz que é na boca...


 


Hermione
ainda riu, mas o caso era serio demais para a piada ter graça por muito tempo.
Com a cabeça dolorida demais, se deitou na cama para pensar em uma solução.



E quando ela finalmente chegou, Hermione se levantou de um pulo só, para
escrever uma carta: a mais importante que já escrevera até agora!



 


 


Sábado,
9 da manha: Ministério da Magia.


 


 


- Nome
completo?


- Alexander
Jonas, mas isso eu acredito que você já sabe não é mesmo detetive? –
perguntou a voz entediadamente sarcástica.


- Apenas
formalidade – Vanessa respondeu jovialmente ao fechar a pasta.


Daquela
vez, elas haviam decidido trocar de lugar. Era Hermione que analisava as reações
na sala escura.


- Para
refrescarmos a memória Sr. Jonas, pode me explicar que tipo de relacionamento
tinha com seu pai?


O homem
suspirou e começou a falar.


- Nós nos
dávamos bem... Éramos uma família comum, apesar de eu ser adotado. Havia,
algumas vezes, umas brigas... Mas eram coisas de um adolescente revoltado com o
pai e com o mundo...


Hermione não
pode deixar de notar, que Jonas não era revoltado com a mãe.


-... Então
minha mãe morreu, e eu fui para a faculdade... E meu estilo de vida acabou por
me separar dele. Ainda assim, eu fui ao seu segundo casamento e era padrinho de
Stefany. – ele parou e tomou um suspiro teatral – mas isso você, também,
já sabe detetive...


Ao dizer
isso, Jonas deixou o quanto o rodeio o deixavam entediado.


- Sim...
Sim... Mas não era desse pai que estava falando, Sr. Jonas... – Vanessa parou
deixando o suspense no ar.


- Há! E de
qual outro pai poderia ser? – ele debochou.


- hummm...
– Vanessa pegou o papel que queria dentro da pasta, com exagerada lentidão.


- Talvez, o
mesmo pai que pagou a sua faculdade... Ou o mesmo que lhe deu em adoção ao Sr.
Jonas... – ela sorriu cruelmente – talvez seja do Sr. Richard Malfoy que
estou querendo lhe perguntar, Sr. Jonas.



O homem de branco ficou pálido, mas nem mesmo o advogado que lhe
acompanhava podia fazer alguma coisa naquele momento. As mentiras finalmente
estavam encontrando a reta de chegada.



 


Apressada
Hermione seguia pelos corredores tão familiares à ela. O interrogatório de
Jonas durara mais duas horas, e Vanessa só havia conseguido um monte de informações
desconexas.


Teriam que
rever as fitas depois. Mas no momento estava mais preocupada com a reunião que
teria pela frente. Como falar, e ao mesmo tempo não dizer?


Com um
certo receio, ela parou em frente a feissíma Gárgula de pedra. McGonagal havia
lhe dado à senha, quando Hermione chegara ao castelo.


- Cremes
Canários.



Com os rangidos característicos a Gárgula abriu passagem para Hermione,
que subiu na escada rolante. Dumbledore já a esperava. Desde que havia
mandado a carta para ele.



 


- Preste
atenção Luna, acha mesmo que será capaz de fazer esse feitiço?


Luna nem se
dignou a responder. Era uma bruxa não era?


- ok...
Ok... – desculpou-se Gina – não se ofenda.


As três,
cochichavam no canto da biblioteca, qual seria o melhor meio de ninguém dar por
falta de Gina e Carol, durante a conversa com Hermione.


E o feitiço
Holografus havia sido a melhor idéia. Tudo iria ser bastante simples.
Luna ficaria no castelo, mais precisamente na biblioteca, e então faria o feitiço.



- Ainda bem
que pegamos essas mesas do fundo – disse Carol baixinho – seria dificílimo
se fosse lá na frente.


Como o
feitiço apenas projetava uma imagem da pessoa, ninguém poderia chegar perto
das duas. Ou perceberia na hora que elas não eram reais. Caberia a Luna
defender suas preciosas reputações.


- Não vai
mesmo esquecer, e sair daqui não é Luna? – Gina perguntou nervosa.


Outro
silencio de resposta.


- Acho
melhor descermos para almoçar. – Carol apontou para o relógio – podem
desconfiar de alguma coisa se não estivermos no salão.



As outras duas concordaram, e assim foram almoçar. Embora, comida, fosse
a ultima coisa em que pensavam.



 


- Você
trouxe o que lhe pedi Hermione? – Dumbledore perguntou, enquanto acariciava a
cabeça de Fawkes.


- Claro...
Claro que sim – disse ao retirar uma caixinha preta de dentro do bolso. Havia
ganhado do diretor no dia do baile de formatura.


- E você já
abriu meu presente?


- Na
verdade não – Hermione corou ligeiramente – minha vida ficou bem estranha
depois do baile.


Dumbledore
riu. Era como se aprovasse o fato dela não ter aberto o presente.


- Abra
agora então. – ele incentivou.


Com
cuidado, Hermione apertou o fecho prateado na beira da caixa, e a tampa se
levantou sozinha. Dentro, da caixa que poderia caber um anel, estava um pequeno
espelho. Não tinha bordas nem nada, mas era muito, muito espelhado.


Como se
Hermione pudesse enxergar mais com ele.


-
Pegue-o...


Quase com
medo, Hermione pegou. Era tão leve e fino quanto uma folha de papel. Mas ao
mesmo tempo, Hermione pode sentir, através do tato, que não era fácil de
quebrá-lo.


Levantou a
cabeça para Dumbledore, em uma muda interrogação. Que ele prontamente
respondeu:



- Esse, Hermione, é o Espelho da Verdade.



 


Draco sabia
que ainda era muito cedo para seu encontro com Gina. Mas, estava ansioso demais.
Passara os últimos dois dias revendo cada beijo que dera e ganhara dela. E a
espera estava lhe consumindo por dentro.


Por isso,
para amenizar o clima e também para deixa-la mais maleável, resolvera chegar
mais cedo e preparar o lugar para recebe-la.


A casa, cenário
do momento mais intenso que já vivera, não passava de um quarto-sala, numa
rua, que poderia ser considerada a periferia de Hogsmead.


Mas mesmo
assim, ele comprara o lugar. Assim evitava o risco do dono aparecer e flagrar os
dois juntos. Não seria nada agradável.


Afinal,
mesmo sendo pobres os Weasley eram conhecidos, assim como a inimizade com os
Malfoy. Custaria mais manter a boca de quem quer que seja calada.


Com
pequenos toques de varinha foi dando uma melhorada no lugar. Primeiro o colchão,
depois os lençóis... Uma cesta de frutas, uma bebida gelada. Um fogo que não
esquenta na lareira (podia ser romântico isso, mas não queria assar naquele
casebre).


Quando,
finalmente deu-se por satisfeito, viu que faltava ainda muito tempo.



- Droga! E o que é que vou ficar fazendo aqui? – bufou irritado.



 


Gina e
Carol, claro que ainda em corpos trocados, deixaram, junto com Luna, o Salão
Principal depois do almoço, como se nada estivesse acontecendo.


Chegaram ao
cantinho mais afastado da biblioteca e aproveitando que só Madame Pince estava
por ali (longe, perto do balcão) elas começaram a por o plano em pratica.


- Prontas?
– Gina perguntou.


As outras
duas assentiram e Luna pegou sua varinha. Carol abaixou-se e pegou um pano
enorme dentro de sua mochila.


- Quando eu
contar três – anunciou Gina – Um...


Essa era a
pior parte do plano. Onde tudo tinha que ter precisão geométrica. Enquanto
Luna murmurasse o feitiço, as outras duas se cobririam com a capa de
invisibilidade que Carol tinha. Para ninguém ver e desconfiar, isso tinha que
ser feito no mesmo momento.


-...
Dois...


Elas
ouviram passos, e pelo barulho chiado, provavelmente era Filch. O velho não saíra
mais do pé das três depois do Corujal.


- Três!


Duas coisas
aconteceram ao mesmo tempo. Uma luz clara de feitiço deixou tudo branco ali e
um farfalhar de capa sendo jogado pode ser ouvido.


Quando
Madame Pince chegou ali, viu apenas três meninas muito concentradas em seus
estudos.


- Não era
Filch, afinal – disse Gina para Carol quando já saiam da biblioteca.


- É,
estamos ficando neuróticas.



Rindo baixinho as duas seguiram caminho para a Bruxa de um olho só. Uma
passagem que Carol havia conseguido arrancar de Rony nas férias.



 


N/A: GALERA
PRA EVITAR CONFUSÕES EU VOU CHAMAR A GINA DE GINA... E CAROL DE CAROL... ASSIM
FICA MELHOR DE ENTENDER.... MAS NÃO SE ESQUEÇAM QUE ELAS TÊM O CORPO
TROCADO;)


 


Suando como
loucas finalmente Gina e Carol acharam a maldita caverna em que Hermione marcou
o encontro. 


O local era
muito escondido, porque ficava bem depois da saída de Hogsmead. Nunca, nenhuma
das duas havia chegado tão longe do povoado.


- Mione?
– chamou Gina (no corpo de Carol) na beira da pequena fenda – Mione, você
está ai?


- Aqui
dentro Carol! – gritou Hermione – já estava ficando preocupada com vocês!


Somente
quando entraram na caverna é que as duas tiraram a capa à da invisibilidade.
Gina logo correu para abraçar a amiga, enquanto Carol ficou em um tímido aceno
de mão.


- Vocês
trocaram de corpo, mesmo? – Hermione perguntou, afinal era estranho ver o
comportamento de Gina no corpo de Carol.


- Foi à única
idéia que tivemos e que solucionou o problema – respondeu Gina se soltando de
Hermione – afinal, nenhuma das duas poderia sumir mesmo.


Hermione
suspirou e passou a mão pelo ventre. Iria ser tão difícil explicar tudo para
elas.


- Sua
barriga está linda Hermione – Carol elogiou com um sorriso – espero que
tudo esteja bem com vocês.


Hermione
também sorriu.


- Sim. Graças
a Merlin estamos muitos bem. – mas quero que se sentem... Nossa conversa vai
ser um bocado longa.


As duas
conjuraram cadeiras para si, e Hermione voltou a sentar na confortável poltrona
vermelha que havia conjurado. O ventre grande não lhe permitia sentar mais em
qualquer lugar.


- Assim que
me mandou a carta Gina, eu peguei o livro que havíamos comprado e fui
pesquisar... E aproveitando que eu trabalho no Ministério pude usar outros
livros para descobrir o contra feitiço que vai ajudar vocês.


As outras
duas chegaram mais para frente.


- É uma
magia avançada... Mas o feitiço em si é bem simples. O problema com certeza
é os ingredientes. Esses são os mais complicados.


- São
caros? – Carol perguntou apressada – porque eu posso dispor de dinheiro.
Isso não seria problema.


- Sim são
caros e raros. – Hermione abriu uma listinha que trazia no bolso – eu listei
tudo para vocês olharem.


As duas
juntaram as cabeças para ler a mais improvável combinação de ingredientes
que já ouviram falar:


 


Uma
lagrima de tristeza verdadeira do preparador da poção.


Sangue
de um cordão umbilical fresco.


Sete pêlos
da cabeça de um Seminviso.


Um
Espelho da Verdade moído.


 


- Cruz! –
disseram as duas ao mesmo tempo – Isso não é só caro e raro! É impossível
também!


Hermione
balançou a cabeça negando.


- Nem
tanto. Eu tenho dois dos ingredientes. – Gina quase quebrou o pescoço ao
olhar para Hermione.


– Quais?


- Podemos
fazer essa poção logo após o nascimento de meu filho. Assim teremos o sangue
fresco. – as duas assentiram – e eu também tenho um Espelho da Verdade.


Carol fez cara de que sabia o que estava se
passando. Mas Gina estava boiando na conversa.


- E o que, diabos, é um Espelho da Verdade?


- É um espelho que mostra a verdadeira face de uma
pessoa – disse Carol com ares de entendida. – no nosso caso, mostraria o
nosso verdadeiro rosto. No caso de uma pessoa sem esse feitiço, mostraria a
verdadeira essência: ou seja, se é boa ou ruim.


- Exatamente – ajuntou Hermione, enquanto passava
para as duas o espelho que tinha – esse é meu, e acho que será mais que
suficiente para a poção.


- E como vamos achar os pelos do Seminviso? –
perguntou Gina por fim.


Isso ninguém sabia, já que a receita indicava que
os pelos tinham que ser da cabeça. Por isso não poderiam confiar em um
vendedor, que diria qualquer coisa para se livrar da mercadoria.


- Não quero nem pensar no que aconteceria a vocês,
se alguma coisa desse errado – Hermione avisou agourenta – vamos ter que
mandar alguém ir buscar esses pelos. Para termos certeza que são da cabeça do
bicho.


Um silêncio tenso caiu enquanto elas pensavam quem
poderia ser essa pessoa. Por fim, foi Gina mesmo que teve a solução.



- RÁ! – ela sorriu, com um que
de malignidade – eu já sei quem vai nos ajudar!



 


Se Harry não estivesse tão calejado pelos
castigos dos Dursley, poderia ter ficado louco na detenção que Woodcrofth
havia lhe dado. E o pior de tudo, é que o instrutor havia ficado vigiando-o de
perto, para ter certeza que seria obedecido.


- Cem... Cento e um... Cento e dois... Cento e três...


- Entende Potter! – o cara berrou do outro lado
da sala de ginástica – aqui você não pode fazer o que quiser... Tem que
respeitar as regras. 


- Cento e quatro... Harry rangeu os dentes... Cento
e cinco... Não agüentava mais fazer aquela barra... Cento e seis...


- PODE PARAR! – berrou o carrasco por fim. Harry
caiu no chão aliviado. Os músculos do braço pareciam amortecidos de tanto
esforço.


Juntando o que lhe restava de forças, e também
toda a sua dignidade, Harry se levantou e foi caminhando para os chuveiros.
Quando passou em frente à sala de Woodcrofth, esse fez sinal para que
esperasse.


Obedientemente Harry esperou que o homem acabasse
de ler a carta.


- Hunft! – Marcus rosnou – como se eu me
interessasse por essa vadia. – resmungou baixinho.


Cansado de todos o tipo de exercícios físico que
havia sido submetido naquele dia, Harry registrou o desinteresse do chefe com
apenas uma parte do cérebro.


- Só queria lhe falar Potter – começou o chefe
largando a correspondência de lado – que isto não é mais Hogwarts... Temos
um mundo bem real lá fora e você tem que estar preparado para...


O resto da frase se perdeu. Um dos funcionários da
portaria acabara de chegar todo esbaforido na saleta.


- Tem que ajudar Sr. – ele parou para tomar ar
– tem um homem fazendo um escarcéu lá na entrada, está gritando para falar
com o Sr... Estamos achando que ele é louco.


Rapidamente Harry se preparou para ajudar também.
Mas parou a uma ordem de Woodcrofth.


- Nem pense nisso Potter. Você é novo demais para
qualquer ação. Já para o chuveiro e depois alojamento. Isto é uma ordem!


Fumegando de raiva enquanto via os outros dois saírem,
Harry se virou para ir embora quando a carta de mais cedo, lhe chamou a atenção.


Como queria mesmo ver alguma coisa... Ou
simplesmente desobedecer, pegou a carta para ler.


 


Pai,


 


Eu já lhe mandei mais dois comunicados, mas você
parece fazer questão de me ignorar.


Hoje é o aniversario de 40 anos de minha mãe,
sua mulher! Poderia fazer-nos a gentileza de comparecer a festa?


Seria extremamente desagradável se você não
viesse! E pelo amor de Merlin, vê se não traga aquela outra aqui!


Bom senso!


Não gostaríamos de passar o constrangimento de
explicar sua ausência para os convidados... Principalmente para meu avô
materno!


 


Estamos esperando,


Henri Woodcrofth


 


 


Que o cara era um boçal Harry já desconfiava...
Mas ainda não tinha chegado naquele nível! Que tipo de homem fazia isso com a
esposa? E que deixava a família descobrir a amante?



- É ainda mais animal do que
pensei – disse para si mesmo ao deixar o pátio de treinamento. Mas estava
cansado demais para pensar, em outro momento quem sabe?



Meia hora atrasada! Como aquela cadelinha ruiva
tinha coragem de fazer isso com ele!? Draco estava sentido que se Gina não
viesse, poderia invadir o castelo só para ter o prazer de estrangula-la!


Já estava considerando seriamente a idéia, quando
Gina chegou. Ela rapidamente fechou a porta e tirou a capa da invisibilidade
(havia deixado Carol no porão da Dedos-de-Mel, e voltara para encontrar com
Draco).


- Carol Blair? – Draco enrugou a testa. – o que
está fazendo aqui?


Gina suspirou. Aquilo iria ser bem complicado de
explicar.


- Porque não se senta Draco? Essa história vai
ser longa.


- Estou bem de pé, obrigado. – não queria saber
de historia nenhuma: Onde estava Gina? É o que tinha vontade de perguntar.


Com calma e paciência Gina começou a explicar o
que estava havendo. E à medida que escutava, Draco achou melhor mesmo procurar
uma cadeira e se sentar.


-... E então que agora precisamos que alguém
consiga os setes pelos de Seminviso, para que a poção fique pronta. E a única
pessoa que me ocorreu foi você! – ela disse com um sorriso no rosto. Como se
Draco já houvesse aceitado tudo de mão beijada.


- Você é pirada né? – Draco desdenhou – só
pode ser, para vir aqui com a história mais estaparfudia de todos os tempos, e
ainda por cima pedir minha ajuda. Só porque trabalhou comigo uns tempos, não
quer dizer que tenho que ajuda-la agora.


Gina bufou impaciente. Ele não estava acreditando
nela. Ela também não acreditaria, se fosse sincera consigo mesma.


- Se eu não sou Gina, como saberia disto? – e
chegando perto dele, murmurou uma coisa que haviam feito em seu ultimo encontro.


Draco empalideceu visivelmente.



- Por Merlin! É mesmo você!


 



 


N/A 2: AEEEEEEEEEEEEEEE!!!! FINALMENTE EU TERMINEI
ESSE BENDITO CAP!!!! Hehehe... Sei que vocês esperaram por muito tempo, mas fim
de ano é complicado, e eu não tinha uma idéia muito definida do cap... Então
se vocês puderem me desculpar...


Eu sei que também não teve muito romance no cap,
mas fica difícil né? Com duas das meninas presas em Hogwarts... Eu espero que
no próximo tenha mais romance ;) mas também não prometo nada... as vezes as
coisas tomam um rumo diferente do que pensei, para que a historia se encaixe :D


 


N/A 3: Agradecimentos para: Stella -> que andou
me cobrando atualizações o tempo todo... E ateh deu uns palpites na montagem
do cap... Hehehe.


Maira Granger (ou seria Mia?) -> não se
preocupe... axo que naum vou colocar L/N na fic... naum sei... vamos ver ;) e
como disse o Jorge no outro cap “Ele é um bosta metidinho!” e a fic
ajudaria ele colocar as coisas nas prioridades certas ;) Obrigado pelos
elogios... eu adoro quando fazem longos comentários... hehehe... e que bom q vc
axa q eu posso demorar... pra vc, atualização agora soh no meio do ano?
Hehehehe


Hearth -> Ola!!! Vc sumiu da Ordem, que espécie
de recruta é vc?? Hehehe... se vc ficou preocupado no cap 18, com esse deve ter
axado q morri neh? Hehehe ... Quanto ao fato do S/T serem primos... é de 2°
grau... naum tem muita importância ;) hehehe... e é muito melhor q R/T pk eh
tudo taum dramático com eles... e eu amo o Sirius de paixão, já a Tonks nem
preciso dizer o quanto gosto dela neh? Beijos pra vc!


Rafa -> Naum se preocupe com o tamanho dos
textos... para mim quanto maior melhor ;) hehehehe e tenho certeza q vc vai ser
apaixonar por T/S eles saum explosivos juntos... :D quanto a Mione morrer... bem
isso não posso dizer, mas você sabe que muitas mulheres morrem de parto neh?
Acontece... naum q eu esteja dizendo q isso vai acontecer... mas... a vida é
imprevisível neh? ;)  beijos para
vc! (e escreva sempre :D)


Lílian Teixeira -> Muito... Muito ... Muito
obrigado por indicar minha fic... propaganda de boca em boca é a melhor coisa q
existe :D e espero q vc naum tenha morrido com a espera... Gente, eu não tenho
dinheiro pra pagar as indenizações pras famílias de vcs... é muita gente
morrendo por causa da fic... lembrem q fic é sem fins lucrativos!!
Hauahuahauhaua :D


Camila -> Puts! Valeu pela dica... mas eu não
gosto muito do Colin, e vou contar um segredo para vc: eu vou colocar o Lupin na
próxima fic... agora quem me mandar a 1ª review dizendo (certo) quem vai ser o
par dele... ganha outro segredo da fic! :D Q vc axa da idéia?


Ang -> Será q eh o Lucio? Eu não sei bem...
mas ai está uma possibilidade a se ver :D quanto a N/L eu mudei... vou colocar
o Remo, pk assim é mais facil de encaixar o mistério da próxima historia... o
Nevile e a Luna ficariam meio que alienados... e eu naum gostaria disso. Agora,
quanto a Mione ser forte e decidida, talvez isso reflita um pouco de mim, porque
odeio mulheres que naum lutam pelo que querem e se deixam levar em
relacionamentos desastrosos... :D e vc o que axa?


Lilika -> VOCE SUMIU!!!!! E me deixou na saudade
e na solidão... to sentindo sua falta amiga... :’(


Fabio -> Obrigado pelos elogios Fabio!!! E foi
uma honra para mim postar em seu site... vou ver se mando um mail para vc... a
gente precisa fazer akela entrevista (q os dois esqueceram :$) hauahauhaua


Srta. Granger Potter -> Q ótimo q vc tah lendo
Sidney Sheldon... o cara eh um gênio… para mim um dos melhores que existem no
mundo… E agora q finalmente fiz esse cap... vou trabalhar em cima de SHUA...
fique trankila tem atualizações chegando por ai ;)


Nathoca -> estou corada de vergonha: vc gosta
mesmo da minha fic neh? Hehehehe... bom quanto a partes quentes em DG... xiii..
tah difícil... mas vamos ver o que acontece... Mas olha, só uma dica... com o
Natal chegando... o nascimento do bebe tb chega... e ai minha amiga... NAUM
PERCA OS PROXIMOS CAP!!!


Caarol! -> Q ótimo q adorou o cap... espero q
goste desse aki tb... eu suei pra fazer ele :D hehehehe... beijos!


Kagome -> Q ótimo que gosta dos meus casais...
eu tb gosto deles... hehehehe... e espero q continue assim na próxima fic... e
eu aviso, se essa está sinistra a outra vai ser bem pior o.O


Nayara -> pode ter certeza que gostei... embora
axar sua fic tenha sido uma maratona! :D beijos!


Mione Granger Potter -> Obrigado por isso… e
eu tento Mione, mas é complicado... como dizem por ai: existem um mundo lá
fora :D


Ellen Karol -> sim ele estava muito otário...
mas a gente só aprende errando neh? Aguarde q ainda vem mais confusões ;)


Bella -> Num xola naum! E obrigado pelo
elogio... se eu continuar assim, logo vaum ter que me buscar na China, de tanto
que tou nas nuvens :P hauhuahauhauahua


Marcela -> Sinto muito Marcela, mas naum vou
poder atender ao seu pedido... L/T não posso... eu já tenho altas cenas
boladas com o S/T e vai ficar lindo... hehehe... me aguarde... E obrigado por
dizer que escrevo bem... Isso para mim é uma honra... ;)


Estrela vespertina -> muito apressada vc naum?
Calma q resolução de mistério é soh no final neh? E já tah chegando... e
olha, se vcs lerem com calma, vaum descobrir mole mole esse mistério misterioso
:P hehehehe


Thaisinha -> Mas é sempre assim ne Tais? A
gente soh dah valor as coisas quando perdem... e o acidente só precipitou as
coisas, já que o Harry tava mudando de postura... com o Vídeo e as cartas...
;) ele naum é taum insensível quanto parece neh? Soh um pouquim :P hehehehe


Franci Flom -> Obrigado... mas vc axa mesmo q eh
de novela mexicana? O.O ... eu devo encarar isso como elogio? :S pk eu naum
gosto muito dakelas novelas sabe... hehehe... mas de qq modo, obrigado... eu
entendi q quis me elogiar :D ;)


Emplumada e Pelúcia -> Obrigado... e vcs sabem
q amo a fic de vcs neh? E meu mail é nin_tonks [arroba] hotmail.com ... espero
q me axé ;)


Lílian e Lavinia Black -> :D


Windy Potter -> sei q esse cap naum ajudou
muito... mas estamos na reta final... tenha mais paciência :P


Ana Julia Potter -> Nossa... e sua irmã agüenta
ler akela porcaria de 1° cap três vezes por dia??? Ela é uma heroína... eu
morro de vergonha cada vez q leio akela bos**!!! Hehehehe... beijos para vcs
duas!


Ainsley
Haynes -> Puts! Vc eh lokona!!!
Passar a noite lendo o que eu
humildemente escrevi… isso eh mais q honra pra mim… :D Obrigado!


Katie
Radcliffe -> Q ótimo q gostou... eu tb adorei escrever isso... beijos...e eu
to continuando :D


Mary
-> ATUALIZEI, MO DEUSO!!! HEHEHEHE


 


N/A
4: Bom à galera do potterish um abraço muito especial... não sabem como fico
feliz de vcs lerem a minha fic... isso me deixa taum orgulhosa... por estar
fazendo uma coisa que as pessoas gostam e sempre querem mais...


Agradecimentos
à Ana, Paula, Nat, Violet Baudelaire, Manuela Malfoy... e às outras lindas que
me mandaram um comentário... só avisando que o mesmo q disse pra Camila vale
para vocês... a primeira que responder certo que vai ser a nova parceira do
Remo, seja por  mail, review ou
comentário daki do potterish, vai ficar sabendo de um outro segredo da fic...
então, meninas, espero q pelo menos alguém tente :D


N/A 5: Eu espero que vocês não desistam da fic
por cauda da demora em atualizar... O próximo cap eu não sei quando vem... Mas
espero que não demore tanto. Vai depender, basicamente, do quanto demorar com
os últimos cap de minha outra fic (Sempre Há Um Amanhã), isto por que é o
cap final e o epílogo, e eu quero posta-los juntos... Então 9meses talvez só
para meio de Fevereiro... Hehehe... Carnaval né gente?... Escritora de fic tb
é filha de Deus... hauahuahauahua


 N/A 6:
UM FELIZ ANO NOVO para todo mundo... Que em 2005 os sonhos de cada um se
transformem em realidade!!!!


 


 


 






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