O Começo




NOVE
MESES PARA AMAR


 CAPITULO
XII


O
COMEÇO


 


 


O domingo, um dia
depois do ataque, passou como se alguém houvesse mexido no ponteiro do relógio.


Num momento estavam
todos se dando bom dia e no momento seguinte, boa noite.


É claro que no tempo
decorrido entre essas saudações, o assunto ataque fora proibido tanto na casa
dos Weasley quanto na de Sirius e Remo.


E por causa desse
silencio todo, foi que a segunda-feira encontrou um Harry frustrado e
preocupado.


Por isso, ao invés
de tomar café e partir para o Ministério (lugar onde teria que se apresentar
para o trabalho) Harry simplesmente fingiu que morava sozinho: saiu sem dar
satisfação a ninguém.


Ele novamente usou a
entrada de visitantes do Ministério, porque a caminhada ate lá foi o
suficiente para lhe esfriar o pensamento. “Somente tolos que se deixam dominar
por emoções é que são pegos pelo Lorde”. Embora não gostasse de Snape,
esse conselho não saia de sua mente.


Estava com um medo
mortal de que Voldemort pudesse ter voltado. Afinal ele não matara o inimigo,
como a profecia dizia. Ele e Dumbledore apenas aprisionaram Voldemort dentro do
Crystal da Fênix. Um cristal capaz de aprisionar tanto a pessoa como todo seu
poder mágico.


Uma solução muito
melhor que o assassinato.


Harry entrou na
cabine telefônica estragada e discou os números da senha.


- Visitante ao Ministério
da Magia – disse uma voz feminina e suava – por favor identifique-se.


- Harry Potter,
chamada dos aurores.


Pela ranhura onde
sairiam fichas devolvidas em um telefone comum, saiu um crachá prateado com o
nome de Harry e o que faria no Ministério. Harry prendeu o crachá no suéter
azul que usava.


- Visitante ao Ministério,
o senhor deverá se submeter a uma revista e apresentar sua varinha, para
registro, à mesa de segurança, localizada no fundo do Átrio.  


No mesmo instante que
a voz suave da mulher acabou de falar, a cabine telefônica começou a descer
por dentro da terra. Depois de um minuto inteiro dentro daquela escuridão
claustrofóbica Harry finalmente pode sair para o Átrio.


Ele continuava o
mesmo de antes da visita de Voldemort ao Ministério. Somente uma diferença era
significativa: a fonte dos irmãos mágicos não estava mais ali. 
No lugar dela, havia uma outra fonte que a cada vez que a água era
esguichada refletia o rosto de um bruxo ou bruxa famoso. Enquanto Harry seguia
para a área de segurança, a fonte mudou duas vezes de rosto. De Dumbledore
para Merlin.  


 Dessa
vez era uma mulher que estava no turno de segurança. Ela prestava atenção aos
movimentos de cada bruxo que chegava (olha que isso não é pouco, porque no
momento era a hora de chegada dos funcionários).


A bruxa-segurança
pegou a varinha de Harry sem nem mesmo dar bom dia. Tinha uma cara estranhamente
azeda. Depois de medir e conferir a varinha com Harry a mulher deu a entender
que ele estava dispensado. Harry se virou para ir aos elevadores, quando viu uma
coisa que o deixou de queixo caído.


Saindo da entrada dos
visitantes, vinha Hermione e uma outra mulher muito bonita que ele nunca vira na
vida. As duas passaram diretamente pela ala da segurança, como se nem fosse
importante parar ali. Harry ainda ouviu a mulher dizer:


- Ela não poderá
deixar a varinha ai Cecília. Tudo bem para você?


A bruxa-segurança
apenas concordou com a cabeça.


Aparentemente, pensou
Harry, a mulher era influente ali.


Foi nessa hora que
Hermione viu Harry. Ele estava parado em frente aos muitos elevadores que tinha
no Átrio. A garota simplesmente fingiu que ele não existia. Quando o elevador
finalmente chegou, harry escutou a mulher dizer:


- Não Hermione. Nós
vamos pegar aquele outro ali.


A porta de grifo se
fechou, cortando qualquer comunicação que Harry pudesse ter com Hermione.


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Se havia uma coisa
que Draco podia dizer com certeza, era que não entendia nada do que se passava
na cabeça de Lucio. Porque se a biblioteca de casa estava no caos total, o
escritório das empresas estava na mais perfeita ordem.


E mais: havia
aparelhos que os trouxas usavam, espalhados pelo lugar. Um computador de ultima
geração, um celular, calculadoras, canetas e papel comum.


Era a coisa mais
bizarra do mundo, você entrar no reduto de Lucio Malfoy, um antitrouxa sem coração,
e encontrar a presença dos trouxas por todos os lugares.


- Sr. Malfoy, acha
que precisará de alguma ajuda?


Era Sally Mansfields
a secretaria do presidente.


- De quem são essas
coisas Sally? – ele apontou para as coisas obviamente trouxas do local.


- Eram de seu pai,
Sr. Malfoy. O presidente que assumiu ate o Sr. Alcançar a sua maioridade ocupa
uma sala no final do corredor.


- Meu pai gostava
dessas coisas de trouxas? – a perplexidade de Draco era suprema. No fundo ele
tinha a esperança de que aquelas coisas fossem do presidente interino. Assim
Lucio voltaria a ser o velho conhecido de sempre.


- Eu acredito que sim
senhor. – o tom de voz profissional de Sally não revelava nada do que ela
pensava. – ele um dia chegou aqui com essas inovações e pareceu aprová-las.
Estava ficando bom mesmo no uso desse aparelho ai. – ela apontou o computador
com um gesto de cabeça.


Draco apenas
assentiu. O que mais ele desconhecia de Lucio?


- E como eu uso isso?
– estava aborrecido. Não conseguira analisar os papeis de Lucio em casa
devido à bagunça e ali, ele não conseguiria devido à organização!


- Eu não sei Sr.
Malfoy. Ele não me deixava chegar perto dessas coisas.


Draco teve vontade de
explodir em cima da mulher. Mas não seria sensato conseguir sua inimizade logo
de cara. Respirando fundo para controlar a impaciência ele pediu o mais educado
que pode.


- Pode arrumar alguém
que saiba mexer com essas maquinas?


- Verei o que posso
fazer Sr. Malfoy.


Assim dizendo Sally
saiu da sala.


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Rony estava acabando
de se arrumar para ir trabalhar quando uma gritaria chegou ate o seu quarto. Com
curiosidade ele desceu para a cozinha querendo saber porque sua mãe estava
brigando com os gêmeos.


Mas qual não foi à
surpresa ao ver que era Gina quem estava brigando com a mãe?


- Eu quero trabalhar
mãe! Pelo amor de Merlin! Não vou passar as férias sozinha dentro de casa
sendo que posso ate ganhar algum dinheiro no verão!


- Eu não vou
discutir isso com você Virginia Molly Weasley (quando a mãe usava o nome
completo, é porque chegara ao seu nível Maximo de paciência e estava a ponto
de azarar um). Nenhum Weasley precisou trabalhar durante as férias escolares e
não vai ser a minha caçula que irá.


Por um momento, todos
que assistiram a briga acharam que a Sra. Weasley ganhara aquela parada. Mas
Gina ainda não se dera por vencida, ela lutaria ate o fim pelo que queria.


- Você não entende
mãe? – ela abaixou o tom de voz para ter uma conversa normal – eu não
quero apenas trabalhar por dinheiro. Eu quero ver qual aérea me encaixaria
melhor. Seria como um simulado para escolher minha profissão.


Rony intimamente deu
os parabéns a Gina. Aquele era um argumento difícil da mãe refutar. E parecia
que a Sra. Weasley chegara a mesma conclusão, porque inesperadamente seu rosto
se desanuviou.


- Tudo bem Gina. Mas
seu pai e eu teremos que aprovar antes esse emprego.


Só faltou Gina pular
no pescoço da mãe de tanta alegria.


Vendo que tudo se
resolvera bem, e depois de comer bastante, Rony deu tchau para todos e
desaparatou na oficina do Sirius.


Se ele pensara que não
veria mais brigas estava muito enganado: Sirius e Lupin estavam numa discussão
brava quando chegou na sala do primeiro.


- Estou te dizendo
Sirius. Vai ser bem melhor. Um computador trouxa vai fazer essa empresa dar um
salto no futuro. Aquelas máquinas são boas para guardar dados e organizar
planilhas de custos. Acabaria com essa quantidade de pergaminhos na sua mesa.


- Não vai adiantar
Aluado. Não ponho essas porcarias trouxas aqui. Eu nem mesmo saberia mexer com
isso – ao ver Rony parado na porta, Sirius o convidou a entrar - venha por um
pouco de juízo na cabeça desse velho lobo aqui Rony. Ele quer colocar
‘compeledores’ aqui.


Rony riu.


- É computadores
Sirius – e riu ainda mais do espanto de Sirius – meu pai tem um lá na
oficina dele. Gina é viciada nisso. Ela sabe tudo de computadores.


Remo achou aquela
informação brilhante.


- Esta vendo Sirius!
Agora já temos a quem pedir ajuda para instalar as máquinas e nos ensinar a
mexer nelas. Gina Weasley!


Sirius fechou a cara.
Detestava perder uma discussão.


- E olha Sirius se
você realmente quiser vai ser legal chamar Gina. Ela estava discutindo ainda
hoje com mamãe para arrumar um emprego e tenho certeza que aqui minha mãe não
importaria dela trabalhar.


Sirius se sentiu
vencido. Afinal estaria ajudando Gina e como dizia Lupin modernizando a empresa.



- Ok – disse com
relutância – mas vai ficar por um tempo. Se eu não gostar voltamos aos
velhos e bons pergaminhos.


Rony e Lupin abriram
imensos sorrisos.


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Quando Hermione viu
Harry, foi difícil para ela controlar a vontade de desejar a ele boa sorte. Mas
não queria mais ser magoada, portanto o melhor era mesmo evitar ele.


Vanessa levou
Hermione para a sala do Departamento de Mistérios, explicando algumas coisas no
caminho.


Quando finalmente
entraram no departamento, Hermione sentiu um arrepio estranho. A ultima vez que
vira aquele lugar, estive lutando contra vários comensais da morte e Sirius se
perdera atrás daquele véu.


A sala estava pintada
numa cor completamente diferente. Era de um roxo berrante e forte. Mas ela ainda
continuava circular e cheia de portas. Hermione não gostou disso: a fazia
lembrar do pesadelo que tivera.


- Sala da segurança.
– disse Vanessa em voz alta e clara.


Uma porta na direção
totalmente contraria aquela que as duas entraram se abriu. Hermione seguiu a
chefe ate lá.


A sala era pouco
maior que um armário de vassouras de Hogwarts, mas cada espaço dela estava
ocupado por tv’s de circuito interno. E cada aparelho mostrava um lugar do
Ministério da Magia. Ao ver a cara espantada de Hermione, Vanessa explicou:


- Depois de vários
comensais da morte entrarem no Ministério foi implantado um novo esquema de
segurança. É uma mistura de idéias trouxas e mágicas. E vem dando
resultado...


Vanessa parou de
falar, porque nessa hora entrou por uma outra porta da sala um homem com uma
cara seriíssima.


- Hermione lhe
apresento Nick. Ele é o robô mais perfeito que existe.


Tirando pelo modo de
falar do robô, que era mecânico e pausado demais para ser humano, as outras
diferenças passavam despercebidas.


- Vê-nha co-mi-go
se-nho-ri-ta. – disse Nick em sua voz metálica. Ele também não falava
muito.


Ela seguiu Nick ate a
porta por onde ele saíra. Lá dentro era ainda menor que a sala das tv’s.
tinha somente uma balança alta de latão, na cor bronze.


- Por fa-vor su-ba na
ba-lan-ça. – ao que parecia Nick era programado somente para falar poucas
frases.


Hermione subiu na
balança, e ficou olhando para frente. Nick fazia seu trabalho calmamente, como
se tivesse todo o tempo do mundo.


Depois que a balança
forneceu todo o tipo de informação sobre Hermione (ate mesmo que a sobremesa
preferida dela era torta de maçã), ela foi convidada a voltar para perto de
Vanessa.


- A se-nho-ri-ta
es-ta dis-pen-ça-da.


O rosto de Hermione
tinha uma grande interrogação. Aquela visita ao robô-segurança fora muito
estranha.


- Não precisa ficar
confusa Hermione. Nick faz parte do novo sistema que o Ministério adotou de
Segurança. Se alguém que não for registrado entrar no Departamento de Mistérios,
ele rapidamente avisa a seção dos aurores. E a todos os outros bruxos, que lhe
interessar.


Hermione entendeu o
que Vanessa falava. Se acontecesse alguma coisa ali, as duas seriam avisadas.


- Scotland –
Vanessa gritou para a sala roxa. Hermione pensou que mais uma porta se abriria,
mas se enganou.


Ao lado de uma das
portas à esquerda, apareceu uma pequena caixinha branca.


- Venha, vou-lhe
ensinar.


Com a mão esquerda
em cima da caixa, Vanessa digitou uma senha de 12 números (em uma velocidade
maior que Hermione pensou ser possível). A porta se abriu com um leve clique da
fechadura.


- Bem vindo detetive
Hermione.


Hermione seguiu
Vanessa.


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Um tédio mortal se
abatera sobre Carol. Depois de escutar mais de meia hora de sermões do pai, por
causa da foto que saíra no jornal de domingo, o dia parecia se arrastar.


Ela fora obrigada a
comparecer a um almoço formal que seu pai dera, para um outro velho gagá
qualquer, que se estendera por duas intermináveis horas.


Carol suspirou. Tirou
o casaquinho rosa que usara durante o almoço e se jogou na cama.


Se aquela
segunda-feira era como seria suas férias, queria logo que as aulas voltassem. Não
suportaria outro dia assim.


Ela estava na cama,
prostrada já tinha vinte minutos, quando o telefone tocou.


- Alô.


- Srta Blair, o príncipe
William na linha um. Gostaria se atendê-lo?


Carol sabia que o
mordomo falava por cortesia. Por que ele sabia que ela iria atender.


- Pode passar a ligação.



Deu um silencio na
linha, sinal que estava sendo transferida e um segundo depois:


- Alô? Carol é você?



Era incrível como
ele tinha uma voz sexy.


- Sou eu sim. Como
tem passado Alteza?


William riu baixinho.


- Temos mesmo que nos
tratar com tanta formalidade? Sabe depois da foto de ontem...


- Aquela foto,
Alteza, me rendeu a maior bronca que levei em toda minha vida. E como se não
fosse suficiente eu ainda terei que acompanhar meu pai nos eventos dele.


O príncipe não agüentou
e caiu na risada.


- Então esse é seu
castigo? – havia um deboche incrédulo no tom dele – imagina se você fosse
realmente uma princesa. Isso seria sua rotina.


Carol acabou rindo
também. Era impossível ter raiva dele.


- Agora que não esta
mais com raiva, o que acha de ir ao cinema comigo?


O príncipe ouviu um
suspiro prolongado.


- Você sabe que não
poderei fazer isso William. Você conhece meu pai.


- Mas que mal vai
haver se você sair comigo? – ele de uma pequena pausa, e antes dela
retrucar... - E meu irmão? E minha prima? E meus amigos?


- Você não tem
mesmo jeito hein?


- Você vai?


- Aonde é o cinema?


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 As
coisas aconteceram depressa demais. E agora ele se via em frente ao Centro de
Treinamento dos Aurores.


Era uma construção
enorme, mas diferentemente de Hogwarts não era um castelo. Parecia mais a
construção militar dos trouxas. Ali fora construídos pavilhões, que formavam
um L em volta do pátio. Ao ver uma porta com a placa SECRETARIA ele seguiu para
lá.


Era incrível como
que em lugares apertados, sempre cabe mais gente. A secretaria tinha quatro
mesas (uma para cada funcionário) e um monte de arquivos. Havia também um balcão
que dividia o espaço, impedindo a entrada de qualquer pessoa.


- Boa tarde! –
“melhor se dirigir a todo mundo”.


- Boa tarde –
respondeu a bruxa que estava mais perto do balcão. Ela era alta e tinha os
cabelos numa cor que lembrava pêlos de rato. Os olhos estavam empapuçados,
como se não dormisse há muito tempo.


- Eu... Bem, eu fui
selecionado para auror e... – Harry não soube continuar. A mulher tinha
penetrantes olhos pretos.


- Você é novato é?
– havia um pouco de despeito no tom dela agora – preencha esses formulários
aqui – ela entregou uma quantidade enorme de papel para o garoto – depois eu
explico os procedimentos.


Depois de preencher
uns trintas papeis daquele, todos com o símbolo oficial do ministério, Harry
sentiu que a burocracia naquele lugar devia ser lenta... Quase parando.


- Aqui esta o último
– disse Harry, acabando de fazer mais uma assinatura.


- Ótimo. Aqui esta
seu crachá temporário – o crachá temporário era igual ao que se recebia na
cabine telefônica do Ministério. – agora pegue essa sua mala e vá reto ate
o portão de ferro lá na frente. Lá vão te explicar melhor os procedimentos.


Ele fez do jeito que
a mulher falou. Pegou a mala, que tinha todos seus objetos pessoais, e 
seguiu para o portão de ferro preto. Lá, tinha uma sentinela com a
varinha em posição de atacar, que foi logo pedindo a identificação de Harry.


Com a entrada
finalmente liberada Harry pode achar o seu chefe. Marcus Woodcrofth era o
responsável pelos novatos naquele mundo dos aurores.


- Muito bem recrutas.
– a voz dele era forte e grossa. Dando a impressão de que ele estava sempre
gritando. Mesmo quando falava normalmente – O dia de hoje será utilizado para
vocês aprenderem as novas regras.


Ele foi distribuindo
uns papeis para cada pessoa do grupo. Harry achou que devia ter umas quarenta
pessoas na sala.


- Quero que vocês
leiam essa lista e se houver qualquer duvida podem perguntar. Mas pelo tom de
voz dele, Harry sabia que teria pena de quem perguntasse qualquer coisa. Por
isso ele voltou à atenção para sua lista:


5:00 – toque de
despertar


5:30 – prontos para
entrar em fila


6:00 – revista no pátio



6:30 – café - da
-manhã


7:00 – aulas da
manhã 


12:00 - almoço


14:00 – aulas da
tarde


18:00 – horário
livre


19:15 – jantar


21:00 – toque de
recolher.


* P.S: os alunos serão orientados quanto as atividade que
farão nos horários vagos.


Harry estava chocado.
Era uma rotina militar!!!!


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Hermione nunca se
sentiu tão satisfeita e cansada ao mesmo tempo, como no fim daquela segunda
feira. Ela lera bastante, como seria sua nova função e ate mesmo fizera alguns
contatos que Vanessa pedira.


Mas é que justamente
naquela hora do dia, às cinco horas, começava a dar um sono inressistível
nela. Nessas horas tinha vontade de deitar a cabeça e dormir só um
pouquinho... Mas ela não faria isso, porque tinha a estranha sensação de que
se dormisse não acordaria em vinte minutos.


- Você quer ser
mudar para cá agora Hermione? – era Vanessa que perguntava, com a cabeça
metida em um vão da porta.


- Assim eu não teria
que enfrentar a rotina de chegar aqui todos os dia né?


Vanessa apenas riu.


Hermione desligou o
computador, olhou em volta e se certificando que estava tudo em ordem ela
acompanhou Vanessa.


Enquanto as duas iam
saindo do prédio da Scotland Yard, Vanessa foi perguntando o que Hermione
achara do primeiro dia.


- Foi bem
interessante, mas eu achei que iria caçar tro...- ao ver o olhar que Vanessa
lhe endereçou, Hermione mudou – bandidos e não ler os estatutos e regras.


- Achei que gostasse
de saber as regras, Hermione.


A garota suspirou:


- Eu gosto. Mas acho
que fazia uma outra idéia desse emprego.


Vanessa riu do ar
desolado da garota, chamando a atenção de todos que estavam saindo do elevado
na portaria do prédio.


- Vai ter emoção.
Pode ficar tranqüila, sempre há crimes para se resolver.


Hermione achou melhor
confiar no que a outra lhe dizia.


- Oh! Puxa. – ela
exclamou assim que saíram para a calçada. – não sabia que o sol estava
ainda tão forte.


- Ele esta normal. É
só que você passou muitas horas dentro do seu escritório rosa-salmão.


Quando chegaram em um
beco escuro e apertadinho, que ficava a duas quadras do prédio, Hermione e
Vanessa desaparataram.


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Draco estava em tempo
de ficar maluco. Isto porque Lucio Malfoy estava lhe dando mais trabalho morto
que vivo. Em casa uma bagunça que lhe impedia entender o que se passava, e ali
no escritório uma organização que também lhe impedia de entender o que se
passava.


“Tudo culpa do
maldito ‘completador’” pensou furioso.


Sally informara a
Draco que qualquer documento importante, estava dentro daquela maldita maquina
trouxa. E que em pergaminho mesmo estava pouquíssima coisa importante. Coisa é
claro que Draco pode confirmar, pois olhara todas as pastas de Lucio e ali
estavam somente coisas ridículas, como umas contas.


E para o completar a
frustração de Draco, Sally lhe avisou que somente duas pessoas entendiam de
computadores, pelo menos no mundo bruxo e que ela conhecia: 
Arthur e Gina Weasley.


Lógico que estava
fora de cogitação chamar um dos dois para lhe ajudar. Seria ridículo pedir
qualquer coisa a eles. Alem do que, justamente agora que não teria mais que
encontrar aqueles malditos cabelos ruivos todos os dias, ele é que não caçaria
confusão.


Draco estava lá
prostrado na cadeira de espaldar alto de couro, quando a solução veio de forma
espantosamente clara na sua cabeça.


- Como não pensei
nisso antes?


Ele se levantou e
correu na sala de Sally, que era como uma ante-sala para a sua.


- Sally eu já sei
como vou resolver esse problema do ‘compitendor’


- É computador Sr.
Malfoy.


- Isso. Que seja.
Quero que entre em contato com Carol Blair. Ela nasceu trouxa, e deve saber
alguma coisa sobre isso.


Sally arregalou os
olhos verdes.


- Mas ela é filha do
primeiro Ministro-trouxa. Não posso simplesmente pedir para falar com ela. Deve
ter milhares de protocolos e uma burocracia enorme à seguir...


- Não me interessa.
– Draco a cortou de forma brusca e definitiva – arrume logo isso. E para
amanha.


E com essa ultima
ordem arrogante ele foi embora para casa. Muito satisfeito consigo mesmo.


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Hermione e Vanessa
desaparataram na mesma sala que usaram para aparatar no beco de manha cedo. Como
Vanessa explicara a Hermione, a sala era um caminho de ida e volta.


Ela era o único
lugar em todo o Ministério da Magia, tirando o Átrio, em que um bruxo podia
usar da aparatação. E ela somente deixava a pessoa ir ate o beco e somente do
beco é que se saía naquela sala (isso claro se você fosse registrado, porque
caso contrário daria tudo errado).


As duas saíram de lá
e se encontraram na mesma sala roxa do Departamento de Mistérios.


- A saída.


Uma porta nas costas
delas se abriu. Novamente elas fizeram o caminho inverso do de manha. Pegaram o
elevador e ele as levou para o Átrio.


O bruxo-segurança, já
parecia saber quem Hermione era. Porque não olhara intrigado para ela.


- Nick já informou a
segurança aqui de cima de seu registro Hermione. Pode ficar tranqüila.


Hermione apenas
abalançou a cabeça. Esse novo Ministério lhe assustava um pouco: era
organizado demais.


- Então ate amanha
Hermione.


- Até Vanessa.


Hermione viu a mulher
desaparatar para casa. E ela logo fez o mesmo. Voltou para toca.


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Quando Hermione
chegou na toca, todos os Weasley já estava se preparando para jantar.


- Que bom que chegou
querida. Eu não sabia seu horário, por isso não quis esperar. A comida podia
esfriar.


Hermione apenas
sorriu para a Sra. Weasley, despreocupando-a quanto à isso.


- Então Hermione
conte para gente como foi seu dia. – pediu Jorge com uma cara suplicante –
Rony já nos alugou demais falando de motos e motores e feitiços voadores que
esta aprendendo.


 Hermione
riu, assim como todos (Rony é claro não riu).


- Não posso falar o
que fiz Jorge – o tom era subitamente serio – eu sou uma Inominável. É
segredo o que fazemos.


Fred balançou a cabeça
e pegou a travessa de purê de batata que Gina lhe passou.


- É você nos contou
ontem. Mas tínhamos esperança de que se esquecesse e falasse algo.


- Bom tem uma coisa
que posso dizer – ao ver o interesse de todos, ela ficou em silencio mais um
pouquinho. Pra ver a tensão crescer – meu escritório é todo pintado de
rosa-salmão. E tem um computador.


Houve um ahhhhhh
generalizado. Era irritante aquilo.


- Achei que você
falaria algo que preste Hermione. – indignou-se Fred – afinal deu ate uma
parada estratégica...


- Mas isso me lembra
uma coisa. – disse Rony subitamente eufórico.


Jorge bateu com a mão
na testa e rolou os olhos.


- De novo as motos não,
Roniquinho.


O teatro arrancou
risadas de todos na mesa. Ate mesmo da Sra. Weasley.


- Não são as motos,
Jorge. Pelo menos não diretamente.


- Sei – resmungou
Fred.


- Bem, como a noticia
é do interesse da Gina...


- Vamos fale logo
Rony! – se impacientou a maior interessada.


- É que Sirius e
Lupin estão interessados em colocar computadores lá na oficina, Gina. E como
você entende disso e quer um emprego...


Gina deu um salto e
nem mesmo deixou o irmão acabar de falar. Aquilo era bom demais para ser
verdade.


- Mas isso é bom
demais Rony! Quando posso começar?


- Que tal ir comigo
amanha?


A resposta foi o
sorriso que Gina abriu.


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Com sinceridade, que
Harry já estava sentindo falta do padrinho e de Lupin. Tudo bem que só tinha
uma dia que estava no CTA, mas a disciplina rígida do lugar o deixava melancólico.



E como o toque de
recolher já havia sido dado, ele estava sendo forçado a dormir. E como estava
sem sono, sua cabeça se enchia de imagens de Hermione.


Quando estava
furiosa, quando ria, quando fizeram amor...
Essa imagem de uma Hermione lânguida e satisfeita parecia ter grudado na frente
de seus olhos.


Harry virou-se na
cama e a imagem mudou: agora era dor que via. Dor que ele provocara ao dizer que
não amava o filho deles. Que não podia amá-lo. Estava vendo uma dor que ele
havia jurado não provocar.


Consumido pela culpa,
remorso e a saudade ele custou a pegar no sono e quando finalmente dormiu sonhou
a noite toda com nenéns de cabelos castanhos e olhos verdes.


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MISTERIOSO
ASSASSINATO EM BRISTOL


 


Morta, na noite de terça-feira, toda uma família de
pescadores que moravam em uma pequena casa na orla marítima.


Mãe, pai e dois filhos foram encontrados por sua vizinha a
Sra. Graham no final da manha do dia seguinte. Ela diz que estranhou o fato do
Sr. Jonas não ter saído para pescar, porque ele geralmente é o primeiro a
sair na madrugada.


Mas a Sra. Graham só se preocupou de verdade, quando depois
de passada toda a manhã, não ter visto nenhuma movimentação na casa dos
vizinhos.


A primeira testemunha dessa cena, ainda esta internada em
estado de choque pelo que viu.


Todos na família Jonas foram mortos por estrangulamento, e
deixados pendurados por cordas ao teto.


A Scotland Yard já foi acionada, e todos em Bristol espera
a solução desse crime bárbaro.



 


Hermione lia o jornal
local e lia o relatório que a policia de Bristol fizera e ainda não podia
acreditar no que via: quatro pessoas assassinadas!


E o pior é que ela
estava esperando por ação, mas a ação nesse serviço queria dizer a morte de
outras pessoas. Ela desejou que estivesse lendo os manuais novamente.


Greg Wiston, seu
parceiro (que não sabia que ela era bruxa) dirigia o carro com perícia pela
estrada. Ele era um homem muito bonito. Tinha cabelos loiros e olhos castanhos,
músculos atléticos (cultivados em academias) e um sorriso como o de Gilderoy
Lockarth: mostrava todos os dentes.


Mas Hermione ate que
se sentia bem ao lado dele. Não ficava preocupada em saber se estava bonita ou
não, se falava o que era certo ou não: Greg era apenas um colega e não um
namorado em potencial.


Durante todo o
caminho Londres – Bristol eles não falaram muito, e quando falavam era
somente sobre o caso. Hermione via e revia as fotos dos cadáveres e ficava mais
impressionada em como o assassino fora frio e cruel. Ele estrangulara e depois
de ver a família morta ainda pendurara um por um no teto.


Era tétrico, macabro
e muito bem planejado.


Por que não havia
uma única testemunha, não houve gritos e não houve reação. E era isso que
encucava Hermione. “Porque os Jonas não esboçaram nenhuma reação?” 



Eles finalmente
chegaram a Bristol. O sedan prateado que usavam seguia calmamente pelas ruas. O
transito, pelo menos no centro da cidade era bem tumultuado.


A região das casas
de pescadores seria ate bem calma, não fosse o fato de uma família inteira ser
assassinada no local.


Greg parou o carro
antes da faixa amarela que impedia a passagem de curiosos.


- Então vamos lá?
– eles mostraram a identificação para o guarda e conseguiram entrar na
pequena casa.


A cena do crime, ou
casa, era de apenas dois quartos e térrea. Primeiramente vinha a sala (que era
de visitas e tv) e no corredor ficavam os dois quartos mais o banheiro. Nos
fundos da casa ficava a cozinha, que ao que parecia era o maior cômodo dali.


Os cadáveres,
segundo o relatório foi encontrado no quarto do casal. Eles já tinham sido
retirados para o IML quando os detetives chegaram lá, mas mais nada fora mexido
na cena do crime.


Depois de analisarem
tudo, usando luvas para não “mancharem a cena”, Greg se virou para
Hermione:


- O que tem a dizer?


- Sabe o que estou
imaginando Greg?


O loiro colocou uma
mascara de interesse no rosto. Afinal Hermione chegara com as melhores
referencias que alguém podia ter, mas devido a sua pouca idade ele não achava
que ela seria brilhante ou chegaria perto. Provavelmente ele teria que fazer
tudo sozinho!


- Bom. Imagine só.
Um homem entra nessa casa e encontra quatro pessoas jantando na cozinha. Nós
sabemos que a casa só tem a entrada da frente, então no mínimo os Jonas
teriam visto o sujeito chegar.


Greg perdeu a pose
artificial. Bem que Vanessa lhe avisara que ela era pegada em detalhes.


- E então eu te
pergunto: como um desconhecido entra nessa casa, passa por esse corredor –
enquanto dizia Hermione ia fazendo o caminho do assassino – chega nessa
cozinha e tem tempo de estrangular cada vitima, que são quatro, e não há um
indicio de luta, não houve gritos, os vizinhos não notam nada de diferente?


Se fosse permitido a
um homem com experiência de 10 anos na Scotland Yard corar, Greg teria corado.
Ele fora preparado para enfrentar um simples homicídio e não estava levando
nada muito a serio. Inclusive sua parceira.


- E então –
continuou Hermione, sem notar o quão estranho Greg estava – O assassino
estrangula o Sr. Jonas. Mas ainda tem a mulher e os dois filhos do pescador. E
um desses filhos era um garoto de quatorze anos.


- E a que conclusão
isso nos leva?


- Que essa cena do
crime foi forjada.


Declarou Hermione
triunfante.


____________________________________________________


 


Draco estava
desesperado já. Ele conseguira falar com Carol Blair por um daqueles malditos
aparelhos de “feçetones”. Mas não adiantara, ela não podia ajudá-lo.
Estava ocupada demais com os compromissos sociais que o pai agendara para ela.


“O que mais eu
podia esperar dessa Sangue-Ruim!” pensou ele indignado. Ela era apenas uma
socialite esnobe, e pior nascida trouxa.


- É Draco Malfoy,
xingar ela não vai resolver seu problema. – 
ele olhou para tela do aparelho maldito (lê-se por isso um computador)
sem ver outra solução a não ser rastejar e engolir seu orgulho.


Iria pedir ajuda a
uma Weasley.


____________________________________________________


 


Uma coisa Carol podia
dizer: ela se divertira demais na tarde passada com William e seus dois amigos
Anne e Tom. Eles saíram de casa perto da hora do almoço, para assistir a sessão
de cinema das cinco.


E tanto à tarde,
como o filme (Alguém tem que Ceder) foram relaxantes. Mas qualquer coisa seria
relaxante, desde que fora dos compromissos idiotas que o pai assumira para ela.


E Carol pensou, ela
gostaria de poder ajudar Draco Malfoy em seu problema, mas ela não queria
passar as férias trabalhando.


- E então Carol
gostou do filme? – perguntou Anne. Eles saiam do cinema agora.


- Foi muito bom. Àquela
hora em que ela escrevia sem parar de chorar foi engraçada.


Anne riu. – É foi
mesmo. E quando ele foi ao teatro e...


As duas pararam de
conversar e andar. Isto porque William e Tom haviam parado em frente a uma
oficina de motos que tinha na rua do cinema.


- Talvez eles deixem
a gente dar uma olhadinha cara. Vamos vai, e qualquer coisa você pode falar que
é o futuro, futuro rei da Inglaterra. Pode usar seus privilégios... – Tom
deixou a coisa no ar.


William apenas riu da
provocação.


- Vamos entrar, mas não
vou falar nada sobre isso.


As garotas vendo que
eles iam mesmo entrar na oficina, se resignaram e foram também.


Rony viu quando um
grupo entrou na fabrica. Porque aquela não era simplesmente uma oficina de
motos como os trouxas pensavam. Ali, eles fabricam as melhores motos voadoras
que o mundo bruxo seria capaz de ver. Logicamente que o galpão da frente era
destinado às motos dos trouxas.


- Vocês se perderam?
– ele perguntou ao ver como estavam bem vestidos.


- Nós só queremos
dar uma olhada nessas motos – William se apressou a responder – esta tudo
bem pra você?


Rony meneou a cabeça
automaticamente. Entrando, de conversa com uma amiga, vinha Carol. E ela estava
linda em seu vestido rosa claro.


Não fazia muito
tempo que ele vira ela, mas a saudade que sentia era como de uma década inteira
sem vê-la. 


Carol estacou ao ver
Rony. “Oh, Santo Merlin!”


- Ola Rony. –
cumprimentou-o timidamente.


- Ola – ele tinha a
voz estranha, meio estrangulada.


- Vocês se conhecem
de onde? – era Anne que perguntava. Afinal para ela Rony era apenas um mecânico.



- Somos do mesmo colégio.
– parecia que tinha fogo percorrendo o rosto de carol – ele é um ano mais
adiantado que eu.


A compreensão começou
a se espalhar pelo rosto de Anne. Estava na cara que os dois tinham algo.


- Eu vou ver o que os
meninos andam fazendo então. – foi mesmo desnecessário falar isso. Os dois
mantinham os olhos fixos um no outro.


- O que faz aqui
Rony?


- É obvio não? Eu
trabalho aqui.


Carol se sentiu
agredida.


- Pensei que depois
do seu baile de formatura nós éramos...


Rony não deixou ela
acabar de falar. O ciúme que remoera durante toda a semana estorvou-lhe os
miolos.


- Acha mesmo que pode
sair nas colunas sociais, passear com esse cachorrinho de estimação e depois
vir falar em nós?


- Como... Como você
soube? – Carol estava completamente confusa.


Quando Rony ia dar
uma boa resposta mal-educada, Gina chegou.


- Carol! Você aqui?
– Carol que ainda não se refizera totalmente olhou de um modo muito vago para
Gina – eu vi quando vocês chegaram lá de cima – ela apontou para uma
parede de vidro.


- Ahh é... – Carol
tinha o olhar vago de Luna – é... Mas nós já vamos embora.


Gina olhou para os
amigos de Carol. Eles estavam entretidos em ver uma Harley Davison antiga,
provavelmente iriam demorar.


- Antes de ir, vamos
tomar um suco de abóbora lá em cima – ela foi falando e puxando a garota
pelos ombros – vou lhe mostrar o que eu faço aqui.


Rony bufou ao ver a
manobra da irmã. Mas não teria jeito, Carol já estava seguindo Gina. Ele
estava meio revoltado: não falara ainda nem mesmo a metade do que quisera, o ar
desconsolado dela o impedira de pegar pesado demais.


Com outro bufo ele se
voltou para os almofadinhas trouxas que ainda estavam ali.


____________________________________________________


 


- Não chore não
querida. – Gina tentou consolar, enquanto a garota se afundava em um enorme
copo de suco de abóbora – ele é muito ciumento, e não merece isso.


- É...Inc... Eu
sei...Inc... Mas... Eu ac... Achei... Inc... Que depois... Inc... Do baile... E
o resto da frase se perdeu em outra crise de choro.


Gina vendo que falar
no assunto só deixava Carol pior, mudou rapidamente de atitude. Começou a
falar do seu emprego, e de como ela ajudava o Sirius a entender o computador, e
como iam instalar outros computadores agora que o dono da fabrica gostara da idéia.



Ate que o plano de
Gina funcionou bem. Carol realmente parara de chorar, mas ela tinha um estranho
brilho no olhar. Estranho demais para Gina.


- Acho que tenho uma
idéia Gina.


Gina sentiu ate o
fundo dos ossos que aquilo não seria uma boa coisa.


____________________________________________________


 


Harry andava
despreocupadamente pela alameda verde do CTA. As aulas da tarde já haviam
acabado (hoje era a vez das línguas estrangeiras) e ele sentia uma raiva
absurda dentro de si.


Treinar para auror não
era nada daquilo que pensara. O horário dele era dividido de um modo estranho.
Quando ele tinha poções, era somente poção. Não havia um tempo. Era aquilo
durante todo o período da manha e depois línguas durante a tarde toda.


Era irritantemente
irritante.


E ele tinha uma pilha
de trabalhos para fazer. Pesquisas, redações, relatórios. Isso apenas na
primeira semana.


- Nem quero ver o
resto – resmungou enquanto chutava uma pedrinha do caminho.


Ele andou mais uns
duzentos metros, quando escutou algo que o fez parar. Tinha alguém ali perto, e
ele sabia que a próxima alameda (a alameda azul) era proibida depois das cinco
horas. E já eram seis e dez.


Com muito cuidado e
paciência, Harry foi chegando perto do barulho de vozes. Ele andava grudado na
parede do pavilhão verde.


- Estou dizendo que
ninguém vai nos descobrir aqui. – a voz era de mulher, e Harry já a ouvira
antes. Só não sabia onde.


- Nada aqui é seguro
– essa voz ele reconheceu. Era Marcus Woodcrofth. – eu não quero que saibam
que nos conhecemos Hannah. Você sabe que nosso plano poderia não dar certo...


Hannah? Harry tinha
certeza que não conhecia esse nome. E que plano era aquele?


- Mas você pode ao
menos fazer...


A voz dela foi
sumindo como se os dois tivessem se afastado dali. Harry preferiu não
segui-los. A alameda Azul não tinha uma boa segurança e eles poderiam vê-lo.


Mas era decididamente
estranho: afinal que plano poderia ser esse? E quem era de verdade Marcus
Woodcrofth?


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N/A: 
Ahhh finalmente acabado o cap 12!!!! Eeeeeeeeee!!!!!!


Eu queria pedir
profundas desculpas para todo mundo que esperou esse cap por 3 longas semanas,
mas é que inexplicavelmente eu tive o primeiro bloqueio da minha vida!!! Mas
isso é bom pra eu pagar língua, pk eu ficava disdenhando dos autores que
viviam reclamando de bloqueio, axando que isso naum acontecia... gente acontece
sim!!!!


Pedida as desculpas,
eu quero agradecer: a NINAWEASLEY que agüentou minhas constantes crises de
“sou um fracasso”. A Drica tb eu tenho que agradecer pk ela evitou que um
monte de lixo fosse parar na frente dos olhos de vcs... e tb a Ligia pk ela
andou lendo o cap e me deu umas dicas legais, alem é claro de ser a companheira
constante nas madrugadas de MSN (Ligia filha, axo que somos as únicas doidas
que ficam ateh as 4 da madruga, durante a semana).


Agradeço
especialmente a cada um que leu e deixou um recado de alguma forma (eu naum vou
colocar o nome, pk to com uma preguiça de olhar...) hehehehehe (Tonks sentindo
o rosto corar de vergonha).


Mas em todo caso, soh
pra gente não perder o custume façam uma propaganda gente... e deixem coment,
afinal eu to meio insegura com esse cap e queria saber o que vcs axaram...


E prometo que
tentarei atualizar mais rápido o próximo cap!!!


Um beijão!!!!!


N/A²: naum deixem de
visitar meu site de dolls: www.nym.blig.ig.com.br



E tb as fic Memories
da Drica, Luz e Sombra (cujo cap 17 jah esta no ar) e as maginificas fic da
Trilogia da Tríade. (tem nas minhas historias favoritas). E tb Cruel Intentios
(muito boa, da Pichi e da Ju)


 


N/A³: tb assistam o
filme Alguém tem Que Ceder... é simplesmente hilário... e gente falta menos
de uma semana para o nosso querido Harry Potter e o Prisioneiro de
Azkaban!!!!!!!!!


 


N/A 4: agora eu fui
mesmo. 


 



 


 


 


 


 


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