Casos e Casas



Cap IV - Casos e Casas.


Quando Harry chegou à cabana, Hagrid estava tão ocupado a serrar alguma coisa que nem o notou se aproximando. De fato, quase cortou fora um dedo quando Harry decidiu falar.


"Oi Hagrid!"



Hagrid, virou-se bruscamente para trás, deixando cair seu serrote e várias tábuas que estavam cuidadosamente alinhadas anteriormente.



"Harry!" surpreendeu-se "As aulas não começam até setembro! Que está fazendo aqui?!" - olhou para os lados à procura de outros alunos.



"Estou sozinho aqui. Houve um.. acidente com meus tios" - replicou abatido. Não importa o que Dumbledore tivesse dito, era muita coincidência e devia haver alguma influência de Voldemort naquilo tudo.



"Oh, sim. Fiquei sabendo, Harry, sinto muito. Não foi sua culpa" - disse, como se soubesse o que havia passado na cabeça de Harry segundos antes.



"Certo. O que está fazendo?" - tentou fingir curiosidade para fugir daquele assunto. Na verdade, até estava intrigado com o que era tudo aquilo. Ao redor da Cabana de Hagrid, vários troncos grossos de árvores diversas e tábuas imensas estavam espalhados. Hagrid parecia estar serrando uma viga antes de Harry aparecer.



"Uma viga." Limitou-se a responder.



Harry olhou-o incrédulo.



"Isso eu sei! Pra que é?"



"Pra dar suporte a uma casa..." - Hagrid sorriu, parecia estar se divertindo com isso. Vendo que Harry já estava quase desistindo de tentar adivinhar, resolveu ajuda-lo.



"Vou construir uma casa para Gawp!" - disse triunfante.



Harry teve um forte acesso de tosse de repente. "A-aqui?!?"



"Não, no meio da floresta. Não posso deixar ele assim, ao relento, pobrezinho. Poderia pegar um resfriado ou quem sabe pior..." disse com jeito preocupado.



Harry achou comovente, senão quase engraçado a preocupação de Hagrid. Se Gawp pegasse um resfriado, o maior dano seria causado aos animais e árvores à sua volta. Tentou não rir ao imaginar um espirro do jovem gigante. Hagrid parecia ignorar o fato de seu meio irmão ser... não muito convencional.



'Erm... tem razão." -Tentou simpatizar com a idéia. - "O professor Dumbledore sabe disso?"



"Sim, sabe!" - respondeu animado - "Ele que me deu a idéia! Grande homem, o professor Dumbledore, um grande coração!"



"É sim." Respondeu. "Posso ajudar?"



Parecia que uma oferta de ajuda era o que Hagrid estava justamente esperando, pois segundos depois já havia arranjado uma pilha de tarefas para Harry.



Enquanto as tábuas eram serradas, Harry fazia uso de um pouco de mágica, já que estava na área da escola não havia problema nenhum contra isso, para levita-las para uma carriola, empilha-las atrás da casa, ou simplesmente para organizar seus lugares, dando mais espaço ao redor da casa.



Ao fim do dia, parecia que quase tudo estava pronto. Só faltava juntar as peças do quebra-cabeça. Exausto que estava, foi com alívio que aceitou o convite de Hagrid para entrar e tomar um refresco.



Sentado em uma poltrona remendada, com Canino deitado ao seu pé, Harry sentia-se praticamente em casa. Hagrid acendera a lareira para ferver um pouco de água, e, sentando-se em uma grande cadeira de frente para Harry, começou a puxar conversa.



"Seu pai e Sirius costumavam vir aqui me ajudar logo que terminaram a escola. Às vezes perdiam a hora e sua mãe ficava muito brava, era algo cômico ver Lílian brigando com Tiago."



Harry sorriu. Ao contrário do que imaginou a princípio, não estava magoando ouvir Hagrid falar de Sirius. Fazia com que lembrasse que ele estaria muito bem, onde quer que fosse, com seus pais.



"Eles pareciam se odiar quando mais novos..." sorriu.



"Como você sabe disso?" Hagrid perguntou, surpreso.



"Sirius me contou." Improvisou rapidamente. Achou um pouco impróprio contar da penseira de Snape.



"Ah..." Hagrid ainda olhou um pouco desconfiado. "Bem, mas isso foi só até o sexto ano. No último ano de escola pareciam dois pombinhos, seu pai sempre foi apaixonado por Lílian Evans. Dizia que não sabia se era pela beleza dela em si, ou pelo desafio do gênio dela."



Harry riu. "Ela não podia ser tão difícil assim."



"Talvez. Mas o fato é que, nem bem três meses depois da formatura, estavam casados! E em julho do ano seguinte, lá estava você!"



Harry pareceu um pouco surpreso. "Não tinha idéia que eles eram tão novos quando eu nasci."



"A maioria dos casais que se conhecem na escola acabam se casando logo depois de suas formaturas, Harry. Veja os Weasley por exemplo!"



"É. Ainda, assim, não conseguiria me imaginar casado daqui a três anos..."



Hagrid riu.



"Nem com aquela mocinha da Corvinal por quem você tinha uma queda, hein?" piscou para Harry.



"Nem bem começamos a sair e já terminamos. Ela chorava o tempo todo." - comentou aborrecido.



"Que estranho. Mas logo logo outras virão!" Deu um tapinha amigável no ombro de Harry que quase o mandou para fora da janela, e, sem jeito, serviu mais suco para o menino enquanto tentava se desculpar.



"Conte-me mais do meu pai e de Sirius!" pediu, mais animado.



Hagrid achou estranho o pedido de Harry, já que da última vez que mencionara Sirius, o tinha deixado bem chateado. Mas talvez até fizesse bem ouvir do padrinho e de seu pai.



"Ah, não sei muito o que contar, o professor Lupin é quem saberia te dizer mais. Na época eu quase não vinha ao castelo, era só o guarda-caças. E seu pai me contava pouco das.. aventuras deles..."



"Ahn..." Harry pareceu um pouco desapontado.



Harry perdeu a conta do tempo que passou conversando com Hagrid. Falaram sobre tudo, de novas criaturas mágicas, Quadribol e sobre os professores. Era bom esvaziar a cabeça um pouco, não ter que pensar em Sirius, Voldemort e no que o esperava, provavelmente em breve.



Quando Hagrid o acompanhou de volta para o castelo, já era quase noite. Educadamente, Harry pediu licença para não comparecer ao jantar. Havia comido alguns biscoitos na casa de Hagrid e não estava com fome. A professora McGonagall concordou que seria melhor se ele tivesse uma boa noite de sono depois do longo dia.












Harry achou estranho quando chegou ao dormitório e não encontrou nenhuma de suas malas ou livros por lá. A professora disse que estariam ali, decerto não estariam brincando com ele em uma situação daquelas? Poderia haver algum engano, perguntaria a algum elfo na cozinha e, quem sabe, surrupiar alguma fruta para caso ficasse com fome mais tarde.



Os corredores estavam completamente vazios, fora a ausência dos alunos, todos os professores estavam no salão principal jantando, e alem disso, nem todos os professores deveriam ficar em Hogwarts durante suas férias. Pela primeira vez Harry se viu perguntando sobre as famílias de seus professores, será que as tinham?



Atravessando a passagem para dar na cozinha, Harry quase levou um susto. Todos os grandes olhos dos elfos domésticos da escola estavam lhe encarando e, sem que pudesse notar, já estava sendo arrastado para o meio da cozinha com dezenas de vozes zumbindo ao seus ouvidos "precisa de algo sr?" "Suco de abóbora?!" "Doces? Um bolo" "Precisa de algumas frutas, frutas ser bom para você!".



"Harry Potter senhor! Que bom ver o senhor aqui! Dobby fica feliz!!"



"Dobby!!" Harry nunca pensou que ficaria tão feliz em ver Dobby. A verdade é que, estranho como era, era mais fácil lidar com Dobby que com qualquer outro elfo doméstico. Pensou em Monstro com profundo ódio.



"O que faz aqui, Harry Potter, senhor?" Dobby tinha genuína curiosidade "Os trouxas não estava tratando você mal, estava? Senão Dobby voa até lá e... e..."



"Não Dobby." Harry forçou um sorriso compreensivo. "Meus tios... sofreram um acidente." Desviou os olhos do pequeno elfo que o encarava.



"Oh! Sinto muito, Harry Potter!"



"Sim, sim, Dobby. Preciso te perguntar algo. É você que ainda arruma o nosso dormitório? Na Grifinória?"



"Sim, por que? Algum problema senhor Harry Potter, senhor? Dobby vai arrumar já, senhor!" Harry viu que a pequena criatura estava quase desaparecendo, mas conseguiu segura-lo pelo braço antes que isso acontecesse.



"Não! É que.. só queria saber onde estão minhas coisas. Me disseram que estariam em meu dormitório, mas não estão lá, deve ter havido algum engano."



"Não, não houve engano nenhum, Dobby colocou as coisas de Harry Potter lá pessoalmente, senhor!"



"Mas, Dobby, não há nada lá, eu olhei!"



"Então Dobby vai com o senhor até lá e vai encontrar" disse animadamente, puxando Harry pelo braço.



Ainda que tivesse voltado pelo mesmo caminho, a volta com Dobby pareceu estranhamente mais rápida. Era como se os corredores tivessem encolhido, ou suas pernas alongado de repente. Em dois minutos estavam no salão comunal. Harry dirigiu-se para o seu dormitório e Dobby teve que segura-lo para chamar sua atenção.



"Por isso o senhor Harry Potter não achou suas coisas!"



"Como é que é?"



"Harry Potter não está mais no quinto ano! Mas no sexto!" apontou para a porta certa. Harry quis se chutar por não ter percebido isso. Era o mesmo dormitório que dividira com seus amigos desde o primeiro ano, porém agora, em vez de quinto ano, uma pequena gravação de "dormitório masculino, sexto ano", estava sobre a porta.



"Acho que estava um pouco distraído." Forçou um sorriso.



"Certo! Se precisar, é só chamar Dobby, e eu vai aparecer aqui, já já!" Com um estalar de dedos, o elfo desapareceu.



Harry tinha pensado em abrir algum de seus livros e dar uma folheada antes de dormir, mas decidiu deixar isso para outra ocasião. Deslizando para baixo de suas cobertas, adormeceu segundos após sua cabeça tocar o travesseiro.







"Idiotas! Não fazem nada certo!" sua voz fria ecoou no que parecia ser um salão. Ele estava muito bravo.



"Não, mestre, perdoe-nos! Tínhamos certeza que o menino estaria lá!"



"Cale-se! Crucio!!!" olhou com nojo para o jovem comensal ajoelhando-se na sua frente, que agora contorcia-se de dor.



"Severo Snape! Onde está?"



Uma figura mais alta que os que o rodeavam deu um passo à frente, fazendo uma reverência a baixando a cabeça. "Meu senhor."



"Levante-se." Disse, impaciente. "E conte-me, o que aconteceu, Entendo que era o único.. adulto no lugar."



"Ficamos sabendo onde era a casa de Potter, senhor. Mas não chegamos a tempo, quando alcançamos o lugar os trouxas já haviam fugido, e o menino também."



"Como eles sabiam do ataque, Snape? Tem alguma outra.. fábula para me contar?"



"Não faço idéia senhor. Há a possibilidade de haver um espião entre nós, há muitos novos entre os Comensais nesses dias..." o professor murmurou baixo.



"E não poderia ter sido você que alertou Dumbledore e sua tropa? Próximo do velhaco que você é, Snape?"



"Só sigo ao senhor meu mestre, o Senhor das Trevas."



"Sei... Legilimens!" apontou sua varinha para o peito do bruxo ajoelhado à sua frente.




Snape medindo ingredientes de poções, falando com o sr.Borgins, com Malfoy, a copa das casas, devia ser de anos atrás, pios Sonserina havia vencido,o jogo de Quadribol em que Harry ganhara pela primeira vez de Draco. Não havia nenhuma memória interessante a Voldemort entre essas.



"Parece-me verdade o que tem dito até agora Snape. Mas não tolerarei falhas em suas próximas... expedições. Crucio!"






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