NOM's



Falouz... demorou mas tá aí! Deve ter açguns erros drásticos de Português, mas isso foi escrito - pasmem - no Bloco de Notas e no Word Pad, ou seja, com pressa e sem correção. Semana que vem estará melhorzinho, prometo... =D. Ah, e comentem, se gostarem, e, se não gostarem, critiquem!




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Harry fitou o professor por alguns segundos ainda. Será que ele realmente tinha dito o que pensou ter ouvido? Snape parecia agitado, nervoso até. Passando longos dedos amarelados nos cabelos sebosos, ainda estava encarando uma das paredes de pedra da masmorra.


Antes que Harry pudese perguntar algo, ou fazê-lo repetir o que disse, atravessou a sala com passos largos, apressado. Parecia nem notar a presença de Harry, desviando deste como se fosse mais uma cadeira no escritório. Com um baque, fechou a porta, largando Harry sozinho no meio da sala.


Tinha certeza que ouvira Snape dizer que Sirus estava vivo. Ou estava ouvindo coisas, ou o professor tinha uma mente mais distorcida do que ele imaginava, se lhe dava prazer dizer algo assim. Com o que ele achava que estava brincando? Harry vira Sirius caindo pelo véu, como Snape fez lembrar perfeitamente. A imagens ainda estavam em sua cabeça, repetindo a cena a cada minuto.


Irritado, os olhos enchendo de água, Harry saiu da sala, em direção ao salão comunal. Já devia ser bem mais tarde do que esperava, os corredores estavam desertos. Provavelmente ele e Snape eram as únicas pessoas acordadas no castelo. O ódio que estava sentindo do professor de poções naquela hora era maior que, possivelmente, em qualquer outro momento desde que o conhecera. A única coisa que Snape provavelmente ressentia da morte de Sirius era não ter sido ele mesmo, e sim Bellatriz que o matou.


Ele estava morto. E não havia nada que pudesse fazer.


Já estava na frente do retrato da mulher gorda. Dando um longo suspiro, entrou no salão comunal, inso direto para seu quarto e estirando-se na cama, sem nem mesmo se incomodar em trocar as roupas. Achou de início que não iria conseguir dormir com tanta raiva que estava, no entanto, alguns momentos depois, seus olhos pesavam como se neles tivesse areia, e sem muita escolha, adormeceu.




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Já parecia fazer algum tempo que atravessava a floresta. Não devia ter se aventurado entre as árvores, mas agora já era tarde. Passado a primeira massa de árvores, começava a haver mais espaço, algo de que ficava grato; ainda que pudesse atravessa-las sem dificuldade alguma, era mais fácil andar entre elas do que através delas.


O mais estranho era a ausencia de vida no meio de uma mata tão densa. Certamente, pelo menos besouros haveriam de estar por ali, ainda que não houvesse visto nenhum até então. Não havia som tampouco, nem mesmo o quebrar de folhas no chão ou gravetos, mas achou que isso seria facilmente explicado pelo fato de seus pés atravessarem toda a massa das árvores, o que, de certo, incluia os gravetos.


Sentia como se tivessem passado dias já, mas não estava com fome. Talvez esse campo fosse um santuário de algum tipo, já tinha lido sobre eles uma vez. Lugares em que o tempo parecia não passar, território de fadas, riu-se. Bom, se assim fosse, já era mais que hora de uma ou duas ninfas aparecerem, seria bom ter alguma companhia.


À medida que andava, ficava mais claro o ambiente à sua volta. A principio achou que seus olhos se acostumavam com a escuridão, mas viu que estava errado. A uma distancia de algumas milhas talvez, uma claridade parecia brotar de trás dos ramos das árvores, talvez estivesse chegando ao fim da estranha 'floresta'. Juntando mais ânimo agora que sabia que tinha um destino para seus passos, começou a andar mais rápido.


Logo a claridade se tornava tanta que podia ver as cores novamente, suas mãos, seus sapatos; olhando em volta viu que, apesar da claridade, as árvores ainda eram nada mais que uma massa vaporosa em tons de sombra, como no corredor em que acordara. Parecia fazer tanto tempo desde que deixara o estranho caminho.




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Harry acordou com o sol queimando seu rosto. Quanto tempo tinha passado dormindo? A julgar pela claridade, e posição do sol já devia ser bem mais de dez horas. Deslizando para fora da cama, puxou da mala uma troca de roupas e sua toalha. Um banho deveria acorda-lo melhor.


Seu cabelo estava um desastre, provavelmente, quando passou pelo espelho do banheiro este gritou como se Harry fosse uma criatura do além. "Tome vergonha na cara e penteie essa juba indecente!" - uma das coisas que faria esse ano, sem falta, seria encontrar um feitiço para emudecer os espelhos do banheiro. Tinha muito mais sossego nos anos anteriores em que todos os espelhos eram normais.


Pensando bem, nada em sua vida mais poderia ser taxado de 'normal', pensou, entrando embaixo de uma ducha, a água quente batendo em suas costas, quase queimando. Quantas pessoas tinham um sádico megalomaníaco perseguindo-os desde seus onze anos, e estava fadado a ser a única pessoa capaz de deter alguém que se julgava o bruxo mais poderoso do mundo?


Iria morrer tentando, mas não deixaria barato o que Voldemort tinha feito. Seus pais, Cedrico, e agora Sirius. Isso sem contar todos aqueles que Harry nem conhecia. Ele iria pagar, e Belatriz também. Não teria sossego até que tivesse a cabeça da comensal. Talvez até a colocasse em um vidro e dispusesse em uma estante como enfeite, como os jarros na sala de Snape.


Snape. Como Dumbledore poderia acreditar em uma vírgula do que o professor de poções dissesse a ele? Estava claro para Harry que Snape nunca tinha saído das trevas. Esteve ao lado de Voldemort o tempo todo. Como não viu isso antes? As lições de Oclumencia, as provocações... tudo isso era simplesmente para afzer sua mente mais fraca, e mais fácil para Voldemort penetrá-la. Não deixaria isso acontecer. Aprenderia a maldita Oclumencia sozinho e mostraria a Dumbledore que tipo de criatura Snape realmente é.


Vestindo seu jeans e camiseta, Harry saiu. Não iria se preocupar arrumando o cabelo, apesar dos protestos do espelho. De que ia adiantar? Dali cinco minutos estaria pior do que quando começou. Colocando os óculos no rosto, atravessou a passagem do salão comunal. Pensou em pegar algo na cozinha mas, visto que já era quase hora do almoço, resolveu esperar. Talvez encontrasse algum dos professores os fantasmas do castelo, seria bom ter alguém para conversar. Caso visse Dumbledore perguntaria se poderia encontrar Rony e Hermione.


Precisava desabafar com alguém, Dumbledore, e qualquer um dos outros professores certamente tomariam o partido de Snape. Talvez Lupin... não. Apesar da inimizade de seus amigos com Snape, Lupin nunca chegou a odiar Snape de verdade. Precisava de Rony, e logo, antes que sua cabeça explodisse.


"Harry! Estava justamente procurando você!" a voz serene de Remo Lupin ecoou no corredor. "Como está?"


"Bem." respondeu com uma voz fraca. Era óbvio que não estava bem, mas resolveu fazer de conta, por um tempo, que estava. De certa forma era mais fácil.


Lupin olhou-o nos olhos ternamente, afagando seus cabelos. "Sei que é difil, mas vai passar. A vida continua, Harry, e, de certa forma, ele sempre vai estar com você, assim como seus pais." o professor sorriu.


Harry olhou Lupin nos olhos enquanto falava. Aí estava um homem que tinha perdido todos seus melhores amigos, as únicas pessoas que provavelmente o entendiam. Como pôde ser tão egoísta e pensar só no que estava sentindo com a morte de Sirius? Remo devia ter sentido um baque ainda maior, e, ao contrário de Harry, com várias pessoas para apoia-lo, não tinha ninguém para consola-lo. Ainda mais, Lupin era quem estava oferecendo apoio a Harry por sua perda. Sentiu-se até mal em não ter percebido isso antes.


"Sei que sente a falta dele também." Harry disse solene, olhando para baixo.


"Sirius era o último grande amigo que me restava. Pelo menos sinto-me bem de ter estado em sua companhia nos últimos dois anos, e de saber que não foi ele o responsável pela morte de Lílian e Tiago. Você não o conheceu por tanto tempo como eu, mas ainda assim, Sirus era a única família que você tinha, Harry. Sei que não sou um substituto à altura, mas ele tinha me pedido que, se caso acontecesse, que eu deveria tomar conta de você para ele. queria que soubesse disso."


Harry concordou com a cabeça, sem dizer nada. De certa forma, nada precisava ser dito naquela hora.


"Dumbledore vai fazer uma homenagem a Sirius hoje à noite. Amigos e pessoas que o conheciam. Até o ministro, Cornélio Fudge vai estar presente, reconhecendo a inocência de Sirius..." Lupin disse.


"Meio que tarde agora para isso, não é?" Harry resmungou com frieza. Por culpa de Fudge Sirius tinha passado os últimos anos se escondendo, se ele ao menos tivesse acreditado em Dumbledore na hora certa...


"Sim, Harry, mas ainda assim será bom que seu nome seja limpo, mesmo que tarde, não acha?"


Harry não respondeu.


"Mas não pé só sobre isso que eu queria falar com você. Vim te chamar para almoçar comigo em Hogsmeade hoje. Achei que gostaria de conversar com alguém, já que Hagrid teve que viajar ontem -"


"Hagrid? Para onde foi?!" Harry cortou. Só o que faltava agora era Hagrid também se meter em encrenca e... não queria nem pensar nisso.


"Assuntos de Dumbledore, " Lupin sorriu ao ver a cara preocupada de Harry "nada com o que se preocupar, são algumas criaturas que Hagrid precisava trazer, nada que que ele não possa lidar facilmente..."


Harry pareceu bem mais tranquilo. "Ah, certo então..."


"Como o professor Snape e Dumbledore são as únicas pessoas no castelo essa semana, e Dumbledore está ocupado, achei que talvez preferisse a minha companhia ao invés da de Severo... ou estou errado?"


Harry sorriu com o canto da boca. "O dia em que você me vir com Snape de livre e espontânea vontade, me mate, por que não serei eu..."


Lupin riu. "Certo... vamos então, que não sei por quanto tempo Rosmerta vai segurar nossa mesa..."




.....




"Bom dia Remo, Harry..." uma senhora que Harry reconheceu como sendo a dona do estabelecimento comprimentou-os simpaticamente. Provavelmente já sabia de toda a história, pela maneira simpátioca até demais com que começou a tratar Harry.


"E então? O que vai ser? Deixe-me oferecer uma rodada, por conta da casa!" virou-se, gritando para algué, nos fundos "Gaspar!!! Duas cervejas amanteigadas, na mesa três!!!".


O lugar estava bem cheio, Lupin tinha razão sobre terem quse perdido a mesa, madame Rosmerta parecia estar ocupada com tudo e todos ao mesmo tempo.


"Sinto muito não poder ficar aqui papeando! Gaspar vai atendê-los já!" sorriu simpaticamente.


Lupin sorriu, agradecendo a cerveja amanteigada. Harry estava muito ocupado observando os tipos no Três Vassouras para perceber que a anfitriã havia se afastado já havia alguns minutos.


Tinha muita gente no lugar, o que era de intrigar, levando em consideração que não era ápoca de aula, então, nada de alunos. Harry reconheceu uma ou outra pessoa da escola, provavelmente passeando com seus pais, ou amigos. Não se incomodou em levantar-se para ir cumprimentá-los, mas sorriu para amigos que conhecia melhor, acenando um 'alô' simpático. Katie Bell estava acompanhada por um rapaz que só poderia ser seu namorado, também viu Parvati e Padma Patil, com Lilá Brown, estavam sentadas a algumas mesas de distância e a toda hora espiavam os meninos de uma outra mesa, a maioria da Corvinal, dando risadinhas infantis e, na opinião de Harry, irritantes...


"Ah, lembrei de uma coisa!" Lupin exclamou, puxando um envelope de dentro de suas vestes maltrapilhas. " Dumbledore pediu que eu te entregasse isso." sorriu, entregando-o a Harry.


"O que é?" Harry perguntou, olhando o envelope.


"Resultados dos seus NOM's..." sorriu. "Você estava dormindo ainda quando as corujas chegaram."


"Ah, sim..." Harry disse, distraído, enquanto abrindo o envelope. tinha ido razoávelmente bem.


"Posso ver?" Lupin perguntou, vendo a expressão de Harry ao ler a carta.


Harry entregou-lhe o papel, e Lupin, parecendo um tanto quanto satisfeito, começou a ler em voz alta.


" Feitiços: O - acho que a prática durante o ano, lutando para sobreviver a ataques de dementadores e comensais valeu a pena... " - comentou sorridente - " Transfiguração: E, a professora McGonnagal vai ficar satisfeita; História da Magia: A, bem, não se pode ser o melhor em absolutamente tudo, a não ser Hermione, e mesmo assim, cá entre nós, as aulas de Binns são monótonas desde que eu era aluno..."


"Defesa Contra a Arte das Trevas: O, eu já esperava..." sorriu orgulhoso "Trato das Criaturas Mágicas: O, Gosta dessa matéria?" perguntou, sem tirar os olhos da página.


"Sim, Hagrid é até bom professor..." Harry respondeu, sem muita convicção, no que Lupin riu.


" Adivinhação: E, como você conseguiu isso? Astronomia: E, muito bom..." ao chegar ao último item da lista, não conseguiu conter o riso. "Poções: O ?!? Isso está certo????"


Harry sorriu com o canto da boca sem dizer nada. Snape teria uma síncope ao vê-lo nas suas aulas de poções avançadas. "Snape não aceita ninguém com um resultado menor que I na sua turma de sexto e sétimo anos..."


"E você vai continuar em poções esse ano?? Achei que, com a raiva que tem de Severo, sairia da turma assim que a primeira oportunidade surgisse..."


"É tão óbvio assim?" Harry perguntou, franzindo as sobrancelhas.


"Acho que sim. E então? Por que vai continuar em poções?"


" Preciso se quiser ser um Auror." respondeu curtamente.


"Auror? Interessante escolha de carreira..."


"Por que?" perguntou, curioso.


"Oras... seu pai era Auror!" Lupin exclamou, um tanto quanto espantado. "Não sabia disso?!"


"Não..."


"Que estranho ninguém ter contado..."


"Eu não perguntei a ninnguém..." Então seu pai havia sido um Auror! Harry ficou ainda mais animado com a perspectiva de se tornar um auror também...


"Ele e Sirius... Lílian trabalhava com feitiços para o Ministério também, era fantasticamente competente... foi uma grande perda para o departamento quando ela se afastou..."


"Por que ela se afastou?"


"Bem... você nasceu... e ela resolveu que tinha que dar mais atenção a você, ainda mais com Voldemort perseguindo à família..."


"Hum..." Era estranho que ninguém nunca tivesse tocado no assunto sobre o que seus pais faziam antes de morrer.Ou mesmo Sirius, nunca perguntara a Sirius o que ele fazia antes de ser mandado para Azkaban, agora era tarde.


Pensou em contar a Lupin o que Snape dissera na ultima aula de Oclumencia, mas achou melhor não. Já bastava que ele ficasse com aquilo na cabeça, não precisava aborrecer mais gente por sua causa.


Acabaram almoçando panquecas, por serem rápidas, Harry estava com fome, o que era de se esperar, já que não tinha tomado café. Algumas cervejas amanteigadas a mais, e um sorvete, por conta da casa, e Harry sentia como se fosse explodir.


A conversa com Remo Lupin rendeu bastante, Harry contou sobre o ano anterior, tudo que acontecera, as brigas de Rony e Hermione, seu caso com Cho, o grupo de Defesa contra arte das Trevas, e Lupin, por sua vez contou alguns epiódios da juventude de seu pai e Sirius.


O sol já estava se pondo quando saíram do Três Vassouras. Lupin resolveu acompanhar Harry como estava até Hogwarts, se trocaria na escola, para o Jantar e a homenagem a Sirius.




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Hogwarts estava mais movimentada do que quando saíram.Algumas carruagens estavam estacionadas no gramado, e podia-se ouvir vozes vindo do salão principal. Harry resolveu sair de fininho e se trocar. Lupin despediu-se de Harry indo em outra direção, provavelmente teria que se aprontar também.


Não fazia a mínima idéia do que deveria vestir. Tinha suas vestes de festa, ainda as do quarto ano, e uniformes. Jeans e camisetas velhos e mufubentos, que tipo de coisa usaria para um jantar onde até o ministro da Magia estaria? Resolveu por tirar do fundo da mala as mesmas roupas que usara para ir ao ministério no dia de sua audiência.


Harry estava certo na sua preocupação, comparando com as vestes das pessoas no salão, estava parecendo um mendigo. O salão estava diferente, as mesas das casas haviam sido removidas e, em seu lugar, várias mesas redondas haviam sido espalhadas no espaço. a mesa dos profesores estava decorada com flores brancas e ramos verdes, uma grande foto de Sirius ao lado, com flores nos pés que a suportava. Estava bem mais jovem na foto, sorrindo, deveria ter sido tirada poruco depois de sua formatura em Hogwarts.Muitas pessoas enviaram lembranças, pelo jeito.


Passou os olhos pelas mesas, tentando achar alguém conhecido. Não sabia quem eram nem metade daquelas pessoas. Tonks estava em uma mesa, com Lupin, Shacklebolt e outros bruxos que Harry não conhecia. Alguns outros bruxos membros da ordem estavam em outras mesas próximas, Olho-Tonto Moody isolado em uma mesa no canto, olhando desconfiado para todos os convidados. Finalmente seus olhos pararam sobre uma massa de cabelos ruivos familiar. A mesa em que estavam os Weasley parecia se destacar das outras, Harry sentiu-se aliviado em vê-los ali.


Antes que chegasse à mesa, Rony viu-o se aproximando.


"Harry!"


Talvez fosse por que a voz de seu amigo fosse tão alta quando exclamou seu nome, ou talvez tivesse dado o azar de ter flado justo quando todos tinham feito um minuto de silencio, mas o fato é que todas as cabeças no salão viraram-se olhando para os dois meninos.


Harry sentiu o rubor vindo para suas faces. As pessoas olhavam para ele, e comentavam baixo para os outros na mesa, olhando com pena para o menino. Não queria que tivessem pena dele, não conheciam Sirius, a maioria. Só agora que estava morto resolveram se arrepender de tudo que falaram dele.


"Harry! Está bem meu querido?" Os braços fofos de Molly Weasley envolveram Harry em um abraço. "Pedimos a Dumbledore que pudesse passar seu aniversário conosco! O que acha?"


"Seria muito bom, sra.Weasley..." Harry sorriu, quase sem ar, pelo abraço de urso.


"Mãe, ele está ficando azul..." Fred, ou talvez fosse Jorge, disse em tom irônico.


Molly soltou Harry, ainda olhando o menino nos olhos por um tempo. "Oh, meu querido! Tudo por que você deve ter passado!!"


"Estou bem," Harry forçou um sorriso " Gosto de ficar em Hogwarts. É quieto, sem ninguém por aqui, mas agradável..."


Os outros Weasley cumprimentaram Harry, oferecendo sua simpatia. Com a exceção de Percy, todos estavam lá, inclusive Hermione que, como Harry, havia se tornado praticamente membro honarário da família.


Sentando-se entre Rony e Hermione, Harry sentia-se mais confortável. Parecia tanto tempo desde que vira os amigos!


No momento que sentou-se, Hermione começou a tagarelar sobre os NOM's... aparentemente tinha recebido I em todas as matérias, o que, na opinião de Harry, já era de se esperar.


"E você, Rony?" perguntou, com certa curiosidade.


"Fiquei com I em Defesa contra as artes das Trevas e Trato das Criaturas Mágicas só. Mas consegui EE em tranfiguração e feitiços, A em Astronomia, Adivinhação e Herbologia..."


"E poções??" Hermione indagou, erguendo uma das sobrancelhas.


" P..." Rony disse um tanto quanto desconsolado.


" P?!?!? Sério???" Harry estava boquiaberto.


"Não iria mais fazer poções de qualquer forma. Quer dizer, quem em sua sã consciencia iria passar mais dois anos na companhia de Snape?"


"Eu iria." Harry respondeu. Até Hermione parceu surpresa.


"M-mas... vc ODEIA Snape!"


"Com toda a minha alma..." retrucou, frio.


"Mas então..."


"Quero ser um Auror, como meu pai, e, se para isso precisar ageuntar mais dois anos daquele Filho da P..."


Mesmo Carlinhos e Gui, sem ter pego o ínicio da conversa ficaram impressionados com Harry, geralmente era Rony que ofendia os professores em especial Snape com tanta veemência...


"Seu pai era um Auror??" ao contrário de metade da mesa, Rony era o único completamente calmo. Já havia chingado snape tantas vezes que ofende-lo assim já era costume.


"Lupin me contou. E eu não vou descansar até conseguir, mesmo que signifique mais dois anos de Snape..."


Dumbledore levantou-se, e começou a falar, porte imponente, para todos no salão.


"Meus caros amigos e visitantes. Estamos aqui hoje, para prestar homenagem a um homem que deu sua vida pela nossa causa. Um home que foi injustiçado nos últimos quinze anos de sua vida, e que só agora recebe o reconhecimento pelos seus atos."


Nem uma mosca fazia barulho no salão.


"Sirius Black foi amado por muitos, em sua juventude, um rapaz de muitos amigos, sempre sorridente. Se por vezes pregava algumas peças, e nisso muitos hão de ter ternas lembranças...


Muitas pessoas no salão riram.


Harry tentava não prestar atenção no que Dumbledore dizia. Não queria ouvir sobre Sirius, queria esquecer, só por um momento do que tinha acontecido. Sabia o que ia acontecer se Começasse a lembrar de tudo, e, se todos já começavam a olha-lo com pena, sem dúvida sabendo da situação de Harry, se o vissem chateado de alguma forma isso apenas pioraria a situação. E a última coisa que precisava era de condolências de estranhos.


Foi quando percebeu que alguém muito baixo puxava a barra de sua calça. Olhando para baixo, viu um pequeno elfo doméstico tentando chamar sua atenção. Parecia não ter sido notado por ninguém, o que era da se entender, todos tinham os olhos pregados em Dumbledore.


A criaturinha. olhou-o nos olhos timidamente, e colocou um bilhete na mão de Harry, sumindo com um 'pop'.


Será que estava vendo coisas? Ninguém parecia ter reparado no aparecimento do elfo doméstico, tampouco seu sumiço.Harry ficou olhando para o papel em sua mão antes de abri-lo. que seria aquilo??


"Até onde você iria para resgatar Black?


S.S. "


Harry passou os olhos pelas mesas apressadamente. Onde estava Snape? Será que essa era sua idéia de uma piada?


"Harry? Você está bem?" Hermione perguntou um pouco preocupada.


"Estou com um pouco de... dor de cabeça. Acho que vou ao banheiro lavar o rosto..."


"Quer que eu vá com você?" Rony perguntou, pelos seus olhos também estava intrigado.


"Não, queria ficar sozinho, na verdade..." Harry forçou um leve sorriso, dando a entender que estava abatido por causa da lembrança da morte de Sirius.


Rony e Hermione concordaram silenciosamente, assim como o resto dos Weasley da mesa, deixaram que Harry saísse, compreensivamente. Qualquer um no salão entenderia o baque que era para o menino ouvir novamente da morte do padrinho.


Saindo sem levantar muita atenção, Harry sentou-se do lado de fora do corredor, as costas escoradas na parede, olhando para baixo.


O som de passos se aproximava, provavelmente alguém que havia se atrasado para a fgesta. Harry torceu para que a pessoa, quem quer que fosse, não o notasse. De olhos fechados, não se incomodou em ver quem era até que parasse em sua frente.


"Então?" a voz sedosa e venenosa de Snape entrou em seus ouvidos.


Harry fitou o professor com ódio.


"Até o Inferno."




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