Harry e Gina



N/A: Bom, gente, taí mais um cap. Aproveitem pq o proximo deve demorasr um pouco,pq vai ficar beeeeemmmm longo. Finalmente eu formei, teve o meu Baile, fiz o vestibular da UFMG e passei na 1ª etapa!!! Por causa disso eu ainda tô fazendo cursinho, estudando pra 2ª etapa, né... Mas fiquem tranquilos q o proximo cap não demora mais q duas ou três semanas... Brigada Mellody_Ingrer pelo comentário, não esqueça de deixar outro após esse capítulo. E por favor, quem tá lendo deixa uma resenha, please! Bjusss pra vcs e até o próximo cap!



Capíto 8- Harry e Gina




A porta da enfermaria foi violentamente aberta.


-ELA FUGIU!


Todos ficaram imóveis por um segundo, então um falatório terrível começou. Draco Malfoy urrava de fúria, Joan Took tentava explicar que os guardas estavam a vigiando quando segundos depois ela sumiu, Madame Cleany, a enfermeira, tentava em vão fazê-los pararem de gritar ali e Inch gritava algo sobre levar Bev para as masmorras. A única pessoa que continuou impassível foi uma senhora alta, de cabelos totalmente brancos enrolados num coque, vestida com trajes negros.


-CALEM A BOCA!


Todos olharam embasbacados para Beverly, que tentava fazer uma cara de desculpas.


-Vocês estão o deixando pior...


Ela apontou vagamente para Taylor, então Madame Cleany, tomou frente e abraçou a menina.


-Ela está certa! Vocês estão numa enfermaria! Vão discutir lá fora!


Draco Malfoy saiu bufando e arrastando a professora Took consigo. A enfermeira derramou algo na boca de Taylor e então saiu também. Ficaram na enfermaria somente os dois jovens e a senhora de veste negra.


-Como tudo aconteceu mesmo?


Bev fez cara de choro e desânimo.


-Já repeti a mesma história cinco vezes, Sra. Malfoy.


-E eu não estava presente em nenhuma das vezes.


Beverly suspirou. De todas as pessoas que nunca gostara, Fay Malfoy sempre estivera no topo da lista. Sempre de negro, com ar arrogante, bisbilhotando todos os lugares aonde o marido ia. Vivera na escola durante vários anos junto a Draco, mas na velhice resolveu voltar para a Mansão Malfoy.


-Eu já disse... Ela tinha colocado Taylor em detenção injustamente, e eu resolvi vigiá-los durante a detenção, porque já desconfiava dela...


-Como?


-Já estive na França várias vezes, inclusive nas ultimas férias, ela não tinha a aparência física de uma francesa, não tinha sotaque francês, e muito menos hábitos franceses...


-Prossiga.


-Então fiquei ao lado da porta e ouvi quando ela tentou contaminar a mente de Taylor. Eu entrei e peguei a primeira coisa que vi na minha frente e a acertei.


-Com o que você a acertou?


Beverly olhou para os próprios joelhos.


-Com um castiçal...


-Deu tempo de ver que era um castiçal?


-Percebi vagamente...


-Ah sim... E como ele desmaiou?


-Ela o atingiu com um feitiço...


-Antes ou depois de você acertá-la?


-Antes, é claro!


-E por que não mencionou que ela tinha o atacado?


-Hum... Eu estou cansada, já tive que repetir isso várias vezes, já é alta madrugada e passei por fortes emoções. Minha cabeça está confusa.


Fay Malfoy ficou calada. Olhava Beverly como se pudesse enxergar por dentro dela e visse uma palavra grande e vibrante: mentira. Como se deixara levar por tudo isso? Num segundo estava correndo e invadindo a sala dos professores, contando aos prantos que Sally Dust havia atacado Taylor e então dissera várias coisas, das quais não tinha certeza absoluta. Não podia se contradizer. Estava assustada.


A porta da enfermaria se abriu e os pais de Taylor entraram desesperados.


-Taylor!


Linda Looker correu e se colocou ao lado da cama onde Taylor descansava.


-É a Sra. Looker? Linda Lilá Looker? –perguntou Fay Malfoy observando-a atentamente.


-Sim, a mãe de Taylor. O que aconteceu com meu filho?


Todos olhavam para Bev. Ela suspirou, a noite seria longa.





Suas mãos tremiam, sentiu-se tonta e sentou-se desesperada no vaso sanitário. Olhava a poção azul na sua mão e não acreditava. Por que justo com ela? Olhou para sua agenda e o calendário a deixou ainda mais angustiada.


Não era possível.


-Liv! Não demore, ainda tenho que me arrumar! –veio a voz de Camila Sign por detrás da porta.


Levantou-se e olhou o rosto, sorrindo para seu reflexo no espelho, tentando parecer bem.


-Já vou!


Juntou suas coisas e saiu do banheiro, deixando Camila entrar. Olhou de relance para a cama de Beverly. Vazia. Não gostou disso. As garotas do quarto também comentavam a ausência dela, mas tentavam disfarçar isso na frente de Liv. Pegou suas coisas e desceu as escadas, saía da sala comunal quando sentiu uma mão no seu ombro.


-Bom dia, Liv.


-Bom dia, Charles.


-Viu minha irmã?


Ela ficou calada por uns segundos.


-Ela não dormiu no quarto dela?


Liv somente confirmou com a cabeça


-Se ela não dormiu aqui está com Taylor...


-Você acha que eles... Quem sabe...


-Não, não estão namorando. Estão com problemas. Vamos.


Ele a puxou pelo braço e andou pelos corredores, onde muitos olhavam na direção deles e comentavam algo. Ao chegar no Salão Principal algumas pessoas se calaram imediatamente.


-O que está acontecendo? –perguntou ele a todos que estão olhando.


Mas ninguém respondeu. Todos olhavam para Fay Malfoy, atrás deles.


-Sr. Bowl? Acompanhe-me, por favor. Se quiser pode vir também, Srta. Orchis.


Eles começaram a andar e Charles olhava de esguelha para a mulher do diretor. Há muito tempo que ela não vinha a Hogwarts, o que teria acontecido? Apesar da família Malfoy ser muito benquista pela população, Fay Malfoy nunca foi das mais aplaudidas. Trabalhava para o Ministério quando se casou com Draco Malfoy, e desde então era uma sombra do marido, quase lambendo o chão que ele pisava.


-O que aconteceu com minha irmã?


-Sua irmã está bem. Esta noite ela nos fez um grande favor, denunciou uma fraude.


Charles e Liv se entreolharam, começavam a imaginar do que se tratava. Entraram na enfermaria e Taylor e Beverly conversavam, tendo se calado assim que a porta se abriu.


-Bom dia a vocês dois. Srta. Bowl, seu irmão e sua amiga estão preocupados com vocês. Por que não conta a eles o que aconteceu noite passada?


-Claro, Sra. Malfoy. Bom, eu flagrei Sally Dust tentando contaminar a mente de Taylor e a denunciei. Mas ela fugiu nesta madrugada.


Liv ia falar algo quando Fay a interrompeu.


-Ah não, assim não. Por que não conta com detalhes o que aconteceu?


-Posso fazer isso depois, Sra. Malfoy. Agora estou com fome, e tenho certeza de que Taylor também está. A Sra. se importa em nos liberar?


-Mas seria bom que eles já soubessem, não acha? Para não ouvirem histórias distorcidas pelos corredores. Conte a eles, Srta. Bowl.


-Posso fazer isso no caminho para o Salão Principal.


-Ah não, com certeza aqui seria melhor, sem ninguém para ficar bisbilhotando o que vocês conversam.


“Ninguém além de você” pensou Bev.


-Não há nada para esconder. A Sra. já conhece a história, a direção já conhece, não há nada de errado em contar.


Fay encarou secamente Beverly como se a desafiasse. Então sorriu falsamente.


-Claro que não, nada de errado. Podem ir.


Assim que saíram da enfermaria Taylor deu um profundo suspiro de alívio. Charles abriu a boca para perguntar algo, mas Taylor o cortou.


-Aqui, não.


Começaram a andar e quando se viram um pouco longe da enfermaria entraram numa sala vazia e rapidamente, atropelando as palavras Taylor e Beverly relataram a noite passada.


-... e é isso. Nós vamos reabrir a Sociedade dos Poetas Mortos. –disse Bev por fim.


Charles sorria bobamente. Liv estava sem reação alguma. Então do nada Charles abraçou Bev fortemente.


-Finalmente! Finalmente, maninha! Comportando-se decentemente!


Bev tentou parecer brava, mas sorriu com o raro elogio do irmão. Todos olharam para Liv.


-Isso é errado. Traição da mais suja.


-Liv, é estranho que você diga isso –disse Bev olhando estranhamente para a amiga, como se a lembrasse de algo.


-Ora, Liv. Você não acha isso emocionante?


-Isso não é uma brincadeira, Charles. Se alguém faz uma denuncia Bev e Taylor serão presos. E sem anistia, ao contrário de sua mãe. Os colocarão na cela mais esquecida de Azkaban, onde nem há paredes, pois há vários dementadores em volta da pessoa, enlouquecendo-a. Isso não é brincadeira.


-Liv está certa nesse ponto, Charles –disse Taylor- Temos que levar isso a sério.


-Liv, é estranho que de repente eu tenha mudado de lado, mas você sabe porque. É claro que sabe. Minha mãe. Minha vida. Tem algo errado em tudo o que acontece, você não acha? Na sua vida também tem algo errado.


-Nem o conheci, talvez ele mereça...


-Ou talvez não. Você não sabe o motivo.


-Só porque eu não sei não quer dizer que não exista!


-Existe alguém que saiba o motivo? Não! É estranho!


Taylor e Charles olhavam as duas discutindo e não entendiam. Motivo de quê? Liv por fim de um sorriso fraco.


-Estou com você até a primeira reunião da Sociedade. Sou sua amiga, Bev, não vou te deixar na mão. Mas você terá que me provar que a família Malfoy deve ser combatida.


-Farei isso.


Ficaram um tempo os quatro em silêncio, até que Taylor se encaminhou para a porta.


-Vamos embora logo, se demorarmos Fay Malfoy pode querer nos procurar. Temos que ter cuidado enquanto ela estiver aqui.


Eles estavam andando em direção ao Salão Principal sendo observados por todos os alunos, alguns cochichavam baixo e apontavam, mas somente Liv parecia incomodada. Sentaram-se os quatro na mesa da Grifinória, embora muitos alunos dessa casa olhassem de cara feia para Beverly.


-Hoje vamos fazer o dever de casa juntos na biblioteca? –perguntou Liv.


Charles engasgou com sua torrada e a encarou sem entender nada. Mas Bev e Taylor pareciam achar uma ótima idéia.


-Isso seria ótimo, Liv –disse Bev.


-Seria? –perguntou Charles.


-Claro que sim, meu caro irmão. Não se esqueça que temos muito a fazer.


Charles então entendeu do que os amigos falavam.


-Ah sim... É mesmo.


-Mas o dever não precisa ser feito hoje -disse Taylor lembrando-se de algo- Eu tenho que fazer algo antes.

-O quê? perguntaram os três em uníssono.


-Passar em um lugar para pegar uma coisa –Taylor então abaixou a voz para que ninguém os escutasse- Sally mandou que buscasse algo antes na sala de Inch. Na gaveta mais bem guardada.


Charles deu uma risada irônica.


-Que lugar para se buscar algo, hein? Tô fora! Ali não vou nunca mais.


-Bom, o fato é que precisamos de algo que está lá, e parece que sem isso nada dará certo. Então pensem em algo. Agora tchau para vocês, porque estou atrasado.


Ele se levantou e rapidamente sumiu entre os outros alunos que também iam para suas aulas.


-O que vamos fazer? –disse Beverly, mais para si que para o irmão e a amiga.


Liv se levantou da mesa também.


-Deixem isso comigo, avise a Taylor que hoje à noite vamos estudar na biblioteca –e dizendo isso saiu e se misturou entre os alunos.


Charles olhou por onde ela sumiu.


-Garota esperta, a Liv.


-Aconteceu algo entre vocês?


Charles se levantou da mesa.


-Sem querer ofender, maninha, mas cuide da sua vida.


Bev riu e não falou nada. Levantou-se da mesa também, mas ao contrario de todos, pela primeira vez em sua vida mataria uma aula. Tivera uma noite conturbada e um início de manhã muito agitado para o seu gosto. Estava cansada. Precisava dormir.





Bev entrou em seu quarto já arrumado pelos elfos domésticos. Passou pelas camas de suas companheiras de quarto e se jogou na sua própria cama. Já fechava os olhos para aproveitar um sono bem calmo quando viu a agenda de Liv debaixo da cama. Com um pouco de paciência levantou-se e pegou o objeto do chão.


-Você nunca foi desorganizada, Liv. Justo agora no último ano?


Jogou a agenda na cama da amiga e ela se abriu numa página marcada. Normalmente não daria atenção ao fato, mas a pagina estava toda rabiscada. Chegou mais perto e observou melhor. Havia desenhos rabiscados e várias cruzes, meio que simbolizando a morte. Havia inscrições de desespero e angústia e isso preocupou Bev. Já vinha notando a amiga diferente, mas não pensou que ela estivesse seriamente aflita.


-O que está te acontecendo...?


Folheou as páginas da agenda e parecia tudo normal, até os dias do mês passado, quando todos estavam cortados com um ‘x’. Depois de pouco mais de um mês de ‘x’ começavam as cruzes, desenhos rabiscados e frases sem sentido.


Fechou a agenda com o coração batendo forte. Começava a ficar preocupada. Parecia que Liv estava contando os dias e que algo ruim aconteceria em breve. Tentou lembrar da família dela, se havia alguém doente ou coisa assim, mas todos estavam bem. Na escola ela também parecia bem, tinha boas notas, não estava brigada com ninguém...


Mordeu o lábio inferior, havia um assunto com Liv que ela não tivera coragem de perguntar, e agora depois de ver a agenda certas idéias começavam a se formar em sua cabeça, mas... Não. Não devia ser nada ligado a isso. Deixou a agenda quieta em cima da cama dela e voltou para a sua. Ainda com o coração batendo forte e com a cabeça perturbada ela tentou dormir.




Liv bateu na porta da sala de Runas Antigas.


-Pois não, Srta. Orchis? –perguntou a professora.


-A prof. Took está chamando a Bexter na sala dela.


Toda a sala olhou para Sophie Bexter. Espanto na cara de um, desprezo na de outros e curiosidade na cara de muitos. Sophie se levantou calmamente e saiu com suas coisas. Assim que saiu da sala andou alguns passos antes de falar:


-Não devia ficar me tirando da sala, Liv.


-Desculpe, Sophie, mas preciso de uma ajuda em algo, e não sei a quem recorrer.


-Escute bem, Liv Orchis. Não é porque somos primas que eu faço questão de ter contato com você. Onde estão seus amigos?


-A ajuda de que eu preciso não poderia pedir a Taylor nem Charles, por milhares de motivos. E Bev também não é a mais indicada.


-Então você veio pedir ajuda a esquisita da sua prima?


Acabara de se lembrar porque conversava tão pouco com Sophie apesar de serem primas de primeiro grau. Abriu a boca para tentar falar que não achava esquisita, mas desistiu.


-Preciso da sua ajuda. Vai me ajudar ou não?


-O que eu ganharia com isso? Já digo que dispenso a sua gratidão.


-Você odeia o Inch, não? Pois preciso entrar na sala dele para roubar algo.


Sophie arregalou os olhos. Liv roubando algo? Esperaria isso que qualquer um, menos da perfeita Liv, a neta preferida e a graça da família.


-O que te deu?


-Taylor precisa de algo que está naquela sala.


-E porque ele não busca?


-Ora, depois de mandar o zelador todo acabado para a enfermaria, invadir a sala dele é a última coisa que Taylor quer fazer.


Sophie a encarou.


-Mas você não é apaixonada pelo Bowl, por que se arriscar pelo Looker? Pra fazer ciúmes?


Liv ficou vermelha.


-Não sou apaixonada por Charles, e mesmo se fosse você não tem nada com isso. Afinal, vai me ajudar ou não?


-O que eu tenho que fazer?


-Jogar charme para o Inch enquanto eu entro na sala dele. Depois eu chegarei por trás dele e lançarei uma azaração e vou apagar a memória dele, para que a culpa não venha a cair em cima de você.


Sophie ficou calda por uns momentos e então gargalhou.


-Fazer charme?


-Ora, Sophie, você pode ser meio diferente –Liv fez de tudo para não dizer ‘estranha’- Mas bonita você é. Se você fosse mais simpática diria que você tem um jeito de modelo. Alta, loura, olhos claros, cintura fina...


-Ok, chega. Mas o que te faz pensar q...


-Digamos que eu já fui assediada por ele.


Sophie ficou calada por uns segundos então tentou mudar de assunto, mesmo Liv não sendo alguém de quem ela gostava muito, percebia que a prima estava constrangida.


-Então você vai invadir a sala e nada vai sobrar pra mim?


-Não.


-Ok, então vamos. Você me explica no caminho como eu devo fazer...


Andaram devagar para que Liv explicasse tudo à prima. Quando chegaram perto da sala do zelador, Liv ficou escondida enquanto Sophie foi bater à porta. Viu quando a prima inventou uma desculpa e tirou Inch da sala, virando o corredor logo em seguida.


O mais rápido que pôde abriu a sala e foi até a mesa do zelador, forçou todas as gavetas, mas todas estavam trancadas.


-Ora, como vou saber qual é a mais bem guardada?


Com um feitiço simples, mas pouco conhecido conseguiu abrir cinco das seis gavetas. Somente uma continuava trancada. Era essa que tinha que abrir.


-Como vou fazer isso?


Pensou nos feitiços normalmente usados por famílias de sangue-puro para proteger algo. Havia um que provavelmente seria o certo, mas ainda havia um problema...


-Unlocos Magicis –pronunciou o feitiço, mas ainda havia uma senha a se descobrir, e isso seria difícil- Segredo. Secreto. Confidencial.


Nada aconteceu.


-Sigiloso.


Ainda fechado.


-Perigoso.


Nada.


-Confiscado.


A gaveta estava tão imóvel quanto antes. Precisava andar rápido, não sabia quanto tempo Sophie conseguiria enrolá-lo. Então algo veio em sua cabeça...


-Garotas.


Com um estalo a gaveta se abriu, mas o sorriso de Liv foi facilmente desfeito ao ver que tudo que havia ali era um pergaminho velho e caindo aos pedaços. Pegou-o com uma ponta de decepção. Isso? Bom, se Sally Dust havia mandado buscar algo nessa gaveta é porque provavelmente era importante. Guardou na mochila e saiu correndo dali.


No lugar combinado encontrou Sophie mexendo em seus cabelos com um ar lírico para perto de Inch. Teve vontade de rir, mas se controlou. Com muito cuidado se aproximou e gritou.


-Petrificus Totalus!


O corpo de Inch se endureceu e caiu no chão, com os olhos arregalados.


-O que é isso? Abusando das boas alunas desse colégio? Draco Malfoy saberá disso!


Sophie fez um cara terrível de vítima e começou a chorar, soluçando.


-Ele estava tentando se aproveitar de mim, Orchis.


Rudeus Inch tentava em vão negar com a cabeça, mas seus olhos mostravam desespero.


-Já se insinuou para cima de mim, agora mais uma. Fique preparado para partir, porque assim que eu avisar o diretor o senhor estará fora dessa escola!


Sophie chorava e se abraçou a Liv, como pedindo amparo. Liv o olho com nojo e ele estava prestes a ter um enfarto de tanta aflição.


-Finite Incantatem –pronunciou ela- Vá para sua sala que o diretor o chamará!


Ele se levantou com um pouco de dificuldade e saía correndo quando Liv o acertou com um feitiço pelas costas.


-Obliviate!


Ele virou o corredor e as duas saíram correndo eufóricas. Sophie ainda chorava, mas agora percebia-se claramente que chorava por não conseguir conter o riso. Pararam de correr quando viram que estavam seguras.


-Pode me chamar sempre que precisar fazer algo assim, Liv. –disse Sophie respirando com dificuldade, tanto pela corrida quanto pelos risos- Odeio esta direção, odeio esse povo perfeito demais, até me admira que você esteja fazendo essas coisas...


Liv sorriu como se tivesse sido elogiada.


-Se quer saber, eu gostei disso... Mas já que você tocou no assunto da direção... Talvez você queira saber de algo que Taylor está fazendo...




Estavam os três na biblioteca, já ansiosos.


-Onde está, Liv? –perguntou Charles.


-Vou te dizer pela terceira e última vez: eu-não-sei.


-Mas ela disse que viria estudar! Será que...


Mas ele não pôde continuar a frase porque Milly Bradforth, primeiranista prima de Taylor, os interrompeu.


-Olá, Taylor. Aquela amiga sua, Liv Orchis. Ela me pediu para dar um recado. Decidiu estudar na sala perto da estatua de Mafalda, a Animaga no terceiro andar.


-Ela disse isso, Milly?


-Aham. Estava ela e uma outra menina da Corvinal.


Os três se entreolharam apreensivos.


-Você nos leva lá?


-Claro!


Imediatamente juntaram seus materiais em suas mochilas e seguiram a pequena que mostrava o caminho. Andaram por um tempo e qual não foi a surpresa deles ao encontrar Liv ao lado de ninguém menos que Sophie Bexter. As duas rindo de algo.


-Hum... É, olá. –disse Taylor meio confuso- Bexter vai estudar com a gente?


-Ah sim. Ela me ajudou a conseguir aquilo. Ela está com a gente.


-Posso ver? –perguntou Taylor.


Liv parou de sorrir. Abriu a mochila e tirou um pergaminho velho.


-Na gaveta mais bem guardada daquela sala só havia isso. Eu já abri e dei uma olhada, mas não tem nada escrito.


-Nada que a gente possa ver –disse Beverly tomando o pergaminho das mãos de Taylor. Em seguida passou uma borracha que mostrava tinta invisível. Nada aconteceu.


-Ora, deve ter magia protegendo isso –pegou Charles. Apontou sua varinha para o pergaminho- Finite Incantatem.


Na mesma hora letras grandes, verdes e floreadas apareceram no topo do pergaminho. Charles leu em voz alta para os amigos.


Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas perguntam ao aluno Charles Bowl se ele pretende utilizar esse pergaminho para seguir as regras da escola.


Charles olhou estupefato. Como aquilo sabia o seu nome? Mas sem nem mesmo pensar direito ele respondeu instintivamente.


-Claro que não!


-Charles!


Todos olharam para Bev.


-Talvez não seja essa a resposta, não deveria ter respondido imediatamente!


Mas as novas letras que apareceram no pergaminho pareciam contrariar Bev. Charles leu em voz alta.


-Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.


O pergaminho se abriu em várias paginas, e no topo algo estava escrito.


Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas,

Fornecedores de recursos para alunos malfeitores, ,

Têm a honra de apresentar,

O MAPA DO MAROTO,


Charles, Liv, Beverly, Taylor, Sophie e Milly então se curvaram e pasmos perceberam que aquilo era nada mais, nada menos que um mapa completo de Hogwarts. E mais espantoso ainda era ver seis pontinhos juntos no terceiro andar: Charles Bowl, Beverly Dylan Bowl, Liv Orchis, Taylor Looker, Sophie Bexter e Milly Bradforth. Olharam para o segundo andar e puderam ver o ponto Fay Malfoy andando em direção ao terceiro andar, onde eles se encontravam.


-Vamos sair daqui! –disse Taylor.


Correram até se verem bem longe do ponto de Fay Malfoy. Estavam assustados, mas ter um mapa daqueles em suas mãos lhes dava uma estranha sensação de poder. Estavam eufóricos.


-Então, o que devemos fazer com isso, Taylor? –perguntou Liv.


-Eu não sei. Mas Sally disse que os livros dela me daria todas as respostas que eu precisasse. Vou levar o mapa comigo e amanhã conto a vocês.


-Sally? Sally Dust? Mas a Bowl não a denunciou? –disse Sophie.


-Bom, Sophie, digamos que Bev só obedeceu a uma ordem que a própria Sally deu.


-Eu também quero ver, Taylor –disse Milly.


Não tinha como afastá-las. Sophie e Milly acabaram de os ajudar e, além disso, já sabiam demais.


-Ok, encontrem-me antes do café da manhã, aqui mesmo onde estamos. Quinto andar.


Todos confirmaram com a cabeça.


-Ótimo, agora vamos embora.


Taylor pegou a mão de Milly e saiu com ela para a sala comunal, onde se despediu da prima mandando que ela não contasse nada para ninguém, então subiu para o seu quarto. Foi direto ao seu malão, onde encontrou os três grossos livros que Sally dera a ele.


Pegou o primeiro. Era de capa dura, com uma cor vibrante de vermelho sangue, não havia nada escrito na capa. Abriu e com um sorriso fraco nos lábios pode ler ‘Sociedade dos Heróis Mortos: A História’ em letras grandes e douradas. Virou a página e havia um índice.

Prólogo- Da formação da Sociedade dos Heróis Mortos --------------- pág. 06

Capítulo 1- Um garoto chamado Tom Riddle --------------------------- pág. 31

Capítulo 2- A Câmara Secreta --------------------------------------------- pág.69

Capítulo 3- O Lord das Trevas -------------------------------------------- pág. 111

Capítulo 4- O menino-que-sobreviveu ----------------------------------- pág. 189

Capítulo 5- Pedra Filosofal e a reabertura da Câmara Secreta -------- pág. 220

Capítulo 6- A volta de Rabicho a seu mestre ---------------------------- pág. 298

Capítulo 7- A ressurreição de Lord Voldemort e início da guerra ---- pág. 321

Capítulo 8- As três Divisões: 0, 5ª e 11ª --------------------------------- pág. 399

Capítulo 9- Talismã do Cobra e a queda do Forte Negro -------------- pág. 463

Capítulo 10- Anos de luta ------------------------------------------------- pág. 502

Capítulo 11- Gina Potter e a Ordem da Fênix -------------------------- pág. 577

Capítulo 12- O fim --------------------------------------------------------- pág. 610

Capítulo 13- Tempo De Trevas ------------------------------------------ pág. 686

Considerações Finais e AJUDA------------------------------------------ pág. 707

Somente de ler o nome dos capítulos sentiu suas mãos tremerem. O que há mais de 50 anos era acobertado estava em suas mãos neste momento. Mas se conteve, tinha que descobrir o que fazer com aquele mapa.


Um mapa servia para quê? Para se encontrar lugares. Então provavelmente deveria saber onde se reunia a Sociedade. Foi na ultima página denominada ‘AJUDA’ e lá havia um quadrado em branco e um botão ao lado escrito ‘OK’. Pegou sua pena e escreveu duas palavras-chaves: ‘Sociedade’ e ‘local’. Apertou o botão ‘OK’ E então o quadrado voltou a ficar branco, mas logo abaixo do quadrado estava escrito:

Resultados encontrados:

PAG 07, PAG 28, PAG 204, PAG 382, PAG 690.


Abriu no primeiro resultado encontrado, na página 07. Passou os olhos por entre as palavras até encontrar o seguinte trecho: “Com a ajuda de um antigo membro da AD descobrimos a Sala da Requisição, situada no sétimo andar, bem na frente daquele tapete onde Barnabás está sendo golpeado por alguns trasgos. Para entrar nesta sala é preciso caminhar entre as paredes três vezes e se concentrar naquilo que se precisa.”


Pegou um pedaço de papel e anotou aquilo. Então olhou novamente o livro. Não estava tão tarde, podia começar a lê-lo agora...




Milly chegou e todos estavam no lugar combinado. Todos, exceto Taylor.


-Onde está seu primo? –perguntou Sophie.


-Não sei, achei que estivesse aqui.


Bev bufou de impaciência.


-Será que ele se esqueceu?


-Não, Bev. Com certeza não. Simplesmente perdi a hora.


Taylor tinha olheiras profundas e uma cara de extremo cansaço.


-O que aconteceu com você?


-Fiquei até às 5 hr da manhã lendo.


Antes que mais alguém perguntasse outra coisa ele tirou o livro de dentro da mochila e entregou nas mãos deles. Até mesmo Charles parecia interessado no livro.


-Vamos andando. Não é bom ficarmos com isso por aqui.


-Aonde vamos? –perguntou Beverly já seguindo Taylor.


-Sétimo andar. Há um local chamado Sala da Requisição. É lá que a Sociedade se reunia antes, e é onde voltará a funcionar.


Durante o caminho contou um resumo do que lera no livro. Parara na página 220, no início do capítulo 5, e até ele havia acontecido tanta coisa... Os outros cinco ouviam em silêncio, mas com os ouvidos bem apurados.


Chegaram à enorme tapeçaria de Barnabás sendo golpeado por trasgos.


-Bom, nós temos que andar por essas paredes três vezes, nos concentrando no que precisamos –disse Taylor verdadeiramente nervoso.


Os seis se concentraram, cada um a seu modo. Liv apertava os lábios, Bev segurava forte nas mãos do irmão, que também retribuía o aperto. Sophie prendia a respiração e Milly fechou os olhos, por isso sendo puxada por Taylor, que sibilava alguma coisa bem baixinho. No fim da terceira volta apareceu uma porta. Taylor soltou a mão de Milly e girou a maçaneta.


-Uau... –disse Charles.


Taylor não conseguia encontrar melhor adjetivo que ‘uau’. A sala estava cheia de objetos que eles comumente viam nas salas de DCAT e havia pufes por todos os lados.


-Ela falou sobre aulas de defesa... Deve ser pra isso os pufes, amortecer possíveis quedas.


Mas Liv olhava para um canto da sala onde havia duas placas douradas, uma embaixo da outra, em que se lia nas gravações em baixo relevo.

Armada Dumbledore

Sociedade dos Heróis Mortos


-O que foi a ‘Armada Dumbledore’?


-É citada no prólogo. Acho que foi um movimento de resistência assim como a Sociedade –disse Taylor.


-O que é isso?


Todos olharam para Milly. Ela tinha nas mãos um tipo de controle remoto, que somente havia um botão vermelho no centro.


-Milly, não pense em tocar...


Mas era tarde. A garota com seu indicador já havia apertado bem fundo o botão. Todos prenderam a respiração. Nada aconteceu. Taylor suspirou.


-Ah bom, achei q...


Então a sala se encheu de um clarão que durou por alguns segundos. Quando a luz forte sumiu havia dois adolescentes no meio da sala.


-Sejam bem-vindos à Sociedade dos Heróis Mortos- disseram em uníssono.


Um garoto de cabelos negros e rebeldes, de olhos verdes usando óculos e com uma cicatriz em raio na testa junto a uma garota clara de longos cabelos ruivos e olhos castanhos sorriam para eles.


-O que diabos é isso? –exclamou Charles.


-Meu nome é Harry Potter...


-... e o meu é Gina Weasley...


-... e nós somos uma projeção mágica construída com memórias daqueles que nos conheceram...


-... e estamos aqui para ajudar na reconstrução da Sociedade dos Heróis Mortos.


Os seis ficaram parados olhando para Harry Potter e Gina Weasley, pessoas que haviam morrido há cinqüenta anos atrás. Taylor então ouviu Milly exclamar maravilhada:


-Os dois são tão bonitinhos, não acham?...


Todos achavam.

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