Cumprindo ordens



Capítulo 12- Cumprindo ordens

Liv acordou com as pernas doendo um pouco e ligeiramente tonta. Novamente enjoada. Levantou-se e foi de camisola para o banheiro, onde se olhou no espelho. Estava um lixo. O cabelo todo despenteado, a cara amassada e o rosto todo sujo, já que ela não tirara a maquiagem antes de dormir. Olhou para si e sorriu, há muito não se sentia tão bem. Lembrou-se do beijo e de tudo o que havia acontecido na noite passada.


Seu olhar ficou perdido enquanto um flash passava pela sua cabeça. A dança, o beijo, as ordens de Sally e então os fantasmas aparecendo e Fay Malfoy dando conta deles. Fay Malfoy, de onde ela havia surgido? Era hora da Sociedade ter mais cuidado, aquela mulher não estava para brincadeiras e, como a mãe de Taylor havia mencionado, fora justamente Fay quem desmascarou a primeira Sociedade.


-É óbvio que ela está rondando a escola novamente... –disse para seu reflexo.


Lavou o rosto direito e depois trocou-se, indo tomar o café-da-manhã. Quando desceu as escadas encontrou uma cena previsível, as pessoas estavam todas agrupadas, cochichando. Ela sorriu e desceu confiante, certa pela primeira vez em muito tempo de que o assunto não era ela. Passou direto e ainda ouviu uma segundanista dando um tapa na amiga por repetir o nome de Pirraça.


Saiu pelo retrato e foi para o Salão Principal pensando nisso. Seria muito fácil cumprir a segunda ordem, talvez não precisassem fazer nada demais. Todos ali nunca tinham visto um só fantasma em toda a sua vida, e os que haviam visto, não fizeram isso na Inglaterra. Na primeira vez que fantasmas eram visto em 50 anos, eles vinham acusando o diretor de Hogwarts de ser um assassino. É, era uma fofoca grande. Lembrou-se de Luc dizendo “Você sabe qual é o maior crime dos fantasmas, Liv? Eles nunca esquecem”.


E o que havia para não se esquecer? Assassinatos, traições e mortes. Além do caráter de Harry Potter e a falta disso em Draco Malfoy. É, pai e filho haviam sido muito espertos em prender todos os fantasmas, eles podiam ser inimigos fortes.


No Salão Principal, ao contrário do que acontecia nos salas comunais de toda a escola, o silêncio reinava. As pessoas tomavam seu desjejum com uma cara de sono ou de tédio. Era domingo e isso ajudava para deixar o local vazio e ainda mais silencioso. Mas o motivo maior de todo o silêncio estava sentado ao lado de Draco Malfoy: Fay. Novamente a mulher estava lá, vestida de negro, com aquele presença imponente, parecendo ler os pensamentos de todos à procura de subversão. Desviou o olhar dela, melhor não encará-la.


-Sente aí, Liv –convidou Taylor, cuja expressão estava tão entediada quanto à dos outros. O garoto abaixou a voz um pouco quando voltou a falar- Como está a sua sala comunal?


Ela deu um breve sorriso e abaixou os olhos para as suas torradas.


-Está ok.


Ele tentou esconder o sorriso.


-É, na Grifinória está ok também. Acho que não teremos que fazer muito coisa a respeito.


Ela escondeu o sorriso e passou a fingir tédio.


-Por enquanto não, só temos que ficar atentos. Temos que arranjar um jeito de não deixar essa história se perder...


Taylor engasgou e ela lhe ofereceu suco. Ele tomou rápido e ela voltou a prestar atenção em sua comida.


-Comeu muito rápido? –gracejou ela.




-Fay Malfoy está olhando diretamente para cá –respondeu ele, muito sério.


Liv ficou pálida, mas não desviou o olhar da mesa. Respirou fundo e tentou fazer suas mãos pararem de tremer.


-Finja que você não percebeu –disse ela- Aja o mais naturalmente que puder.


Mas era difícil agir naturalmente quando se sabia que um demônio daqueles estava de olho neles. Por sorte, nessa hora a coruja roxa de Liv, Wou, apareceu trazendo uma carta. Liv pegou o pergaminho da pata do animal, e o bichinho ficou ali, bicando o farelo das torradas.


A garota abriu o pergaminho e ficou com a expressão impassível. Taylor percebeu que a amiga estava estranha, segurando um pequeno pedaço de papel olhando fixamente para ele, sem mover os olhos. Além disso, o corpo dela parecia duro, e as mãos delas apertavam a carta com força.


-Notícia ruim? –perguntou ele, com cuidado.


-“Tome se precisar de um desmaio” –leu ela, olhando em seguida para o amigo.


Taylor ficou parado também, sem entender nada.


-O que isso significa? –perguntou ele.


-Eu sei tanto quanto você, Taylor. Mas algo me diz que eu terei problemas.


Ele voltou a comer, lembrando-se de que devia agir como se nada estivesse acontecendo. Ela entendeu a atitude dele e tomou um gole do café, depositando despistadamente um comprimido no pires. Taylor viu o comprimido.


-Por que você precisaria de um desmaio? –perguntou ele, com a expressão de quem diz “que dia bonito”.


Ela sorriu, para completar a encenação, e deu de ombros.


-É o que eu gostaria de saber.


E a resposta veio rápido, Liv e Taylor ainda tomavam café quando a professora de Poções, Joan Took, apareceu procurando a menina.


-O diretor Malfoy deseja vê-la, Srta. Orchis –disse ela- A nova senha é “inseto”.


-Posso terminar de comer? –perguntou a menina, de forma inocente.


-É claro que pode –sorriu a mulher- Não vamos querer que você passe mal, vamos?


Liv sorriu também e observou enquanto a professora ia embora.


-A professora Took é severa, mas parece muito justa. Será que ela imagina o tipo de pessoa que o diretor é? –indagou Taylor.


Liv deu um suspiro profundo e pegou alguns biscoitos.


-A pergunta que eu me faço, Taylor, é: quem não imagina? –filosofou ela- Eu estava pensando esses dias. Ora, os nossos professores, as pessoas do alto escalão do governo... Todas essas pessoas não são tão jovens para que possam ter sido doutrinadas perfeitamente. Todos eles têm um pai, um tio ou uma avó que contava histórias diferentes daquelas que o nosso caro diretor conta. Acho que neste momento, Draco Malfoy é para eles assim como Deus: você pode até acreditar no que dizem, mas no fundo sempre se tem alguma dúvida.


A menina se levantou, deu um novo sorriso para o amigo e foi em direção à sala do diretor. Quando entrou, encontrou as duas pessoas que imaginava: Draco e Fay.


-Bom dia, diretor. Bom dia, Sra. Malfoy –cumprimentou ela.


-Sente-se, Srta. Orchis –disse ele, sério.


Ela sentou e olhou para os dois de forma confusa. Não estava fingindo, sinceramente não sabia o motivo que lhe trazia ali.


-Você sabe por que está aqui, menina? –perguntou Fay, quase lendo seus pensamentos.


Liv balançou a cabeça.


-Não, Sra. Malfoy. Eu não sei.


Ela abriu a boca para falar, mas Draco a interrompeu com um gesto. Ela se calou à contra-gosto e permaneceu de pé, atrás da cadeira onde o marido estava sentado.


-Diga-me, Srta, sabe quem é aquele moço com quem dançou ontem à noite?


Céus, como nada escapava aos olhares daqueles dois. Sabiam até mesmo com quem ela havia dançado.


-Luc Camel, diretor. Ele me disse que era o produtor da banda.


-Pois eu lhe asseguro que a banda não tem nenhum produtor com esse nome.


Ela ficou de queixo caído. Sabia que esse não era o nome dele, mas não imaginou que ele tivesse mentido a profissão também.


-Você não tem nada a dizer sobre isso? –perguntou ele, inquisidor.


-Como eu poderia? –reagiu ela- Para mim não haveria motivo para eu desconfiar dele. Afinal, se não era quem dizia ser, como entrou em Hogwarts?


Draco levantou uma sobrancelha e sorriu triunfante.


-É exatamente isso que eu gostaria de saber.


Ela balançou a cabeça e deu de ombros.


-Eu sinto muito, diretor. Mas não posso ajudar.


Ele permaneceu calado, olhando fixamente no fundo dos olhos dela. O coração de Liv estava disparado, se ele imaginasse a verdade, ela estaria perdida.


-Não é curioso –ironizou Fay- Que dentre tantas garotas na pista ele foi tirar para dançar justo você?


Liv sentiu o rosto corar, sentia o desprezo da mulher fortemente.


-Talvez tenha me tirado pra dançar por pena –respondeu ela, sustentando o olhar da mulher.


-Ou talvez sabia que você era fácil –completou Fay, olhando para a barriga de Liv.


O rosto de Liv corou imensamente e ela abaixou o olhar, fixando seus olhos em seus joelhos.


-É, talvez –disse ela, fingindo uma tosse.


-Chega, Fay –disse Draco, ainda encarando Liv.


A mulher calou-se fazendo uma careta, e Liv não sabia se devia tomar o comprimido ou não.


-Só mais umas poucas perguntas antes de você ir –voltou Draco a falar- O que vocês conversaram?


Ela fingiu estar puxando a memória na lembrança e enquanto isso tossiu mais duas vezes. Então fez uma expressão vazia.


-Nada demais. Eu estava sem saber o que falar, então elogiei o trabalho da banda, e ele só deu respostas do tipo “é, eu sei” –falou, tossindo mais uma vez antes de terminar.


-Ele não falou nada mais? –perguntou Draco, com o cenho franzido.


Ela abriu a boca para respondeu, mas fingiu uma crise tosse, tapando a boca com a mão. Sem que os dois percebesse, Liv jogou o comprimido que estava em sua mão para dentro da boca, engasgando de verdade dessa vez. Draco levantou-se para acudi-la, mas ele não conseguiu parar a tosse dela. O efeito do comprimido foi imediato, e tudo que ela viu antes de desmaiar foi os olhos cinzentos do diretor.


Draco segurou o corpo da menina para que ela não desabasse no chão, e assim que ela estava em seus braços, lançou um feitiço que a acordou. Liv olhou tonta para os lados, estava tudo girando.


-Como se sente, Srta. Orchis? –perguntou ele, um tom ansioso em sua voz.


Ela tapou a boca para impedir a ânsia de vômito que sentia. Draco levantou o corpo dela e a encarou preocupado, Fay ainda não havia movido um músculo.


-Enjoada –foi tudo o que ela disse, assim que viu que não havia mais perigo de vomitar na cara do diretor.


Ele fez sinal para que ela se levantasse e ofereceu o braço a ela.


-Vou levá-la à enfermaria, Fay –então olhou para Liv- Você já está dispensada, obrigado por responder às questões.


Ela só balançou a cabeça sem responder nada, estava horrivelmente enjoada. Ao dar um primeiro passo, sua perna amoleceu e ela por pouco não foi ao chão de novo, se Draco não a tivesse segurado. Mas naquele segundo aconteceu algo que nem mesmo Sally Dust, com toda a sua inteligência e todos os seus planos poderia ter previsto. Liv, ao fraquejar das pernas, deixara sua cabeça pender para o chão, e ao fazer isso viu que o tapete estava fora do lugar, provavelmente porque Draco correra para acudi-la. O tapete escondia um alçapão.


Draco segurou Liv novamente e a ajudou-a a ficar de pé. O coração dela estava disparado, o que esconderia um alçapão debaixo da mesa de Draco Malfoy? Olhou ainda tonta para Fay Malfoy, mas pela cara de desprezo da mulher, ela não desconfiara do que Liv acabara de perceber.


-Vamos, menina –disse Draco, ligeiramente irritado- Tente ficar de pé.


Liv olhou de Fay para Draco, o coração ainda disparado e a cabeça tonta. Um flash de tudo o que sabia passou pela sua cabeça e ela sentiu-se ainda pior. Desmaiou outra vez.
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Beverly entrou no banheiro das monitoras esperando estar sozinha, e foi grande a sua surpresa ao ver que o banheiro não só estava cheio, mas como barulhento. Assim que ela entrou, parte do barulho cessou imediatamente, mas ela ainda pôde ouvir a palavra “fantasma”. As garotas todas olharam para ela com uma cara apreensiva, afinal sua fama de denunciar os outros era vasta.


-Bom dia –cumprimentou de modo simpático- Eu não fui ao Baile. Alguém podia me contar o que aconteceu?


Todas elas pareceram meio receosas, até que uma monitora sextanista da Grifinória começou a contar desenfreadamente, enquanto outras faziam comentários por cima da fala da garota. Bev tentou fazer as mesmas expressões surpresas de que havia feito enquanto Liv lhe contava na noite anterior, e não foi mesmo difícil, porque a cada momento uma contava uma versão um pouco diferente, provavelmente distorcida.


-Ele falou que Draco Malfoy era um assassino? –espantou-se a loura.


-Isso mesmo –confirmou uma quintanista da Corvinal- E ainda o provocou, perguntando quantos ele tinha matado para durar até agora.


Beverly ficou mais séria do que gostaria. Merlim, a pergunta era justa, quantos Draco e Lúcio teriam matado, torturado e prendido injustamente? Pensou no pai biológico de Liv, preso antes mesmo da garota nascer. Lembrou da própria mãe, trancada numa cela em Azkaban só porque se expressara contrariamente a uma medida adotada pelo Ministério. As monitoras perceberam a mudança de humor de Beverly e algumas já se arrependiam de ter contado tudo a ela.


-Vocês acham –perguntou Bev com receio, mordendo o lábio inferior- Que esse fantasma pode estar certo? Quero dizer, todas de nós já ouviu alguma história estranha de alguém que desapareceu e... –Bev calou-se e fez um ar de devaneio- Não, esqueçam. E loucura pensar que pai e filho Malfoy são assassinos calculistas que mataram Harry Potter e Voldemort e assumiram o poder. –fez um muxoxo com a mão- É tolice.


O efeito pretendido por Beverly foi alcançado imediatamente, algumas meninas soltaram gritinhos agudos e taparam a boca com a mão. Apesar de estarem alimentando a fofoca, nenhuma delas havia sequer considerado a idéia real do diretor ser um assassino, e Beverly acabava de lançar uma semente de dúvida nas mentes delas.


Uma setimanista da Lufa-lufa a encarou extremamente séria e então a cutucou grosseiramente.


-O que quis dizer com isso, Bowl? –perguntou a menina, com tom de ansiedade e irritação.
Bev esquivou-se da menina e olhou para as outras com uma expressão repressora.


-Eu não quis dizer nada. E se Fay Malfoy trancou esses fantasmas novamente, talvez ela queira saber também de quem está alimentando as fofocas sobre eles –ameaçou ela. As monitoras pareceram ligeiramente assustadas- Vocês estão proibidas de comentar esse assunto ou qualquer coisa que tenha sido dita aqui nesse banheiro, ouviram?


Ninguém respondeu e nem se mexeu. Beverly fingiu estar irritada.


-Eu não ouvi nenhuma resposta. Estão proibidas, ok?


Algumas delas balançaram a cabeça positivamente, outras resmungaram alguma coisa. Bev se deu por satisfeita e saiu dali. Assim que virou um corredor, ela permitiu-se um sorriso e uma gargalhada.


-Muito fácil... –comentou consigo.


Lembrou-se de Sally e da estratégia utilizada por ela: proibir para atiçar. Sorriu mais uma vez e dirigiu-se ao Salão Principal. Estava morrendo de fome.
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Taylor abriu a porta da sala da Requisição, e olhou desolado para o monte de livros que a sala continha. Céus, como Sally esperava que ele adivinhasse sozinho que dentro de um livro daqueles havia uma chave que abria um cofre em Gringotes? Pegou o controle remoto deixado em cima de uma mesinha e apertou um botão, segundos depois estavam Harry e Gina e parados perto dele.


-Olá, Taylor –cumprimentaram os dois.


-Olá... Eu queria fazer uma pergunta.


Os dois deram de ombros e ficaram calados, esperando a pergunta.


-Algum de vocês sabia que nessa sala tem uma chave de um cofre em Gringotes?


-Não disse Gina. Harry somente balançou a cabeça.


-Certo –disse Taylor- E só mais uma pergunta: vocês não podem tocar objetos, podem?


Gina fez um muxoxo e revirou os olhos.


-Você está cansado de saber que não, Taylor.


Ele olhou desanimado para o monte de livros.


-É, foi o que eu pensei.


Sentou-se e começou a abrir os livros aleatoriamente, sacudindo-os para ver se algo caía de dentro deles. A tarefa em si talvez não fosse tão demorada, afinal era só sacudir os livros um a um e verificar se havia uma chave dentro, mas Taylor sempre se distraía lendo alguma coisa interessante entre um livro e outro. Já tinha perdido a noção do tempo quando a porta foi aberta.


-Ah, aí está você –disse Charles.


Taylor olhou para o amigo e ele lhe pareceu mal. Charles tinha olheiras profundas e o cabelo comprido estava solto, meio despenteado. O loiro sentou-se ao lado de Taylor e abriu um livro qualquer.


-Procurando a chave? –perguntou ele.


-É, aproveitei que é domingo e nós não temos muito o que fazer –respondeu Taylor, dando uma olhada na aparência do amigo, então acrescentou- Você está bem, Charles?


O loiro não respondeu de imediato, ficou abrindo e sacudindo livros, jogando-os para trás de modo violento assim que percebia que a chave não estava ali.


-Charles? –chamou Taylor novamente.


O loiro atirou um livro contra a parede e Harry resmungou alguma coisa que fez Gina rir. Charles não encarava o amigo quando resolveu abrir a boca.


-Eu e Liv discutimos ontem à noite...


Taylor passou a mão pelos cabelos, tinha absoluta certeza de que o amigo fizera besteira.


-... e hoje ela está na enfermaria.


Os olhos de Taylor se arregalaram e mesmo Gina parou de rir.


-O quê?! Eu estive com ela esta manhã e ela parecia bem quando foi chamada para ir à sala do diretor.


Charles revirou os olhos.


-É, ela estava lá quando desmaiou duas vezes seguidas.


Taylor já ia rir da situação e falar do comprimido quando lembrou-se que só havia um comprimido, e a amiga desmaiara duas vezes. Talvez o comprimido e o primeiro desmaio tenham feito mal a ela.


-Como ela está? –perguntou Taylor, preocupado.


-Bem, eu acho –respondeu Charles, com raiva. O garoto continuava a atirar para trás os livros- Ela se recusa a falar comigo, mas Madame Cleany disse que isso é normal na gravidez...


-Ah, então está tudo bem –suspirou Taylor, aliviado.


Charles o olhou com um olhar mortal e ele ficou sem graça.


-Tudo bem com ela, eu digo.


O loiro nada respondeu, continuou abrindo livros, sacudindo-os e os jogando para trás. Taylor deu de ombros, Charles tinha que começar a enfrentar seus problemas de frente. Ficaram muito tempo em silêncio, verificando livro por livro e ouvindo as estranhas declarações fúnebres de amor entre Harry e Gina. Charles chegou a olhar para o amigo, ia pedir que desligasse os dois, mas pensou que seria rude fazer isso.


O loiro estava cada vez mais irritado quando pegou um pequeno livro pesado demais para o seu tamanho. A capa era dourada e havia uma fênix na frente. Charles resolveu ler o título do livro: O Tesouro. Ele deu um sorriso triunfante. Abriu o livro com a certeza do que iria achar. Lá dentro, ao invés de páginas e textos, só havia a carcaça do livro, sendo que todo o conteúdo do livro era preenchido por uma almofada que guardava perfeitamente uma única e pequena chave. Charles limpou a garganta e Taylor para o amigo. O loiro exibia vitorioso a pequena chavinha.


-Cofre 231, Danielle Vancouver –leu Charles, olhando a inscrição que estava na contra capa do livro.


Taylor pegou a chave das mãos do amigo e sorriu. As duas ordens estavam parcialmente cumpridas.


-Só resta saber quando poderemos abrir esse cofre –disse Taylor, olhando sonhador para a chave.


-Nós temos visita a Hogsmeade semana que vem –lembrou Charles- Eu posso mandar essa chave para minha mãe e pedir que ela abra e nos encontre no vilarejo. Se o conteúdo do cofre for pequeno, talvez ela possa nos levar, e se for grande demais para isso, pelo menos nós já ficamos sabendo sobre o conteúdo.


Taylor sorriu.


-É uma boa idéia. Só peça a sua coruja para não entregar a carta na frente do seu pai.


Charles fez uma careta.


-Pode deixar. Acho que o tempo que ela passou presa já foi o suficiente para todos nós –disse, levantando-se- Agora, se você me dá licença, eu vou ao corujal.


-Certo –disse Taylor, levantando-se também- Vou ver Liv antes de ir almoçar. No Salão Principal lhe conto como ela está.


O loiro deu um fraco sorriso e jogou a chave dentro do bolso, em seguida saiu sem nada. Taylor ainda arrumou os livros bagunçados e desligou Harry e Gina antes de sair. Tinha que mandar mensagens aos membros da Sociedade. Ao que tudo indicava, o passeio de Hogsmeade seria importante para eles.
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N/A: Olá, pessoal! Faz muuuuuuuito tempo que eu não atualizava, então, antes de qualquer coisa: ME DESCULPEM! Como eu sei que devo uma explicação, aí vai: eu simplesmente não soube administrar duas fics ao mesmo tempo, então acabaei deixando essa como segundo plano, porque ela era mais elaborada e me tomava mais tempo e me quebrava mais a cabeça. Nas vezes em que eu pensei em pegar essa fic para escrever em Viçosa, eu tinha que começar a ler ler a fic toda de novo, e ao fazer isso eu perdia mais tempo do que eu podia, e não dava para começar a escrever, e aí eu me enrolei toda. Quando cheguei de férias, o pc tava estragado, atrasando ainda mais essa atualização. Eu sei que essas desculpas não justificam a falta de atualização desde março, então mil desculpas mesmo, foi um erro meu achar que daria conta de duas fics ao mesmo tempo. Eu peço perdão a todos os que lêem essa fic e peço que sempre que eu demorar me encham de cobranças por atualizações. Bom, como é parte fundamental do trabalho de uma autora, eu peço que depois de ler deixem resenhas, até para eu saber se vocês estão gostando da fic ou não. Prometo não demorar com o próximo cap! Bjusss, Asuka


A Anderson potter, LadyStardust, Merlim e Molly, minhas desculpas em especial e o agradecimento por terem cobrado a devida atualização! Bjusss

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