Passar pelo orgulho



A semana ia passando e os deveres iam acumulando mais e mais, mesmo estando no começo do ano letivo.


Os fogos que Marlene emprestara para James, sem o consentimento de Lily, foram usados naquele mesmo dia que ele os pedira. Os marotos usaram para assustar o pobre professor Flitwick enquanto ele estava em cima de seus vários livros para dar a altura suficiente para ver todos os alunos.


Ele caíra no chão pelo susto, e as pessoas que estavam sentadas na frente, depois que terminaram de gargalhar, foram ajudá-lo.


Porém não usaram todos os fogos. Os que restaram eles amarraram nos sapatos de três sonserinos brutamontes que eram muito estúpidos para pararem de correr gritando e desamarrarem de seus pés. Toda a escola riu, até alguns sonserinos, mesmo sabendo ser obra dos marotos.


Lily percebera que James não estava falando com ela o que era a melhor coisa que tinha acontecido desde o começo do ano letivo.


Na segunda feira depois que ela passou direto por ele no café da manhã ele não dirigira nenhuma palavra a ela. Mesmo sentando lado a lado nas aulas ele não manifestou qualquer interesse na garota, e nem se virou para olhá-la, o que era ótimo pois ela conseguira passar a aula inteira prestando atenção no que o professor falava.


Na terça feira ela acordara com bom humor pois não se irritara com ninguém no dia anterior a noite, antes de dormir, como sempre acontecia, pois James sempre tentava dar o que ele dizia ser beijo de boa noite e agarrava a menina no meio de todos.


Na quarta feira ela continuara com o bom humor. Nem sinal de que Potter iria incomodá-la nas aulas, nem nas refeições, nem no Salão Comunal na hora de ela ir dormir.


Na quinta feira o humor dela mudou um pouco. Ela ainda conservava o bom humor porém não falava muito, coisa que ela fazia quando o tinha. Lily somente respondia com palavras monossilábicas quando as amigas tentavam conversar com ela. Quando elas perguntavam o que ela tinha ela dizia que estava cansada com os deveres. Porém não era isso. Mas nem mesmo ela sabia o porquê de seu humor ter mudado no fim de semana. E nem mesmo Brand sendo carinhoso com ela quando ambos tinham aulas vagas conseguiu mudar o humor da garota.


Mesmo ele somente sendo carinhoso, como acariciando sua face, ou enrolando as pontas de seus longos cabelos ruivos no dedo, ou até mesmo passando os dedos delicadamente pelas mãos dela, ela não conseguia melhorar aquele humor, deixando Brand, ela percebera, meio inseguro.


Mas não era culpa dele, ela sabia disso. Ela não era acostumada com demonstrações de carinho em público o que era bom, pois ele nunca a beijava, somente dava beijinhos em sua bochecha. E ela não sabia o porquê da mudança do humor.


Na sexta feira, quando seu humor piorou ainda mais, ela descobriu o porquê de tudo. O porquê de seu bom humor ter durado três dias, o porquê de subitamente ter se irritado, o porquê de não ter vontade de falar com suas amigas, ou até mesmo fazer seus deveres.


Foi na aula de História da Magia daquele dia que ela percebeu o porquê de tudo. Nem a revolta dos centauros de 1720 a fez ter vontade de prestar atenção na aula.


Seu pensamento ficou flutuando enquanto ela rabiscava a esmo seu pergaminho. Seus olhos involuntariamente foram para o lado, para ver o que James Potter estava fazendo. Ela sabia que ele não prestava nenhuma atenção à aula de História da Magia, e mal sabia o porquê de ele ainda estar naquela classe, sendo que sempre reclamava da falação monótona e chata do professor Binns.


O garoto estava rabiscando o seu pergaminho também, sem nem perceber o que fazia. Estava desenhando um pomo de ouro, e tentava realçar suas asas. Lily virou um pouco mais a cabeça, o mínimo possível sem que ele percebesse, e notou um E rabiscado em uma das asas.


Apertou os olhos para ver se era isso mesmo que estava vendo, mas nessa hora o maroto virou sua cabeça e olhou para ela.


- Sim, Evans? – ela se sobressaltou na cadeira e fitou seus olhos.


- É... Hum... – limpou a garganta. – Nada. – virou para frente e ouviu ele rir baixo. Ela rolou os olhos. E de repente uma chamazinha se acendeu dentro dela, e, mesmo sendo pequena a euforia causada, ela sentiu outra alteração no humor. E foi nessa hora que ela percebeu o porquê de não estar de bom humor.


O culpado era o Potter.


Mesmo ele somente tendo falado duas palavras, e depois rido baixo, acalmou-a.


Como isso é possível, meu Merlin? Só porque ele riu? Só porque ele falou com você? Faça mil favores Lilian Evans. Se recomponha. Você não precisa de Potter na sua vida. Você não precisa que ele fale com você para que você fique feliz.


Por Melin, Evans. Qual é seu problema?


Eu estou ficando maluca. Sabia. Não era normal isso.


Sei que eu fiquei de bom humor de ele não ter falado comigo, mas, sinceramente? Minha vida fica bem mais divertida quando James Potter me torra a paciência.


Sim.


Eu admiti isso.


Minha vida é mais divertido com James Potter nela.


Meu Merlin, eu perdi a cabeça.


Como uma pessoa que eu não suporto faz minha vida ser completamente diferente? Minha vida é tão monótona, parada, ela precisa de algo a mais. Algo a mais que minhas amigas não podem prover. Algo a mais que só o santo Potter com essa cara irritante, com esse sorriso canalha, com essa voz estúpida consegue fazer.


Ele me irritando todo santo dia faz eu me sentir viva, bem. Não faz pensar que minha vida é um saco, pois eu grito, extravaso, expresso meu humor com tudo que tenho direito pra cima dele, e ele não liga.


Se eu fizesse com outra pessoa não seria o mesmo, pois ninguém tem a cara de pau de continuar a fazer isso como ele tem, mesmo eu falando que nunca mais quero vê-lo na minha frente.


Eu realmente estou perdendo os sentidos. Estou ficando maluca, por Merlin.


Sim, clamo muito ao Merlin porque eu devo ter sido o pior inimigo dele em uma vida passada, por isso ele está devolvendo tudo isso dessa maneira pra mim.


Eu detesto o garoto, mas não consigo me divertir sem ele.


Sim, me divirto com ele. Querendo ou não admitir, ele é muito divertido, em qualquer ocasião. Coisa que eu não consigo ser por muito tempo.


Mas, como sempre, eu estraguei tudo. Potter nunca mais vai falar comigo, e minha vida vai de monótona para quase parando.


É incrível como eu sempre estrago as coisas, não importa o quão boas e interessantes elas estão.


Era questão de tempo de eu estragar o relacionamento que não é relacionamento com o Potter.


E não irá demorar muito até eu estragar o que nem comecei direito com Brand.


Preciso falar com ele. Preciso falar com o Potter.


NÃO. LILIAN EVANS NÃO SE ATREVA.


Mas meus dias estão péssimos. Nem o Brand consegue melhorá-los.


VOCÊ NÃO PRECISA DE JAMES POTTER.


Infelizmente... Preciso.


Lily respirou fundo piscando várias vezes. Abriu a boca, porém nenhum som saiu dela. De repente o sinal tocou e ela pulou de sua cadeira, assustada. Nem tinha se recuperado e James já estava saindo da sala.


Suspirou. Colocou sua cabeça entre as mãos depositadas na mesa e grunhiu.


- Vamos Lily – Katie cutucou as costas da amiga.


- Eu sou patética – disse abafando o som. Marlene que estava ao lado da amiga loira trocou olhares com esta. Esperaram todos saírem da sala para então sentarem-se ao lado de Lily.


- Lily, você não é patética – Katie disse.


- Por que você seria patética? – Lene questionou-a.


- Se vocês soubessem iriam rir da minha cara – ela disse levantando a cabeça. – E não to afim de ser motivo de risada.


- A gente não vai rir Lily – Lene incentivou-a.


- Eu... Eu percebi... – suspirou fundo. Respirou, tomando coragem. – Eu percebi que minha vida requer um James Potter pra torná-la interessante. – Marlene e Katie se entreolharam e tentaram não cair na gargalhada naquele momento, em consideração a amiga que estava muito ocupada olhando suas mãos se entrelaçando uma na outra.


- Lily, não fique brava com a gente, mas... – Marlene começou, mas foi Kay quem terminou.


- Nós já sabíamos disso muito antes de você. Mesmo gritando com o James você se diverte. Até quando nós fazemos nossas brincadeiras contra as dele e dos marotos você se diverte. E tenho certeza que não se divertiria se não fosse James.


Lily olhou de uma pra outra, enquanto elas continuavam com a mesma expressão de concordância. Fechou os olhos por alguns segundos, suspirando.


- Vocês tem razão. Vocês sempre tem razão. Queria saber porque nunca escuto vocês.


- Eu também queria – Marlene disse rolando os olhos de brincadeira. – Agora vamos senão perderemos o almoço. – levantou e esperou as amigas a acompanharem para então saírem da sala.


 


O resto do dia passou como seu começo para Lily. Simplesmente monotonamente irritante. James em nenhum momento, exatamente igual aos outros dias, se dirigiu à Lily, olhou de lado para ela, ou então encheu seu saco.


Já era a última aula do dia, Herbologia, e até agora o garoto não tinha feito nada. Mesmo ele se sentando longe dela, normalmente ele faz algo para chamar sua atenção.


Lily não estava mais aguentando tudo aquilo. Ela precisava de alguma emoção. Ela precisava extravasar suas emoções, seus sentimentos. Precisava gritar com ele senão ela explodiria. Mas ela não sabia o que fazer.


Não queria chamar atenção na sala porque não era esse tipo de pessoa, e sim Marlene.


Mas mesmo se chamasse atenção não saberia o que faria ou falaria. E isso já estava enlouquecendo-a.


Finalmente o sinal tocou e ela saiu mais rápido que todos, assim poderia ver quando ele sairia. Quando ele apareceu fora da estufa, ao lado de seus amigos, ela foi pra onde James estava, parando na sua frente.


- Potter, eu preciso falar com você.


- Agora não, Evans – disse tentando contornar a garota, só que ela deu um passo para o lado interrompendo esse gesto.


- Eu preciso falar com você, Potter. – disse dando mais entonação à última palavra.


- Agora não, Evans. – imitou-a. Mas ela não saiu da frente dele. Sirius, Remus e Peter olharam de um pra outro, porém desistiram de assistir e saíram de perto do amigo. Naquele momento não tinha mais ninguém perto para ouvi-los. – Você pensa que o mundo gira em torno de você, não é mesmo, Evans? – disse irônico.


- Quê? Claro que não. Por que pensa isso?


- Porque você acha que os outros tem que sempre ter tempo pra suas coisas estúpidas.


- Olha aqui, Potter. Você acha que é quem pra falar desse jeito comigo? – ela disse com um tom de voz mais alto do necessário. – Você que sai fazendo as coisas idiotas e estúpidas pra chamar a atenção e eu que sou a egocêntrica que pensa que o mundo gira ao meu redor?


- Isso mesmo – disse simplesmente. Lily ficou olhando-o com a boca entreaberta esperando ele continuar a falar, só que não veio mais nenhuma palavra. Mesmo ela querendo falar com ele, e não sabendo sobre o que exatamente, ela não queria que ficasse desse jeito. Então ele contornou-a, dessa vez sem ela interrompê-lo.


- Qual é o seu problema, Potter? O que você tá tentando provar com tudo isso que você tá fazendo? – ela gritou para que ele a escutasse pois ele continuava andando, sem dar atenção a garota. – Que você continua sendo um arrogante imbecil? – dessa vez ele se virou com força, visivelmente alterado e deu quatro passos para matar a distância entre ambos.


- Quem tá fazendo alguma coisa aqui é você Evans. Você que me deu um tapa na cara do nada e parou de falar comigo. E agora que eu parei de falar com você, algo que você mais desejou mais que tudo no mundo, você quer que eu venha atrás igual um idiota? – disse tudo sem ao menos respirar. Lily não sabia o que falar, novamente, ficando sem reação diante as palavras dele.


Ficou somente encarando a cara vermelha de James. Ele deu a volta e saiu andando mais uma vez. A culpa bateu bem nas costas de Lily, fazendo-a se lembrar das palavras de Marlene e Katie na semana passada: "Ele não saiu mais da Sala Comunal. Só saiu no café da manhã, mas não foi pro Grande Salão." "Foi por causa do seu tapa Lil. Ele ficou magoado dessa vez."


Ele realmente tinha ficado magoado com o que ela fizera, e era por isso que ele não falava mais com ela. A culpa de tudo o que estava acontecendo não era do Potter, como ela tinha pensado que fosse, e sim dela mesmo.


Suspirou cansada, e subitamente veio uma vontade de chorar, porém ela a segurou. Não iria adiantar ficar chorando por ai só porque algo aconteceu e a culpada era ela. Devagar ela retornou para o castelo, nem percebendo para onde ia.


Não foi justo o que ela tinha feito com James, e ela sabia disso, mesmo ele tendo a beijado a força, depois do encontro que teve com Brand. Mas ela não deveria ter guardado mágoa e rancor até no outro dia.


Ela não fazia ideia que o que ela mais desejava, quando conseguisse, a fazia se sentir mal, acabada. Ela gostava de ter Potter envolvido na sua vida. Na verdade, agora que ela parara pra pensar, todos os outros marotos não falaram muito com ela, e ela tinha certeza que era por culpa dela.


Pra falar a verdade ela sentia falta deles. Também gostava de tê-los envolvidos em sua vida. Fazia-a mais alegre, mais engraçada, mais desafiante. Ela só não sabia que quando não tinha isso se sentia insignificante e aborrecida.


Deveria pedir desculpas para James, mas depois disso ele nunca mais iria querer falar com ela. E Lily estava certa.


Chegou na Sala Comunal da Grifinória e ficou por lá o tempo todo, nem desceu para jantar. Somente viu James chegando na sala depois que terminou o horário da janta.


Suas amigas tinham se juntado a ela, e ofereceram alguns docinhos que conseguiram pegar do jantar, porém ela estava sem fome, até para doces.


Ela olhava de relance o tempo todo para onde James e os garotos estavam sentados, e ele nem parecia perceber. E se percebera nem ligara e a estava ignorando, o que a fez sentir-se ainda mais mal.


Eles estavam lá, todos conversando e se divertindo, e ela se sentindo a pior pessoa do mundo por tudo que tinha feito.


- Lily? – Kay chamou-a. – Tá tudo bem?


- Aham. – disse sem olhar para a amiga, ainda olhando para onde os marotos estavam. – Vou fazer a ronda.


- Mas hoje é dia do Remus. – Lene disse.


- Vou fazer no lugar dele. – se levantou e foi na direção deles, prendendo a respiração e tentando entender como seus pés conseguiam andar em direção onde James se encontrava sem ao menos perceber que o estava fazendo. Desviou seu olhar no último segundo de Potter para Remus.


- Hãn... Remus. Pode deixar que eu faço a ronda hoje.


- Tem certeza, Lily? Você não parece muito bem – Remus franziu o cenho.


- To sim – forçou um sorriso, porém não apareceu muito. Tentava se concentrar em olhar para o amigo, em vez de desviar sua atenção.


- Lily, você não jantou. Acho melhor você não andar sozin...


- Tá tudo bem, Remus – disse tentando parecer certa do que estava fazendo e saiu da Sala Comunal.


Ela não sabia o que estava acontecendo.  Do nada ela já não podia olhar para James e não se sentir culpada. Não era coisa que ela costumava fazer. Mas dessa vez ela fizera.


Dessa vez ele conseguira mexer com ela. Finalmente conseguira quebrar um pouco do coração de gelo que ela apresentava exclusivamente para James.


Ela não entendia. Ela não queria fazer aquilo. Parecia tão patético. Ela ao menos gostava do garoto. Somente o tolerava por estarem no mesmo grupo de amigos. E agora que ela não precisava mais fazer isso se sentia culpada até de pensar.


Era estranho. Era ridículo. E não conseguia parar de se sentir daquele jeito. Foi por isso que quis fazer a ronda. Precisava clarear a mente. Precisa ficar longe de distrações, conhecidas mais como James Potter. Precisava respirar, se acalmar e pensar.


-x-


James estava sentado e olhava para o chão enquanto Lily falava com Remus sobre a ronda, tentando não ouvir. Porém ele se interessou na parte de que ela não deveria sair sozinha pois não tinha comido.


E se do nada ela passasse mal e desmaiasse e ninguém visse? E se, pior de tudo, um sonserino visse?


Mas ele não queria pensar nisso, ele não deveria. Ele deveria excluir qualquer pensamento que tinha de Lily Evans, tentar cortá-la de sua vida. Porém ficava difícil quando ela agia de maneira descuidada e estúpida.


Ela já tinha um histórico de não comer e depois passar mal por conta disso.


James seria uma péssima pessoa se não se preocupasse com ela. Respirou fundo, revirando os olhos por ter tido a ideia, e se levantou.


- Pra onde vai? – Remus disse estranhando.


- Encontro – disse simplesmente e saiu da Sala Comunal.


Andou rápido e silenciosamente pelos corredores procurando-a. Porém não fora fácil. Mesmo ela somente tendo saído há poucos minutos ela já não estava à vista. Parecia ter pegado caminho diferente do da menina.


Não entendia o porquê do súbito interesse em ajudá-la, depois de uma semana ignorando-a, e depois da discussão que tiveram após a aula de Herbologia.


Queria esquecê-la, não pensar mais nela, porém era impossível quando ela fazia parte de sua vida havia seis anos, e estando presente em praticamente a parte toda dela.


Queria não pensar nela porque sempre que fazia se sentia miserável, não pela parte de roubar-lhe beijos, ou brincar com ela, enchendo seu saco, ou então ficar olhando para ela de cinco em cinco segundos somente para irritá-la.


Sentia-se miserável porque não podia tê-la só pra ele, e tinha que ter beijos e abraços roubados.


Isso soara ridículo em sua cabeça. Algo que somente alguém que amava outra pessoa poderia sentir e desejar. Porém ele não era esse alguém. Jamais amara ninguém, e jamais iria. Ele tinha certeza disso. Nunca iria ficar preso a ninguém, sempre pensou isso.


Mas desde o quinto ano sua concepção estava mudando de rumo, e ele temia pra onde ele iria.


Virou um corredor consideravelmente escuro. Demorou para perceber que tinha algo agachado ao lado de uma armadura.


- Lily? – sussurrou para si mesmo. Seu coração apertou pensando que ela poderia ter desmaiado e batido a cabeça na armadura, na parede ou até mesmo no chão. Saiu correndo e derrapou ao lado dela em seus joelhos. – Lily – falou mais alto e tocou o braço da garota que pulou do chão, assustando-se.


- Potter – disse depois de ver quem era.


- Você tá bem? Você desma...


- Shh – ela colocou a mão na boca do garoto que não entendeu nada. – Fala baixo. – Apontou para onde, agora que ele percebera, estava vindo som de vozes. Ele percebeu que eram três.


- ... não achou mesmo que deixaríamos isso passar em branco, não é? – disse a primeira voz, em tom ameaçador.


- Olha que realmente pensei que eram muito burros pra pensar em vingança – disse a segunda, um pouco zombeteira.


- Pra um sangue-ruim você tá muito atrevido – a última falou.


- Não sabia que a qualidade do meu sangue bruxo interferiria na minha coragem.


- Você tá querendo realmente que a gente quebre a sua cara não é mesmo?


- Olha só quem agora está falando como se não tivesse um pingo de sangue bruxo – naquela hora James percebera que quem falava era o pequeno Luke. Olhou com os olhos arregalados para Lily, tentando ver se ela sabia quem era. Ela concordou, parecendo ler seus pensamentos.


James teve uma ideia e tentou transmitir para a garota através do olhar. Ela somente sorriu de lado.


- Pronto Lily? – James olhou para a garota ao seu lado, não vendo muita coisa, somente seu sorriso maroto.


- Pronto Potter.


Ambos se levantaram ao mesmo tempo, correndo em direção das vozes e gritando "Estupefaça" nos dois sonserinos grandalhões que brigavam com Luke. Parecia que estavam prestes a azará-lo, pois um dos sonserinos mantinha sua varinha em sua mão, mesmo sendo arremessado cinco metros para trás.


- CORRE – Lily gritou, e antes que pudesse perceber segurava nas mãos de James e de Luke arrastando-os para longe dali antes que os sonserinos conseguissem se recuperar do tombo.


Correram por muitos minutos, sem parar ao menos uma vez, fazendo barulho por todos os corredores, sem se importando se algum professor pudesse ouvi-los. Somente pararam quando estavam em frente ao retrato da mulher gorda.


Os três tentavam puxar muita quantidade de ar em seus pulmões que pareciam ter sido esvaziados. James estava com as mãos no joelho, seu peito subia e descia rapidamente.


Lily estava encostada na parede pendendo todo seu corpo nesta, tentando passar a tonteira. Percebera que não era sensato ficar sem comer e depois correr por muitos metros.


- Você tá bem? – James percebera que ela fechara os olhos com força e que estava passando as mãos nos olhos.


- To sim, é só uma tonteira. – ainda respirava rapidamente, tentando se acalmar. Ele olhou-a por mais alguns segundos para ter certeza de que ela não desmaiaria lá mesmo e então se virou para Luke. – Que diabos acabou de acontecer, Luke?


- Os sonserinos queriam me azarar.


- É. Isso eu percebi – disse com ironia. – Por que eles queriam isso? – o pequeno garoto olhou-o, também ainda com a respiração acelerada.


- No meu primeiro clube de Duelos eu consegui estuporar um sonserino que era o triplo do meu tamanho. Era um daqueles que estava comigo. E ele não gostou muito – sorriu meio maroto fazendo James rir pelo nariz.


- Você tem que tomar mais cuid...


- Por que você tava andando pelo castelo a essa hora, Luke? – Lily não deixara James terminar sua frase, e olhou brava para o garotinho.


- Eu gosto de ficar andando por ai. – deu de ombros.


- Você não pode fazer isso. E se não tivesse nós dois pra te ajudar? – a garota falou um pouco alto, não conseguindo esconder sua irritação e preocupação com o menino.


- Sem querer parecer corajoso nem nada, mas eu já consegui derrubar um deles uma vez. Uma outra vez não vai ser difícil.


- Foi por sorte, Luke. Sorte não acontece duas vezes.


- Lily, calma. Tá tudo bem agora – James disse tocando de leve o braço da garota, tentando acalmá-la. Ela estava brava e nem percebera que ele não a chamara de Evans.


- Não pede calma, Potter. Ele poderia muito bem se machucar porque foi descuidado. – se virou para Luke que estava visivelmente assustado com o tom de voz de Lily. – Não saia mais da Sala Comunal depois do horário, entendeu Luke? – o garotinho concordou. Disse a senha para a Mulher Gorda e entrou na Sala Comunal.


James olhava para Lily com certo divertimento por ela estar tão brava por uma coisa simples. Até parecia que ela nunca tinha saído da Sala Comunal depois do toque de recolher.


- Você não precisava brigar com o menino, Lily. – ela se virou para ele com uma sobrancelha erguida.


- Você acha que foi certo ele ter feito isso, Potter?


- Eu volto a falar o seu nome e você continua com "Potter"? – disse aborrecido.


- Eu nunca te chamei pelo seu nome. E não mude de assunto.


- Que seja – continuou bravo e se virou para entrar na Sala Comunal. Era agora ou nunca para Lily. Finalmente ele tinha baixado a guarda, e ela precisa fazer algo. Suspirou fundo.


- Espera – apertou o braço dele fazendo-o parar e se virar, encarando-a. – Me desculpa tá bom. Por tudo. Desde a semana passada. Pelo tapa desmerecido, por te ignorar. E por hoje mais cedo. Você não merecia isso. Eu só estava... Aborrecida com uma coisa e descontei em você.


- Isso é normal de você fazer, Lily. Eu to acostumado com isso. Mas o tapa foi exagero. E eu me enchi com isso. Por isso que te ignorei também. – disse mais calmo. Ela continuava apertando o braço do garoto, que percebeu, porém não quis falar nada. – Eu também te devo desculpas. Eu falei umas coisas que eu não deveria, hoje, depois da aula de Herbologia.


- Tá tudo bem – ela disse baixo. Finalmente percebeu sua mão ainda o segurando, e soltou-a, ficando vermelha na hora. Ele riu fraco, o que a fez ficar mais vermelha. Ela abaixou o rosto para esconder seu constrangimento.


Porém ele colocou sua mão quente na pele macia de Lily, fazendo-a levantar o rosto e finalmente olhá-lo nos olhos. Olhar aqueles olhos castanhos que tinham um pouco de verde. Involuntariamente, Lily baixou seus próprios para os lábios de James, o que o fez sorrir de lado, porém continuando a olhar os olhos da garota.


Ele se inclinou, ficando com o rosto ainda mais próximo dela, fazendo-a levantar o olhar para os olhos dele. Se aproximou mais, se inclinando para sua esquerda, depositando um beijo terno na bochecha, já vermelha, de Lily, demorando alguns segundos para se distanciar.


James voltou a olhá-la nos seus olhos verde esmeralda. Lily não se mexera e continuava olhando os dele, fixamente. Parecia ter se esquecido até de piscar. Ele percebera que ela não fazia nada, parecia congelada naquele momento. Pensou que seria um momento perfeito para beijá-la, mas não queria. Não com ela naquele estado inebriante.


Baixou seus olhos para os lábios rosados de Lily, mordendo o seu inferior. Suspirou profundamente e se virou, dizendo a senha para a Mulher Gorda, porque esta, quando Luke passara, se fechara novamente.


Lily finalmente saíra do transe e o seguiu para dentro da Sala Comunal, agora vazia, somente com seus amigos sentados em suas poltronas de sempre.


 


O dia amanheceu, e finalmente Lily estava de bom humor, o que foi percebido por suas amigas. Elas até brincaram com isso, e a ruiva não ficara de mau humor, como normalmente fazia quando suas amigas faziam brincadeiras relacionadas ao Potter.


Ela mesma conseguiu fazer algumas piadinhas no café da manhã.


Os garotos sentaram-se ao lado delas. James ao lado de Lily com Remus ao seu lado, Peter no meio de Katie e Marlene e, por fim, Sirius ao lado da morena. Até Frank e Alice se juntaram aos marotos e às garotas.


Enquanto conversavam e riam e comiam, tudo ao mesmo tempo, Lily olhava tudo aquilo com um sorriso meio alegre e meio triste.


Ela percebera, da pior maneira, que não conseguia ficar longe de tudo aquilo. Não conseguia ficar longe dos marotos e de suas brincadeiras, de suas conversas, de suas piadas. Mesmo ferindo seu orgulho, admitiu para si mesma que aquilo era a melhor coisa que podia ter acontecido com ela. Tê-los ao seu lado.


Mas era triste, porque, era mais comum ultimamente, ela sempre pensava que esse ano seria seu penúltimo, e daqui mais um ano não haveria aquilo em todas as refeições, todas as aulas, todos os dias na Sala Comunal.


James percebera seu sorriso alegre porém com olhar triste. Aproximou sua boca da orelha de Lily e disse em um tom baixo, fazendo-a ter os famosos calafrios involuntários:


- Por que tá triste? – ele se afastou, esperando a resposta, e ela se virou para ele, ainda com o olhar triste. Suspirou.


- Porque daqui um ano isso não vai mais acontecer. Todas as brincadeiras e piadas o dia todo não irão mais fazer parte do meu dia.


- Por que tá pensando nisso agora? – ele franziu o cenho, olhando para os olhos entristecidos da ruiva. – Nós ainda temos o último ano.


- Porque no final tudo acaba – disse simplesmente e se virou para ouvir o final da piada de Sirius que arrancara gargalhadas de todos que estavam por perto.


 


Sirius estava espalhado pela sua poltrona em frente a lareira parecendo entediado, olhando as chamas da lareira crepitarem a madeira. Olhou ao redor do Salão Comunal da Grifinória e viu algumas garotas do quinto ano conversando e dando risadinhas. Outras garotas olhando para ele, também dando risadinhas. Viu James olhando para Lily, de cinco em cinco segundos, que estudava ao seu lado em outra poltrona, e rolou os olhos. Percebeu que Remus e Katie conversavam sobre algo e estavam muito entretidos para perceberem outra coisa ao redor deles.


Lembrou do último dia de visita à Hogsmead, onde tinha entrado nos Três Vassouras sozinho, depois de seu encontro ter acabado com a garota indo para perto de suas amigas com um sorriso sonhador, depois de tê-la beijado, e viu Remus e Katie conversando. Agora que parara pra pensar desde este dia em Hogsmead eles estavam sempre juntos conversando. Sorriu de lado, meio divertido, pensando nas duas pessoas mais tímidas do mundo namorando.


Deu mais uma olhada pela sala e sentiu a ausência de uma pessoa. Não era Peter, que já fora dormir. Era Marlene.


Ele tinha certeza que não tinha a visto entrar na Sala Comunal, quanto mais subir ao seu dormitório. Provavelmente ela estava andando pela escola.


E era ainda mais provável de ela estar em um encontro, ou indo pra este. Marlene não era o tipo de garota que ficava presa a um só garoto. Ela sempre estava com um diferente, e parecia de divertir com isso. Sirius percebera essa semelhança com ela, o que a deixava ainda mais interessante.


Um sorriso fraco apareceu em seus lábios. Lembrou-se da promessa que fizera, dizendo que beijaria Lily, Katie e Marlene. A morena fora a única que ainda não tinha beijado, e esperava que fosse hoje.


Saiu da Sala Comunal, e ninguém tentou impedi-lo. James estava prestando atenção em Lily estudando e Remus estava absorto na conversa com Katie.


Andou pelos corredores do castelo procurando-a, porém sendo difícil achá-la. Já passara do horário de recolher e se Filch aparecesse nos corredores ele iria entrar em encrenca. Mas para terminar com a promessa o risco valia a pena.


Passou por um corredor e, se não estivesse olhando direito, teria passado reto. Lá estava Marlene, aos cochichos e risadinhas com um garoto.


Andrew McNath? Ela tá em um encontro com esse babaca da Corvinal? Meu Merlin, pensei que ela não se rebaixaria a tanto.


Comecei a andar em direção a ela, nem me importando se meus passos estavam barulhentos ao ponto de os dois se virarem em minha direção com o cenho franzido.


- Black? – ela disse assim que percebeu que era eu. – O que você tá fazendo aqui? – ela tentou transmitir uma frase silenciosa, através de seus olhos azuis escuros que sempre achei maravilhosos e misteriosos. A frase era bem óbvia: "Sai daqui Black, que eu to no meio de uma coisa". Mas eu preferi fingir não ter entendido. Sorri de lado, quase que imperceptível.


- Marlene, a professora McGonagall tava atrás de você. Ela disse que você não foi na conselheira/psicóloga da escola. E ela tá com medo de que você vá tentar se machucar de novo – e como eu suspeitava McNath me olhou assustado. – Ela tem um probleminha de depressão crônica – falei abaixando a voz para dar um ar de sério, e tentei não cair na gargalhada quando os olhos dele se arregalaram.


- Eu... Eu preciso ir – disse desconcertado, olhando de mim para Marlene.


- Não. Não vai. Ele tá brincando com você – Marlene disse rindo nervosa.


- Eu... Tenho um trabalho pra entregar amanhã – disse e praticamente saiu correndo de perto da garota. Ela se virou para mim, com os olhos cheios de fúria.


- QUAL É TEU PROBLEMA BLACK? – gritou e me deu um soco bem forte, e que machucou por um momento. Não sabia que uma pessoa tão pequena poderia ter essa força toda.


- Ai, Marlene – disse rindo e massageando meu braço, onde ela tinha socado. – Você não iria querer ficar com esse cara. Ele é tão babaca que consegue chegar aos pés dos sonserinos nesse quesito.


- E quem é você pra dizer quem eu beijo ou deixo de beijar? – e raiva transbordava de seus olhos misteriosos, que naquele momento não tinham nada de misteriosos. Dava pra ver claramente o quão furiosa ela estava. E isso fez com que eu me divertisse ainda mais. Agora eu consigo entender porque o Pontas gosta de irritar tanto a Evans e nunca se cansar de vê-la brava.


- Só to tentando ajudar – disse da forma mais angelical que consegui, tentando esconder um sorriso que se formava em meus lábios.


- Não preciso de sua ajuda – disse e começou a andar, porém eu coloquei meu braço na parede, atrapalhando sua passagem. – Tira o braço da minha frente – ela continuou. Olhou pra mim, e eu percebi que ela tentava se controlar para não explodir na minha frente.


Eu sorri de lado, do jeito que sempre faço para que as garotas fiquem bobinhas e eu consiga o que eu quero. Mas o olhar dela não mudou em nada. Se era possível, ela ficara ainda mais brava.


- Esse sorriso pretensioso não tem efeito em mim – ela levantou uma sobrancelha me desafiando.


Essa garota conseguia fazer com que eu me matasse para tentar ter um momento a sós com ela. Pra fazer o que eu quisesse. Ela era a única que não conseguia cair no meu charme. Ela e suas amigas. Mas Marlene, com esse corpo maravilhoso e escultural, que causava inveja nas garotas e deixava os garotos malucos quando ela passava perto deles, conseguia fazer algo dentro de mim surtir interesse.


Foi uma das únicas que conseguiram fazer isso comigo.


O rosto dela moldurado, com esses olhos azuis escuros, que não conseguia decifrar nunca o que ela queria no momento, me deixava louco.


Ela conseguia mexer comigo. Conseguia me deixar interessado com o que estava pensando. O que não podia ser uma boa coisa. Não como uma mente como a dela.


Sorri abertamente agora, e abaixei meu olhar para seus lábios meio cheios. Molhei os meus, discretamente, me aproximando e pensando "terminei a aposta".


Nossos lábios se tocaram, um sentindo o toque do outro. Beijei o lábio inferior dela, me demorando para soltá-lo, e para minha surpresa ela estava beijando o meu lábio superior.


O que era para ser um simples beijo, se tornou algo a mais.


As mãos dela foram diretamente para minha nuca arranhando-a e fazendo-me ter arrepios, o que me encorajou a agarrá-la pela cintura e puxá-la para mim, colando nossos corpos, para eu sentir o dela no meu.


Ela colocou a língua dentro da minha boca primeiro, tentando explorá-la e eu fiz o mesmo com a dela. Marlene acariciava ora meus cabelos ora minha nuca, apertando-a com intensidade. Eu mexia com minhas mãos na extensão das costas dela apertando-a, e trazendo-a para mais perto. Não que isso era mais possível, porque nós estávamos tão colados um no outro que eu conseguia sentir os ossos delas no meu peito.


As mãos dela escorregaram para meu peito e foram para minhas costas, arranhando-a sob a blusa. Eu apertei a cintura dela, puxando-a, e depois voltei com minhas mãos para suas costas a tempo de ouvi-la gemer bem baixo.


A esse som um arrepio percorreu meu peito, o que me fez ter mais ânsia de beijá-la e não parar. O beijo estava tão bom que nem sabia mais como e quando tinha começado. Só queria que não acabasse.


Meu corpo todo estava tendo arrepios de segundos em segundos e eu sentia os pelos dos braços dela arrepiados também, roçando nos meus enquanto ela subia e descia as mãos que estavam nas minhas costas, ainda arranhando-a.


Senti os dentes dela pressionando meu lábio inferior e ela se afastar de mim finalmente. Suas mãos foram para minha nuca no mesmo instante que nossos lábios descolaram.


Ela ainda estava próxima pois, mesmo eu estando com meus olhos fechados, conseguia sentir a respiração dela ofegante em meu rosto. A minha também não estava tão pacífica como sempre ficava.


Eu abri os olhos lentamente e encontrei os dela ainda fechados. Seu peito subia e descia em uma velocidade incomum, fazendo com que eu sorrisse e ficasse encarando seu rosto.


Finalmente ela abrira os olhos azuis escuros e eu consegui ver um resquício de desejo neles antes de ela se desgrudar de mim e passar, indo embora, e me deixando olhar suas costas, enquanto minha respiração se acalmava.


- Uau – foi a única coisa que disse antes de me encostar na parede tentando recuperar meu fôlego.

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Bru Mckinnon Black: Finalmente to de volta eeeeeeeeeeeee. Eu entendo menina, eu sempre sumo de fim de ano, isso é normal ahuahuaha FINALMENTE CHEGOU O CAP DE SIRIUS E MARLENE. Me fala o que você achou pelamor de deus, porque eu fiz pra você, esperando que ame ele. 

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Comentários (2)

  • LeleCangane

    Aleluia! Estou até ouvindo o coral de anjos para a aproximação do nosso casal mais complicado do mundo! Kkkkk Adorei a Lene e o Sirius, adoro fics deles! Mas tenho que dizer que mal posso esperar pelo capítulo amorzin do Remus e da Katie! Amo amorzinho de Marotos! Sério, acho que você é mestre em fazer isso, dar vida a esses personagens. Não me esqueça e atualize, lembra que vou sempre estar aqui para ler suas fics, mesmo se tiverem uma shipper horrivel (já viu snape e mione? Credo! hahaha) porque sou uma leitora fiel. Estava morrendo de saudades de você, sua autora maluca e dramática! Vê se não me abandona. Beijos :)

    2016-02-20
  • Bru Mckinnon Black

    Estou sem palavras!!!!! Juro você me surpreende mais a cada cáp, mas esse teve algo especial...acho que eu li umas três vezes de tanto que eu amei essa parte Blackinnon!!! Muito obrigada pela dedicação e por ter escrito esse cáp tão maravilhoso! Eu simplesmente ameiiiiiiii, e se eu disser algo diferente disso, eu vou estar mentindo! Hahahaha...espero mais cáps que tenham momentos como esse! Bjossss e parabéns, você arrasouuuu

    2016-02-14
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