Isso tá certo?



Eram sete horas da manhã, hora normal para todos acordarem para começarem a se arrumar. Era o primeiro dia de aula, e mesmo conhecendo tudo, todo mundo ficava ansioso e nervoso.


Lily, no dormitório das meninas, era sempre a que acordava primeiro. Depois ela ia nas três camas acordando cada uma de suas amigas. Enquanto levantavam, ela aproveitava para tomar banho.


Marlene era a que sempre levantava por último, e que demorava mais para se arrumar porque, diferente de Lily, Katie e Alice, ela arrumava demais seu cabelo, e passava maquiagem. E neste ano não foi diferente. Mas ela sempre passava o básico: rímel, blush e batom.


Katie só passava rímel, igual Lily, e Alice, tendo namorado, passava o mesmo que Marlene, e complementava com a sombra, sempre de cor diferente, acompanhando seu humor. Ela era supersticiosa sobre este tipo de coisa, e muitas outras.


Depois de muita enrolação para ficarem prontas, maior parte pela Marlene, elas desceram até o Grande Salão, para tomar café. Ainda faltavam dez minutos para as oito. As aulas começavam às oito e meia, parava onze e meia, para o almoço,e retornava uma hora, e ficava até quatro da tarde.


A professora Minerva McGonagall passava pela mesa da Grifinória entregando os horários respectivos para cada aluno. Chegou nas meninas, mas em vez de dar seus papeis contendo os horários, ela disse:


- Hoje, amanhã, e depois vocês e os garotos cumprirão suas detenções. Já escolhi as duas pessoas para o monitoramento. São os novos monitores do quinto ano: Ana Rinkel e Tate Hudson. – Lily, Marlene e Katie bufaram ao ouvir o nome da garota. Ana Rinkel era a menina, na opinião delas, mais metida, ridícula, egocêntrica e insuportável que conheciam, tirando James Potter, por parte de Lily. Desde o primeiro ano de Rinkel, ela importunava as três garotas querendo ser a melhor em tudo, e agora sendo monitora elas achavam que ela ficaria ainda mais insuportável. Por sorte a professora não as ouviu bufar – Começará as nove e irá até às dez e meia. – concluiu – Agora os seus horários – pegou três papeizinhos e entregou a cada uma. Lily olhou o seu:


Seg                        Ter                         Qua                       Qui                        Sex


8:30       Feitiços                Runas                   DCAT                     DCAT                    Aritmância


9:30       Feitiços                Runas                   DCAT                    Transfiguração Aritmância


10:30     Transfiguração Herbologia        Transfiguração Poções                His. da Magia


11:30     Almoço             Almoço                 Almoço               Almoço                  Almoço


13:00     Transfiguração  Hora Livre           Astronomia       Poções                 T. C. Mágicas


14:00     Herbologia         Hora Livre           Astronomia       Feitiços                Estudo dos Trouxas


15:00     Poções                 T. C. Mágicas   His. da Magia     Hora Livre           Estudo dos Trouxas


16:00     Poções                 T. C. Mágicas    Hora Livre           Herbologia         Herbologia


O horário das três eram os mesmos, somente Marlene que tirara Aritmância e Estudo dos Trouxas, e colocara Adivinhação logo depois do almoço de terça, junto a Katie.


- Até que tá razoável. Só segunda e sexta não tem horário livre – Lily disse.


- Eu tenho aula na terça – Marlene disse revirando os olhos.


- Sorte sua ter largado ano passado Adivinhação, Lily - Katie disse ainda olhando seu papel.


- Adivinhação é muito vago – concordou, começando a comer seu café da manhã.


- Só porque não conseguia ver nada na bola de cristal – Marlene disse risonha.


- Ver ou não ver algo numa bola que eu compro em qualquer lojinha de esquina é uma coisa ridícula – disse brava. As amigas riram e seguiram seu exemplo, começando a comer panquecas.


-x-


- Acorda logo, todos vocês – Remus gritou, no meio do quarto. Como Lily, era sempre o primeiro a acordar, pra depois acordar os outros. Ninguém respondeu nada. Peter estava com a boca entreaberta, onde escorria um líquido viscoso e brilhante da mesma. Remus olhou aquilo e fez cara de nojo. Sirius estava com a boca um pouco mais aberta que a de Peter, roncando, e James era o único normal, por assim dizer, porque estava com um estranho sorriso no rosto. – ACORDA – Remus gritou, novamente, mas não adiantou de nada. Foi até a cama de James e puxou seu travesseiro, fazendo-o bater a face no colchão. Isso o fez acordar e resmungar.


- Ótimo jeito de ser acordado – disse, com os olhos fechados, ainda sonolento. Ainda estava em sua mão o travesseiro de seu amigo, então o jogou em Peter, fazendo-o acordar assustado.


- Não. Não fui eu. Não fui não. – olhava de um lado pro outro, com os olhos pouco arregalados. James e Remus riram fraco.


- Deixa que eu acordo meu querido Almofadinhas – James disse, com um sorriso maroto. Chegou perto de seu amigo, bem devagar, apontou a varinha um pouco acima de sua cabeça e murmurou “aguamenti”. Um jorro de água saiu da ponta de sua varinha fazendo com que inundasse a cama de Sirius fazendo-o levantar assustado.


- QUAL É O SEU PROBLEMA? – disse, tossindo, e tirando um pouco da água do rosto.


- Ótimo. Todos acordaram – Remus disse, sorrindo, e entrou pro banheiro.


- Não, Remus, eu tenho que ir primeiro, porque algum veado me ensopou.


- Cervo. Ceeeeeervo. Galhada lembra? – James disse, mal-humorado colocando os dedos acima da cabeça, fazendo Sirius soltar um risinho. – ACORDA Peter – ele disse, batendo palma bem forte, de frente ao amigo, que pulou da cama. Ele havia se encostado no canto de sua cama. Sirius e James riram.


Demorou pouco mais de meia hora para todos ficarem prontos. Já era quase oito e dez quando eles desceram para o Grande Salão.


-x-


- Olha quem tá ali gente – Katie disse apontando com a cabeça alguém ao lado de Lily. Era Luke Adams, o garotinho que elas ajudaram no trem, depois de enormes sonserinos passarem por cima do pobre garoto.


- Luke – Lily disse meio alto, acenando para o garoto dos olhos verdes, quase iguais aos de Lily. Ele estava conversando com um menino com a mesma cor de cabelo do pequeno garoto. Olhou para quem o tinha chamado, e sorriu, minimamente, indo de encontro às três garotas.


- Olá – ele disse, sentando-se ao lado de Lily.


- Oi – as três responderam em uníssono.


- Vejo que ficou na Grifinória – Lily disse, sorrindo.


- Eu agradeci mentalmente a Merlin por isso – disse, rindo fraco.


- Ainda bem que ficou aqui. Fui com a sua cara desde o começo. – Marlene disse, sorrindo para o garoto.


- Quem é aquele garoto grandão que você estava conversando? – Katie disse.


- Ah, é meu irmão. Brand.


- Pensei que tinha dito que era nascido trouxa – Lily disse franzindo a testa.


- Sim, eu sou. Por quê?


- Bom, é que normalmente os nascidos trouxas vem sozinhos, nunca tem irmãos também bruxos – Marlene explicou.


- Tá vendo aquela garota ali? – Lily apontou para uma menina com os cabelos bem negros, até o meio das costas, na mesa da Corvinal. – Ela é nascida trouxa, e tem uma irmã gêmea. Só foi ela quem foi chamada. E aquele garoto ali – apontou novamente, mas agora para um menino loiro na mesa da Grifinória – ele tem uma irmã e um irmão, mas só veio ele. E eu tenho uma irmã, mas fui a única chamada.


- Estranho – Luke disse.


- Diferente e único – Katie disse.


- Deve estar destinado a algo – Marlene disse misteriosamente, pra depois rir da cara de espanto do garotinho.


- Isso, assusta ele Marlene – Katie disse batendo de leve no ombro da amiga.


- Mas seu irmão não é da Grifinória né? – Lily continuou.


- Não. Ele é da lufa-lufa. Digamos que em matéria de fazer coisas pra depois levar a culpa, eu sou o que faz mais, e encaro as consequências – ele disse, rindo.


- Sabia que você tinha algo de especial – Marlene disse, encantada. – Casa comigo? – brincou, e depois riu, fazendo as duas amigas e o garoto rirem com ela.


- Com certeza – concordou Luke.


- Luke? – o garoto com a mesma cor de cabelo do garotinho que estava na frente das garotas parou atrás dele. Era seu irmão. Ele tinha os olhos pretos, e um pouco grandes. Tinha um porte físico grande, com músculos ressaltados sob a camiseta branca do uniforme. Tinha um pouco da fisionomia do irmão menor.


- Oi? – Luke respondeu.


- Você já sabe seus horários? – ele disse, meio sem jeito, olhando para as três meninas.


- Sim – o irmão respondeu. – Ah, essas são Lily, Marlene e Katie – ele disse apontando para as garotas na ordem em que falou seus nomes – Foram elas quem me ajudaram depois que os sonserinos me atropelaram.


- Oh. Nossa, obrigado. Eu deveria estar olhando ele, mas ele sumiu do nada. Muito obrigado – o garoto disse olhando para as três, e sorrindo.


- Não foi nada. – Lily disse sorrindo.


- Nós meio que protegemos os primeiranistas dos sonserinos. São os alvos preferidos deles. – Katie disse.


- É, eu me lembro no meu primeiro ano. Eu tive que ficar trancado no banheiro uma boa parte da viagem. Não conhecia ninguém quando eu vim – disse.


- Eu também não. – Lily continuou – Eu fiquei com medo, porque eu ouvi algumas sonserinas mais velhas falando disso enquanto eu tava no banheiro. Ai eu encontrei elas duas num compartimento – ela apontou para as amigas.


- E, bom, minha prima não iria me machucar, ou quem estivesse comigo, mesmo nós não sendo muito... amigáveis uma com a outra – Katie concluiu.


- Quem é sua prima? – Brand perguntou, olhando para a garota.


- Ophelia Greengrass – disse meio envergonhada.


- A que anda com a Narcisa Black? – ele levantou uma sobrancelha.


- Exatamente – Marlene disse, meio rindo, meio irônica.


- Uau. Agora eu acredito que nem todos na família são iguais – ele disse.


- Bom, o Sirius Black também é diferente. Toda a família dele é da Sonserina. Só deu ele na Grifinória. E ele é primo da Narcisa, da Bellatrix, irmão do Regulus. Tudo sonserino. – Katie concluiu.


- Tem tudo nesse mundo – Brand disse rindo fraco. – Eu deveria ir. Ainda preciso tomar meu café da manhã. Obrigado por terem cuidado do Luke – disse saindo de perto delas e acenando.


- Eu nunca vi o seu irmão – Lily disse ainda olhando as costas do garoto.


- Bom, ele é de casa e de ano diferente – Luke disse começando a comer panquecas.


- Que ano? – ela continuou.


- Quinto.


- Nossa, parece que ele é bem mais velho – Lily disse.


- Todos dizem isso. – o garoto disse, rindo fraco, continuando a comer suas panquecas.


- Oi ruivinha – Lily revirou os olhos ao ouvir. Ela nem precisava ver quem era para saber que era James Potter querendo sua atenção. Nem se deu ao trabalho de se virar para o garoto, pois ele se sentou ao seu lado, sendo seguido pelos marotos. Peter sentou ao lado dele, e Sirius e Remus, lado a lado, na frente dos amigos.


- E quem é esse garotinho ai? – Sirius disse notando a presença de Luke.


- Esse é o Luke. Novo grifinório – Katie disse, olhando para o lado, onde Sirius sentara.


- Parabéns cara. Essa é a melhor casa – Sirius disse sorrindo para o garotinho, que sorria também.


- Era exatamente essa casa que eu queria.


- Que bom que sempre pensou assim, porque o Chapéu Seletor vai pela sua escolha – Remus disse, olhando para o garoto.


- Pensei que era o que estava dentro da minha cabeça.


- Todos dizem isso, mas se você quer tanto uma casa, se é essa a sua escolha, então é pra essa casa que ele te manda.


- E porque a professora McGonagall fala isso?


- Talvez pra não confundir a cabeça dos novatos. Já tem muita coisa pra assimilarem – Sirius continuou.


- Você é bom no quadribol? – James disse, trocando totalmente o assunto, e quase subindo em cima de Lily para ver o garoto melhor.


- Que vai adiantar se ele ainda está no primeiro ano? – Lily disse levantando uma sobrancelha para o garoto, que estava com o rosto bem próximo do seu. Ele se virou um pouco, a fim de ficar um pouco mais de frente para ela. Por um milésimo de segundo ficou estática, olhando os olhos dele, e sentindo sua respiração em seu rosto.


- Acontece ruivinha, que eu posso fazer a Mimi mudar de ideia – ele disse galanteador e sorrindo para a garota, olhando bem em seus olhos.


- Mimi? – Luke disse sem entender.


- A professora Minerva McGonagall – Katie explicou – Mas nunca chame ela assim. Ela odeia.


- Odeia quando os outros falam – James finalmente saiu de cima da ruiva, que conseguiu respirar normalmente. – Ela ama quando eu falo.


- Ela odeia ainda mais quando você fala, porque foi você que inventou – Lily disse revirando os olhos e tomando um pouco de seu suco de abóbora.


- Que seja. Você é bom ou não no quadribol? – Sirius cortou o amigo, temendo uma briga logo no café da manhã do primeiro dia de aula.


- Bom, eu não tenho uma visão de como é realmente um campo de quadribol, mas eu sei as regras, meu irmão me ensinou. E me ensinou também a montar na vassoura dele. Ele disse que eu sou ágil por ser pequeno – Luke disse olhando de James para Sirius.


- Quem é seu irmão? – Sirius mostrou interesse.


- Brand Adams.


- Da lufa-lufa? O artilheiro? – James disse se encostando um pouco na mesa, para olhá-lo novamente.


- Esse mesmo.


- Você é irmão dele?


- Sim.


- Dele mesmo?


- Sim.


- Tem certeza?


- A menos que minha mãe tenha pulado a cerca... – Luke disse rindo e fazendo Lily e Katie rirem com ele. Os outros não entenderam.


- Pular a cerca é um jeito meio de brincadeira de falar que a pessoa traiu a outra – Katie explicou, e os outros exclamaram entendimento.


- Eu nunca pularia a cerca se estivesse com você lírio – James disse apoiando a bochecha na mão, e o cotovelo na mesa, olhando para a garota, com um sorriso de lado.


- Essa seria a primeira coisa que você iria fazer – ela disse irônica.


- Nunca vai desistir esse ai – Peter finalmente dissera, suspirando. Ele tinha chegado à mesa e já começado a comer. Somente agora havia parado o ritmo acelerado.


- Eles são namorados? Tiveram algum caso? – Luke perguntou, sem entender.


- Bem que James queria – Remus disse, fazendo todos rirem, menos Lily.


- Ele persegue a Lily desde o ano passado. – Sirius explicou para o garotinho, e ele acenou com a cabeça, entendendo.


- Sr. Potter, Sr. Black, Sr. Lupin e Sr. Pettigrew – uma voz meio rouca falara ao lado do grupo, e todos olharam. Era a professora McGonagall. – Aqui estão os seus horários – ela entregou para cada garoto uma folha. – E a respeito de suas detenções – eles suspiraram – serão hoje, amanhã, e depois. – E saiu, indo para a mesa dos professores.


- Nós temos quase as mesmas aulas – Sirius disse, conferindo com o horário de Katie, que estava ao seu lado. – Eu só não tenho Aritmância, Runas, Estudo dos Trouxas e Adivinhação. Vou ter muito tempo livre – riu, meio maroto.


- Oh meu Merlin. Vai ter ainda mais garotas chorando pelos cantos da escola – Marlene revirou os olhos.


- Com ciúmes Lene? – provocou-a.


- Só no seu sonho né?


- Ele também persegue a Marlene? – Luke perguntou para Lily.


- Sim, desde o terceiro ano. Esses dois – apontou para James e Sirius – querem ficar com o número máximo de meninas que puderem, na semana. O objetivo deles é beijar todas as meninas na escola.


- Coisa que eles não vão conseguir – Katie disse.


- Posso saber o porquê Kay? – Sirius disse, levantando uma sobrancelha e se virando para a menina ao seu lado.


- Porque vocês nunca vão ficar com nós três – ela disse, olhando para ele, com a sobrancelha também levantada.


- É o que veremos – ele disse, com um olhar meio maléfico, rindo, baixinho.


- Se você tocar na minha ruivinha eu te mato Almofadinhas – James disse olhando sério para o amigo.


- Primeiro: não sou sua ruivinha, nem nada. Segundo: pra você é Evans. Terceiro: o Black pode me tocar quando quiser porque não tenho dono. E quarto: que diabos é esse apelido ridículo de vocês?


- Olha só, eu posso tocar na ruivinha – Sirius disse rindo da cara de bravo de James.


- Pra você também sou Evans – ela se virou olhando para o garoto.


- Então você é a bruta? A ativa? Sinto informar que não dou meu cargo a ninguém – Sirius disse sorrindo de lado, maroto.


- Pessoal, tem crianças na mesa – Katie disse apontando para Luke, que só ria.


- Ele vai ter que se acostumar com isso. Sempre vai ter isso ao nosso redor – Lily disse olhando para a amiga.


- Quer dizer que eu posso ficar com vocês? – ele disse esperançoso, com os olhos meio brilhantes.


- Claro que sim fofura – Marlene disse com voz de quem fala com bebê.


- Tá assustando o garoto – Lily disse, rindo. – Se você quiser ficar com a gente pode ficar. A gente te protegeu, e ainda teremos que te proteger por esse ano, até você se cuidar sozinho. Não vai ter seu irmão sempre por perto, mas nós sim – se virou para o garoto, sorrindo gentil. Passou os braços ao redor da pequena pessoa, apertando-o contra o peito.


- Não encosta na minha ruivinha, baixinho – James disse cutucando Lily, pra chamar a sua atenção. Ela se soltou de Luke e deu um tapa na mão do maroto.


- Não encoste em mim – disse, como se fosse óbvio.


- Por que você não é gentil assim comigo? – ele disse, fazendo um pequeno bico, onde todos ao redor riram de seu ato meio infantil.


- Porque você não merece – ela disse, sorrindo vitoriosa. Ouviram o sinal bater.


- Vamos logo que nossa aula é no segundo andar – Katie disse já levantando.


- Espera. Qual sua primeira aula baixinho? – Sirius disse. Luke colocou a mão no bolso de suas vestes tirando um papel do mesmo jeito que os dos outros, só um pouco menor.


- Hum, Transfiguração – disse.


- É no primeiro andar. Tá no nosso caminho – Sirius disse. – Vamos que a gente te leva.


- Olha só, Sirius Black cuidando do novato – Marlene disse brincalhona.


- Vocês não disseram que é seu protegido? Só to tentando ajudar – ele disse normalmente. Marlene sorriu de lado, então juntos, os oito alunos começaram a andar.


Por onde passavam James e Sirius cumprimentavam as pessoas, principalmente as garotas, que davam risinhos e gritinhos, fazendo Lily, Marlene e Katie revirarem os olhos. Os olhos masculinos recaíam nas garotas. Suas saias, um pouco mais curtas neste ano por ganharem mais corpo, faziam com que as cabeças masculinas se torcessem até não conseguirem mais ver as coxas e bundas das três. Elas usavam os uniformes como todos: camiseta branca por baixo, gravata de sua respectiva casa, um casaco vermelho por cima, saia preta, meio rodada, e botas de cano alto, que iam até a metade de suas panturrilhas, sendo de bico fino e com saltos altos. Os garotos também usavam camiseta branca, gravatas e casacos. As únicas diferenças eram que usavam calças e sapatos.


Chegaram no primeiro andar, deixando o garotinho na sala de Transfiguração.


- Nos encontramos no almoço – Lily disse sobre todas as cabecinhas pequeninas e novatas que faziam fila para entrarem na sala da professora Minerva.


- Você parece uma mãe-coruja que não quer deixar o filho no primeiro dia de aula – Marlene disse, rindo da amiga.


- Só quero cuidar dele. Posso? – ela disse, meio irritada.


- Você alguma hora vai envergonhar o pobre menino – Remus disse, rindo fraco.


- Eu não tenho um irmãzinho menor pra poder cuidar. Eu me identifiquei muito com ele. Ele é o mais próximo de irmão que eu posso ter. Então posso cuidar dele por favor? – disse rápida, meio alto.


- Não precisa ficar brava – Katie disse passando a mão no braço da amiga, delicadamente.


- Não to brava – disse, ainda meio alto.


- Não precisa gritar – Sirius disse, rindo da garota.


- Não to gritando – ela retrucou.


- Já chega – Marlene se impôs. – Vamos entrar logo.


Tinham poucas pessoas dentro da sala de aula, e o professor ainda não tinha chegado. Todos foram pro fundo, porque, sendo bons alunos ou não, gostavam de ficar no fundo, e não na frente, na cara do professor. Deixavam isso pra quem realmente queria a atenção do mesmo.


Sirius foi o primeiro a sentar, na última carteira da fileira do meio. Remus ia se sentar na sua frente, mas James o puxou e sussurrou:


- Senta com o Sirius – ele olhou sem entender, é claro, porque desde o primeiro ano James e Sirius sentavam juntos. Mas não disse nada. Depois ele pediria para o garoto explicar. James foi pra perto de Marlene, sem ninguém perceber também sussurrou – Senta com a Katie. – a garota concordou meio indecisa, mas teve alguma ideia do que seria, e sorriu um pouco marota. A garota puxou a amiga, e sussurrou algo em seu ouvido, se sentando ao lado de Sirius e Remus. James sorriu, e se sentou na frente dos amigos.


Lily ainda estava entrando na sala. Parou para falar com as pessoas que estavam na frente. Peter estava quase sentando do lado de James, só que ele o parou, falando:


- Senta com o Jake, Peter, por favor – o amigo disse, com um olhar urgente. Peter não entendeu, mas se sentou com o garoto que estava na frente de Marlene e Katie. Jake Peterson era um garoto magro, e um pouco pequeno para sua idade. Tinha cabelo castanho claro e olhos da mesma cor. Não era muito bom na escola, tinha muitas dificuldades em aprender rapidamente, e Peter se identificava com o garoto. Sempre estavam conversando, apesar de Peter sempre andar com os marotos.


Lily parou de falar com as pessoas e estava indo pro fundo. Olhou da carteira das meninas, para a carteira em que Peter estava, e depois pra onde Remus e Sirius se sentaram, e por fim seu olhar recaiu na carteira em que somente estava Potter. Ele estava se controlando para não sorrir, mas não conseguiu muita coisa com isso. Ela foi até suas amigas:


- Por favor não me deixem sentar com o Potter? – disse meio urgente.


- Ah Lily. Não quero sair daqui – Marlene disse, fingindo estar cansada.


- Eu não posso sentar com ele – disse com os olhos arregalados.


- Será só por este dia – Katie disse, tentando acalmar a amiga. – A gente vai revezando.


- Não consigo ficar um segundo perto dele.


- Por quê? Não vai conseguir controlar seu desejo insaciável de beija-lo? – Marlene disse marota, e recebeu um tapa um pouco forte de sua amiga. Riu.


- Não falem mais comigo – Lily disse, e se virou dramaticamente, indo para o lugar do lado de James. Suas amigas riram fraco, balançando a cabeça.


- Então decidiu se sentar comigo ruivinha? – James disse, sorrindo, e olhando para a garota.


- Se você não percebeu não tem mais lugar aqui no fundo. E não me chame de ruivinha, Potter. – ela disse sem olhá-lo. – Tenho quase certeza que tem dedo seu nisso – ela se virou para olhá-lo brava. Ele deu uma risadinha.


O professor Flitwick chegou, e ela se virou para frente, mas ele continuou olhando ela, sorrindo de lado. Mas logo se virou para prestar atenção no professor.


- Bom dia alunos. Que bom que tem muita gente que conseguiu nota suficiente nos N.O.Ms pra continuar na minha aula – todos olharam em volta e perceberam que a sala estava bem cheia. Até porque só tinha alunos de duas salas: Grifinória e Lufa-Lufa. – Esse ano vai ser um pouco mais pesado que o anterior, mas não tanto quanto o ano que vem. Este ano todos os professores estarão em cima de vocês para os prepararem para o final da vida de vocês nesta escola – disse com um ligeiro sorriso, mas Lily não pôde deixar de abaixar os olhos.


Sentiu seus olhos arderem, mas não queria que ninguém percebesse. Mas James percebeu, estava olhando-a de lado. Ela não conseguiu pensar otimistamente em relação a este término de mais uma fase na vida dela, não estava pensando no que a mãe dela falara, no que prometera para a mesma. Ela iria de qualquer jeito ficar triste com tudo isso. Foi o primeiro momento em que descobriu a magia, sempre iria sentir falta.


- Tá tudo bem? – James abaixou um pouco o rosto a fim de ficar mais perto do rosto da garota. Ela levantou seu próprio rosto e olhou pra ele. O garoto parecia preocupado com o que ela tinha acabado de fazer.


- Claro – ela deu um sorriso mínimo e voltou a olhar para o professor pequenino, e ele fez o mesmo, mas de vez em quando olhava para ela.


Enquanto a aula corria Lily ficava entediada. Não queria falar com as amigas, iria dar um gelo nelas pelo menos nessas duas primeiras aulas. Prestava atenção no que o professor falava, e como sempre, fazia algumas anotações importantes. James olhava para ela a cada cinco segundos, no que a deixava irritada. Virou-se para ele erguendo uma sobrancelha.


- Algum problema?


- Nenhum – ele sussurrou, sorrindo.


- Então por que tá me olhando?


- Porque você é linda – ela revirou os olhos suspirando. Virou-se para frente novamente. – Quer sair comigo? – ela suspirou novamente, e revirando os olhos.


- Você adora ouvir um não né? – ela se virou para ele, que sorriu, meio maroto.


- É só você falar sim, ai vou adorar ainda mais.


- Me diz por que eu sairia com você?


- Porque eu sou lindo? – sussurrou, arrepiando os cabelos com a mão.


- Tente outra vez.


- Porque sou o garoto mais desejado da escola? – riu, desdenhoso.


- Mais uma vez.


- Porque sou incrível? – riu fraco.


- E está ai porque eu não saio com você – disse, entre um sorriso, e se virou, mais uma vez, para frente.


- Porque sou irresistível?


- Porque você se acha a melhor pessoa no mundo, e se não o tiver não terá o melhor da vida – não olhou para ele por nenhum segundo. Passaram uns cinco minutos e ela tomou um pouco de coragem, se virando pra ele e presenciando-o olhar para ela no mesmo momento. – Me diz por que só agora me chama pra sair? Depois de todo esse tempo.


- Porque me deu coragem agora – ele sorriu, minimamente.


- Errado. Porque só agora que eu evolui. Porque só agora todos os garotos me olham quando eu passo por eles, assim acontece com a Lene e a Kay. Vocês, meninos, são muito imaturos porque só se preocupam com as meninas depois que elas ganham corpo, ganham forma. Não se preocupam se elas são boas pessoas ou não.


- Uau, você pensou nisso tudo enquanto tentava descobrir o porquê de eu nunca ter te dado bola antes? – ele sorriu, mais uma vez, desdenhoso.


- Você é insuportável Potter. É impossível falar com você. Sinto pena das garotas ridículas que caem na sua conversa. – se virou uma última vez para o professor, pra continuar a prestar atenção no que ele falava. Ficou assim até tocar o sinal para saírem para a próxima aula. Mas antes de saírem o professor disse:


- Só um momento por favor. Venho avisar que esse ano mudou uma coisa sobre as aulas. As pessoas ao seu lado deveram se sentar com vocês pro resto do ano letivo. E será sua dupla em praticamente todas as atividades – disse e todos sorriram, menos, é claro, Lily, que ficou estática no seu lugar olhando de boca aberta para o professor.


- Olha só, nós iremos ficar muito tempo juntos – James disse rindo da cara da garota, e passou delicadamente seus dedos no queixo da mesma. Ela se desvencilhou e bateu na mão do garoto, que riu.


- Eu não vou conseguir. Eu preciso ir na torre de Astronomia – ela disse quando suas amigas chegaram em seu lugar.


- Por quê? – Katie disse.


- Pra me jogar de lá, é claro – e se levantou rapidamente, mas Marlene segurou um braço e Katie o outro, rindo. Ambas a puxaram até sair da sala de aula.


- Kay – Sirius chamou a garota, e ela olhou-o desconfiada. Ele nunca a chamou pra falar nada, e não seria agora que mudaria isso.


- Sim? – perguntou indecisa. E sem mais nem menos ele deu um selinho rápido nela, se afastando no mesmo segundo. Ela ficou sem ação, somente o olhando com os olhos arregalados. Suas amigas e os marotos também estavam da mesma maneira.


- Agora só falta a Marlene e a Lily – Sirius disse rindo, mas no segundo seguinte sua face esquerda ardeu com o tapa que Katie dera nele.


- Tarantallegra – ela disse e as pernas do garoto começaram a se mexer por conta própria, como uma dança. - Não faça mais isso Sirius Black – disse como se fosse óbvio, todos começaram a rir, inclusive Sirius.


- Um sinal de nunca mexer com a Katie – Remus disse tentando cessar a risada.


- Vamos pra sala logo – Marlene ainda estava com um riso no rosto, puxando Katie para que ela não fizesse nada.


 Logo chegaram na sala de Transfiguração. Lily estava atrás, como sempre, porque era a que andava mais devagar. Remus, desta vez, estava ao seu lado. Estavam entrando na sala e ela o puxou para mais perto de si.


- Por favor senta comigo? – disse olhando para ele de um jeito desesperador. Ele olhou pra ela meio surpreso e ficou indeciso. Não queria dizer não, mas também não queria desapontar James. Mas não teve jeito, o olhar de Lily naquele momento era de uma garotinha que estava prestes a chorar se ninguém a ajudasse. Logo aceitou, sentando-se no lugar que outrora estava sentada a ruiva e James.


- É tão ruim sentar perto do James? – ele levantou a sobrancelha, falando baixo no ouvido da garota porque James acabara de passar por ele sentando-se atrás dos mesmos. Não estava com a cara muito boa.


- Você não imagina. Toda hora ele fica me encarando, toda hora me cantando, toda hora me chamando pra sair. Já to cheia disso. No começo achei que era só por diversão, por eu ser a única a dizer não para ele, mas agora acho que ele é doente – ele riu – É sério. – tentou convencê-lo.


- Eu sei que é. Ri porque finalmente alguém concorda comigo. Eu acho que ele tá em cima de você porque deve sentir alguma coisa.


- Impossível. O Potter é sem coração. Não pode sentir nada – Lily disse irônica.


- Não seja tão dura – Remus riu fraco. – Ele só é persistente. - Ela suspirou. A professora acabara de chegar e já estava dando boas vindas e os recados que o professor Flitwick dera na outra aula deles. Essa aula eles tinham tanto com Lufa-Lufa quanto com Corvinal. Eram poucos os que tiveram suficientes N.O.M’s para continuar essa aula.


Lily achou que Remus era a melhor companhia que alguém poderia ter. Ele prestava atenção na professora, em todas as palavras dela, anotava o que achava importante, e o melhor de tudo não a chamava pra sair. Toda hora ela olhava de soslaio para ver se ele estava mesmo prestando atenção, e ele realmente estava. Ela via a testa do garoto ter três ondinhas quando ele a enrugava e sorriu. Naquele momento percebeu que ela estava fazendo o que James fazia com ela: olhar de três em três segundos para o lado.


Espantou esse pensamento tentando prestar atenção na professora. Ela estava falando sobre conjuração.


- Pode-se conjurar qualquer coisa se fizerem o movimento com a varinha corretamente e se disserem o feitiço também corretamente. Mas, como sabem, há as limitações do que conjurar, como dinheiro, comida, o que tem nas Leis de Gamp... – a professora dizia para toda a sala, mas a mente de Lily não estava totalmente focalizada nas palavras da professora. - ... Flitwick disse anteriormente, que agora vocês deverão pensar no feitiço, não falá-lo... – ela ainda olhava Remus de soslaio, focalizando nas ruguinhas em sua testa.


“Por que você tá olhando isso?”


“Não sei.”


“Presta atenção na aula.”


“Não tá vendo que eu to tentando?”


“Não tá parecendo.”


“Me deixa em paz.”


“Para de ficar olhando o Remus.”


“Você não fala o que eu devo fazer ou não.”


“Você tá gostando do Remus?”


“Por que mudou de assunto?”


“Quero saber.”


“Não vou te responder.”


- Lily? – Remus cutucou a garota assustando-a de leve. Parou de discutir com sua consciência.


- Hum?


- Acabou a aula – ele deu uma risada fraca mostrando que todos estavam saindo da sala. – Você tava viajando mesmo hein.


- É – concordou e arrumou seu material saindo da sala. – Obrigada por ter sentado comigo hoje. Vi a cara do Potter quando ele passou pela gente – ela sorriu.


- Sem problemas – ele sorriu e do nada seu estômago afundou, parecendo que ela tinha errado um degrau da escada e pensado que ia cair de cara no chão, mas já tinha se recuperado. Ela olhou pra frente, amedrontada. Não sabia o que fazer. Não sabia o que pensar. Ela queria falar com suas amigas. Mas elas estavam na sua frente brincando com James, Sirius e Peter.


De repente sentiu um peso no seu ombro. Era o braço de Remus, dando um meio abraço nela. Olhou para o lado e de novo seu estômago afundou. Seu coração começou a bater rápido, sem ela querer que ocorresse. O cheiro do perfume do garoto, que estava muito colado nela, entrou no seu pulmão, deixando o cheiro exalar por todo seu corpo. Ela estava dura. Não conseguia respirar. Temesse que se respirasse não saberia como fazer certo, e assustasse o garoto.


Respirou pausadamente, tentando não fazer barulho, mas mesmo assim fazendo. Remus somente andava, sem fazer mais nada, somente olhando para as pessoas por onde passava, e ainda com o braço inocentemente posto no ombro da amiga. Finalmente chegaram no Salão Comunal e ela pôde sair do mini aperto dele e ir de frente para suas amigas, deixando-o longe, com seus próprios amigos. Sentou-se na cadeira e respirou profundamente, tentando pegar o ar que não conseguira pegar anteriormente.


- Tá tudo bem Lily? – Marlene perguntou levantando uma sobrancelha.


- Sim. Tudo. Por quê? – disse apressada.


- Parece que tava sem ar – Katie complementou.


- Ah, não. Tá tudo bem – sorriu e pegou a jarra de suco de laranja, colocando um pouco no seu copo sob olhares desconfiados de suas amigas.


- Se livrou do Potter né? – Marlene disse, meio rindo.


- Ainda bem. Não iria aguentar mais uma hora ele me olhando a cada três segundos – ela revirou os olhos concordando. – Ele é louco, não é possível – as amigas riram. Ouviram a risada/latido de Sirius e olharam.


Os quatro estavam rindo do que parecia ser uma piada que James contara, porque ele ainda falava, mas não aguentava muito e ria com os amigos, não terminando o que tinha que falar. O olhar de Lily recaiu em Remus. Ele estava de olhos fechados, inclinado para trás, dando uma gargalhada que ela conseguia ouvir. Ela sorriu minimamente, mas logo parou, virando-se para a lagosta que estava à sua frente, aberta, para ela pegar sua carne macia.


Cutucou o bicho assado tentando tirar o máximo que conseguia, e pôs em seu prato. Viu bacon ao lado e pegou algumas fatias. Havia cinco omeletes, empilhados, no prato próximo a elas, e ela pegou um, colocando também em seu prato e começando a comer.


Mastigou por um momento e novamente olhou para o garoto. Ele olhava para os amigos, sorrindo. Ela percebeu que formava algumas rugas no canto dos olhos dele. Suspirou. Seu estômago estava meio estranho. Parecia que estava formigando, mas ao mesmo tempo estava com um tipo de cócegas. Olhou para sua comida e descansou seus talheres. Olhou para suas amigas.


- Eu preciso contar uma coisa – ela disse pausadamente. Marlene e Katie a incentivaram a continuar. – Acho... Eu posso... – ela suspirou brava – Pode ter algum por cento de chance de eu gostar do Remus – as amigas levantaram a sobrancelha e pararam de comer.


- Como? – Marlene perguntou, pensando ter ouvido errado.


- Eu posso ter sentimentos pelo Remus, que eu acabei de descobrir. – Lily repetiu.


- Como é possível? – Katie disse, ainda tentando assimilar.


- Eu não sei. Lá na aula de Transfiguração quando ele prestava atenção no que a professora falava ele fazia algumas ruguinhas na testa – ela disse meio rindo, passando a mão na própria testa. – Ai no caminho pra cá ele pôs o braço no meu ombro, e do nada parecia que tinha borboletas no meu estômago. E agora, ele sorrindo desse jeitinho lindinho, tá tendo de novo as borboletas – concluiu desesperada.


- Pode ser um simples afeto? – a loira continuou.


- Não. Eu nunca senti isso. E do nada isso começar? – ela disse, meio espantada.


- Relaxa que isso pode não se tornar nada – Marlene a tranquilizou.


- E se se tornar?


- Oi – Luke acabara de chegar na mesa. Lily se assustou, mas logo sorriu vendo que era ele. – Desculpa se te assustei – riu, se sentando do lado da garota.


- Não foi nada – tranquilizou-o. – E ai? Como foram as primeiras aulas?


- Foi simplesmente fantástico – disse com um sorriso no rosto.


- Sabia que ia achar – ela continuou sorrindo. – Tá com fome?


- Faminto – disse, arregalando os olhos e passando a mão na barriga, fazendo as garotas rirem.



-x-
Bom, demorei mais postei. Sei que é pedir muito e tal, mas eu realmente queria comentários pra saber como estou indo na fanfic, isso me deixaria mais incentivada. Obrigada por continuarem a ler. E pra quem não entender o título é sobre o sentimento da Lily. Sei que normalmente fazem uma personagem fofinha pra ficar com o Remus, então achei legal a Lily ter uma paixonite por ele, pra esquentar hehehe

Compartilhe!

anúncio

Comentários (2)

  • LeleCangane

    Má, o que foi esse capítulo? Lily e Remus? Sua cara fazer essas coisas para matar os leitores kkkk Mas eu gostei, achei que ficou muito legal. Estou amando, não esperava outra coisa de você né :) Beijos 

    2016-02-17
  • Bru Mckinnon Black

    Oieee! Sério a fic está ficando muitoooo top!!! Bom pelo meu próprio nome já da pra perceber que eu amo o Sirius e a Lene, então cada vez que eles aparecem eu amo mais essa fic hahahah. Eu sei que essa é uma fic Jily, mas faça mais cenas entre o Six e a Lene!!!Bjsssps: ameiiiii a notinha que você escreveu no ultimo cap. continue escrevendo, okay? Hahahah 

    2014-06-15
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.