Vingança





Narrado por Marlene McKinnon


 


 - Sabem o que eu vou fazer? – perguntei, no meu modo revoltada, entrando pelo retrato da Mulher Gorda (e arrastando Jack comigo, diga-se de passagem).


 Lily, deitada no chão, como sempre, olhou na minha direção, parecendo entediada. Ela estava desse jeito desde a confusão com o James, o que para mim não faz sentido algum. ‘Tá certo que não deve ser nada legal descobrir que o amor da sua vida é um imbecil, mas isso não significa que ela tem que ficar chateada. Bola para frente, poxa!


 Kate tirou os olhos do livro que estava lendo e levantou a sobrancelha.


 - Treinar? – chutou, apontando para a minha roupa: o uniforme do time.


 Bem, isso é obvio. Acho engraçada essa mania das pessoas de anunciarem o óbvio. Como se precisássemos de anúncios.


 - Eu, com certeza, estaria treinando, se o capitão não tivesse nos dado outro bolo. – resmunguei.


 - James faltou ao treino de novo? – perguntou Lily. Só quando falamos de James é que ela presta atenção em mim? Que amiga, hein...


 - Faltou. – confirmamos Jack e eu juntos. – Babaca. – dissemos, ainda juntos. Nossa, eu ‘tô chocada...


 - Certo. – fez Katherine, impaciente. – Então isso significa que não vai treinar?


 - Não. – neguei e joguei a vassoura em um canto qualquer. – Vou cometer assassinatos. – aleguei, já bolando um plano na minha cabeça. Se era para cometer assassinatos, tinham que ser bons assassinatos. Nada de plano furreca.


 Jack suspirou ao meu lado, cansado, e me puxou para sentar em um sofá da Sala Comunal (detalhe: ele estava segurando minha mão; QUE FOFO!).


 - Assassinatos? – estranhou Lily, franzindo o nariz.


 - Três, para ser mais exata. – confirmei, decidida.


 Kate bufou.


 - E vai matar quem? – perguntou, brusca. Ela também andava meio chateada com James. E eu continuo sem entender porque. Pessoal, aceitem: ele não presta. Nada de ficar se mazelando. – Seus pais? – continuou ela.


 Hum, até que não seria má idéia. Mas isso fica para depois. Tenho assuntos mais importantes para tratar.


 - Na verdade, vou matar James, Blake e Sirius, para variar. – informei.


 - Porque quer matar o James? – perguntou Kate, franzindo a testa. – E porque quer matar o Sirius?


 - Porque eles merecem. – constatei. – James merece ainda mais do que Sirius.


 Kate olhou para mim como se eu tivesse algum problema mental.


 - Eles são nossos amigos. – retrucou, como se isso explicasse tudo. Então é melhor dizer isso para o James, querida McCanzey, porque ele parece não saber. – Não pode mata-los.


 - Tudo bem. – cedi. – Então vamos matar só a Blake. – não era lá muita coisa, mas seria um bom começo.


 Lily abriu um enorme sorriso ao ouvir isso.


 - Vamos matar a Blake? – perguntou animada, batendo palminhas, como eu fazia quando assistia Teletubbies aos cinco anos de idade.


 O que? Eu gostava de Teletubbies, falou?


 - Sim! – exclamei, também super-mega-turbo-feliz-da-vida. Afinal, se matarmos a Blake 1, quem sabe a Blake 2 não morra de depressão pela morte da irmã e desgrude da minha vida?


 Que foi? Não posso desejar a morte dela? Qual é, ela ‘tá grudada em mim que nem chiclete no asfalto! Aquela praga! Como assim ela está grudada em Sirius e não em mim?! Quer saber, eu não preciso ficar te ouvindo... Dá o fora!


 Bem, o fato é que eu e Lily ficamos batendo palminhas e soltando gritinhos felizes feito duas fãs de Jonas Brothers por uns dois minutos, até que Kate fez o favor de cortar nosso barato (francamente, sempre ela?).


 - Parem com isso! – mandou. – Vocês não vão matar ninguém!


 Como se precisássemos da permissão dela! HAHAHÁ. HAHÁ. HÁ. Vai nessa...


 - É claro que vamos! – comemorou Lily, se levantando do chão de um salto e dançando o Quadradinho de Quatro no meio da sala. Sim, você leu certo. Eu disse “Quadradinho de Quatro” e não “Quadradinho de Oito”. Minha amiga é decente, ‘tá? – Vamos matar a Blake! Vamos matar a Blake! – cantou ela, no ritmo da música do Bonde das Maravilhas. Retiro o que eu disse. Lily não tem decência.


 Meu Santo Gandhi! Eu não precisava ter visto essa cena! Para falar a verdade, acho que ninguém precisava. Pare com isso, Lily! O Thomas não te paga o suficiente para você ficar fazendo papel de assanhada na fanfic!


 Kate parecia pensar a mesma coisa.


 - Isso ela sabe cantar! – reclamou, enfiando a cara no meio do livro.


 Acho difícil admitir isso, mas eu concordo com a Kate... Você também? Imaginei.


 Ouvi alguém gargalhando e descobri que era Jack. Que bom que ele está se divertindo!


 - Aahh... – fez Lily se jogando de volta no chão e limpando o suor da testa. Eca. – E qual é o plano? – perguntou, afrouxando a gravata.


 Me levantei do sofá, arrastando Jack comigo, e me joguei no chão, de frente para Lily, pronta para bolar o melhor plano do mundo (ou o que vier de mais rápido e doloroso).


 - Tem que ser algo grandioso! Tem que entrar para a história! – expliquei, fazendo gestos com as mãos, para especificar o tamanho da trama. É que Lily tem dificuldade para entender às vezes, sabe? Ela escrevia com Pena de Repetição Rápida até uns meses atrás, sacou?


 - O melhor plano que já fizemos... Tem que ser barulhento. Tem que fazer sujeira. – prosseguiu Lily, empolgada. – Já sei! Vamos pendurá-la pelos pés!


 Fiz uma careta.


 - O que você pretende? Pedir ajuda ao Filtch? Isso é uma coisa que ele faria... – dispensei a idéia. – Tem que ser original. Uma coisa nunca feita antes.


 Foi a vez de Lily fazer uma careta.


 - Bom, isso vai ser difícil... – murmurou. – Já fizemos centenas de coisas diferentes. Não tenho tantas ideias assim.  


 Jack se pronunciou, pela primeira vez desde que chegamos:


 - Usem alguma coisa trouxa. – opinou. – Acho que isso é algo que ninguém iria esperar. 


 Parei para pensar. Até que não era má idéia. Nunca usamos nada que não fosse relacionado com magia.


 - Ah, por Merlin! – essa foi Kate, cortando nosso barato mais uma vez. Será que ela não cansa? – Até você, Jack?


 Jack deu de ombros, tentando parecer inocente.


 - Bem... – começou ele. – É você quem deveria querer se vingar, Kate.


 Levantei a mão o mais alto que consegui.


 - Eu concordo!


 Kate bufou (de novo).


 - Deixem disso. É besteira ficar se estressando por essas coisas. – disse ela. – Vamos esquecer o que aconteceu e seguir em frente. Já faz dois dias.


 Pensei a respeito. Parecia o certo a fazer. O que era estranho, porque, falando francamente, eu nunca levo as coisas certas em consideração.


 - Podemos esquecer e seguir em frente... – concordou Lily, com um aceno de cabeça. – Mas só depois que dermos uma boa lição na Blake. – acrescentou, com um sorriso maroto.


 ‘Taí. Eu não sei vocês, mas essa me parece uma ótima alternativa. É uma opção que mistura fazer a coisa certa com fazer a coisa errada! O que deixaria nossa moral no meio termo. 


 Katherine revirou os olhos.


 - Não contem com a minha ajuda. – e se levantou do sofá, saindo pelo retrato da Mulher Gorda.


 Acho que ninguém aqui esperava a ajuda dela. Mas, relaxem, ela não vai dedurar a gente. Nunca fez isso mesmo...


 - Fechado. – dissemos eu e Lily juntas.


 Jack soltou uma risada animada.


 - Eu posso ajudar. – se ofereceu.


 Sabe, eu não pretendia leva-lo para o mau caminho assim tão rápido. Bem, vocês estão de prova, ele entrou porque quis.


 


 Narrado por Katherine McCanzey


 


 Essas meninas são completamente loucas! Não quero nem ver o que estão planejando... Vão acabar sendo expulsas. E não é por falta de aviso, porque o que eu mais faço é tentar impedi-las. Mas será que alguém me escuta? Não! Parece que assinaram um contrato dizendo: ‘Não escutem o que a Katherine diz. Só sai merda da boca dela’.


 Eu sei que elas fazem isso porque querem que eu me sinta melhor com relação ao que aconteceu com a Blake. Mas, entendam, estou pouco me lixando para a Blake, estou mais preocupada é com a minha amizade destruída em frangalhos pelo James. Quer dizer, será que tudo o que passamos como amigos valeu tão pouco assim? Á ponto de ele me trocar tão facilmente pela primeira loira que aparecer?


 Talvez eu não tenha sido tão boa amiga quanto imaginei... Talvez tenha faltado com ele em algum momento, ou alguma coisa assim.


 Mas o que eu estou dizendo? Eu fiz tudo o que podia por ele! Não fiz?


 Não estou sendo justa. Sei que o que ele fez não foi lá uma coisa correta, mas não deveria estar julgando-o. Afinal, todo mundo comete erros.


 Sim, sim, estou sendo injusta.


 - Kate! – c*ralho, uma voz conhecida demais para o meu gosto me chamou.


 Oh, por Merlin! Me diz que não é quem eu estou imaginando...


 - Kate!


 Pois é. Parece que é quem eu estou imaginando. Depois de evitá-lo por três dias seguidos, vou ter que finalmente enfrenta-lo.


 O que foi que diabos eu fiz para você, Thomas? Na sua última história eu era enganada por uma escritora filha da p*ta que só queria vender minha vida em um best-seller! Agora, eu sou um lobisomem, um dos meus melhores amigos acabou de me chutar e, como se não bastasse, o garoto mais legal do mundo gosta de mim!


 Como, isso não é ruim?! É claro que é ruim, levando em conta que eu não posso dar um passeio à noite sem explodir em um lobo estropiado!


 É muito azar para uma pessoa só, fala sério!


 Dei uma espiada por cima do ombro e vi Remus, com um sorriso enorme no rosto, correndo em minha direção.


 Ai, droga! O que é que eu vou dizer para ele? “Remus, sinto muito, mas eu viro um lobisomem nas noites de lua cheia e, infelizmente, não vou poder me casar com você. É melhor seguir seu caminho”.


 Não, não seria uma boa idéia. Sabe, depois disso, ainda pretendo manter alguma amizade com ele... Admito que tem poucas chances de acontecer, mas sonhar é de graça, né?


 - Kate! – ele chamou de novo e me alcançou.


 A mão dele pegou meu braço e me fez virar, sem brutalidade. Respirei fundo e olhei para ele.


 - Oi. – soltei, com a voz rouca. Pigarreei.


 Remus abriu um sorriso enorme para mim e uma covinha apareceu na bochecha esquerda dele. Ai, bosta! Não vou conseguir dar o fora nele, não vou! Gente, esse sorriso foi golpe baixo!


 Não consegui sorrir de volta.


 - Oi, linda. – respondeu ele, baixinho, como um sussurro (ele me acha linda?). E pegou uma mecha do meu cabelo que caia no ombro, enrolando-a no dedo, exatamente como no outro dia.


 Um arrepio subiu pela minha espinha. 


 - Oi. – eu disse de novo, como uma idiota. P*rra, eu nunca dei o fora em ninguém em toda a minha vida! Como se faz isso? “Remus, esse lance não dá mais para mim, gato...”?


 Argh, isso não vai dar certo.


 Tirei meu cabelo das mãos dele e joguei para trás do ombro. Não ia conseguir pensar se ele continuasse com aquilo.


 - Eu queria falar com você. – dissemos juntos.


 Remus riu, levemente.


 - Pode falar primeiro. – eu disse, sem rir. Bem, ele estava querendo mesmo falar comigo à mais ou menos dois dias, só que eu sempre tinha alguma coisa para fazer na hora, sabe? Em outras palavras: estava fugindo, feito um rato. Acredite, não me orgulho disso.


 - Eu... estava querendo te dizer algumas coisas. Sobre nós. – ai, pelas cuecas de Dumbledore, eu devia ter falado primeiro!


 - Remus, veja bem, eu... – interrompi, decidida a falar primeiro.


 Remus colocou dois dedos nos meus lábios.


 - Não. Agora eu quero falar.


 Me calei, dizendo a mim mesma que seja lá o que ele for dizer, não mudará o que eu precisava fazer.


 Remus respirou fundo, parecendo nervoso. Fiz a mesma coisa, me preparando psicologicamente.


 - A luz do Sol demora cerca de 8 minutos para chegar até a Terra, sabia?


 Como é que é?


 - Isso significa que, se o Sol explodir, nós vamos demorar exatamente 8 minutos para saber. – prosseguiu Remus, sem me deixar espaço para perguntar o que diabos ele queria dizer com aquilo. – Durante 8 minutos, ainda haveria luz e calor. Durante 8 minutos, as pessoas continuariam suas vidas pacatas e felizes. 8 minutos inteiros sem ninguém se dar conta de que a fonte que os mantinha vivos tinha se apagado para sempre.


 Então ele tomou o meu rosto entre as mãos.


 - Eu queria ser o Sol. – me disse. – Eu queria explodir. E queria que você demorasse apenas 8 minutos para saber disso. – e encostou a testa na minha. – Mas a verdade é que eu explodi à meses. E só agora você está sabendo. Só agora resolvi te contar.


 Remus beijou meus lábios de leve.


 - Eu explodi, Kate. – e riu de si mesmo. – Explodi por você.


 Fiquei sem palavras. Ali, com as mãos dele no meu rosto, e ouvindo aquela analogia boba. Sem palavras. Sem saber o que dizer. Pensando no quanto eu queria beijá-lo e ser normal. No quanto eu queria contar à ele que quem explodia era eu. Explodia por ele.


 Pensando que eu não podia contar.


 - Certo. – fez Remus, constrangido quando eu não disse nada. – Foi um jeito ruim de me expressar. – admitiu. - Eu não quis dizer que minha luz tinha se apagado para sempre. Não é como se eu tivesse morrido ou coisa assim, sabe? Não quis dizer que eu era excencial para a sobrevivência da humanidade. – ele pigarreou e deslizou as mãos do meu rosto para os meus ombros, deixando uma trilha elétrica. – Ahn... Você entendeu, não entendeu? Eu amo você.


 Fechei meus olhos com força. Ele me ama. Merlin! Morgana! Deus! Alá! Gandhi! E agora? Não posso dizer que o amo também. Se Remus souber disso, vamos acabar juntos. Isso não pode acontecer. Ele merece uma garota muito melhor do que eu. Merece alguém normal e comum, ou talvez tão especial quanto ele.


 Mas... e se eu contasse à ele? E se ele aceitasse quem eu sou? E se ele aceitasse o que eu faço? Poderíamos ser um casal. Poderíamos andar de mãos dadas pelo jardim e deitar na beira do lago. Poderíamos passar o Natal juntos. Trocaríamos um beijo à meia-noite no Ano Novo. Eu poderia beijá-lo quando bem entendesse, sem precisar de desculpas para tocá-lo. Seríamos felizes. 


 Tirei as mãos de Remus de mim e abri os olhos. Chega de sonhar.


 - Explodiu na hora errada, Remus. – eu disse, com frieza.


 Remus juntou as sobrancelhas, parecendo confuso por um instante.


 - O que?


 - Eu acho que você me entendeu.  


 Esperei que ele digerisse a informação.


 - Kate... – começou, baixinho, e tentou pegar minha mão.


 Não deixei. E aquilo cortou meu coração.


 - Sinto muito. – e realmente sentia. – Mas aquele beijo nunca deveria ter acontecido. Você não deveria ter explodido. Eu... – respirei fundo, para que minha voz não saísse com falhas. – Não explodi por você. Não amo você.


 O rosto de Remus pareceu se fincar com as minhas palavras. Os olhos escureceram de repente. Ele soltou o ar de uma vez e se afastou dois passos de mim, como se eu tivesse dado uma punhalada em seu coração.


 Tive que me conter para não cair de joelhos, chorando. Poderia fazer isso mais tarde.


 - Você tem noção do que fez?! – exclamei, mais alto. – Destruiu nossa amizade! – acusei. – Acabou com tudo o que tínhamos! Nem sequer percebeu que eu nunca poderia gostar de você desse jeito! Droga, Lupin! Como não conseguiu perceber o que eu sentia pelo Stephan?


 Ótimo, Katherine! Além de dar o fora no garoto dos seus sonhos, tinha que inventar que estava apaixonada por outro cara! Suas idéias andam cada vez melhores...


 Remus comprimiu os lábios em uma linha fina.


 - Stephan? – grunhiu.


 “Não”, era o que eu queria responder.


 - Stephan. – confirmei, tentando manter a voz firme. Meus olhos estavam pinicando e eu queria gritar. – Sinto muito.


 Remus olhou nos meus olhos e eu vi toda a mágoa que eu estava causando. Por favor, que ele não consiga ver a minha própria mágoa.


 - ‘Tá certo. – resmungou e me deu as costas.


 Reto e sem olhar para trás, Remus andou para longe e virou o corredor, sumindo de vista. Esperei de pé, rígida, sentindo meu estômago congelar e uma vontade de vomitar imensa.


 Magoado. Eu o havia magoado.


 Cai de joelhos e apoiei as duas mãos na frente do meu corpo, o cabelo caindo no rosto.


 - Ah... – arfei e comecei a chorar. – Me desculpe, me desculpe...


 


  Narrado por Lily Evans


 


 - Não acredito que deu o fora nele! – exclamei, sem saber se ajudava Katherine a se recuperar, ou se dava uma surra nela. Acho a segunda alternativa bem mais produtiva.


 Estávamos no dormitório feminino, para onde eu e Marlene havíamos arrastado Kate depois de encontra-la esparramada no meio do corredor, chorando nos próprios joelhos e limpando o nariz com a saia (eca). Depois, Marlene desceu até a cozinha para buscar comida (já que, logicamente, Kate não queria descer para o jantar e nós ficaríamos com ela), enquanto eu enfiava minha amiga em uma banheira com água quente, porque ela realmente precisava de um banho.


 Kate fungou.


 - Por favor, Lily. Não estou no clima para discussões. – o que era de se imaginar, considerando o estado dela.


 Eu bufei, audivelmente, sentada na beira da banheira, penteando os cabelos molhados dela.


 - Não me diga... – resmunguei, ironicamente. – Remus é quem deveria estar mal desse jeito, afinal, foi ele quem levou o fora...


 Katherine arfou.


 - Você acha que ele está tão mal quanto eu? – perguntou, parecendo em pânico.


 Revirei os olhos, impaciente. Vamos analisar as minhas opções de resposta para essa (merda) pergunta:


 1- Não, imagine! Remus abriu o coração para você, dando a cara a tapas, só para descobrir que você, na verdade (e coincidentemente), estava apaixonada por outro cara. Isso sem contar o fato de que você foi grossa, estúpida e acusou ele de causar o provável fim da amizade que existia entre vocês dois. É claro que ele não está ligando para nada disso. Pelo contrário, já deve ter arrumado outra.


2- Sim, ele está arrasado! Não vai conseguir dormir por dias! Vai chorar a noite toda e perder todas as aulas do dia seguinte. Por sua causa, vai acabar repetindo de ano, não vai conseguir arrumar um emprego, vai entrar em depressão e virar vendedor de cachorro quente (ou pior: vai acabar que nem o Fltch). Isso sem contar que ele vai acabar culpando você por todas as desgraças que aconteceram na vida dele.


 Não acho que nenhuma delas seria adequada para o momento, né? Você também acha? É, eu sei.


 - Nâo sei, Kate. – acabei respondendo. – Mas acho que sim...


 Kate gemeu, desconsolada.


 - Droga, eu não queria que ele se magoasse!


 Ah, Merlin! Mas isso SEM SOMBRA DE DUVIDA aconteceria.


 - Então, que não desse um fora nele! – argumentei, largando o pente e cruzando os braços revoltada. – Eu aqui, lutando por um garoto que me detesta, enquanto você dá o toco no garoto que te ama e pelo qual você está apaixonada! – eita, injustiça!


 Kate se virou para mim, o rosto molhado (não sei se pelas lágrimas ou pela água).


 - Pare com isso, Lily! Você sabe porque eu não podia ficar com ele!


 Ah, sei, sei... Aquele “probleminha”.


 - Está preocupada com a segurança dele, ou com o fato de que talvez ele te ache uma aberração e nunca mais queira olhar na sua cara? – perguntei. – Porque se for isso, é muita babaquice da sua parte. Pior do que babaquice, é egoísmo. Está pensando tanto em si mesma que mal consegue pensar no que Remus deve estar sentindo.


 Minha amiga suspirou, magoada, e tampou o rosto com as mãos.


 Muito bem, Lily. Agora as chances de ela se recuperar baixaram para quase zero.


 - Não sei. – disse Kate.


 Foi a minha vez de suspirar. Recuperei o pente e voltei a pentear-lhe os cabelos, tentando ser cuidadosa para não puxar. Mas o que é que eu estava fazendo? Por um acaso virei o James e nem me dei conta? Eu não devia estar discutindo com ela, deveria estar a apoiando. Porque não estou ajudando minha amiga?


 Affs, que tipo de amiga eu sou?


 - Desculpe. – sussurrei, culpada. – Não queria ter dito isso. – embora fosse exatamente aquilo que eu pensava.


 Kate fez que não com a cabeça, soluçando uma vez.


 - Não, não... Você tem razão. Estou sendo egoísta. – admitiu ela, começando a se levantar da banheira, jogando o cabelo loiro por cima do ombro e espremendo até que saísse toda a água.


 Peguei uma toalha e o roupão rosa claro de Katherine, ajudando-a a sair da banheira sem que escorregasse. Katherine colocou o roupão e enrolou o cabelo na toalha.  


 - Não está, não. – eu tentei tranquiliza-la. – Sou eu que não consigo deixar de ser idiota. – dei de ombros. – Você me conhece.  


 Kate soltou um risinho fraco, que logo se extinguiu e se transformou em soluços contínuos. Ela jogou os braços em volta de mim e colocou a cabeça no meu ombro (o que praticamente me sufocou, já que eu sou praticamente uma anã).


 Eu a abracei e deixei que chorasse. Mesmo que estivesse encharcando meu ombro e limpando o nariz na gola da minha blusa, eu a deixei ali. Porque, afinal, ela faria o mesmo por mim. E, é claro, amigo é para essas coisas.


 


 Narrado por Marlene McKinnon (de novo)


 


 Entrei no dormitório feminino carregando comida suficiente para abastecer Azkaban inteira. É, eu sei. Parece exagero, principalmente quando tudo isso é para mim, Lily e Kate (magras, lindas e gostosas). Mas, acredite, quando uma Marota está tendo ataque de choro, raiva e TPM (tudo ao mesmo tempo), isso aqui vai ser menos do que o suficiente.


 Sim, mas quem é que está em uma situação tão deplorável à ponto de comer tudo isso de comida? Adivinhem.


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 Pronto? Quem disse ‘Katherine’ acertou [explosão de fogos de artificio]! Mas não fique tão alegre, isso não significa que vai ganhar alguma coisa, falou?


 Pois é. Kate deu o fora no Remus. É, eu sei. Também não consigo acreditar que ela fez isso. Sabe, existem dois tipos de garotas: a corrimão (que todo mundo já passou a mão) e a carro-velho (que só pega no tranco). Uma hora de amassos com o Sirius para quem adivinhar em qual dos dois grupos a Kate está.


 - O resgate chegou! – anunciei, fechando a porta com o pé.


 - Graças à Merlin! – disse Lily, saindo do banheiro, carregando Kate (que ainda estava de roupão) até a cama dela. – Só um minuto, Lene. – pediu Lily, ajeitando umas almofadas extras na cama.


 Esperei até ela pegar uma escrivaninha qualquer e arrumar na frente da cama da Kate. Depois depositei todo o nosso jantar lá, pensando que seria uma noite longa, cheia de lágrimas, comidas gordurosas e várias reprises de Irmão Urso 1 e 2 (o filme favorito da Kate).


 Lily e eu nos entreolhamos, antes de nos jogarmos na cama, uma de cada lado de Kate.


 - Bom, eu trouxe sorvete de morango, batata frita com maionese, chocolate quente com chantilly, frango frito, macarrão com queijo, torta de creme e framboesa e... – peguei uma tigela verde. – Biscoito de chocolate em forma de estrela. – eram os favoritos da Kate.


 Katherine olhou para nós duas e perguntou:


 - Podemos assistir Irmão Urso?


 Lily fez que sim com a cabeça e foi buscar nossa SPP 2.0 (Super Penseira Portátil 2.0 de 42 polegadas). O legal de uma SPP 2.0 é que você não precisa entrar dentro dela (literalmente) para assistir à alguma memória. Sem contar que ela pode aumentar e diminuir de tamanho de acordo com a necessidade. Também serve para colar nas provas de Poções, sendo que é só diminuí-la para o tamanho de um relógio de pulso.


 Legal, né? Aposto que você também queria uma.


 Lily apontou a varinha para a têmpora e tirou de lá a memória do filme, colocando-a na SPP 2.0 e se juntando a nós novamente.


 Então nós três começamos a comer e a assistir o filme pela 1992874688264 vez.


 Com um aceno de varinha, apaguei as luzes. Assim, se Kate quisesse chorar, teria alguma privacidade.


 E não demorou muito. Alguns minutos depois, ela deitou a cabeça no meu ombro e começou a soluçar, enquanto cantava junto com o filme:


 - O pé na estrada eu vou botar que já ‘tá na hora de iiiiiiir... Um lindo horizonte e um céu azul, o que mais eu poderia pediiiiiiir...


 E daí que ela deixou cair maionese na minha roupa? E daí que provavelmente estava molhando toda a minha blusa? E daí que meu ombro estava doendo? E daí? Kate é minha amiga. Ela faria o mesmo por mim. Se ela queria chorar, por mim tudo bem. E eu deixei que chorasse a vontade, afinal, amigo é para essas coisas, né?


 


 


Narrado por James Potter


 


 - Hey. – cumprimentei, entrando pelo dormitório masculino.


 Sirius olhou de cara feia para mim.


 - Resolveu dar o ar da graça, foi? – perguntou, irônico.


 Remus, que estava lendo em sua própria cama, nem sequer olhou para mim. 


 Ah, qual é? Eles ainda estavam bravos por causa daquele lance com a Katherine?


 Poxa, pessoal, o que é passado, fica no passado! Não tem porque ficar guardando mágoas, sabe? O negócio é seguir em frente, sem rancor! Perdoar é divino!


 - Não comece, Sirius. – pedi, seguindo até a minha cama e me jogando nela.


 Sirius se levantou e veio até a minha frente, os braços cruzados na frente do peito.


 - Não começar o que?! – rosnou.


 Suspirei, cansado.


 - Não comece à ser um idiota. – especifiquei, começando a ficar com raiva. Como se já não me bastasse ter que aguentar todo mundo me ignorando, ainda tenho que aturar Sirius e suas variações de como James-é-um-imbecil-e-não-deveria-ter-feito-aquilo.


 Sirius riu, sarcástico.


 - Eu sou um idiota? – perguntou, parecendo incrédulo. - Quem foi que faltou à ao treino de novo?


 Foi ai que eu me toquei que Sirius não estava falando da Katherine. E não foi porque ele mencionou o treino, mas sim porque ele ainda estava vestindo as roupas do time.


 Merda. Esqueci do treino.


 - Opa. – foi o que eu disse. – Eu me esqueci.


 - Ah, você se esqueceu? De novo? – Sirius cuspiu as palavras para mim. – Francamente, Potter. Nem parece que o time é seu.


 Franzi a testa.


 - Ei, não fique bravo. Foi só uma falta. – me defendi, levantando os braços.


 - Foi a sua segunda falta. – acusou Sirius.


 Shii, é mesmo.


 - Desculpe. – eu disse, coçando a cabeça, me sentindo meio culpado. – Eu ando meio esquecido ultimamente.


 - Não, não desculpo. – retrucou Sirius, ainda bravo. Ah, que beleza, ele continua nervosinho. – Não desculpo porque você faltou ao treino para ficar se agarrando com a sua namorada de novo!


 Me levantei, de súbito.


 - E como é que você pode estar sabendo disso? – questionei, cruzando os braços na mesma posição que a dele.


 Sirius apontou um dedo para a minha cara.


 - Porque eu estava arrumando outra desculpa para a sua falta, quando a Marlene tirou um mapa esquisito no bolso e mostrou que você estava no jardim com a Blake.


 Maldito mapa! Eu sabia que essas meninas iam usá-lo para espionar minha vida.


 - Bom, isso não é da conta de ninguém. – resmunguei, tirando o dedo dele da minha cara. – Marlene não tinha o direito de fuxicar minha vida. E você também não.


 Sirius ficou vermelho de raiva e deu um passo ameaçador na minha direção.


 - Você também não tem o direito de deixar seu time na mão. Não tem o direito de deixar seu melhor amigo inventando desculpas para te defender, enquanto você e sua namorada matam aula e riem da nossa cara!


 Fervi por dentro e não consegui encontrar nenhuma resposta. Eu sabia que ele tinha razão, pelo menos em partes. Mas, merda, era só um treino! Não precisa fazer toda essa tempestade. Eu já tinha dito que nada daquilo iria acontecer de novo, então para que prolongar essa conversa?


 Sirius respirou fundo, tentando se acalmar.


 - Não ‘tô aqui para brigar com você. – disse, conciliador. – Mas quero deixar bem claro que ninguém da Grifinória está satisfeito com você. E se eles fizerem uma votação para uma troca de capitão do time, eu serei a favor.


 Então me deu as costas e foi indo em direção ao banheiro, me deixando completamente desnorteado e tentando entender quando foi que ele decidiu que eu não seria um bom capitão.


 Mas não liguei muito para a ameaça. Quem decidiu que eu deveria ser o capitão foi Minerva e não seria Sirius quem me tiraria do cargo.


 - Ah... – fez Sirius, se voltando na minha direção. – Eu se fosse você, não falaria com o Remus. – aconselhou. – Ele levou o fora da Katherine e quer ficar sozinho.


 Isso sim é uma coisa inesperada. Eu podia jurar que a Kate gostava de Remus.


 


Narrado por Lily Evans (de novo)


 


 Eu estava seguindo o nosso alvo a uma distância segura de quinze metros. Meus passos eram leves e não faziam som algum ao pisar no chão de pedra do corredor. Ao meu redor, não se podia ouvir som algum, ao não ser o raspar da minha arma carregada na minha blusa. Ao meu lado, minha fiel soldado, Marlene McKinnon.


 O alvo à nossa frente andava calma e distraidamente, sem desconfiar nem sequer por um segundo de nossa perseguição. É claro que minha Capa de Invisibilidade ajudava muito na nossa tentativa de nos camuflar, mas o mérito dessa missão engenhosa era nosso por direito.


 No inicio, não quis executar esse plano maluco. Principalmente porque já tínhamos feito algo muito parecido à algum tempo atrás. Mas acabei me rendendo e decidi que, por mais parecido que fosse, seria igualmente satisfatório.


 - Soldado McKinnon, a retaguarda está livre? – perguntei, esperando um relatório que eu sabia que seria completo e confiável.


 - Positivo, capitã Evans. – respondeu McKinnon. – O caminho está livre para o ataque.


 Esperei nosso alvo virar em um corredor que eu sabia ser deserto.


 - Ótimo. Carregue a arma, soldado. Hora de atacar.


 Repirei fundo e apertei o passo, pensando que se deixámos nosso alvo passar daquele corredor, a missão estaria perdida.  


 McKinnon me pegou pelo ombro, detendo meu avanço.


 - Capitã, espere...


 - Não tente me impedir, soldado!


 McKinnon veio se postar à minha frente, se virando para mim, deixando nossa retaguarda sem proteção.


 - Mas, capitã Evans...


 - Espero que tenha uma boa desculpa para deixar seu posto, soldado! – ralhei. – E uma melhor ainda para explicar aos nossos superiores o porque de termos deixado nosso alvo escapar vivo e...


 - CALE A BOCA, LILY! – ordenou Marlene. - Só vim avisar que seu cofrinho ‘tá aparecendo.


 Ai, merda!


 Subi as calças e apertei o cinto, enquanto Marlene tirava a Capa de Invisibilidade de cima da gente e guardava na bolsa. Ajeitei minha arma de Paint Ball e vi Marlene fazer o mesmo com a dela.


 Corremos atrás da Blake, virando o corredor, as armas em posição para o ataque.


 A mocréia estava rebolando em direção à outra ponta do corredor. Caramba. Ela demora tudo isso para andar de uma ponta à outra?


 Lancei um olhar significativo para Marlene, que retribuiu com um sorrisinho maroto.


 - ATACAR!!! – berramos juntas.


 A Blake se virou, assustada com nosso grito.


 Completamente feliz da vida (ou, no minino, bem satisfeita), comecei a atirar e bolinhas de tinta cor de rosa começaram a voar pelo ar (não, vai voar pela água, mas enfim...). Porque cor de rosa? Bem, foi idéia minha. Já que a Blake faz questão de andar de rosa, vamos deixa-la rosa por inteiro.


 Ah, a sensação que eu senti quando as bolinhas de tinta acertaram a Blake foi indescritível! E a cara dela de pânico? Um momento inesquecível para toda a humanidade!


 Joguei a cabeça para trás e ri alto, sendo seguida por Marlene, enquanto atirávamos adoidado, acertando a garota de todos os ângulos inimagináveis. A Blake começou a dar pulinhos e sacudir as mãos, enquanto soltava gritinhos esganiçados.


 Merlin, ela é tão burra que nem pensou em sair correndo! Porque, poxa, não é como se tivéssemos encurralado ela em algum corredor sem saída.


 Em poucos segundos, a roupa da Blake já estava encharcada de tinta rosa, isso sem falar as pernas, os braços e o cabelo (e o chão, e as paredes, alguns quadros, tapeçarias, armaduras e estátuas que estavam no corredor e que foram vitimas da nossa mira fantástica).


 A nossa munição precisou acabar, para que a Blake se lembrasse de que podia fugir correndo. E foi o que ela fez, tecnicamente, gritando e tentando tirar a tinta do rosto.


 Me virei para a Marlene, tirando o cartucho e substituindo por outro.


 - Fase dois? – perguntei, já andando calmamente pelo corredor (agora cor de rosa) e indo atrás da Blake.


 Marlene pegou o outro cartucho e recarregou a arma.


 - Fase dois. – concordou, me seguindo.   


 Como? Estamos indo muito devagar? Ih, relaxe! Com aqueles saltos, a Blake não vai muito longe.


 Viramos o corredor e... Adivinhem? Pois é, a Blake não tinha chegado nem na metade dele.


 - Merlin, atirar nela não tem nem graça! A Blake mal consegue fugir. – reclamou Marlene, decepcionada. Concordei com a cabeça. - Fogo? – perguntou, ajeitando a arma.


 Ajeitei a minha arma.


 - Fogo. – confirmei.


 Começamos a atirar juntas, dessa vez com bolinhas de purpurina. Afinal, de que adianta ser rosa, se ela não pode ser brilhante? Concorda? Imaginei.


 As bolinhas brilhantes voaram pelo ar e foram, uma a uma, atingindo a Blake, espalhando purpurina e brilho para todos os lados. Meu principal alvo foi aquele cabelo loiro e oxigenado dela, que eu estava doida para estragar desde que ela invadiu minha vida e roubou o meu garoto (só MEU, que fique bem claro).


 Marlene estava rindo que nem uma maníaca do meu lado, atirando bolinhas como se a Blake fosse a mãe dela, ou a Susan Blake. A segunda opção era mais provável, já que ela estava com ódio dessa garota por alguma razão obscura (que envolvia Sirius Black, encontros e ciúmes).


 A Blake continuava dando pulinhos feito, esquecendo-se completamente (de novo) de que podia fugir a qualquer momento. Ela pulou tanto, que um dos sapatos de salto dela quebrou, fazendo-a cair no chão.


 Eu ri, divertida. Quem mandou ela roubar meu homem e humilhar minha amiga?


 A munição acabou e eu coloquei a arma de lado. O corredor estava todo brilhante, e cheio de marcas de tinta rosa no chão, que foi aonde a Blake pulou que nem louca. Quanto à Blake, estava rosa, cheia de purpurina e jogada no chão, tentando levantar e escorregando na própria tinta.


 Marlene apoiou a arma no ombro e olhou para mim, tirando a varinha do bolso.


 - Parte três? – perguntou, despreocupada.


 Apenas sorri, marota, para ela. Marlene sorriu de volta, levantou a varinha no alto e fez um floreio rápido.


 - Boom. – eu disse, olhando para uma Blake desesperada no chão.


 Houve uma explosão alta e, de repente, começou a cair penas brancas do teto. Bem, isso foi idéia da Marlene. Ela disse que a Blake precisava ser reconhecida como a galinha que é, e eu não contrariei.


 Um plano simples, rápido, colorido, brilhante, humilhante e indolor (ou não, já que bolinha de Paint Ball dói um bocado).


 - Merlin! – exclamou Blake, cheia de penas brancas grudadas no corpo. – Ah, Merlin!


 Apoiei a arma no ombro, imitando Marlene, e coloquei a mão livre no bolso.


 - Espero que leve para o lado pessoal, Blake. – eu disse, fazendo Marlene rir. – E escolha melhor as pessoas em quem for jogar água da próxima vez.


 - Argh! – fez Blake.


 Marlene jogou um beijo para ela e nós duas saímos de lá em alto estilo. Ou quase, porque, assim que nos viramos, Minerva McGonnagal barrou nossa passagem.


 Sabe, quando eu joguei bomba de bosta na Blake, não tinha ninguém que pudesse provar que tinha sido eu, de modo que não sofri consequências. Mas, agora, infelizmente, nossa querida professora de Transfiguração presenciou tudo. O que torna as coisas bem mais complicadas.


 - Evans e McKinnon. Na minha sala agora. – rosnou Minerva.


 F*deu.


 


 


 


N/A: OOOOOOOOOIIIIIIII!! Beleza, minha gente? Não? Ah, foi mal...


 Eu sei que no capítulo anterior eu não coloquei nota e nem respondi aos comentários e eu sinto muitíssimo! Não tenho nada em minha defesa, exceto o fato de que estava com pressa (e isso não é desculpa).


 De certo modo, vou responder à todos os últimos comentários que foram comentados (?) aqui nesse capítulo, ok? Todo mundo à favor?


 Então...


 


L.Oliveeira: infelizmente, ainda não montei as brigas que você está esperando, mas fique tranquila, porque uma delas vai aparecer no próximo capítulo! Eu não poderia dizer de quem vai ser, mas vou adiantar que o Remus vai descer o braço em alguém (hahahahahaha), o que é uma coisa inédita, já que o Remus nunca (e eu repito: nunca) se mete em encrenca.


Remus diz: Ei, isso não é verdade! Eu posso ser muito mal quando eu quero!


Vê se não se mete, Lupin! Enfim, como eu ia dizendo... Sim, James é um babaca colossal em dose dupla. Ri muito com seu comentário, principalmente quando você disse que ia invadir minha fanfic e dar uns pontapés por ai. Se quiser que a Blake apanhe (o que ainda não estava nos meus planos), é só escolher o personagem que quer que bata nela (menos a Lily, ela não pode bater na Blake, porque vai rolar uma coisa ai que eu não posso falar). Valeu mesmo por comentar e espero que goste desse capítulo. Um abraço.


 


Neuzimar de Faria: ei, você não apareceu no último capítulo... Cadê você?? Mas obrigado por comentar no outro capitulo que foi antes do ultimo (?) e eu gostaria de dizer que adorei a sua idéia de a Lily dar um piano ao James e ele tocar para ela dançar. Acredite em mim, vou acabar por colocar isso na fanfic, se você não se importar e me der os direitos autorais (plágio é uma coisa que não existe por aqui). Poxa, você achou mesmo que a Marlene está de quatro pelo Sirius? E eu aqui, pensando que estava conseguindo fazer ela ficar meio na defensiva... De qualquer modo, um grande beijo e me diga o que achou desse capítulo (se chegar a lê-lo).


 


Lana Sodré: a sua indignação com o James foi o que mais me comoveu... Quer dizer, tirando a L. Oliveeira (que ameaçou todo mundo de morte), você foi quem mais sinalizou o fato de ele ser tão desleal aos próprios amigos, sendo que era exatamente isso o que eu queria frisar no capitulo. Nesse aqui, as coisas foram bem mais light (tirando a declaração do Remus), mas no próximo, o bicho vai pegar (nem tão literalmente assim). Fico feliz que tenha gostado do capitulo antes do ultimo (?), principalmente quando mencionou o fato de James tentar não sorrir para a Lily. Você provavelmente vai ficar ainda com mais raiva dele no próximo, a razão eu não vou revelar. Continue comentando! Beijo


 


And Allegra: nossa, eu não esperava que fosse aparecer nesse ultimo capitulo, já que você raramente dá o ar de sua graça aqui na fanfic... Mas fiquei feliz com a surpresa. Também acho que o James foi um p*to, mas, acredite, ele ainda vai dar muitas mancadas. Quanto ao fato de a Kate e o Remus se acertarem, creio que te deixei meio desapontada, já que aconteceu exatamente o contrário. Vai por mim, quando eles se acertarem, você não vai acreditar... Enfim, obrigado por aparecer. Um abraço


 


Pois é, pessoal, o negócio é o seguinte: já passou da hora de a Lily fazer sua tão esperada serenata, então, já adiantando o que vai acontecer no próximo capitulo, ela entrará em cena o mais breve possível. Quem quiser fazer uma sugestão de música para ela cantar, eu agradeço, já que ainda não escrevi essa parte.


 Um beijo para a galera,


 


Thomas

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Comentários (5)

  • L.Oliveeira

    Eu li há tempos e nãu pude comentar... bem, eu AMO Irmão Urso; é um dos meus desenhos favoritos da Disney.Por que será que eu odeio essa Blake mesmo?? Acho que tenho a minha resposta ¬¬ quando o James beijar a Lily... ele não vai querer saber de outra pessoa :3 e agora a Lene e a Lily estão encrencadas.Amando e esperando as minhas cenas de brigas hueheueh 

    2014-03-14
  • isa b. pontas

    Nossa, essa é uma das melhores fics james e lily que eu já vi...  Vc conseguiu encaixar as características muito bem nos personagens, adorei, de verdade.E fiquei com um pouco de raiva (de vc) quando a Kate terminou com o Remo, maaas parece com algo que ela faria :-\ E, pra não dizer que não falei das flores... que ódio do James!!!! Meu deus... Mas, como toda fangirl, ainda estou torcendo pra ele ver que a Blake é uma vaca, a lily uma diva, e eles fiquem juntos... hsuahsuasuash fazer o que?  São meu shipp favorito :-\ (Outra coisa: as suas fics jily são muuuito boas, senão as melhores do FeB)Espero que vc não demore para postar os próximos capítulos!! :-*  :D 

    2014-01-13
  • And Allegra

    Haha, desculpe por não aparecer sempre é que quase não uso esse site xD Enfim, capítulo maravilhoso como sempre, mas... Ainda estou torcendo para o James ficar careca, gordo, infeliz, casado com a baranga da Blake que vai chifrar ele o tempo todo com caras que não valem a pena, que quebre a unha e que chore como um bebezinho. Yeah, eu to inspirada hoje xD Kate... Kate... *Suspira* Cade a sua inteligência quando você precisa dela? Você não vê que tem que ficar com o Reminho? Não faça ele ficar magoado :( , só para constar: Estou irritada com você! Espero que continue em breve e beijos!

    2013-10-21
  • Neuzimar de Faria

    Olá, Thomas! Atualizei a leitura e ... que James é esse ?! Um perfeito desconhecido para mim! Covarde, desprezível, inútil! Se eu fosse a Lily nem olharia mais na direção dele, que ridículo! Fiquei com pena da Kate, mas por falar em penas, adorei a "brincadeirinha" das meninas com a intragável da Blake. Vingancinha merecida e bem executada, salvo, é claro, pelo inoportuno aparecimento da McGonnagal.  Veja lá, Thomas, não a deixe "pegar pesado" com as meninas, ok? Nada de ameaçá-las de expulsão, detenção, essas coisas que não resolvem nada. Mas ... seria divertido se a McGonnagal mandasse todas fazerem algum trabalho juntas, de castigo. Quer castigo pior? E aí, nossas meninas poderiam dar um jeito de se vingarem mais um pouquinho ... KKKKK Beijos, Thomas!

    2013-09-06
  • Lana Silva

    Ahhhhhhhh se eu pudesse, uma vingança dessa cairia muito bem. As garotas arrasaram, em todos os sentidos. O capitulo foi muito mais light mesmo e eu a parte mais bombástica (não é o termo certo, mas tudo bem) foi o fora que a Kate deu no Remus. Bem, eu, pobre leitora e defensora fiel da Kate venho lhe perguntar....Você não vai com a cara da Kate, Thomas ? A pobre coitada sofreu horrores na outra fanfic, agora você vem deixar a pobrezinha assim...Primeiro a humilhação enquanto ela cantava (maldita Blake), depois ter sido humilhada e ter visto um amigo ser tão vaco quanto o James foi. Agora isso ? Sofri com a Kate no capitulo... Mas como a vingança é um prato que se come frio e é doce, as meninas deram o que a Black ( ¬¬) merecia!  Ah sim kkkkkkkkkkkk eu vi isso. É bem capaz que a Lai tente achar um jeito de entrar na fanfic pra dar uns tapas na Blake em algum corredor vazio de Hogwarts... E eu ainda estou, muito, indignada com o James. Eis ai um exemplo de autor maléfico, como você solta "Você provavelmente vai ficar ainda com mais raiva dele no próximo, a razão eu não vou revelar" , kkkkkkkkkkkkkkk estou irritada com o James por antecipação. Ahhhhhhhhhh eu pensei muito sobre a música enquanto escrevia o comentário, e se fosse Blackinnon seria mil vezes mais fácil, porque tem músicas que ouço e só lembro deles dois....Mas como é Jily eu tive que pensar duas vezes (ou mais). Eu pensei em uma que é totalmente pra serenata, mas ai você teria que achar alguém a cantando... Que é 'Bella Notte', é do filme A dama e o vagabundo. Tem 'Kiss Me' que é da banda 'Sixpence None The Richer'. Tem também Love is not a fight (você poderia achar um cover feminino dela) mas não sei se combina com a cena e a situação...Tem 'Quando a gente ama pra valer' que é engraçada... Bem, pararei de falar sobre as música - é que quando falam de música eu fico mega animada e começo a falar...Nesse caso, escrever, um monte de coisas. Bem, adorei o capitulo e eu já tô curiosa pra saber o que o James vai fazer de tão maléfico no próximo...Só mais uma coisa, um cover de You and Me - Lifehouse - talvez... , ok, parei!Beijoos!

    2013-09-06
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