InDefinido



No dia todos se encontraram na estação de Kings Cross. Eles chegaram com antecedência. Quando Harry desembarcou foi falar com a Ordem, e depois com os tios. Remo achou que eles podiam ser um pouco mais simpáticos, se não com eles pelo menos com o sobrinho.
Tonks se dirigiu a Sra. Dursley. Ele se riu ao ver a careta da senhora a sua frente ao encarar os cabelos agressivos de Tonks, era uma baita grosseria, mas seria pior se ele risse de verdade. Era ridículo da parte dela, o que tinha demais a moça usar cabelos rosa? Ela não tinha nada de Lílian.
Os Dursley partiram com Harry, os demais desaparataram Tonks e Remo saíram da estação, Tonks acenou para um taxista trouxa, ele entendia bem pouco dos trouxas.
- Segue aquele carro. – disse ela para o motorista. Ele fez uma careta de objeção. – Somos da família, nos encontramos aqui, o carro deles está lotado, então faça o favor.
Ele seguiu em frente um pouco menos relutante. Durante todo o caminho dois ficaram em silêncio; quando o carro do tio de Harry estacionou Tonks pediu para o motorista estacionar também. Ela empurrou para a mão dele o dinheiro de trouxas.

Uma hora mais tarde Remo chegou sozinho na Toca.
- Onde está Tonks? – perguntou Molly olhando pela janela, na esperança de avistar Tonks.
- Ela desaparatou direto para casa. – respondeu ele secamente.
Mais tarde, quando a maioria dos Weasley foram de deitar, Arthur cochilou na cadeira a Molly dirigiu a palavra a Remo.
- Está tudo bem entre vocês dois? – perguntou ela.
- perdão, entre eu e quem? – indagou ele.
- Você e Tonks.
- Por que a pergunta.
- Você chegou aqui sozinho, eu achei que ela viria almoçar com a gente, e quando eu perguntou dela, você estava frio.
- Não queria ser indelicado com você, desculpe Molly.
- Não foi indelicado, mas... eu achei que vocês dois poderiam ter brigado ou...
- Não aconteceu nada, nó só... nos desentendemos. – respondeu Remo, mas ela não pareceu satisfeita. – Não é nada Molly, logo passa.
- Claro, nem você nem ela são de guardar rancor.
- Você ainda não está satisfeita não é? – perguntou ele com um meio sorriso.
Ela acenou a cabeça negativamente.
- Está bem, paramos um pouco longe da casa dos tios de Harry, nós conversamos e até certo ponto estávamos de acordo, mas depois não estávamos mais.
Arthur deu um ronco.
- Pelas barbas de Merlin, já é tarde assim?
- Eu me vou indo. – disse Remo pulando do sofá para se retirar.
- Não, que é isso, de modo algum pedi para que você fosse embora, longe disso – disse Arthur.
- Eu sei que não, mas está realmente tarde, obrigado por tudo e boa noite. – disse Remo já a porta.
Quando ele se foi, Arthur perguntou á esposa.
- Será que eu o ofendi?
- Não, mas acho que ele não estava muito á vontade com o rumo que a conversa estava tomando. – disse Molly pensativa.
- Como assim? Que conversa?
- Ele e a Tonks brigaram. Parece que eles descordaram de alguma coisa.
- Logo passa. Se for só isso? Por que te intriga tanto?
- Você acha que os dois iam brigar só por isso? Cada um sabe muito bem respeitar a opinião de qualquer outro. Deve ser alguma coisa séria. Ele não quis me dizer o que é, e eu também não insisti muito.
- É, se foi isso o que ele disse esta muito indefinido. – disse Arthur.
Molly pensou no que o marido acabara de dizer.

No dia seguinte ela mandou uma coruja pata Tonks, por sorte ela não demorou para chegar e voltar com a resposta. Tonks viria para o almoço de domingo.

Pareceu a Sra. Weasley que o domingo estava atrasado havia anos. Quando Tonks chegou, o que para a felicidade dela antes de Remo, ela tratou de puxá-la para o quintal.
- Tonks, eu não quero me meter na sua vida, mas está tudo bem? Entre você e o Remo?
- Ele veio te contar que brigamos? – perguntou ela, seus cabelos ficaram vermelhos.
- Não, eu percebi, eu conversei com ele, mas ela não disse nada mais do que isso. Eu perguntou porque eu gosto muito dos dois, e me desagrada vê-los assim.
- Eu sei Molly, eu agradeço a sua preocupação, mas não é nada sério.
- Vocês não discutiriam por qualquer coisa. Mas por qualquer um ou uma...
- Que você quer dizer? – os cabelos de Tonks ficaram ainda mais vermelhos, se era possível.
- Ah. Não sei. De repente você pode ter arranjado alguém e ficado com ciúmes dele, ou o contrário.
- Não é nada disso.
- Vai me contar o que é?
- Agora não. – ela se escondeu atrás da Sra. Weasley para mudar a cor dos cabelos sem que Remo visse.
Nenhuma das duas foi vista por ele, estavam atrás do galinheiro.
- Agora sim está bem definido. – disse Molly.
- Bem definido o que? – perguntou ela.
- Você gosta dele.
- É. Mas você não pode contar nada ainda. Ela também gosta de mim.
- Mas então por que diabos vocês não estão juntos?
- Por que ele é um lobisomem. Eu não tenho medo, mas ele não quer se arriscar.
- Isso é ridículo.
- Eu sei.
As duas rumaram para a cozinha, Molly na frente e Tonks atrás, para que Remo não desconfiasse que ela fora perguntar a Tonks o que acontecera. A Sra. Weasley fez o que pode para deixar Tonnks e Remo sozinhos no mesmo lugar, mas Tonks percebeu a jogada e fugiu de Remo em todos os lugares. Os garotos ajudaram bastante nessa parte. Ela sempre estava perto de Gina, ou puxava assinto com Héstia e Emelina. Ás vezes se uniam as quatro e falavam de todas as coisas que podiam, menos da Ordem. Falavam sobre unhas, os trouxas, sobre o tempo,sobre os trouxas, o trabalho, e dos trouxas. Para elas os trouxas eram engraçadíssimos, nessas conversas Arthur se aproximava para participar, mas com o olhar fulminante de sua mulher ele se arrastava rapidamente. No final, ela não conseguiu realizar o seu intento.

Na Ordem da Fênix Dumbledore decidiu que não dava mais para esperar, Remo teria que se infiltrar na alcatéia de Grayback. Isso foi antes de Tonks mudar radicalmente. Ela ou Quim teria que pegar na sala de Dawlish os arquivos e relatórios sobre o paradeiro do lobisomem. Tonks iria, ela poderia assumir a forma do Chefe dos Aurores, caso fosse pega no ato. Ela e Quim debateram muito sobre isso, Tonks se opunha fortemente a pegar os relatórios e duplicá-los.

Depois de algum tempo Tonks procurava Molly na Toca com maior frequência. Ela parecia emagrecer cada vez mais, com o tempo seus cabelos de escureceram, ficaram castanhos escuros, depois perderam o brilho e a vida, os olhos dela também mudaram, de cor, passaram para cinza. A cada conversa com ela a Sra. Weasley percebia que a pobre coitada ficava ainda mais deprimida. Ela não queria que Remo entrasse para a alcatéia.
Mais tarde, ela descobriu que isso a enfraqueceu muito, a suas emoções sempre intervinham na sua aparência. Mas desta vez a depressão bloqueou todo tipo de metamorfose, ela simplesmente se encontrou incapaz de qualquer transformação.

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