Mais Lembranças do passado

Mais Lembranças do passado



Remo e Sirius estavam sentados na ponta da mesa e riam tolamente, com certeza de alguma coisa muito idiota que tinham feito no passado, pelo menos foi isso o que pareceu a Minerva McGonagall. E ela não estava errada. Os dois amigos estavam se lembrando dos maiores micos que já haviam passado com garotas.


 


Tiago Potter sempre se lamentou do dia que caíra da vassoura e fora parar no quintal da casa de Lílian Evans. Lílian sempre se recusara a sair com ele, e muitas vezes o ofendia. Ele não a convidou para sair mais, nem mesmo olhou muito para a cara dela quando se encontraram na estação do trem de Hogwarts. Contudo as coisas só pioraram para Pontas.  Primeiro ela tentou arrancar de Sirius o que havia acontecido, mas ele disse que tinha bebido cerveja amanteigada demais, e que não se lembrava de nada. Depois ela tentou importunar Remo, numa reunião de Monitores, mas ele deu sorte e teve que começar a falar com os outros Monitores e professores, e não respondeu a pergunta dela. Depois da reunião ele deu um jeito de sumir sem que ninguém percebesse e se enfiou no dormitório dos garotos, ele provavelmente tinha avisado aos amigos para fazerem o mesmo, porque não havia sinal de alma-viva pertencente a Maroto no salão Comunal da Grifinória.


Ela havia avistado o Pedro num corredor, mas ela já tinha decidido que não ia perguntar nada á ele, porque ele não estava com os amigos naquela noite. Uma semana já se tinha ido quando ela viu a oportunidade tão esperada se aproximar.


A temporada de treinos de Quadribol havia começado, Grifinória contra Soserina, e havia muita tensão no ar. Os sonserinos deram de enfeitiçar os jogadores de Quadribol da Grifinória todas as vezes que aparecia uma chance. Os Monitores da Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal receberam ordens para supervisionar os treinos de Quadribol dos grifinórios, a mesma coisa iria ser feitas com os treinos dos sonserinos.


Lílian conseguiu atrair Tiago para um canto, Aluado e Almofadinhas nunca souberam como, e perguntou a Pontas na lata:


- O que você fez para cair da vassoura no meu quintal, aquela hora da noite com os seus fies escudeiros? – disse Lílian tentando conter a curiosidade na voz, que não passou despercebida por Tiago.


Ele estava quieto, pareceu pesar a pergunta da menina.


- Não era da nossa intenção cair justo no seu quintal, e eu não cairia se não tivesse um motivo. – disse Tiago, tentando falar o mais baixo o possível e sair dali também.


- Eu quero saber o motivo.


Não era uma pergunta do mesmo tipo que ela tinha o costume de fazer á ele.


- Eu só caí por um acaso, eu me desviei muito do meu caminho e ai... – ele se calou.


- Uma coisa e você perder o seu caminho cair justo no meu quintal sozinho, outra bem diferente, é você o Lupin, e o Black perderem o rumo e caírem juntos no meu quintal. – disse ela com raiva. Por que ele não a respondia com clareza?


- Não é você quem vive dizendo que eu não sou capaz de fazer nada sem eles?


Ela o encarou com uma raiva capaz de fazer um buraco no chão.


- Quero saber.


- Não preciso te contar.


- Vocês caíram no meu quintal.


- E daí?


- Os meu vizinhos são trouxas.


- Eles não viram nada.


- Assustou meus pais.


- Peço mil perdões para eles, se me permitir posso mandar uma carta formal com o pedido.


- Minha irmã quase me matou.


- Por que?


- Não preciso te contar.


- Ótimo, estamos no mesmo pé.


- Tenho o direito de saber.


- Por que?


- Vou ter que te repetir tudo de novo?


- Não. É coisa do Sirius ta bem?


- Me conte.


- Pergunte á ele.


- Ele disse que bebeu e não se lembra de nada.


- Mentirada sem fundamento daquele cachorro.


- Mentirada sem fundamento de você.


- Por que? Eu não disse nenhuma mentira.


- Você está omitindo a verdade de mim, e se diz amigo de Black mas o chama de cachorro pelas costas.


- Chamo pela frente também.


- Então por que são amigos?


- Sei lá. Por causa do Remo. Por que a pergunta?


- Por que você só fica falando por que?


- Porque sim. E se não notou você também só falou porque. Por que hein?


- Pare com isso. Me responda a minha primeira pergunta.


- Qual é mesmo?


- Por que estava fora de casa?


- Essa não foi a sua primeira pergunta. A sua primeira pergunta foi por que cai da vassoura.


- Se você sabia por que me perguntou?


- Sei lá.


- Me responda.


- É coisa do Sirius, e se ele não te contou não vou poder dizer para você, eu suponho que já tenho perguntado á ele.


- Por que chama Si... Black de cachorro.


- Você pode chamá-lo de Sirius, ele não se importa. Eu o chamo de cachorro só de brincadeira.


- Por que você disse que era amigo dele por causa do Remo?


- Brincadeira de novo, nós quatro somos quase irmãos.


- Por que você faz tanta brincadeira?


- Por que você faz tanta pergunta?


- Você não me respondeu.


- Respondi sim.


Ela ficou quieta e o encarou, ele só esperou o que ela iria dizer.


- Se eu perguntar para o... Black, ele me responde?


- Não sei.


Passou um minuto, Lílian havia quase se esquecido de Tiago, e ele estava pensando se teria platéia ouvindo a conversa deles.


- Posso ir então?


- Pode.


Tiago mal tinha dado três passos e se virou para dizer á Evans:


- Não queria ter caído no seu quintal, e não cairia nem que estivesse chovendo.


- Então... – disse Lílian, mas ele ia longe, para não ter que dar mais respostas, pensou ela.


 


Remo por sorte não estava longe. Tiago logo lhe perguntou:


- Tem chance de alguém ter ouvido?


- Não.


Um mês já tinha se passado e ela não tinha perguntado nada a Sirius.

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