Chegou a hora



Quando Hermione olhou para o relógio ao lado da cama já eram 7:30 da manhã, era melhor desistir de dormir, não ia conseguir dormir mesmo. Passou a noite inteira sentindo contrações e cada vez ia diminuir o intervalo, agora estava de uma em uma hora. Achou melhor não chamar ninguém pois só iria deixá-los todos preocupados e não estava com vontade de voltar para o hospital em menos de 24 horas.


- E eu achando que a doutra Shane estava exagerando quando disse que as contrações doem - reclamou sozinha – Eu sinto muito, minha filha, mas você vai ser filha única. Não pretendo passar por isso outra vez.


Ouviu um barulho de duas batidas na porta. Imaginou que fosse a governanta trazendo o seu café da manhã ou então a senhora Potter para saber como ela estava.


- Pode entrar! - disse. Na verdade, não era nenhuma delas e sim Halley, a garota deu um sorriso meio incerto.


- Oi Mione – disse, por fim, antes de se sentar na ponta da cama – Eu sei que você tem todo o direito de estar com raiva de mim, mas eu só queria te falar ima coisa.


- Eu não estou com raiva de você, Halley – garantiu – É que eu precisava ficar um pouco sozinha ontem de noite, por isso eu me tranquei no quarto.


- Sério mesmo? - deu um enorme sorriso – Eu só achei que, se fosse para você ficar sabendo da aposta, era melhor que fosse pelo próprio Harry.


- Entendi que você só estava querendo me proteger – completou – Você é uma grande amiga, não posso ficar com raiva de você por causa disso.


As duas se abraçaram e ficaram assim por algum tempo.


- Na verdade, tem um outro motivo para eu estar aqui – avisou – É por causa do meu irmão.


A morena, simplesmente, deu de ombros e olhou para a janela. Não estava com vontade de falar sobre o marido naquele momento.


- Ele está muito mal com tudo isso, Mione – ela garantiu – Estava indo te contar quando você ouvi a conversa dele com o Rony.


- Sabe de uma coisa, Halley – ela olhou para a amiga bem séria – Se você tivesse falado sobre a aposta comigo naquela época, nunca teria me casado com o Harry. Por mais que a sua mãe ficasse falando que era o melhor para o bebê.


- Mione, tudo bem, você está com raiva e eu te entendo. Fiquei muito tempo sem falar com o meu irmão também – colocou a mão sob o ombro da garota – Mas não é hora para você fazer isso com ele. Vocês dois estão há duas semanas de terem uma filha e ela vai precisar da mãe e do pai unidos, pelo menos se dando bem.


Hermione abriu e fechou a boca várias vezes, mas não conseguiu dizer absolutamente nada, a voz não saía.


- Deixa ele vir aqui para vocês conversarem – pediu – Harry tem um jogo importante daqui há algumas horas e só consegue pensar em você. Imagino que você não queira ser a responsável pelo time da Hogwarts Academy perder esse jogo, não é mesmo.


- Tudo bem – conseguiu dizer, por fim – Diz que eu vou falar com ele.


Halley acenou com a cabeça antes de sair e a morena deitou a cabeça no travesseiro. Talvez fosse melhor resolver isso logo.


Harry chegou na porta do quarto e entrou direto, sem bater. A esposa já estava esperando por ele e não iria ficar chateada por isso.


- Mione, eu vou tentar ser o mais rápido possível – avisou – Tive bastante tempo para refletir sobre tudo ontem de noite. Você tem razão, eu fui um verdadeiro canalha com você.


- Que bom que você sabe disso – suspiro – Mas nada do que você me falar agora vai fazer voltar atrás tudo que aconteceu.


- Sei disso – concordou com a cabeça – Só tente esquecer sobre o que aconteceu há oito meses e sim no que passamos desde lá até aqui.


- O que você está querendo dizer com isso? - o olhou parecendo cheia de dúvidas.


- A primeira noite que passamos juntos foi mesmo só por causa da aposta, mas as outras noites não – lembrou.


A morena permaneceu em silêncio, apenas esperando que ele terminasse de falar. O garoto, então, se aproximou mais e segurou a mão da esposa, ela não ofereceu nenhum tipo de resistência, o que o incentivou a continuar.


- Esses cinco meses em que estamos casados tem sido incrível, e eu não estou falando só do sexo, de tudo. Nós tornamos grandes amigos com o tempo – falou – Você não vai querer destruir tudo isso por uma coisa que aconteceu há tanto tempo, não é mesmo?


- É mesmo – disse bem baixinho, mas o suficiente para Harry conseguir ouvi-la – É mesmo uma grande besteira.


- Será que eu ouvi direito? - pareceu ligeiramente chocado – Você está mesmo concordando com o que eu acabei de falar?


- Sim – respondeu – Tenho que admitir que fiquei muito chateada por você só ter se aproximado de mim por interesse, mas não adiantar eu ficar remoendo isso. Como eu disse antes, já passou e nada do que eu diga ou faça vai mudar tudo isso que aconteceu.


- Obrigada, Mione – a abraçou com bastante força – Você não tem ideia do que eu estou feliz por você estar me dado essa chance.


- Espera, Harry – o afastou, levemente – Eu disse que não estava mais com raiva. Não que as coisas voltariam a ser como antes entre a gente.


- Não? - agora mesmo que não estava entendendo mais nada – Pensei que você tivesse entendido tudo que eu falei.


- Só preciso de um tempo para pensar em todo o nosso relacionamento – explicou – Espero que você possa me entender também.


- Tudo bem, Mione – respondeu por fim – Eu te dou todo o tempo que precisar, só quero que você tenha 100% de certeza da decisão que vai tomar.


- Até o bebê nascer – completou – Depois disso eu prometo que vou te dar a minha resposta.


- Vou estar esperando ansiosamente pela sua resposta – garantiu – Agora eu preciso ir. O ônibus que vai levar os jogadores vai sair daqui a uma hora, e não estou com vontade de perder o ônibus e ir dirigindo até lá.


- Tudo bem então, boa sorte no jogo – deu um fraco sorriso – Só quer saber mais uma coisa. O que foi que você e o Malfoy apostaram?


- Primeiro, me prometa que não vai ficar com raiva de mim de novo – pediu e ela balançou a cabeça afirmativamente – Apostamos que quem perdesse deixaria o outro ganhar o jogo de futebol da Grifinória contra a Sonserina.


- Entendi – foi tudo que ela respondeu – Muito obrigada por estar sendo sincero comigo.


Quando o moreno desceu as escadas para voltar ao andar debaixo estava se sentindo um pouco mais aliviado por Hermione não estar mais chateada e por ter sido 100% sincero com ela. Mas, é claro só ficaria totalmente tranquilo quando as coisas voltassem ao normal e esperava mesmo que isso acontecesse.


No momento em que entrou na cozinha encontrou Rony conversando com a sua mãe.


- Como foi lá com a Mione? - a senhora Potter perguntou no momento em que o filho se sentou ao seu lado – Já estão se falando novamente.


- Acho que pode se dizer que sim – deu de ombros.


- Então você já pode me explicar o que aconteceu – pediu – Sinceramente, não entendi nada. Na hora em que sai para o trabalho estava tudo bem e, na hora em que cheguei a Hermione estava trancada no quarto e você parecia triste.


- Acredite em mim, mãe não foi nada – garantiu – Foi apenas uma briga boba e de nada.


- Certo – concordou com a cabeça – Assim eu fico mais tranquila. Não faria sentido vocês quererem se divorciar agora que o bebê já está para você.


- Sabe, cara, é melhor irmos logo para a escola – o ruivo avisou de repente – Lembre-se que ainda precisamos passar para buscar a Luna.


- Eu sei disso – concordou com a cabeça – Já estou terminando aqui e poderemos ir.


- Ainda não entendo por que vocês decidiram ir juntos para escola hoje – a mulher comentou – Cada um tem o próprio carro mesmo.


- Só estamos indo mesmo para a escola pegar o ônibus – o moreno lembrou – Assim diminuímos o número de gases no meio ambiente.


- Se preocupando com o futuro do planete, que gracinha – apertou a bochecha do filho – E por que não a Halley e o Draco para irem junto com vocês também.


- Essa resposta é muito fácil, senhora Potter – Rony falou – Nós não gostamos do Malfoy e já vai ser insuportável ir no mesmo ônibus que ele, não precisávamos ir no mesmo carro.


- Vocês tem que parar de implicar com o Draco, afinal, ele e a Halley estão namorando – lembrou antes de se levantar – Bom, eu já vou indo para o trabalho. Boa sorte no jogo, para os dois.


- Obrigado! - disseram ao mesmo tempo enquanto ela saia pela porta.


- Eu ia te perguntar como é que tinha sido a conversa com a Hermione ontem – o ruivo começou a falar – Mas que a sua mãe já fez um bom resumo.


- Com certeza – concordou com a cabeça – Acredite em mim, essa foi a conversa mais tensa que eu já tive em toda a minha vida.


Então contou para o amigo tudo que tinha acontecido. Desde o momento em que o ruivo foi embora até a conversa que teve com Hermione há alguns minutos.


- Pelo menos ela não está mais com raiva de você – o ruivo comentou – Isso já é um começo.


- Mas eu espero que ela me perdoe totalmente – suspirou pesadamente – Não sei como é que eu vou ficar se ela parar de falar comigo.


- Por que você não tenta reconquistá-la? - sugeriu – Afinal esse era o plano original da Halley mesmo.


- Não é tão simples assim – explicou – Não quero pressionar a Mione, é melhor esperar o tempo dela de querer me perdoar.


- Se você prefere assim – deu de ombros – Não sei se conseguiria pensar da mesma forma que você se a Luna brigasse comigo e pedisse um tempo para pensar em nós dois.


- O melhor que eu tenho para fazer agora é pensar no jogo de hoje – avisou – Vamos logo.


Então eles foram em direção ao carro. Menos de meia hora depois estavam na porta da casa dos Lovergoods, o ruivo ligou para a namorada e logo ela estava saindo junto com o filho.


- Oi Rony – deu um selinho nos lábios do namorado – E oi Harry! Aonde é que está a Mione? Pensei que ela também fosse ao jogo.


- É que ela sentiu algumas contrações ontem de manhã – Harry explicou enquanto a loira entrava no carro – E a doutora Shane achou que era melhor ela ficar em casa de repouso até o bebê nascer.


- Isso é uma pena – comentou – Mas, pelo menos, agora falta pouco tempo para o bebê nascer, imagino o quanto vocês dois devem estar ansiosos.


- Sem dúvida – concordou – Você tem ideia do quanto estamos ansiosos para isso.


Harry conseguiu parar o carro bem perto de onde estavam parados os dois ônibus que levariam os alunos. No momento em que eles saíram do carro, Halley se aproximou.


- Que bom que você chegou – ela disse abraçando o irmão – Madame Hooch disse que vamos sair daqui há dez minutos.


- Eu sei que demoramos – disse em seguida – Mas eu fui conversar com a Mione e depois ainda fui terminar de tomar café da manhã antes de sair.


- Ia esperar você voltar mas o Draco chegou logo depois que você subiu – deu um suspiro triste – E como é que foi a conversa com a Mione?


- Depois eu te falo – avisou, estava cansado de todos perguntarem como tinha sido sua conversa com Hermione – Aqui não é o melhor lugar para conversarmos sobre isso.


Nesse momento, Draco se aproximou e abraçou a namorado pelos ombros e deu um beijo na sua bochecha.


- Ainda bem que você chegou, Potter – o loiro falou para o cunhado – Por um momento, pensei que fosse precisar ser o capitão do time hoje.


- Imagino o quanto você teria detestado isso – comentou, ironicamente – Não é mesmo, Malfoy?


- Sem dúvida, teria detestado – disse – Venha, cometinha, é melhor procurarmos um lugar para sentarmos no ônibus.


- Vamos lá – segurou a mão dele e foram caminhando na direção aonde estavam os outros alunos.


- Sinceramente – Rony começou a falar quando o casal estava longe o suficiente para não ouvir – Não sei o que a sua irmã viu nele.


- Também não sei – o outro concordou fazendo um careta – O pior é ter que aguentar o Malfoy como meu cunhado. Não sei o que eu fiz para merecer isso.


- Vocês dois são muito implicantes, deixem a Halley namorar com quem ela quiser – foi Luna quem comentou, por fim – Ela parece feliz e os dois fazem o casal muito fofo.


- Luna, você é mesmo muito ingênua – Rony deu um beijo na testa dela – É que você não conhece Draco Malfoy há tantos anos como nós.


- Será que agora um de vocês dois pode me contar o que foi que aconteceu com a Mione? - ela pediu – Que conversa foi essa que a Halley estava falando?


- Conta logo para ela – Harry avisou para o amigo – É melhor que a Luna fique sabendo logo o que foi que aconteceu.


- Certo – concordou com a cabeça colocando a mão nas costas da loira – Vem aqui Luna, vamos conversar bem ali.


Como a professora de Educação Física tinha dito, dez minutos depois os dois ônibus estavam saindo de dentro do estacionamento da Hogwarts Academy. Seria uma longa viagem até o local do jogo.


O moreno estava estava olhando a passagem pela janela. Quando se cansou, decidiu pegar um livro e começou a lê-lo, mas, de repente, seu olhar recaiu nas poltronas bem do lado, aonde sua irmã e Draco Malfoy estavam se beijando. Talvez Luna tivesse razão, Halley parecia mesmo bem feliz com ele, por mais que não quisesse admitir isso. Lembrou-se, então, do dia em que viu os dois juntos pela primeira vez.


 


*Flash Back*


Era mais uma manhã de segunda-feira, mais uma semana estava começando para os alunos da Hogwarts Academy que estavam chegando a escola, entre eles: o gêmeos Halley e Harry Potter, que estavam parando o carro no estacionamento do colégio.


- Eu preciso passar na biblioteca – a garota avisou para o irmão enquanto ele trancava o veiculo – Preciso pegar um livro de geografia para o meu trabalho;


- Então vai lá – deu de ombros – Eu vou procurar o Rony.


- Sabe – virou-se para ele antes de começar a andar – Você também deveria começar o seu trabalho de geografia, em vez de deixar para a última hora, como sempre faz.


- Eu não vou deixar o trabalho para última hora – garantiu, embora o seu tom de voz não estivesse convencendo muito – Mas ainda faltam duas semanas para entregar o trabalho, tenho bastante tempo para isso.


- Sei... – cruzou os braços e o olhou de cima a baixo.


Os dois passaram pelo portão do colégio. Ela foi em direção ao prédio e ele foi em direção ao pátio.


- Oi cara! - cumprimentou o ruivo assim que o viu – Halley me disse que o seu almoço de aniversário ontem foi ótimo.


- E foi mesmo – respondeu – É uma pena que você não pode ir. Os eventos na casa dos Weasleys não são a mesma coisa sem você.


- Acontece que a médica não liberou a Mione para ir – lembrou – E eu não podia deixá-la sozinha em casa, não é mesmo?


- Eu sei disso – falou – Bom, mas eu espero que vocês tenham se divertido ficando em casa o dia inteiro.


- Ficamos assistindo filme, depois que a Mione foi embora eu fui estudar um pouco – disse – Mas, imagino que Fred e Jorge devem ter divertido muito todo mundo, mais até do que nós dois teríamos.


- Você está certo – concordou começando a rir – Só que eu também estava preocupado com outra coisa. Apresentei Luna para os meus pais ontem.


- É verdade – lembrou-se que o amigo tinha comentado isso com ele há alguns dias – E como foi? Eles gostaram dela?


- Sim e os meus irmãos também a acharam muito simpática – respondeu – Luna estava com medo de não gostarem dela por ter um filho e eu disse que era bobagem.


- Seus pais nunca fariam uma coisa dessas – Harry completou – Conheço eles desde que me intendo por gente. Poderia ter dito isso para ela.


- Minha mãe está doida para ter netos já está cobrando um do Gui e da Fleur há meses – o ruivo falou – Não preciso nem dizer que ela adorou o Ian.


O outro garoto não pode deixar de sorrir e se lembrou da sua mãe. Ela nunca tinha cobrado netos (até por que, ele e Halley só tem 17 anos), mas, é claro, está adorando a ideia.


- A única que não pareceu gostar muito foi a Gina – completou, revirando os olhos – Mas você sabe como é a minha irmã, adora reclamar de tudo.


Foi nesse momento que ele viu Halley descendo as escadas de mãos dadas com Draco Malfoy.


- Falando e irmãs que dão problemas – voltou a falar – Olha só com quem a minha irmã está nesse exato momento.


- Draco Malfoy – Rony fez uma careta enquanto falava o nome do sonserino – O que será que ela está fazendo com ele?


- Por mais que eu implicasse eu gostaria que você namorasse a minha irmã – o moreno comentou – Mas agora você está com a Luna e eu não tenho mais nenhuma esperança disso.


- Você sabe que eu passei anos tentando – lembrou – Mas a sua querida irmãzinha não quis nada comigo. Deve se verdade de que as mulheres gostam dos caras cafajestes.


Harry não disse mais nada, apenas saiu em direção aonde a irmã estava conversando animadamente com o loiro.


- Halley – a chamou assim que chegou bem perto dos dois – Será que a gente pode conversar? É bem rápido.


- Tudo bem – concordou – Espera ai, Draco. Eu já venho aqui conversar com você.


Arrastou a garota até uma árvore, aonde Draco não poderia ouvi-los. Não estava com uma cara muito feliz para ela.


- Por que você está conversando com o Malfoy? - decidiu ir direto ao assunto – Pensei que ainda estivesse brava com ele por ter contado para a escola toda que eu e a Mione teríamos um bebê.


- Ele já está pedindo para conversarmos a meses, cansei de vê-lo insistir – explicou – Se ele ainda me quiser, vou dar uma nova chance.


- O que? - gritou mais alto do que estava planejando, fazendo com que várias pessoas o olhassem – Você está ficando maluca? Ele não merece uma nova chance, tudo o que vai fazer é te magoar.


- Isso eu só vou saber se tentar – falou – E, se isso acontecer, vou saber muito bem me defender sozinha.


- Ele nós odeia – lembrou – E, você sabe muito bem disso. Não vai ser um bom namorado.


- Essa briga dele é com você e com o Rony – continuou – Eu não tenho nada a ver com isso.


- Está bem, Halley, faz o que você quiser, eu não estou nem ai – completou – Depois, não vem chorando para mim.


- Você está juntos com a Mione e o Rony tem a Luna – lembrou – Não vou ficar sozinha.


Virou de costas para o irmão e foi em direção aonde estava Draco Malfoy e os dois voltaram a caminhar de mãos dadas até a hora que o sinal de início da aula tocou.


Na hora do almoço os viu sentados juntos e uma mesa no canto do refeitório. Uma vez outras eles se beijaram, estavam oficialmente juntos.


*Fim do Flash Back*


 


Foi quando Harry percebeu que a irmã tinha toda razão quando falou aquelas coisas naquele dia, não podia controlar a vida dela para sempre, nem escolher o seu namorado. Tudo que poderia fazer naquele momento era rezar para o Malfoy não magoá-la e quebrar a cara dele se fizer isso.


Correu tudo bem no jogo de futebol. O time de Hogwarts ganhou por 3x0 e todos voltaram para Londres muito felizes e comemorando durante todo o caminho.


- O pessoal está querendo sair para comemorar a vitória no jogo – Rony se aproximou de onde o amigo estava – Luna está animada para ir. O que acha de passarmos por lá.


- Confesso que não estou muito no clima para comemorações – disse – Mas, pode ser legal para de distrair um pouco.


- Que maravilha, cara – deu um tapa de leve nas costas dele – Você não pode ficar se lamentando pelo que fez o resto da sua vida.


Halley se aproximou dos dois. Ela estava com o telefone celular mão e parecia ligeiramente preocupada, o moreno não pode deixar de se sentir preocupado também. Será que tinha acontecido alguma coisa grave?


- Harry! - ela disse colocando a mão sob o ombro do irmão – Você precisa ir para o hospital, agora mesmo.


- Hospital? - o simples som dessa palavra o deixou com um calafrio na espinha – Aconteceu alguma coisa com a Mione? Fala alguma coisa, Halley, estou ficando nervoso!


- Mamãe acabou de me ligar – explicou – Parece que a Mione começou a sentir contrações de madrugada, mas não chamou ninguém. Perto da hora do almoço ela ligou dizendo que não estava mais aguentando e foi para o hospital.


- Mas a doutora Shane disse que dava para esperar mais duas semanas se ela ficasse de repouso – lembrou – O que foi que aconteceu?


- Parece que o estresse pela briga de ontem foi demais – disse – Esse tipo de coisa pode induzir o trabalho de parto.


E, mais uma vez, não pode deixar de se sentir culpado. Parecia que tudo que acontecido de ruim na vida de Hermione era sua.


- Quer dizer que ela já nasceu? - perguntou, por fim – A minha filha nasceu? Ela e a Mione estão bem?


- Ela ainda não nasceu – respondeu – Acho que, se você correr, vai conseguir assistir ao parto.


- Eu já estou indo – começou a passar a mão nervosamente pelo cabelo – Vou para o hospital agora mesmo.


- Vou falar com o Draco e vamos atrás de você – avisou – Ele estava querendo sair com o time para comemorar, mas é por uma boa causa ele vai entender.


Começou a procurar por Rony e Luna, até que os encontrou conversando com Dino Thomas.


- Eu preciso ir embora – avisou para o amigo – Hermione está no hospital, a minha filha vai nascer.


- Sério? - a loira deu um enorme sorriso no rosto – Que ótimo! Isso é mesmo maravilhoso!


- Se vocês quiserem podem sair com o time – completou – Mas eu estou indo, agora mesmo.


- Nós vamos juntos com você, cara, até parece que te deixaria na mão nesse momento – respondeu – E, acho melhor eu ir dirigindo.


Concordou e entregou a chave do carro para o ruivo. Não sabia direito para onde estava andando, com certeza não iria conseguir dirigir.


Não demorou muito para chegarem ao hospital. Assim que entraram no local, Harry encontrou seus pais sentados em uma das poltronas.


- Oi meu filho – a senhora Potter o abraçou – Que bom que você chegou. Eu teria ligado antes, mas sei que estava no jogo e não poderiam ter feito nada de onde estavam.


- Como é que a Mione está? - perguntou em seguida.


- A doutora Shane acabou de ir vê-la – explicou – Foi ver se já dá para fazer o parto agora.


O senhor Granger estava voltando do local aonde ficavam as lanchonetes. Provavelmente foi comprar chá ou café.


- Acabei de falar com os meus pais em Oxford – anunciou – Disseram que não vou conseguir vir para cá hoje, mas vão pegar o primeiro ônibus para Londres amanhã.


- Vai ser legal para a Hermione ter os avós por perto nesse momento – Lilian comentou.


- Olá, Harry – a médica tinha acabado de aparecer – Que bom que você apareceu, Hermione está perguntando por você a horas.


- Eu posso ir falar com ela? - perguntou imediatamente – Agora?


- É claro que pode – ela respondeu com um pequeno sorriso – Vem aqui, vou te levar até o quarto em que ela está.


A porta do quarto não ficava muito longe de onde estavam. No momento em que entrou no local, Hermione pareceu bem mais aliviada.


- Oi Harry – esticou os braços em direção a ele – Que bom que você chegou. Estava preocupada de você perder o jogo por minha causa.


- Não precisa de preocupar com isso – segurou a mão dela e deu um beijo na ponta dos dedos – Deu tempo de terminar o jogo e eu vim para cá.


- E como foi o jogo? - decidiu perguntar, por fim – Vocês ganharam, não foi mesmo?


- Ganhamos sim! - colocou a mão sob a barriga dela – E essa vitória foi para vocês duas.


Ela sorriu. De repente, o aparelho que estava do lado da cama começou a apitar sem para.


- Ai! É uma outra contração – a morena começou a falar – Isso dói muito, você não tem ideia do quanto.


Harry começou a ficar desesperado, tudo que conseguiu pensar foi estender a mão para a garota apertar, e foi o que ela fez. Começou a sentir os dedos serem esmagados, não pode reclamar, com certeza Hermione estava bem pior do que ele.


Depois de algum tempo, o barulho diminuiu e ela foi relaxando aos poucos. Provavelmente, a contração tinha passado.


- Harry, me faça um favor – pediu, sua voz estava mais fraca nesse momento – Se, um dia, eu pensar em ter mais filhos, me lembre de tudo que eu passei aqui. Tenho certeza de que vou mudar de ideia na mesma hora.


- Tudo bem – concordou com a cabeça. Sabia que ela deveria estar exagerando e que logo iria mudar de ideia novamente.


A porta do quarto foi aberta, novamente. Era a doutora Shane, que estava com uma prancheta na mão.


- Bom, Hermione – começou a falar – Não tem mais jeito, vamos ter que fazer uma cesariana.


- Cesariana – ficou triste – Mas eu queria parto normal. Eu pesquisei e disseram que as chances de ter uma complicação é menor.


- Eu sei disso, mas não podemos mais esperar – explicou – Sua contrações estão com o intervalo cada vez menor, a bolsa já estourou há quinze minutos e a dilatação continua em dois centímetros.


- Tudo bem – deu de ombros – Se não tem jeito mesmo. Só espero que não fique uma cicatriz muito grande.


- Vou fazer o melhor possível – garantiu – E sabe, partos de cesariana são muito comuns e mães com menos de vinte anos.


- Será que eu posso assistir o parto? - Harry pediu quando a médica estava saindo – Eu queria muito estar perto dela e da minha filha nesse momento.


- Claro que você pode Harry – respondeu – Enquanto a preparam para a cirurgia, venha comigo para trocar de roupa.


Menos de vinte minutos depois, a morena já estava na sala de cirurgia. No início ela estava um pouco nervosa, mas, no momento em que recebeu a injeção na coluna se sentiu mais tranquila.


- Oi Mione! - ouviu a voz do marido, mas tudo que conseguiu ver foi um par de olhos verdes por cima da máscara - Eu disse que estaria aqui, não foi mesmo.


- Eu sabia que você ia vir – disse – Nunca duvidei disso, por nenhum um minuto sequer.


- Prontinho, Hermione – a doutra Shane disse – Já está pronta para começarmos a cirurgia?


- Na verdade, não – admitiu – Mas sei que não tem jeito mesmo, então vamos logo acabar com isso.


- É assim mesmo que se fala – completou – Além disso, você não vai sentir nada e, quando menos esperar, já vai ter acabado.


Durante toda a cirurgia, Harry ficou lhe dizendo palavras de encorajamento e isso a distraiu. Parecia que não tinha passado nenhum minuto quando ouviram um choro de bebê ecoando por todo o local.


- Nasceu! - foi o moreno quem falou, algumas lágrimas se formaram no canto dos seus olhos – Está tudo bem com ela? Está tudo bem, mesmo?


- Está sim – a mulher garantiu – Dois braços, duas pernas, uma cabeça. Ela é perfeita.


- Eu quero segurá-la – Hermione estendeu os dois braços – Quero ver a minha filha, agora.


- Nós já vamos trazê-la – a médica garantiu – Só precisam fazer os primeiros exames. É rotina, não precisa se preocupar.


Alguns minutos depois a morena estava com a sua filha no colo. Era o seu bebê, não pode deixar de se emocionar nesse momento.


- Ela é linda! - comentou enquanto passava a mão nas bochechas da menina – Você não acha isso, Harry.


- É claro que sim – respondeu – Ela é simplesmente maravilhosa. Não poderia imaginá-la diferente.


- Nem eu – concordou sorrindo – Você não quer segurá-la um pouco também – a estendeu em direção ao moreno.


- Acho melhor não – pareceu um pouco incerto – Eu posso derrubá-la no chão e você vai me odiar para os resto da vida se isso acontecer.


- Tenho certeza de que você não vai derrubá-la – garantiu – Não é mesmo doutora Shane.


- É claro que não vai derrubá-la – concordou – E, se você fizer alguma besteira, tem milhares de pessoas aqui para segurarem ela antes que ela bata com a cabeça no chão.


Foi nesse momento, com a filha no colo, que ele percebeu a grande responsabilidade que tinha em mãos. Ficou com medo, mas, ao mesmo tempo, sabia que conseguiria.


- Agora me de ela aqui – uma das enfermeiras pediu – Precisamos levá-la para o berçário.


- Mas já? - foi Hermione quem disse – Deixe-a ficar só mais um pouco. Depois vocês a levam para o berçário.


- Eu sei que você quer ficar um pouco mais com a sua filha – a médica comentou – Mas ela precisa ir para encubadora, imediatamente.


- Encubadora? - agora foi o moreno quem ficou preocupado – Mas você acabou de dizer que estava tudo bem com ela.


- É rotina – a mulher explicou – Fazemos isso com todos os bebê prematuros. E ela nasceu duas semanas antes.


- Acho que eu vou lá avisar para todos que o bebê já nasceu – o moreno avisou – Você vai ficar bem ai, Mione?


- Vou sim – garantiu – Pode ir lá tranquilo. Enho certeza de que todos estão querendo saber notícias.


E ela tinha razão, no momento em que apareceu aonde os outros estavam, todos se levantavam.


- Ela nasceu! - disse sem conseguir parar de sorrir – É perfeita! Só vai precisar ficar um pouco na encubadora.


Todos começara, a abraçá-lo e lhe dar os parabéns, estavam todos tão felizes quanto eles. Algum tempo depois a doutora Shane apareceu também.


- Hermione também está bem e já está indo para o quarto – disse em seguida – Mas ainda está sob o efeito da anestesia e deve dormir um pouco. É melhor vocês irem vê-la só amanhã.


- E o bebê a senhora Potter perguntou – Nós podemos ir vê-la no berçário?


- Claro que podem - respondeu – Vocês podem e vê-la através do vidro. Você sabe aonde fica,Lilian.


Então foram vê-la no berçário. A menina estava, mas, como se soubessem que a estava olhando, abriu os seus olhinhos, ligeiramente verdes.


- Ela é linda – Halley comentou parando ao lado do irmão – Você e a Mione fizeram mesmo um bom trabalho.


- Obrigado – apoiou o braço no ombro da irmã – Você acha que ela se parece mais comigo ou com a Mione.


- Ela ainda é muito pequena, não dá para saber – respondeu – Espere mais alguns dias, ela não vai estar com a cara tão inchada.


- Oi cara – Rony tinha se aproximado dos dois – Luna está querendo ir para casa. Já passou da hora do Ian dormir.


- Pode levar o meu carro, amanhã você me devolve – avisou – Depois eu posso voltar para casa com os meus pais.


- Certo – disse, por fim – Boa noite e parabéns. Amanhã eu te ligo para saber como é que estão as coisas.


- Acho que também vou chamar o Draco para irmos embora – Halley disse – Estou ficando com sono, foi um dia bem cansativo.


Depois que saíram de perto do berçário o senhor Granger também se despediu. Então, Lilian Potter levou o filho para a lanchonete dizendo que ele precisa se alimentar.


- A doutora Shane disse que Hermione está dormindo profundamente – o senhor Potter foi se encontrar com eles no local – Disse que já podemos ir embora para casa.


- Vocês podem ir – Harry avisou – Vou passar a noite aqui. Quem sabe a Mione ainda acorde hoje.


- Tem certeza, meu filho? - a mulher pareceu um pouco incerta – Vai acabar ficando com dor nas costas.


- Vou ficar bem – garantiu – Não vou mesmo conseguir dormir em casa. Aqui eu fico perto da Mione e da minha filha.


- Se você insiste – ela suspirou pesadamente – Amanhã de manhã eu posso trazer algumas roupas para você.


- Tchau, meu filho – James deu um tapa de leve no ombro do filho – Qualquer coisa você pode nos ligar.


Harry terminou de comer e voltou para a recepção do hospital. Iria ficar esperando Hermione acordar, não importava o quanto isso demorasse.

***
N/A:
Bom gnt, ta ai mais um capitulo.

Finalmente o Baby Potter nasceu. Mto fofa, vcs não acham.
No inicio do cap a Mione disse q iria esperar o bebê nascer para responder a respeito do relacionamento dos dois. O que será que a ela vai falar para ele agora.
E, no próximo cap, vcs finalmente, vão saber o nome do bebê.
Comentem! 

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Comentários (12)

  • mileyde

    Qui perfeitooooo, a garotinha é tão foinha! o Harry e  Mione tem qui ficar juntos!!! ainda quero uma seninha mais picante antes do final da fic!

    2012-03-04
  • Nathytx

    Muito fofo msm, o nome tem q ser bem bonito

    2012-01-17
  • Amanda A.

    SÓ FALTA POR O NOME DELA DE LILY, OLHA SÓ! COISA LINDA! ~LE MORRENDO LENTAMENTE~ *-*

    2012-01-16
  • Raquel Radcliffe

    Own't a Baby Potter de olhinhos verdes, nasceu...So cute *-*O Harry e a Mione devem estar mto felizes!!!Tô adorando o namoro da Halley e do Draco... E do Rony e da Luna tbm...Esperando ansiosamente pelo proximo capitulo, quero saber o nome da Baby Potter*-* 

    2012-01-16
  • matthew malfoy

    olhos ligeralmente verdes, é mesmo filha de harry potter,kkkmais um ótimo capítulo, e por favor não demore a postar o próximo, estamos ansiosos para saber o desfecho da história, abraços 

    2012-01-14
  • Jade Andrade

    *-* que liiiindo, awn gente eles tem que ficar juntos tomare que a hermione reconsidere

    2012-01-14
  • Andressa Araujo

    q fofo eles dois... tomara que ela o perdoe logo... posta maissssssss

    2012-01-14
  • Carolzinha Gregol

    ain que lindo *-* fui lindo o nascimento sério :) continuaaa logo.

    2012-01-13
  • Angeline G. McFellou

    bem ela não tev muito tempo para pensar o que diria né? ^^ Tão fofinho o nascimento. Não importa o que digam Harry vai ser um ótimo Pai!!! rsrs Amei o capítulo, curiosa pela continuação, att assim que der, por favor. Beijos...

    2012-01-13
  • Isis Brito

    E nasceu a nova integrante da família Potter!! \o/\o/\o/\o/\o/ Que tenha um nome lindo, escolhido pelos pais, e seja muito feliz!! =D (E de preferência com os pais juntos de verdade, declarando a todos que se amam de verdade!! xD)

    2012-01-13
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