Massacre




Sirius saiu da Mansão McKinnon irritado, enjoado e magoado. Sua cabeça ecoava as palavras de Marlene: "apenas cresça". Ela dissera aquilo com decisão e até um certo alívio, como se por muito tempo tivesse guardado aquelas palavras.


- Quem ela acha que é para dizer se eu sou ou não maduro? - Resmungou enquanto se prepara para aparatar para sua casa. Em sua mente só havia uma coisa: sua moto. Assim que chegou em casa, abriu a garagem, tirou o pano que cobria sua motocicleta, sentou-se e ligou-a.


 


Marlene chorou até que suas lágrimas acabassem, então levantou-se e foi até a cozinha, que estava deserta. Ela abriu a porta da adega pegou a garrafa de uísque de fogo mais antiga, e menos vazia e abriu com estardalhaço. com um único gole profundo e soluçante, Marlene entornou um quarto da garrafa. Ela experimentou aquela sensação de calor escorrer por sua garganta, aquecendo até a ponta de seus dedos, suspirou, e tomou mais um gole, e meio trôpega, foi para sala. Sentou-se na poltrona em que Sirius estava sentado a pouco, e tomou um outro grande gole de uísque. Deixou a cabeça pender, agradavelmente vazia e tomou o que restava da mehlor garrafa de uísque de seu pai. Ela sorriu estupidamente então atirou a garrafa no fogo. Ela ouviu os estilhaços, ouviu as chamas dobrerem de intensidade, mas então, ouviu um som estranho. O som da uma porta, a grande porta de carvalho de sua casa, estourar com um rompante. Marlene se levantou e empunhou a varinha, sua visão estava meio turva e ela não tinha certeza se poderia mirar corretamente com a varinha, mas ela pretendia cair lutando.


Marlene viu sete homens caminhando em sua direção, Rabastan na frente de todos eles. Todos usavam vestes negras, provavelmente um uniforme, mas Marlene não conseguia distinguir.


- Travers, Rodolfo, vocês ficam com Edmundo e Giles, Amico, você pode ir cuidar do senhor e da senhora McKinnon. Nott, Rosier... peguem Mercúcio e o amarrem, desacordem se necessário mais não matem. Deposi levem-no ao quarto de Marlene. É o último da ala oeste. - Instruiu Rabastan. Então ele apontou a varinha para Marlene. - Vamos subir, meu anjo. Estupefaça!


E Marlene não viu mais nada.


 


Quando acordou ela estava deitada em sua cama, e usava um vestido vermelho de cetim, apertado e curto, meias até a coxa, sapatos de salto alto e fino e o colar de diamantes que ganhara. Ela tentou se mexer, mas seu corpo não obedecia, ela abriu a boca para protestar, mas sua voz não saiu.


- Ora, ora, Mercs! Veja só! Nossa querida Marlene acordou. Disse a voz fria e arrastade de Rabastan. Ele estava sentado confrotavelmente na poltrona de Marlene, e Mercúcio estava enroscado em cordas negras e amordaçado, aos pés do melhor amigo, seus olhos tinham o mais absoluto desprezo ao olhar para Lestrange. - Eu tomei a liberdade de fazê-la usar algusn de meus presentes, Marlene. Você está simplesmente ma-ra-vi-lho-sa. Pena que você seja uma mentirosa, traiçoeira, desprezível e imunda traidora do sangue, assim como toda a sua família. Lamentamos ter de exterminar todos vocês, sangues-puros, mas ninguém faz os seguidores do Lorde das Trevas de bobos.


- Vocês se fazem de bobos sozinhos! - Pareceu gemer Mercúcio, Rabastan lhe deu um sonoro soco no ombro. Marlene sentiu os olhos soltarem lágrimas.


- Ninguém pediu sua opinião, Mercs. Mas, se você quer tanto falar, por que não conta a Marlene onde estão toda sua família agora? - Os olhos de Mercúcio começaram a pingar lágrimas, e ele olhou para a irmã semi-acordada de uma maneira muito expressiva. O coração de Marlene vacilou ao bater, e ela pode sentir o fluxo de lágrimas triplicar, e não houve nada que ela pudesse fazer.


O que teriam feito com sua doce e delicada mãe? Aquela linda senhora de cabelos castanhos ondulados, de sorriso fácil e rosto que parecia uma pintura? O que teriam feito com seu pai, sempre forte, decidido e apaixonado? E Giles, o bem-humorado Giles, que tinha casamento marcado? Será que também tinham matado sua noiva? E Edmundo, esperto, gentil e reservado, aquele que sempre fora o mais carinhoso com a irmãzinha?


- Não vai dizer, meu caro? Que pena. Então acho que teremos que mostrar a Marlene o que aconteceu. - Ele apontou a varinha para Mercúcio. - Imperio! - Os olhos de Mercúcio perderam o foco, e com uma sacudida rápida de varinha, Rabastan libertou-o das cordas e da mordaça. - Agora, pegue sua irmã no colo vamos passear com ela pela casa.


Mercúcio obedeceu prontamente, Marlene usava todas as forças para se libertar daquele feitiço estranho e perigoso que Rabastan lançara nela, mas o máximo que conseguiu foi fazer Rabastan rir.


- Se acalme, Marlene. Isso é uma magia que o próprio Lorde das Trevas criou. Você pode ver, ouvir e pensar, mas quem vê você pensa que você está completamente morta, que morreu com os olhos abertos. Pode tentar se libertar, mas só eu posso libertá-la, e eu não estou com a mínima vontade de fazer isso. Vamos passear.


E eles sairam, Rabastan, cantarolando uma polca paraguaia, ia na frente. Mercúcio ia carregando Marlene nos braços, logo atrás. Os sinais da destruição começavam na porta do quarto da moça. Havia uma poça de sangue no corredor, sangue que ainda escorria do corpo de Edmundo, caído no vão da porta da biblioteca. O estômago de Marlene se contraiu desagradavelmente, o pescoço do irmão estava transpassado pela espada de prata, a mesma espada que compunha o brasão dos McKinnon.


Descendo as escadas, Marlene enchergou o corpo de Giles e o de sua noiva, deitados em um sono eterno, os olhos vidrados e as peles muito mais pálidas que o normal. As lágrimas agora encharcavam o terno italiano de luxo de seu irmão, e ela agradeceu secretamente por estar naquele estado, se estive completamente desperta estaria se descabelando e uivando de dor.


Então eles viraram a direita e entraram na sala de estar, e ali estavam os corpos dos pais de Marlene. A senhora McKinnon trazia cortes profundos na testa, cortes que formavam os dizeres: traidores do sangue. O pai de Marlene estava ligeiramente carbonizado, como se algum dos comensais o tivessem colocado na lareira antes de matá-lo. Marlene sentiu tanta dor, tanto sofrimento que parou de sentir, ela pareceu entrar em um profundo torpor lacrimoso, em que só os braços imóveis de Mercs eram reais.


- Que achou da paisagem, Marlene? Vamos, colega, vamos levar Marlene para o quarto dela novamente. - Eles começaram a subir as escadas, entraram no quarto e Mercúcio depositou Marlene na cama obedientemente. - Muito bem, Mercúcio. Agora, chega de brincadeiras. - Rabastan desfez a maldição de Mercúcio, este arreglou os olhos e se preparou para atacar o comensal, mas ele esperava por isso e reagiu:


- Crucio! - Gritou Rabastan. Mercúcio de dobrou de dor, caiu no chão e começou a gritar. O grito era profundo e intenso, profunda e intensamente agoniado.


Pare! Queria dizer Marlene. Mate-me, mas não o machuque mais! Rabastan ergueu a varinha lentamente. Mercúcio começou a ofegar, mas parou de gritar.


- Marlene, olhe! Não quero que você perca a melhor parte! - Disse Rabastan. Marlene tentou desesperadamente não fazer isso, tentou olhar para outro lado, virar a cabeça, fechar os olhos, mas enhum desses comandos eram obedecidos. O medo crescia nos olhos negros de Mercúcio. - AVADA KEDAVRA! - Disse Rabastan lentamente, um lampejo fino, porém forte de luz verde iluminou os olhos dos três ali presentes por um intante, depois eram apenas dois presentes.


Rabastan se virou para Marlene e caminho lentamente em direção a cama da moça, ele se sentou na cama e começou a mexer no bolso das vestes.


- Sabe, Marlene... Eu lamento muito ter que fazer isso, você é a mulher mais linda que eu já conheci, mas... é uma idiota, como todas são. - Marlene fitava com os olhos marejados, o mais absoluto desprezo estampado neles. Rabastan tirou das vestes um pequeno frasco de vidro contendo um líquido viscoso e tranparente, juntamente com uma faquinha de prata. - Aqui dentro, meu amor, tem um veneno de um dragão chamado Dente de Víbora Peruano. A espécie mais venenosa que há... Essa pequena quantidade pode matar até três adultos. - Ele abriu o frasquinho e o esparramou cuidadosamente na lâmina da faquinha. - Então vai demorar menos de uma hora para acabar com você. - Ele usou então a faca envenenada para cortar Marlene nos dois pulsos. Ela imediatamente começou a sentir uma queimação desconfortável que imeditamente tomou conta de suas duas mãos e foi se espalhando pelo corpo. Ela tinha muita vontade de gritar, mas não conseguia. - Você vai morrer lenta e dolorosamente, terá tempo suficiente para relembrar de todos os seus entes queridos que você acabou de perder. Ah, quase esqueci. - Rabastan mexeu a varinha e os cortes nos pulsos de Marlene se curaram, mas o veneno permaneceu em suas veias, queimando e aniquilando. - Pronto, agora sem possibilidade de cura. Vou deixar um aviso para seus amiguinhos da Ordem da Fênix e então vou embora. Levarei ao Lorde as boas notícias. - Ele abriu a janela do quarto de Marlene e esticando a mão por ela bradou: ''MORSMORDE" e a Marca Negra passou a cintilar, silenciosa e ameaçadora, no céu sobre a mansão McKinnon. Rabastan voltou para perto de Marlene. - Adeus, srta. McKinnon. Mas não se preocupe, em breve você verá seu precioso Harry Potter com você no Mundo dos Mortos.


Rabastan então deu as costas a Marlene e saiu do quarto. Ela ficou ali, jazendo na cama, enquanto esperava qua a morte viesse buscá-la. Seu único desejo era ver seu Sirius mais uma vez.


 


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Comentários (1)

  • Lana Silva

    :( que massacre esmo. Triste, muito triste. Poxa se ela e Sirius também não tivessem brigado. Realmente muito horrivel. Que miserias esse povo não deve ter presenciado na guerra :(Bjoos! 

    2013-02-07
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