Primeira fase




- Ai, Lílian! Chega. - Esbravejou Marlene quando a amiga começara a chorar de se acabar ao entrar no trem de Hogwarts. Ela começara a chorar no café da manhã, mas depois de certo tempo se acalmou. Quando eles jogaram o chapéu de bruxo para o alto e todos eles se explodiram em luzes coloridas, como fogos de artifíco, Lílian se desfizera em lágrimas novamente, depois quando entraram nas carruagens e então no trem de Hogwarts.


- Lene, nós nunca vamos voltar para cá. Não como estudantes. - Disse Lílian entre soluços e fungadas.


- Você esperava ficar em Hogwarts para sempre? - Disse Marlene entregando a jovem um lenço fino com dois "emes" elegantemente traçados.


- N-n-n-não, só não es-es-s-s-esperva que fosse acab-b-bar tã-o-o ráp-p-ido. - Chorou a ruiva antes de esconder o rosto no lenço de Marlene, parou imediatamente de chorar e soluçar. - Tem algo no lenço? - Perguntou com a voz monótona.


- Sim, é uma dica de Mercúcio. Poção da paz em um lenço, sempre dá certo. - Respondeu Marlene enrolando o cabelo nos dedos. Lílian apoiou a cabeça no ombro de Tiago, que estava bem ao seu lado. Ele estava entretido numa conversa com os amigos.


- Hum, Mercúcio é aquele que não gosta de mim? - Perguntou Lílian no mesmo tom de voz.


- Sim. Mas ele é legal. Perdoe-o, ele teve companheiros ruins. - Justificou Marlene. Ela nunca iria dizer isso em voz alta, mas Mercúcio era seu irmão favorito.


- Gosto de Giles, ele é engraçado. Edmundo também, mas sempre faz cara feia quando alguém fala o meu nome. - Comentou Sirius, Marlene tentou não franzir o rosto, mas a carta que mandara mais cedo a Mercúcio ecoava em sua mente com mais força agora que falavam de seus irmãos:


"Mercs,


Oi! Quanto tempo, hein? Como vai? Como vai a nossa casa?


Eu estou bem, e muito feliz. EU ESTOU TERMINANDO HOGWARTS! Impressionante, certo?


Tem visto os seus amigos ultimamente? Como o Heitor Stratford, ou o Rabastan Lestrange. Nossa! Nunca mais ouvi falar do Rabastan! Tem novidades dele?


Estou voltando ainda hoje para casa, vai me pegar na King Cross?


Com amor,


Marlene McKinnon"


 


Sua coruja, que ela ganhara de presente de Sirius, era extremamente rápida para as entregas, provavelmente, Mercúcio teria recebido a mensagem antes mesmo dela embarcar no trem.


Estava coretíssima. Depois de uma hora de viagem no expresso Hogwarts, sua linda coruja das torres apareceu na janela dando bicadas.


- Ei, Monoceros! - Disse Malene sorrido. Ela se levantou e abriu a janela para que a coruja entrasse. A resposta do irmão era breve:


"Estarei lá, Marlene. Sem dúvida.


Mercúcio McKinnon"



 


- Mercúcio vai me buscar na King Cross. - Anunciou para os amigos.



- Ah! Então você não vai para a minha casa, me ver pagar mico na frente dos pais da Lílian? - Perguntou Tiago.


- Creio que não.


- Ah, bem, nós já tínhamos... - Lamentou Sirius.


- Você pode ir, se quiser, Sirius. - Disse Marlene, era aquele tipo de coisa que só se diz, mas não se espera que aconteça.


- Você não ia se importar? - Perguntou Sirius fitando a namorada.


- Não. - Mentiu. - Claro que não.


- Então, ótimo! Vê se dá uma passada na casa do Tiago, também, Marly. - Falou Sirius. Marlene, Lílian e Aluado se boquiabriram.


- Mas, Almofadinhas,... - Começou Remo, mas Marlene fez que não com a cabeça e ele se calou.


Insensível! Pensou Marlene, e depois olhou para Sirius, desejando que ele não ouvisse.


Marlene passou o resto da viagem em silêncio.


 


 


- Lene! - Gritou Mercúcio correndo para abraçar a irmã. Ele a levantou do solo com a empolgação do abraço. - Fiquei tão feliz com a sua carta! Eu estava perto de Hogwarts, na casa de Rabastan. Foi curioso você perguntar dele... - Dizia ele a irmã sacudindo a a varinha para a bagagem da moça flutuar. Eles caminhavam para longe dos amigos de Marlene, sem mesmo que esta percebesse. - Então eu o trouxe comigo!


O coração de Marlene perdeu o compasso.


- Quê!? - Perguntou. Ela não tinha nada preparado, não podia começar a missão ainda.


- Eu já disse, eu estava com ele quando sua carta chegou. Ele achou o apelido Mercs engraçado. - Mercúcio piscou, ele tinha olhos como os de Marlene, negros com um toque absurdo de prateado, sua pele também era pálida, ele também era alto e magro, mas tinha feições graves e cabelos castanhos. - Algum problema?


- Não, nenhum. - Mentiu Marlene, localizando Rabastan na multidão.


Rabastan não era bonito, mas sem dúvida era elegante. Trajava vestes finas na cor vinho, era esquálido e fitava pessoas com certa ansiedade, como se tivesse medo que algum aluno ou pai cuspisse nele. Os cabelos escuros estavam maiores do que Marlene se lembrava. Mas, assim que Rabastan avistou a jovem, sua expressão mudou. Todo nervosismo sumiu de seu rosto, do nada, ele parecia uma criança apreciando uma bela saca de doces.


- Ora, viva! Vejam só se essa não é Marlene McKinnon! - Saudou ele rindo, se aproximou calmamente dela e tomou sua mão e levou as lábios. - Está absolutamente linda, Marlene!


- Ora, obrigada, Rabastan. - Agradeceu Marlene, fingindo estar acanhada.


- Fiquei sabendo que se formou em Hogwarts esse ano, meus parabéns! Isso certamente merece uma comemoração!



- Oh, sim. Mandei os elfos prepararem diablotin aux fraises, ainda é sua sobremesa favorita, Lene? - Disse Mercúcio. Marlene assentiu, mas era mentira. Havia dois anos que sua sobremesa favorita era o bolo de baunilha que Sirius fazia na casa dos Potter durante as férias.




- É uma ótima escolha. - Comentou Rabastan e Marlene sorriu. Ela tinha se esquecido como Rabastan era gentil.


- Vá conosco para nossa casa, Rabastan! Fique para a comemoração. - Convidou Mercúcio, Marlene se apressou em assentir.


- Você é sempre um convidado bem vindo na casa dos McKinnon, Rabastan. - Sorriu Marlene. Ela teve o prazer de ver os olhos de Rabastan perderem o foco por um segundo.


- C-claro. - Gaguejou, mas então pigarreou e prosseguiu: - Sim, claro. Se sou convidado...


- Ótimo! - Exultou Mercúcio. - Vamos todos aparatar para a nossa casa, agora que Marlene já pode. Eu levo sua bagagem. - E desaparatou, Marlene e Rabastan se encaram.


- Bem, vamos? - Perguntou Rabastan, Marlene sorriu e acenou com a cabeça. - Quando eu contar três, então. Um, dois, três.


E sacudiram as varinhas para desaparatar. Marlene teve a horrível sensação de que Sirius a viu desaparecer ao lado do cunhado de umas pessoas que ele mais desprezava no mundo.




 



Mercúcio vai me buscar na King Cross. - Anunciou para os amigos.

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Nossa... Bem, altamente dificil esse capitulo... O.OPoxa... O tio Dumby tinha que pedir isso logo para  a Lene ?Triste :(Bjoos! 

    2013-02-07
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