Indo para Hogwarts



Hermione fechou o livro que estava lendo e olhou para o relógio na mesa de cabeceira, já tinha anoitecido e não tinha reparado. É dia 31 de Agosto e, no dia seguinte, iria levar os filhos para a estação King Croos para pegarem o trem que os levaria para Hogwarts. Ainda não sabia como seria agora que ficaria totalmente sozinha em casa, mas deixou para pensar isso amanhã.


Resolveu ir ver como os filhos estavam. Chegou na frente do quarto de Rose e a porta estava aberta. A menina estava sentada na cama e falava ao telefone.


- Isso é verdade! - riu levemente enquanto balançava a cabeça afirmativamente – Vai ser muito legal.


Acenou para ela que sorriu em resposta.


- Agora eu tenho que desligar Al – avisou – Minha mãe está aqui para falar comigo – parou um pouco para ouvir o que o namorado dizia – Eu também estou com saudades. Agente se vê amanhã.


Rose colocou o telefone no gancho e viu a mãe se sentar na beirada da sua cama.


- Ainda não sei como é você e o Alvo podem sentir saudades um do outro – comentou – Estão sempre juntos e quanto não estão, ficam se falando pelo telefone.


- Eu não vejo o Alvo desde... - ficou encarando a colcha enquanto as lembranças do que aconteceu na semana anterior passavam pela sua cabeça – Aquele dia.


- Você poderia ter chamado o Alvo para vir aqui em casa – Hermione decidiu mudar de assunto – Sabe que eu não me importo com isso.


- É que ele, a Lílian e o James estavam na casa do tio Harry – explicou – Como eles sempre fazem todos os verões antes de voltarem para o colégio.


- É verdade! - lembrou – O Harry me falou sobre isso quando o encontrei no ministério há dois dias.


- Pensei que o tio Harry estivesse de férias do ministério – a menina estranhou.


- E ele está! - confirmou – Só que o Harry passou lá para pegar algumas informações para fazer o relatório da missão de Paris.


- Ah! - foi tudo que conseguiu dizer – Certo!


- Bom! - se levantou – Eu vim até aqui saber se já está tudo pronto para viajar amanhã?


- Claro que está! - tinha um grande sorriso no rosto – Todas as minhas coisas estão guardadas dentro do malão e o meu uniforme também já está separado – apontou para as roupas que estavam dobradas em cima da cadeira.


- Não sei por que eu ainda pergunto! - revirou os olhos – Estava pensando em pedir uma pizza para o jantar. O que você acha?


- É uma ótima idéia! - respondeu acenando a cabeça – Estava mesmo começando a ficar com fome.


- Então está bem! - foi caminhando até a porta – Vou ver como está o seu irmão e vou pedir a pizza.


O quarto de Hugo ficava, exatamente, do outro lado do corredor. A porta estava fechada, por isso Hermione bateu três vezes.


- Pode entrar! - o menino gritou.


Assim que a mulher entrou, viu o seu filho terminando de fechar a mala e fazia um grande esforço para isso.


- Você precisa de ajuda com a mala? - resolveu perguntar enquanto observava a cena.


- Não precisa! - respondeu enquanto ia para o outro lado para tentar fechar a mala por um outro ângulo – Já estou quase terminando aqui.


- Acho que ajuda se você tirar o excesso de coisas que estão ai dentro – observou enquanto cruzava os braços.


- Mas eu preciso de tudo isso lá em Hogwarts! - avisou – Afinal, eu vou passar seis meses longe de casa e não posso esquecer uma coisa.


- Sabe que eu posso mandar o que você esquecer pelo correio coruja, como eu sempre digo para Rose – disse enquanto abria a mala para ver o que tinha dentro – Tenho certeza de que você não vai precisar do tabuleiro de xadrez bruxo.


- É claro que vou precisar – disse – Vou querer desafiar todo mundo durante o tempo de descanso. Aposto que ninguém lá vai conseguir me vencer.


- Em todos os salões comunais de Hogwarts tem tabuleiro de xadrez – falou – Pode deixar o seu aqui em casa. E não se preocupe, vou cuidar muito bem dele.


- Tudo bem! - revirou os olhos.


Então, o garoto conseguiu, finalmente, fechar a mala.


- Vou pedir uma pizza para o jantar – avisou – Quer algum sabor em especial?


- Não! - deu de ombros – Pode pedir o sabor que quiser. Nem sei se estou com fome, estou muito ansioso com a viagem para comer.


- Então está bem! - concordou com a cabeça – Mas você vai ter que comer, pelo menos, um pedaço.


- Espera mãe! - a chamou quando já estava abrindo a porta do quarto – Você acha que eu vou ficar na Grifinória?


- Não posso dizer isso com 100% de certeza – resolveu dizer – Mas, até agora, nenhum Weasley ficou em qualquer outra casa não fosse a Grifinória, não acredito que isso vá acontecer logo com você.


- Eu também espero que isso não aconteça! - completou.


A morena sorriu para o filho antes de sair do local e ir descer as escadas em direção ao primeiro andar da casa.


No dia seguinte, a manhã começou bem agitada na casa de Hermione. Rose foi a primeira a acordar e decidiu preparar o café da manhã. Quando estava tudo pronto, ficou esperando até a mãe chegar na cozinha.


- Não acredito que você preparou isso tudo Rose! - comentou, surpresa, olhando para a mesa – Sabe que eu poderia preparar a nossa.


- Não queria te dar trabalho! - explicou – Afinal, esse é o último dia que você vai passar comigo e o Hugo em vários meses.


- Tem razão! - concordou com a cabeça antes de se sentar – Depois eu vou chamar o seu irmão.


- O Hugo é muito dorminhoco! - revirou os olhos – Não sei como ele vai fazer para acordar cedo quando estiver em Hogwarts.


- Ele vai acabar se acostumando, acredite em mim! - a mulher garantiu – Já ia me esquecendo. Será que você pode me ajudar a colocar as malas dentro do carro?


- Claro que sim! - respondeu.


Já eram dez horas quando eles saíram de casa rumo a King Croos. Andaram, rapidamente por toda a estação até chegarem passagem secreta entre as plataformas 9 e 10. Várias pessoas já estavam no local se despediram dos seus filhos.


- Aonde será que eles estão? - a menina caminhava olhando para todos os lados – Será que ainda não chegaram?


- Não se preocupe – ela disse colocando a mão no ombro da filha – Já vamos encontrá-los.


Foi então que viu, em um canto, Gina junto com seus dois filhos mais mais novos. Rose saiu correndo em direção a eles.


- Alvo! - abraçou o namorado com bastante força – Estava com muita saudade de você.


- Eu também Rose! - deu um rápido beijo nos lábios dela.


- Oi Gina! - Hermione disse assim que chegou aonde eles estavam.


- Oi Mione! - deu um rápido sorriso para a cunhada – Como estão as coisas em casa?


- Muito bem! - deu de ombros – Melhores do que eu poderia imaginar que estariam nesse momento.


- Oi tia Mione! Oi Rose! Oi Hugo! - Lilian disse, acenando para os recém-chegados.


- Oi Lilian! - os três responderam ao mesmo tempo.


- Aonde estão o Victor e o James? - a morena quis saber logo em seguida.


- Foram levar as malas para dentro do trem – a outra explicou – Daqui a pouco estão de volta.


E ela estava certa. Menos de um minuto depois os dois voltaram.


- Não acredito que vou precisar ir para o vagão dos monitores no inicio da viagem! - James reclamou – Como se fossem falar alguma coisa diferente do que disseram no ano passado.


- Mas acho que você ainda não aprendeu o que um monitor precisa fazer – foi Rose quem comentou, todos os outro começaram a rir.


- É claro que eu sei, são coisas que até um bebê pode aprender – respondeu – Eu só preciso ficar vigiando os corredores durante a noite e punindo os alunos que fazem coisas erradas.


- Certo! - ela revirou os olhos – Sinceramente, ainda não sei como a diretora McGonagal pode te escolher como monitor da Grifinória. Ela, certamente, deveria estar sob um feitiço muito poderoso.


- Hermione, você quer eu leve as malas dos seus filhos para o trem? - Victor Krum sugeriu, mudando o assunto da conversa – Assim evita que você carregue peso.


- Eu quero sim! - agradeceu – Muito obrigada Victor.


- Está vendo só que marido atencioso que eu fui arranjar – Gina deu um selinho no homem antes dele sair, novamente, com o carrinho de malas.


- Acho melhor vocês irem procurar uma cabine! - a outra mulher disse enquanto olhava para o relógio – O trem parte em 15 minutos.


- Certo! - Rose disse enquanto a abraçava – Tchau mamãe! Eu te mando uma carta amanhã contando como foi o primeiro dia de aula.


- Vou escrever para vocês dois todas as semanas – deu um beijo no topo da cabeça do filho – Tchau Hugo. Boa sorte no seu primeiro ano em Hogwarts.


- Obrigado mãe! - disse.


- Adeus crianças, comportem-se bem em Hogwarts – Gina também estava se despedindo dos filhos nesse momento.


Ela se virou, primeiro para o garoto mais velho.


- James, lembre-se que você é monitor! - falou, bem séria – Não quero receber nenhuma carta da escola reclamando do seu mal-comportamento.


Viu que ele estava revirando os olhos antes de se virar para Alvo.


- Alvo, meu querido! - parou um pouco para pensar no que iria dizer – Continue da mesma maneira que você é.


- Quer dizer que você fica reclamando das “brincadeirinhas” que fiz no ano passado – James reclamou – Mas você deixa o Alvo ficar se agarrando com o Rose pelos corredores da escola?.


- James! - o casal reclamou. Os dois estavam com o rosto bastante vermelho.


- Mas é verdade! - deu de ombros, parecendo surpreso – Podem me dizer se eu estiver falando alguma mentira.


A ruiva revirou os olhos antes de se virar, por fim, para a sua única filha.


- E você, minha princesinha! - ficou passando a mão pelo cabelo da filha – Bom, agora que você está indo para o seu segundo ano de Hogwarts e já sabe o que esperar. Então, concentre-se, bastante, nos estudos.


- Pode deixar mãe! - garantiu.


- Oi gente! - Harry apareceu ao lado dos outros, parecia bastante cansado, como se tivesse corrido muito – Eu teria chegado antes, mas esqueci de colocar o relógio para despertar e acordei um pouco tarde.


- Pai! - o de olhos verdes foi abraçado por seus três filhos.


- Que bom que você pode vir! - Lilian disse com um grande sorriso no rosto.


- Acharam que eu fosse a ida de vocês para Hogwarts? - se fingiu de ofendido – Iria me sentir culpado pelo resto do ano se não viesse me despedir dos meus três filhos favoritos.


- Somos seus únicos três filhos – a menina lembrou enquanto ria.


- E também vim até aqui por um outro motivo! - avisou – Queria desejar boa sorte ao Hugo pelo seu primeiro ano em Hogwarts. Tenho certeza de que o Rony, aonde quer que ele esteja, está muito orgulhoso de você.


- Obrigado tio Harry! - o garoto disse – Eu sei que o meu sente muito orgulho de mim. E vou dar muitos motivos para que sinta isso.


- Vamos logo para o trem! - Rose avisou – Ou vocês estão querendo pegar um vagão no final do trem.


- Claro! - todos os outros disseram ao mesmo tempo.


Cerca de dois minutos depois que eles foram embora. Victor Krum voltou.


- Olá Harry! - cumprimentou o de olhos verdes – Como você está?


- Muito bem! - respondeu – Obrigado por perguntar.


Ficaram esperando até o expresso de Hogwarts partir da estação e o acompanharam com o olho até que desapareceu na primeira curva.


- Acho que eu já vou indo! - Harry avisou – Preciso fazer uma faxina em casa. Está tudo uma bagunça.


Despediu-se dos outros antes de ir em direção a parte trouxa de estação.


- O que acha de ir lá para casa Hermione? - Gina sugeriu – Eu posso fazer o almoço e nós podemos ficar conversando até bem tarde.


- Seria divertido! - respondeu – Mas eu vou para casa.


- Tem certeza? - olhou desconfiada para a amiga – Você vai mesmo ficar bem sozinha na casa enorme.


- É claro que vou ficar bem! - deu um pequeno sorriso – Além disso, eu quero terminar de ler um livro muito interessante. E isso vai ser nem mais fácil sem ter a Rose e o Hugo entrando toda hora no meu quarto para perguntar alguma coisa.


- Isso é verdade! - concordou – Mas sabe que pode me ligar se precisa de alguma coisa. Qualquer coisa mesmo.


- Eu sei disso! - concordou com a cabeça – Pode ficar tranqüila.


Os três caminharam em direção ao estacionamento. Foram em direção aos seus carros.


James saiu de dentro do vagão e começou a andar pelos corredores do trem. Para a sua sorte a reunião só durou meia hora, então não perdeu quase nada da viagem. O carrinho de comida ainda nem deve ter passado.


Estava andando distraído quando encontrou seu primo, Fred Weasley.


- Oi James! - ele disse – Eu te procurei em todo o trem. Aonde você estava? Já estava começando a acreditar que você não tinha decidido não vir mais para Hogwarts.


- Até parece que os meus pais iriam deixar isso! - revirou os olhos – E, respondendo a sua pergunta, eu estava no vagão dos monitores, para a reunião que sempre tem no inicio do ano letivo.


- Ainda não consigo me acostumar com você sendo monitor! - o garoto começou rir – Isso, simplesmente não combina com você.


- Confesso que nunca imaginei que poderia ser monitor um dia – deu de ombros – Mas até que é divertido mandar nos garotos.


- O que acha de planejarmos a primeira brincadeira do semestre? - sugeriu – Esse é o nosso penúltimo ano em Hogwarts. Precisamos deixar as nossas marcas naquele castelo.


- Então ainda temos dois anos – lembrou – Isso nos dar muitas brincadeiras para fazer.


- E temos que nos aperfeiçoar cada vez mais – completou – Meu me contou sobre algumas brincadeiras que ele o tio Fred faziam quando estavam estudando. Podemos pegar algumas idéias.


- Vai ser bem divertido! - concordou – Mas eu estava pensando em ir procurar o meu irmão e a Rose. Eles devem estar namorando dentro de alguma vagão.


- Os dois não vão gostar nem um pouco que você vá interrompê-los – observou – E sabe como a nossa priminha pode ser muito vingativa quando quer. E ela conhece várias poções que podem até te matar.


- Esse é o divertido da brincadeira! - tinha um sorriso maroto nos lábios – Não existe coisa mais engraçada do que ver a Rose irritada.


- Se você diz! - deu de ombros – Boa sorte!


- Tem certeza de que não quer ir comigo? - perguntou – Estava agora mesmo querendo fazer uma brincadeira. Essa é a oportunidade perfeita.


- Mas eu tenho amor a minha vida! - avisou – Se você sobreviver. Eu vou estar na última cabine do primeiro vagão.


- Certo! - concordou com a cabeça.


Encontrou, finalmente, Alvo e Rose quase no final do trem. Viu pela janelinha da porta que os dois estavam sozinhos e se beijando.


- Oi crianças! - gritou enquanto entrava no local, fazendo com que o casal se separassem imediatamente – Vejo que estão aproveitando a viagem.


- James! - gritaram ao mesmo tempo.


- Desculpem ter atrapalhado vocês! - sentou entre os dois e colocando os braços sob o ombro de cada um deles – Mas é que estava me sentindo muito sozinho aqui.


- Por que você não vai procurar os seus amigos? - a menina sugeriu – Tenho certeza de que eles estão em algum lugar desse trem e se perguntando aonde você deve estar nesse momento.


- Eu estava mesmo pensando em fazer isso! - disse – Mas a companhia de vocês é tão divertida que eu pensei em ficar o resto da viagem aqui junto do meu irmão e da minha priminha favorita.


- O que será que eu fiz para merecer tudo isso! - ela colocou a mão na testa e balançou a cabeça negativamente.


- Como você pretende passar esse semestre letivo Rose? - perguntou como se não tivesse ouvido o último comentário da prima – Vocês dois vão fazer os N.O.M's no próximo ano e é melhor começarem a estudar logo. Eu já vou avisando, as provas não são fáceis.


- Alvo, será que você vai se importar se eu azarar o seu irmão? - perguntou para o outro garoto que estava no local – Eu prometo que vou tentar não causar nenhum dano permanente nele.


- Você quer dizer, não mais do que o normal! - os dois começaram a rir – Mas, é claro que eu não me importo com isso. E é capaz de você receber um premio na escola.


- Eu estou totalmente ofendido com o comentário de vocês – se levantou, fingindo-se de ofendido – Vocês dois não merecem o prazer da minha companhia.


Saiu da cabine fechando a porta e deixando o jovem casal sozinho novamente.


- Finalmente estamos sozinhos! - Alvo foi se aproximando da menina, lentamente – Podemos voltar a aproveitar a viagem.


- Espere! - ela o afastou colocando as mãos sobre o seu ombros – Acho melhor a gente não se beijar aqui.


- Mas por que não? - ficou a olhando, surpreso.


- O James ter entrado aqui foi um sinal – explicou – E se o meu irmão entrar? Sabe que ele vai passar o resto do semestre falando sobre.


- Mas nós dois nunca temos tempo de ficarmos sozinhos de Hogwarts – lembrou, suspirando pesadamente – Principalmente em época de prova.


- Sei que o salão comunal está sempre cheio de gente – concordou com a cabeça – Mas nós sempre temos a sala precisa.


Eles sempre ouviram histórias dos seus pais a respeito da sala precisa e de como ela ajudou os alunos de Hogwarts durante a guerra contra Voldemort, mas não sabiam exatamente aonde ficava. Até que, no final do semestre letivo anterior, Alvo e Rose a encontraram um pouco depois do último natal enquanto caminhavam pelo corredor do sétimo andar. Desde então, vão até lá quando querem ficar sozinhos.


- Tudo bem então! - ele disse, por fim – Ainda falta muito tempo para chegarmos em Hogwarts. O que vamos fazer até lá?


- Tenho uma idéia! - tinha um enorme sorriso nos lábios – Podemos ler um livro. Estou com Hogwarts: um história dentro da minha bolsa.


- Não, por favor! - revirou os olhos – Não sei como é que você consegue ler esse livro toda a hora.


- É muito divertido! - falou – E você deveria ler mais, principalmente durante as férias.


- Acho que vou procurar o carrinho de doces – avisou enquanto se levantava – Quer que eu compre alguma coisa para você?


- Eu quero um sapo de chocolate! - respondeu.


- Certo! - deu um selinho na namorada – Eu não demoro.


Há algumas cabines de distancia, estava Lilian, juntamente com mais duas amigas. Elas conversam e riam bastante.


- Vai ser mesmo muito divertido! - a ruiva comentou – Agora já conhecemos todos os lugares do castelo vai ser bem mais fácil acharmos os ligares.


- Isso é verdade! - a menina que estava a direita de Lilian comentou.


Foi nesse momento que a mulher com o carrinho de doces parou na frente da porta da cabine.


- Vocês vão querer algum doce? - perguntou.


- Oba! - as três correram em direção a ela.


Começaram escolher vários doces diferentes. Foi então que a menina viu Hugo passar depressa pelo corredor e entrar em uma das cabines.


- Eu vou levar esses daqui – disse, sem olhar direito para o que estava pegando – Quanto é que fica?


- Cinco galeões! - respondeu.


Pagou e saiu da cabine sem dizer mais nada.


- Aonde você vai Lily? - umas de suas amigas perguntou.


- Eu já volto! - avisou – Preciso ver uma coisa.


Entrou no local aonde tinha visto o primo. Ele estava sentado perto da janela e olhava a paisagem distraidamente.


- Oi Hugo! -disse, fazendo com que o garoto olhasse para ela – O que você está fazendo aqui sozinho?


- Não é nada! - deu de ombros – Só estava querendo ficar um pouco sozinho, para pensar em algumas coisas.


- Espero que não se importe que eu fique aqui te fazendo companhia – sentou-se no banco em frente a ele – Quer um feijãozinho mágico de todos os sabores?


- Não obrigado! - respondeu, voltando a olhar a paisagem.


A menina, apenas pegou feijão que estava por cima na caixa. Assim que o colocou na boca, fez uma careta.


- Couve! - explicou – Esses não são sabores para se colocar em um doce. Simplesmente não entendo quem foi que teve essa idéia.


Hugo deu um sorriso fraco. Foi então que a menina percebeu que os olhos dele estava um pouco vermelhos, como se tivesse acabado de chorar.


- Por que é você estava chorando? - quis saber.


- Eu não estava chorando – falou rapidamente – Você está imaginando coisas.


- Não adianta você tentar mentir para mim, Hugo Weasley! - estava com uma cara muito brava – Sei, muito bem, que você estava chorando.


- Tudo bem! - suspirou pesadamente se virando para a prima – Não queria que ninguém me visse desse jeito.


- Mas que bobagem! - ela revirou os olhos – Como se mais ninguém nesse mundo chorasse. E todos sabe que você tem muitos motivos para isso.


- Já tem uma semana que eu estou tentando me fazer de forte na frente da minha mãe e da Rose – algumas lágrimas começaram a escorrer pelo seu olhos – Agora eu sou o homem da casa e tenho que tomar conta delas.


- Sei que você está tentando ser forte – disse – Mas chorar também faz bem. Você tem que demonstrar o seus sentimentos de alguma forma.


- Eu tenho chorado escondido no meu quarto, mas sempre tinha o perigo de alguém entrar – explicou – Aqui no expresso Hogwarts é muito mais fácil de ficar sozinho.


- Você deve estar sentindo muita falta do seu pai! - comentou suspirando pesadamente.


- Você nem tem idéia do quanto – respondeu encarando os próprios sapatos.


- Sabe. Quando os meus pais se separaram! - Lilian voltou a falar – Também foi muito difícil para mim ficar longe do meu pai.


- Mas é diferente – ele completou – Você vê o seu pai sempre, ele só não está morando na mesma casa que você. Já eu, nunca mais vou ver o meu pai.


- Mesmo assim, era difícil não vê-lo todas as noites antes de dormir, mesmo sabendo que era só pegar o telefone e ligar para ele – explicou – Sei que não é a mesma coisa, mas foi o mais perto que eu cheguei da sua situação.


Os dois ficaram em silêncio, apenas se encarando. Então, a menina se levantou.


- Vou procurar as minhas amigas – avisou – Imagino que você queira ficar sozinho.


- Obrigado Lilian! - ele completou – Você me ajudou bastante. Foi muito bom conversar com você.


- De nada! - deu um pequeno sorriso – Quando você precisar, é só me chamar.


O resto da viagem seguiu sem maiores problemas. Já estava escurecendo quando o trem parou na estação de Hogsmead e todos puderam sair.


Hagrid estava chamando os alunos do primeiro ano para fazerem a tradicional travessia pelo lago. Enquanto um outro professor levava os outros para onde estavam as carruagens.


Parece que todas a carruagens estão cheias ou só tem um lugar vago – Alvo disse enquanto andava de mãos dadas com a namorada.


- Nós temos que arranjar um lugar – ela comentou – Ou então vamos ter que viajar separados.


- Aqui tem lugar para duas pessoas! - ouviram o professor Neville dizer.


Os dois correram em direção a carruagem. Assim que entraram no local, viram as duas pessoas que já estavam lá: Scorpio Malfoy e Andrew Spelman.


- Olá Potter! - o garoto loiro falou – Weasley!


- Malfoy! - o de olhos verdes respondeu.


Apesar de Harry nunca ter feito propaganda contra Draco Malfoy para o seus filhos, Alvo sabia da rivalidade dos dois na época da escola. Por essa razão, nunca conseguiu se dar bem com Scorpio desde o primeiro ano dos dois em Hogwarts.


- Eu soube o que aconteceu com o seu pai!- o terceiro garoto disse se virando para Rose – Eu sinto muito.


- Foi mesmo uma fatalidade! - ela suspirou pesadamente – Mas estamos começando a nos recuperar. Afinal, a vida continua.


- Meu pai leu sobre isso no jornal quando estávamos de férias no Havaí – Scorpio explicou – Ele queria ir no enterro, mas não daria tempo de chegarmos a Londres.


Ainda bem! - Alvo disse, apenas para a namorada ouvir – Não iria querer aturar o Malfoy.


Ela deu um tapa de leve no seu ombro. Não entendia o por que dessa rivalidade boba entre os dois e queria fazer de tudo para acabar com ela.


O grande banquete de inicio do ano letivo aconteceu da mesma maneira de sempre. Primeiro, aconteceu a seleção das casas para os alunos do primeiro ano (Hugo ficou na Grifinória, como já era esperado por todos). Depois a direto McGonagal fez o seu tradicional discurso de boas vindas antes de todos saborearem o delicioso jantar.


Todos estavam extremamente cansados quando foram para os seus dormitórios e não demoraram muito para dormirem.


***


 


Desculpem a demora,


mas agora eu to de volta


 


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