Finalmente juntos, e, para sem

Finalmente juntos, e, para sem



O taxi parou em frente ao aeroporto de Londres. Caroline ajudou o motorista a retirar as malas do carro enquanto os dois morenos entraram no local levando a filha.


- É melhor irmos logo – a mulher se aproximou dos outros dois e começaram a caminhar.


Mandaram as malas para dentro do avião e depois resolveram lanchar. Quando o vôo foi anunciado pela primeira vez, se dirigiram para a sala de embarque.


- Nós já temos que ir mesmo? – Hermione fez uma cara muito triste – Vamos esperar mais um pouco.


- É melhor irmos logo! – a outra explicou – Assim achamos os nossos lugares com mais calma.


- Está bem! – concordou um pouco relutante – Mas eu posso me despedir do Harry?


- Está bem! – concordou enquanto pegava a neta no colo – Mas não demore muito, se não vamos perder o avião.


Esperou que a mulher entrasse no local e ficasse longe o suficiente para não ouvir a conversa.


- Acho que é aqui que a gente se despede – a garota encarava os próprios pés naquele momento – Até setembro.


- Até! – também parecia um pouco receoso – Acho melhor você ir então.


- Mas você não vai se despedir direito de mim? – tinha um singelo sorriso maroto surgindo nos lábios – Pensei que nós estávamos tentando algo mais sério de novo.


- E eu pensei que você estivesse querendo ir mais devagar – explicou também – Por isso eu não quis apressar as coisas.


- Nós estamos indo com calma – respondeu – Mas também não precisa exagerar.


Finalmente se beijaram profundamente, ficaram assim durante alguns minutos. Até que ouviram o anuncio final para o vôo para Barcelona, fazendo com que se separassem.


- Agora eu tenho que ir! – estava sorrindo enquanto caminhava para a área de embarque – Vou te escrever todos os dias.


- E eu vou esperar – completou antes de vê-la desaparecer.


Assim que chegou em casa, caminhou até o sofá onde se jogou. Decidiu ligar a televisão, mas não estava passando nada de interessante na televisão. Foi então que ouviu o telefone tocar e decidiu atender.


- Alô! – disse um pouco desanimado.


- Oi cara, sou eu, o Rony – ouviu a voz do melhor amigo do outro lado da linha – Como você está?


- Bem! – balançou a cabeça afirmativamente (mesmo que o outro não pudesse ver) – Acabei de chegar do aeroporto.


- Oh, eu sinto muito cara! – lamentou – Mas eu tenho certeza de que vai passar bem rápido.


- Tem razão! – parecia estar se sentindo melhor – O que acha de vir até aqui para podermos conversar.


- Está bem! – concordou – Pode preparar o tabuleiro de xadrez bruxo, hoje eu estou com vontade de ganhar de alguém.


- Perfeito! – revirou os olhos cansado – Estou esperando.


Não demorou muito para o ruivo chegar. Os dois amigos ficaram o dia inteiro jogando xadrez bruxo, é claro que Rony ganhou todos. Depois de algum tempo resolveram lanchar.


Como você a Mione estão indo desde o baile quis saber algum tempo depois.


- Bem! – deu de ombros – Quero dizer, ela ainda está um pouco receosa comigo por causa de tudo que aconteceu, mas com o tempo isso vai mudar, eu tenho certeza.


- Que bom cara – ficou feliz em ouvir isso – Por isso eu acho que você deveria ter ido junto com ela para Barcelona.


- Eu não poderia ter feito isso – tentou explicar – Sei que a Mione e a mãe precisam de um tempo só para elas, assim podem conversar melhor. Eu só atrapalharia tudo isso.


- Se você acha que consegue agüentar dois meses longe dela – balançou a cabeça negativamente – Principalmente agora que vocês estão juntos novamente.


- Não tenho certeza se agüento – parecia muito triste nesse momento – Mas eu sei que depois disso nos teremos a vida inteira pela frente.


- Pode até ser – concordou – Mas, se eu fosse você, eu pegaria, agora mesmo, o primeiro avião para Barcelona.


- Você pode falar o que quiser – parecia um pouco cansado – Mas eu não vou fazer isso.


- Está bem! – levantou-se da cadeira em que estava – Prometi que ia tirar os gnomos que está no jardim lá de casa, é melhor eu ir antes que a mamãe mande um berrador para cá.


- Certo! – começou rir.


Assim que o amigo foi embora, o moreno deitou no sofá da sala e ficou olhando para o teto enquanto pensava. Hermione havia ido embora há menos de doze horas e ele já estava morrendo de saudades, será que aquela foi realmente a melhor coisa a se fazer?


Começou a andar por todos os cantos da casa, apesar da morena e da filha não estarem morando definitivamente lá (durante a semana em que estão, definitivamente, fora de Hogwarts, elas estava na casa do Grangers), passavam grande parte do dia lá (além disso, montou um quarto somente para Melanie). Seria muito estranho lembrar que nas próximas semanas não vão aparecer lá.


- Vocês não sabem a falta que eu sinto de vocês – segurava uma foto em que estava o jovem casal e a filha, que havia nascido a poucas horas – Sei que estão há poucas horas daqui, mas mesmo assim está sendo difícil.


Duas semanas haviam se passado, Hermione caminhava por uma rua de Barcelona empurrando um carrinho de bebê e com a irmã mais nova ao seu lado. A garota parecia muito empolgada, não parou de falar durante todo o passeio (na realidade, durante todo esse tempo, sempre arranjava alguma maneira de perguntar ou comentar algo).


- Esse Lupin é o seu pai? – viu a mais velha balançar a cabeça afirmativamente – Você acha que ele e a mamãe vão se casar?


- Talvez! – deu de ombros. Não sabia de nada a respeito do relacionamento dos pais, viu os dois se beijando no dia do baile, mas não comentou nada a respeito disso – Mas seria legal.


- Também acho! – concordou – Assim ele poderia ser o meu papai também. Você deixaria?


- É claro sim! – balançou a cabeça afirmativamente – Nós somos irmãs, o certo seria termos o mesmo pai e a mesma mãe.


- Concordou com isso! – comentou – Quando eu tiver 11 anos, quero ir para Hogwarts como você.


- É claro que vai, mas se você quiser, pode ir para Beauxbatons – explicou – Mas ainda faltam quatro anos para isso.


- Parece que falta muito mais – suspirou pesadamente – Quero que chegue logo.


- Você não precisa apressar as coisas – colocou a mão no ombro da garota – Tudo tem o seu tempo certo.


Resolveram voltar para casa, pois já estava ficando muito tarde e Melanie não podia ficar muito tempo exposta ao sol.


- Sabe o que faltava para esse verão ser o melhor de todos? – perguntou quando já estavam em frente ao prédio – Que o Harry estivesse aqui?


- Você realmente gosta muito dele! – viu a irmã balançar a cabeça afirmativamente, bastante empolgada – Ele também gosta muito de você.


- Passei a minha vida inteira ouvindo a história de como ele derrotou você-sabe-quem, era uma das favoritas da mamãe – explicou – Fiquei tão feliz em vê-lo aqui em casa, principalmente quando soube que ele seria meu cunhado.


- Eu imagino isso! – bagunçou, levemente, o cabelo dela.


- Você está com saudades dele? – quis saber – Também queria que ele estivesse aqui?


- Claro! – tentou se segurar ao máximo para não chorar – Você não tem idéia do quanto.


Entraram no prédio e subiram no elevador. Assim que entraram em casa, Caroline as estava esperando.


- Pensei que vocês fossem passar o dia inteiro na rua – comentou – Vocês duas são mesmo irmãs, são iguaiszinhas.


- Íamos fazer umas compras – Hermione explicou – Mas não nos decidimos e resolvemos voltar outro dia.


- Está bem! – revirou os olhos enquanto pegava a neta no colo – E você minha pequena, cansou de ficar andando pela cidade com essas duas?


- Acho que ela está cansada! – passou a mão pela cabeça da filha – Vou dar um banho nela, amamentá-la e colocá-la para dormir.


- Eu te ajudo com o banho! – começou a caminhar para o corredor – Depois nos três poderemos fazer um lanche.


- Oba! – foi Gabrielle quem disse – Estou mesmo com fome.


As outras riram até entrar no primeiro quarto do corredor.


Conseguiram dar banho na garota bem rápido (ela gostava de água, para a sorte da mãe). Logo depois, a mais nova sentou-se na poltrona para poder amamentar a filha.


- O que você tanto olha? – perguntou, quando percebeu que Hermione não parava de olhar para o bebê.


- Estou apenas percebendo como a Melanie está cada dia mais parecia com o Harry – explicou – É a versão feminina dele.


- É verdade! – concordou, também olhando para a neta – Só que ela tem os seus olhos.


- Sim! – estava com um sorriso tímido no rosto – Essa a minha maneira de estar perto dele enquanto estou aqui.


- Você deve estar morrendo de saudades – viu a filha balançar a cabeça afirmativamente – Então escreve uma carta, tenho certeza de que assim que ele receber, vai querer vir para cá.


- Tenho certeza de que não virá! – suspirou pesadamente, estava muito triste – E eu não quero ir embora, estou adorando isso daqui.


Nesse momento ouviram o som da campainha.


- Deixa que a Gabrielle atende – disse imediatamente – Então o único jeito é você agüentar e tentar matar a saudades por carta. Mas saiba de uma coisa, se você não estiver mesmo agüentando de saudades, pode me dizer, eu não vou ficar triste por você ir embora.


Concordou enquanto limpava uma lágrima do rosto, nesse momento ouviram um grito agudo vindo da sala.


- Parecia a Gabrielle – Caroline se assustou – Será que aconteceu alguma coisa com ela?


- Não sei! – levantou-se e colocou Melanie, que já dormia, no berço – Vamos até lá.


Assim que chegaram ao local, encontraram a menina pulando sem parar no mesmo lugar e Harry parado na porta olhado para ela.


- Harry! – Hermione sorriu e correu para abraçar o rapaz – O que você veio fazer aqui?


- É uma longa história – tinha um sorriso maroto nos lábios – Será que nós podemos conversar a sós?


- Está bem! – disse enquanto começava a pensar aonde iriam.


- Podem ir até o meu quarto! – a mulher sugeriu – Terão mais privacidade.


Quando começou a andar, o de olhos verdes sentiu alguma coisa segurando o seu braço.


- Espera Harry! – a mais nova disse fazendo uma cara muito triste – Você nem falou comigo direito.


- Depois eu falo – deu um beijo rápido no topo da cabeça dela – Terei bastante tempo.


Foram até o quarto principal e sentaram na beirada da cama, um ao lado do outro.


- E então! – ele começou ainda parecendo um pouco sem graça – Onde está a Mel?


- Dormindo! – respondeu – Mas e então, vai me dizer o que veio fazer aqui?


- Está bem, não tem por que eu querer mentir – suspirou pesadamente várias vezes para tomar coragem – Eu não consegui ficar longe de você, tive que vir.


- Sério! – não conseguiu deixar de sorrir nesse momento – Eu também estava morrendo de saudades de você.


Os dois se abraçaram e ficaram assim por vários minutos, até que Harry se afastou e ficou olhando para a garota.


- O que houve? – ela quis saber enquanto desviava o olhar bastante sem graça.


- Sabe Mione! – segurou delicadamente o rosto dela para que pudesse olhá-la nos olhos – Eu sei que você ainda não está confiando 100% em mim e que talvez não dê a resposta que eu quero, mas não estou me importando mais.


Respirou fundo várias vezes antes de voltar a falar.


- Hermione Granger, você aceita se casar comigo? – perguntou de uma vez antes que perdesse totalmente a coragem – Assim poderemos criar a nossa filha juntos e como uma família.


A morena abriu a boca várias vezes mais nenhum som saia.


- Nossa Harry! – conseguiu dizer algum tempo depois – Eu realmente não esperava ouvir isso de você nesse momento.


- Tudo bem Mione! – começou a olhar para a colcha da cama – Eu entendo que você ainda não esteja preparada para isso e...


- Não foi isso que eu quis dizer – o interrompeu – Durante todo esse tempo em que estivemos agindo somente como amigos, mesmo sabendo que teríamos um bebê, pude ver o como você estava arrependido daquela aposta. Mas eu ainda precisava de mais uma prova do quanto você estava mudado e acabei de recebê-la.


- Quer dizer que você aceita? – viu a morena balançar a cabeça afirmativamente – Você não sabe o quanto está me fazendo feliz nesse momento.


- Eu imagino! – o abraçou novamente – Deve ser o mesmo que eu estou sentindo agora.


Finalmente se beijaram, continuaram daquela maneira por mais algum tempo. Quando se separaram ainda ficaram se encarando.


- O que acha de irmos contar a novidade para a sua mãe? – ele perguntou enquanto se levantavam – Tenho certeza de que ela vai adorar saber a vai querer começar a planejar tudo ainda hoje.


- Não tenho a menor dúvida disso – concordou – Mas primeiro, me responda uma coisa. Quando foi que você decidiu vir até aqui para me pedir em casamento?


- Confesso que no principio tinha as minhas dúvidas a respeito disso – explicou – Mas depois de todas as conversas que eu tive com o Rony durante essas duas semanas, ele me convenceu.


- Acho que temos muito que agradecer ao Rony – comentou – Afinal, se não fosse por ele, não estaríamos juntos e, muito menos, prestes a nos casar.


- Mesmo que quase tenha estragado tudo no começo com aquela aposta – completou – Mas mesmo assim, foi a idéia mais útil que ele já teve na vida.


- Teremos que convidá-lo para ser padrinho junto com a Luna – pensou durante algum tempo – Ah, o Draco e a Gina também.


- Tudo que você quiser! – disse antes de beijá-la.


A noticia do casamento foi muito bem aceita por Caroline e Gabrielle. Como já haviam previsto, a mulher logo começou a pensar em tudo para uma grande festa em homenagem aos noivos e, é claro, para a própria cerimônia e recepção.


O casamento aconteceu apenas quatro meses depois. Foi em uma igreja trouxa, com direito até as lágrimas vindas de todas as mulheres do local. Para terminar, uma grande festa no jardim da Toca em que os convidados dançaram muito.


Foi assim que Harry e Hermione iniciaram suas vidas juntos. Apesar do começo ter sido bastante tumultuado e com bastante sofrimento de ambas as partes, a partir de agora, eles tinham tudo para ter um final mais do que feliz.


E pensar que tudo isso aconteceu por causa de uma aposta.


 


Fim



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Desculpem a demora, mas é que eu estava super ocupada com a facul, mas ai esta o ulitmo cap pra vcs

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