Uma chance de se redimir

Uma chance de se redimir




Com as aulas, os vários trabalhos que tinham para fazer e os estudos complementares, nenhum dos alunos de Hogwarts percebeu o tempo passando e que viajariam em dois dias para as férias de natal.


Harry e Rony estavam voltando do campo do treino de quadribol mais cedo devido à forte chuva que começava a cair nos terrenos do castelo e que os deixou totalmente molhado, por isso estavam indo para o salão comunal trocar de roupa.


- Quer dizer que você vai passar o natal lá na Toca? – viu o moreno balançando a cabeça afirmativamente – Que bom! Como a Luna vai viajar com o pai dela, eu teria que passar as férias olhando para a cara da Gina e ela ainda está brava comigo.


- Ela também não fala direito comigo quando nos esbarramos no corredor – comentou – E ela tem toda razão, o que eu fiz para a Mione não tem perdão.


- Parece que ela vai também! – continuou – Vai passar alguns dias na casa dos pais dela, mas logo depois vai para lá também.


- Ótimo! – suspirou pesadamente – Não vai ser o natal perfeito, pois não estamos nos falando, mas ela e o meu filho vão estar perto de mim.


- Eu sei que a Luna me contou e depois a própria Mione confirmou essa gravidez – colocou a mão no queixo pensativo – Mas será que é verdade? A barriga dela nem está aparecendo.


- Eu acredito no que ela falou – praticamente gritou, não admitiria que ninguém falasse mal da mulher que ama – Vai ver que ainda demora um pouco para aparecer alguma coisa.


- Ela já deve estar com uns três meses! – o ruivo disse – Minha mãe diz que é quando começa a aparecer alguma coisa, mas que é quase imperceptível.


- Vai ver então que nos não reparamos direito! – concluiu aquela conversa – Por que a Mione fingiria estar grávida para depois dizer que nem quer que eu assuma esse bebê?


Quando os dois passaram pelo retrato da mulher gorda encontram Hermione e Gina sentadas em frente à lareira, pareciam conversar algo muito divertido, pois estavam rindo.


- Vamos subir! – o moreno disse de modo que elas não ouvissem – Não vou agüentar vê-la sabendo que ela não vai querer conversar comigo.


Quando chegaram ao dormitório. Começaram a trocar de roupa, logo fizeram um feitiço nas roupas que estavam usando para que ficassem secos.


- Acho que já sei como fazer a Mione voltar ser minha amiga – o de olhos verdes voltou a falar – E isso vai ser antes de viajarmos no sábado.


- Espero mesmo que vocês dois voltem logo – o outro disse – Não agüento mais essa confusão toda.


- Não me importo mais se a gente vai voltar a namorar ou não – explicou – Tudo que eu quero agora é que nós dois sejamos amigos de novo para podermos criar o nosso bebê de uma maneira civilizada.


- Mas é claro que seria melhor se vocês estivessem namorado! – completou pelo amigo – Posso ver nos seus olhos que você ainda a ama.


- Isso é verdade! – balançou a cabeça afirmativamente – As duas coisas.


- Acho que tudo que eu posso te desejar agora é boa sorte! – estendeu o braço com um enorme sorriso no rosto.


- Obrigado cara! – apertou a mão do ruivo antes de sair do local já sabendo tudo o que precisava fazer.


Desceu as escadas correndo, encontrou as duas garotas exatamente no mesmo ligar de antes.


- Será que eu posso me sentar aqui? – perguntou se aproximando delas.


- Claro! – foi Hermione quem disse.


- Eu estou indo Mione – a outra se levantou quase que imediatamente – Preciso devolver um livro para a biblioteca e depois vou procurar o Draco.


Os dois ficaram sozinhos apenas se encarando, isso os estava deixando ligeiramente incomodados.


- E então Mione! – ele resolveu quebrar o silencio – Como você está?


- Muito bem! – disse – Ainda estou um pouco enjoada, mas aos poucos isso melhora.


- Que bom! – deu um sorriso sem graça – Mas eu queria perguntar uma coisa: Por que a sua barriga ainda não está aparecendo.


- Eu estou usando um feitiço! – contou – É melhor o resto da escola não saber sobre essa gravidez, causaria muita fofoca.


- Concordo com você! – percebeu que não deveria ter falado isso – Mas você não deveria se importar com o que os outros falavam.


- Uau! – colocou a mão sobre o ventre um pouco surpresa.


- O que houve? – perguntou preocupado


- Ele mexeu! – explicou – Quer sentir?


Segurou a mão de Harry e colocou sobre sua barriga. Ele pode sentir alguma coisa formigando por entre os seus dedos.


- Uau! – foi tudo que conseguiu dizer – Isso! É incrível.


- Eu sei! – evitava deixar que as lágrimas escorressem por seu rosto – Quando Madame Pomfrey me colocou para ouvir o coração do bebê, foi um momento incrível.


- Eu queria muito poder ouvir! – parecia muito triste ao dizer isso.


- Se você quiser! – evitava encarar o ex-namorado naquele momento – Nós podemos ir até a ala hospitalar amanhã. Para poder ouvir o coração do nosso bebê.


- Você está falando sério? – o moreno não conseguia deixar de sorrir ao ouvir isso – Vai me deixar dar meu nome ao bebê e a te ajudar a cuidar dele?


- É claro! – Hermione balançou a cabeça afirmativamente – Percebi que não posso te impedir disso, além do mais, isso também aconteceu por minha culpa, se eu tivesse impedido, nós não teríamos dormido juntos.


- Obrigado por me dar essa chance Mione!– a abraçou com muita força – Você não sabe o quanto isso me deixa feliz.


Quase que por um impulso, aproximou seu rosto ao da morena e chegou a encostar seus lábios, mas ela o afastou logo em seguida.


- Mas a gente não deve voltar! – ficou muito triste nesse momento – O que eu disse a respeito dos meus sentimentos é verdade, mas ainda estou magoada com o que aconteceu.


- Tudo bem! – deu de ombros – O importante é que voltamos a ser amigos.


Passaram um bom tempo conversando divertidamente enquanto se lembravam de todas as suas aventuras dos anos anteriores. Quando estava na hora em que o jantar começa a ser servido, desceram para o salão comunal, depois de comerem, retornaram para onde estavam.


- Você prefere menino ou menina? – perguntou para a garota, que estava deitada em seu colo enquanto mexia em seus cabelos.


- Ainda não tinha parado para pensar nisso – disse rindo – Mas uma vez, eu sonhei que tinha uma menina. Só vamos saber exatamente quando nascer.


- É mesmo! – concordou – Mas já podemos ir escolhendo os nomes. O que acha de fazermos isso durante as férias enquanto estivermos na Toca.


- É sobre isso que eu queria conversar com você Harry! – parecia um pouco envergonhada ao dizer isso – Vou passar a primeira semana das férias de natal na casa dos meus pais, e queria que você fosse comigo.


- É claro! – balançou a cabeça afirmativamente – Sei que não vai ser fácil contar a eles sobre o bebê, mas pode ter certeza de que eu vou te ajudar explicar tudo.


- Eu já contei para eles que estou grávida e adoraram a idéia, precisa da sua ajuda para outra coisa – explicou – Quero tentar encontrar meus verdadeiros pais.


- Como assim? – praticamente gritou.


Hermione contou toda a historia sobre como seus pais acabaram a adotando e como ela só descobriu a verdade quando recebeu a carta de Hogwarts.


- Nunca contei a verdade para você e para o Rony, pois nunca achei necessário, essa mulher me abandonou, nunca vou querer conhecê-la – completou logo em seguida – Mas desde que descobri que estava grávida, comecei a pensar que seria interessante conhecer a minha verdadeira família.


- É claro que eu te ajudo! – respondeu por fim.


- Então eu já vou deitar! – se levantou do sofá – Amanhã ainda temos aula.


Despediram-se antes da morena subir as escadas em direção ao dormitório.


A sexta-feira passou rapidamente para todos os estudantes de Hogwarts. Quando perceberam, já era sábado de manhã e todos estavam preparados para embarcar no trem com destino a Londres.


- É uma pena que você só vão para A Toca na outra semana – o ruivo lamentou quando ele e seus dois amigos caminhavam pela estrada até Hogsmead – Vou me sentir muito sozinho até lá.


- Não seja tão dramático Rony! – a garota riu da cara dele – Vai passar rapidinho, quando você menos esperar, estaremos lá.


- É isso aí cara! – o outro concordou.


- Mas ainda não entendi o que vocês vão fazer – colocou a mão no queixo enquanto pensava – Vocês realmente não vão me dizer?


- Na hora certa você vai saber! – disseram ao mesmo tempo antes de caírem na gargalhada.


Assim que chegaram a estação, entraram no trem e se dirigiram até o último vagão e colocaram suas malas.


- Rony! – Harry colocou as mãos atrás da nuca, parecendo um pouco receoso – Você pode sair um minuto? Eu e a Mione precisamos conversar, sozinhos.


- Está bem! – deu um sorriso malicioso enquanto se dirigia até a porta – Depois dizem que não voltaram a namorar.


- E não voltamos! – o de olhos verdes disse rapidamente.


- Isso mesmo Rony! – a morena concordou – Não insiste, foi assim que você começou toda confusão.


- Certo! – revirou os olhos – Vou procurar a Luna.


Assim que a porta da cabine se fechou, ela sentou ao lado da janela e o garoto sentou-se na sua frente.


- Já tem alguma idéia de como vai começar a procurar? – perguntou por fim.


- Claro? – sorriu – Minha mãe deixou um telefone, deve ser da casa dela, para qualquer problema que pudesse acontecer. Meus pais queriam me dar o número, caso eu tivesse alguma dúvida sobre bruxaria, mas recusei.


- Então você vai pedir o número para eles – começou a pensar alto.


- Exatamente! – concluiu – Mas o problema é: e se eles ficarem chateado por causa disso, foram eles que me criaram e agora eu quero saber sobre uma mulher que nem me quis quando nasci.


- Tenho certeza de que eles não vão pensar assim! – colocou sua mão sobre a dela - Eles não sugeriram que você a procurasse há seis anos?


- Mas agora é diferente! – explicou – Mas de qualquer maneira preciso da sua ajuda.


Alguns minutos depois, Rony e Luna apareceram e os quatro ficaram conversando durante toda a viagem.


Quando chegaram a King Croos, os dois morenos atravessaram a passagem secreta, onde os pais da garota os esperava.


- Minha filha! – a senhora Granger correu para abraçá-la – Estou tão feliz que você esteja aqui, como você está se sentindo?


- Bem! – respondeu.


- Sua mãe tem falado sobre o bebê desde que recebemos a sua carta – o homem disse – Não agüento mais ouvir isso.


- Mas é claro que eu preciso falar, não é todos os dias que se vira avó – explicou passando a mão pela barriga de Hermione – Já comprei algumas coisas para ele, estão lá em casa, espero que você goste.


De repente, o olhar dela recaiu sobre o garoto de olhos verdes que ainda estava parado no mesmo lugar.


- Olá Harry! – disse enquanto apertava a mão do rapaz – Também é muito bom te ver.


- Convidei ele para passar essa semana lá em casa – a morena disse – Espero que vocês não se importem.


- Mas é claro que não nós importamos – foi o senhor Granger quem falou – Ele agora é praticamente parte da família.


- Pensei que vocês dois tivessem brigado – a mulher sussurrou no ouvido da filha – Pelo menos foi que você me disse na carta.


- Mas agora já está tudo bem – tentou explicar de uma maneira simplificada.


Pegaram as malas que estavam no chão e caminharam em direção ao estacionamento.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.