Epílogo



Epílogo. (parte I)

“As coisas que nós passamos, a vida que nós levamos, o amor que temos, tudo é indestrutível, tudo é sólido demais para se tornar apenas uma lembrança, uma feliz lembrança”.

Era impossível ignorar o que nós sentíamos, passamos por várias brigas, as discussões pareciam eternas...

Mas a doença nos ligava, por causa dessa doença eu acordei, acordei para enxergar uma traição que sempre esteve presente, acordei para ver que a minha vida não era perfeita, mas também percebi que poderia fazer a minha vida tomar o rumo que eu quisesse.

Qual o rumo que eu queria? Ah, por alguns momentos eu não sabia, e por outros eu NÃO queria saber, mas no meu íntimo, eu sabia que eu precisava descobrir.

Não vou dizer que em nenhum momento eu me arrependi, na verdade, cada escolha que eu fiz foi uma luta, um dilema...


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“Vamos, Gin!”-dizia Draco no ouvido da ruiva.-“Você tem que se animar”.

“Como você pode pensar em ir numa boate?”-retrucava a ruiva-“Draco eu estou horrível! Eu estou com uma cara d enterro, não tenho mais cabelos, minhas unhas estão quebradas, não, me deixe aqui, deitada na minha cama, se você quiser ir, tudo bem, eu não vejo problema, mas eu...”-antes que ela pudesse continuar, Draco a beija e, já de pé, começa a dizer:

“Amanhã vai ser a última seção de quimio, você tem que se animar hoje, pois estará mais animada e perceberá que você poderá continuar a sua vida.”.

Gina tampouco respondeu, mas depois de alguns minutos disse:

“Você não tem vergonha de mim?”-o loiro apenas franziu a testa e a ruiva continuou-“Você nunca teve vergonha? Isto é, eu estou careca, estou dez quilos mais magra, passo alguns dias confinada e enjoada...”

“Saiba que eu nunca tiver vergonha de você. Eu já tive raiva, quando a gente briga, medo, quando as primeiras seções de quimio começaram, frustração, quando eu pensei por alguns segundos que você não se salvaria, e eu sinto uma felicidade, que ganha de todos os outros sentimentos”-falava Draco, a segurança do loiro era algo realmente impressionante, então, ele apenas estendeu a sua mão para a ruiva e disse-“Levanta! Vai se arrumar”.


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Amar alguém... quem poderia dizer que um Malfoy me amava?

Quem poderia dizer que um Malfoy confiava em mim?

E quem acreditava que eu retribuía esse amor?

Nem papai acreditou quando eu contei: namoraria e casaria com um Malfoy.


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“Você está louca!”-diziam Fred, Jorge e Arthur.

“Não, eu não estou!”-retrucou a ruiva.

“Mas e o Harry?”-falou Fred-“Ele pode ter te traído, mas ele é bem melhor do que o Malfoy”.

“Fred... por que VOCÊ não casa com ele?”-disse a ruiva com raiva.-“Você nem ao menos o conhece! Você não sabe o quanto que ele mudou... para pior!”.

“Mas eu sei o quem é Draco Malfoy. Eu sei que ele pode te magoar, te machucar...”-falava Arthur tentando convencer a ruiva a sua frente.

“Só que você não sabe que essa mesma pessoa é a única que pode me salvar, já que é uma das únicas a acreditar que o câncer tem cura! E foi a única pessoa que lutou comigo para a legalização da quimio e da radioterapia! E nós conseguimos papai! E isso é tão maravilhoso...”-falava Gina emocionada.


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Quem poderia dizer que ela me amava? E quem acreditaria que uma pessoa com coração de gelo poderia amar?

Eu nunca acreditei em alma gêmea, mas será que ela era a minha? Será que eu poderia acreditar agora? E será que nós nos completamos como eu imagino?

Nunca saberia as respostas, se eu não tentasse, se eu não passasse a confiar nela.

E foi isso que fiz! Contei meus segredos, as minhas esperanças...

Contei também o que sempre pesou no duro coração de gelo.


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“Por que você me trouxe aqui?”-perguntava Gina com curiosidade.

“Porque eu preciso te mostrar uma coisa”-Draco disse enquanto abria calmamente a porta da enfermaria-“Olá Armelina! Como ele está?”-perguntou Draco para a mulher que desta vez estava medicando um paciente.

Armelina Graham virou-se para Draco, suspirou e disse:

“Continua na mesma, agora diz algumas coisas, mas continuam sem nenhum nexo, ou então diz em uma outra língua,uma vez eu deparei com ele falando em serêiaco.”-falou Armelina, sorrindo sem graça, Draco então perguntou:

“Mas ele continua dizendo aquelas primeiras palavras?”.

“Ah, sim!”-respondeu Armelina, finalmente reparara em Gina e disse-“Gina Weasley? Sou sua fã! Adora tanto você! Esse cabelo é seu mesmo ou...?”-mas antes que concluísse, Draco a interrompeu:

“Armelina, faça mil favores!”-disse revirando os olhos e pegando na mão da ruiva, ele disse-“Por aqui”.

E a conduziu para um dos últimos leitos,Gina olhava com uma grande interrogação, ele puxou lentamente as cortinas de um dos leitos...

A ruiva abafou o grito! “Então aquele era Lucio Malfoy?Aquele era o destino desse homem? Viver para sempre trancafiado numa enfermaria? Se perder nas suas loucuras?”.Estupefata, ela apenas murmurou:

“O que aconteceu com ele?”.

“Não precisa falar tão baixo. Ele é medicado sempre”-falou Draco e olhando para o relógio, disse-“Daqui a 20 minutos, ele acordará”.

“O que aconteceu a ele?”

“Você não percebe? Ele ficou louco, ele conversa em serêiaco com pessoas que pensa existir.”-respondeu Draco, como se falasse com uma garotinha de cinco anos.

“Não, eu digo... como ele ficou assim?”-tornou a perguntar a ruiva e a mesma percebeu que Draco ficara distante, depois de alguns segundos ele respondeu:

“Ah, a culpa foi minha...Só minha!”.

Flashback do Draco.

“O que diabos está acontecendo aqui?”-disse Draco ao ver pessoas do Ministério saindo da as casa carregando os pertences da sua família.

“Eles pegaram quase tudo. Quase tudo”-disse Narcisa, a mulher estava extasiada, parecia que aquele era um pesadelo terrível demais para acreditarem.

“Como assim pegaram?”

“O Ministério tomou a seguinte decisão, Malfoy: os seus bens mais a Mansão são agora propriedades do Ministério da Magia”-falou Neville Longbottom.

“Fora! Vocês NÃO podem fazer isso!”-berrou Draco, frisando bem o ‘não’, quando um dos homens tentou pegar o quadro onde estava o trisavô de Draco, o mesmo já farto, pegou o homem pelo colarinho e disse-“Já falei para vocês saírem!Saiam agora!”-mas não o obedeceram, Draco olhava para Narcisa exasperado-“Você não vai fazer nada?”

“Não podemos fazer nada, não podemos... eles levam tudo! Roupas, sapatos... Não!As minhas jóias... eu preciso delas! Faça eles pararem... faça eles pararem”-dizia Narcisa enquanto subia as escadas, gritava as mesmas palavras.

Fim do Flashback.

Gina apenas olhava assustada para o loiro. Os olhos de Draco estavam cada vez mais cinzas, mais frios.

A ruiva não sabendo o que fazer, apenas colocou a mão no ombro do loiro, Draco, assustado pelo toque, disse:

“Ela ficou tão louca quanto ele.”-disse Draco apontando para Lucio que ainda dormia-“Mas ela enlouqueceu por causa do baque de se ver pobre, de não poder cometer tamanhas excentricidades, como comprar um vestido caríssimo e em um acesso de fúria rasga-lo...”

“Draco...”-falou Gina num tom que tentava consolar.-“Você não teve nenhuma culpa! Não teve!”.

“Ah, eu tive! Eu tinha que arranjar um trabalho! Imagine Draco Malfoy trabalhando, trabalhando numa botica! Eu estava farto dos meus pais reclamarem, estava farto de ter que dividir um apartamento que eu havia comprado no intuito de sair logo de casa, o destino nos prega peças, Gina. Eu queria viver em um apartamento trouxa, sem a presença dos meus pais, e num passe de mágica, o único bem de valor que eles tinham era esse apartamento! Não tínhamos nada, não tínhamos nenhuma roupa decente, não tínhamos dinheiro...”-falava Draco amargurado.-“Eu agüentava tudo, agüentava a minha reclamar ao ler o Profeta Diário e ver aquelas mulheres da sociedade desfilando roupas caríssimas, agüentava meu pai retrucando que tínhamos pouco dinheiro e que a culpa era minha! Eu que tinha que conseguir dinheiro! Eu até deveria roubar se eu pudesse! E eu roubei! Roubei para conseguir fazer o meu pai se calar...”-falava Draco, a voz estava amargurada, amargura demais.-“Mas continuamos, eu saía cedo de casa, trabalhava por um salário medíocre, até ver que um curso de curandeiro teria certa utilidade, tinha recebido bons NIEM’s, e também o salário de um curandeiro era bom. Então, passei a trabalhar muito e comecei a fazer o curso de curandeiro. Ah, me lembro o quanto era puxado! Foi lá que eu conheci Armelina.”

“O que adianta você se lembrar disso agora? Draco, já passou essa fase!Agora você está bem, você é um dos curandeiros mais respeitados...”-dizia Gina.

“Eu tenho que falar! Eu tenho que desabafar com alguém.”-retrucou o loiro, ele olhou diretamente para os olhos castanhos da ruiva e disse-“Se você não quiser me escutar, eu entenderei”.

“Não... continue! Se isso fará bem para você, eu quero que você continue.”.

“Até que a minha mãe, envolta nas loucuras, se mata. Foi tão trágico, tão estranho. Ela dissera que eu fora um ótimo filho e que nunca deveria perder a paciência do meu pai, ela então, simplesmente, me desejou boa noite e foi para o banheiro, ela morreu ali, com a banheira cheia de água, com os pulsos cortados Eu achara estranho ela ter falado aquelas coisas, mas estranho quando se passou uma hora e ela não saíra de lá, eu não conseguia abrir a porta, nem com magia, então, três horas depois dela ter dito aquilo, a porta se abriu.”-falou Draco, era estranho, o loiro não chorava, apenas os olhos estavam cinza. –“Lucio ficou desesperado, ele apenas dizia que amava a minha mãe, dizia que não merecia aquilo, que deveria morrer junto! Eu achava que ele blefava, blefava muito, então, sempre o cortava, dizendo para parar de mentir.”-a voz do loiro foi ficando cada vez mais triste.-“Até que ele simplesmente me atacou... me lembro até hoje desse dia.”

Flashback do Draco...

“Quem você pensa que é?”-dizia Lucio.

“Você está bêbado! Dá para perceber isso...agora, se acalme.”-disse Draco, não muito surpreso ao ver o seu pai bêbado.

“Quem disse que eu estou bêbado? Quem você pensa que é para falar isso de mim? Você nunca se preocupou com a gente, Draco! Nunca!”-berrava Lucio.

“Como se vocês se preocupassem comigo! Afinal, quem me ensinou a ser frio e calculista? Quem me ensinou que a maior fraqueza do homem é demonstrar os seus sentimentos?Acho que foi você! Sim, foi você! E foi por sua causa que eu me transformei em você!”-dizia Draco com frieza.

“Ora, moleque! Hoje você morre.”-disse Lucio, tentando pegar a varinha, mas Draco foi mais rápido e pegou a sua primeiro. Lucio olhava para Draco surpreso, então o mesmo disse:

“O que você vai fazer? Vai matar o seu próprio pai?”.

“Eu...”-disse Draco, mas foi interrompido por seu pai que na mesma hora disse:

“Crucio”.

Draco, no mesmo instante, soltou a sua varinha e começou a se debater.

A dor era insuportável, Draco poderia gritar a plenos pulmões se conseguisse, mas ele não faria isso, não choraria, não derramaria nenhuma lágrima, não queria se sentir humilhado.

E então, assim como a dor surgiu a mesma passou.

Draco tomado por uma raiva que aquecia cada vez mais o seu peito, pegou a varinha que derrubara no chão e gritara:

“Crucio!”.

Fim do flashback do Draco.

“Eu o torturei por demais. Eu quase o matei, por pouco, por muito pouco”-disse Draco, os olhos cada vez mais cinzas, as suas mãos estavam fechadas, ele então continuou-“E agora ele diz: ‘Por que não me entende! Por que não é paciente comigo? O que eu fiz’, foi essas palavras que ele dissera para mim, antes de ser internado aqui no St. Mungus.”

“Você não teve culpa, Draco.”-falou Gina tentando de algum modo consolar o loiro a sua frente.-“Você não teve culpa”.

Eu não sabia o que dizer, não sabia como consolá-lo.Também não sabia o que eu sentia, não sabia se era medo, incompreensão ou então seria descrença?

Mas não adianta. Eu o amava loucamente a ponto de passar por cima desse passado, a ponto de não querer saber os erros, onde ele errara.

Eu só queria construir um novo futuro...

E seria com ele.


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Depois de 20 minutos cronometrados, Lucio Malfoy finalmente acordou, ele olhava para Draco em um misto de descrença e alegria. Ele então dissera:

“Por que não me entende?”.

Gina apenas engoliu em seco, mas ignorando a pena que sentia cada vez mais, se aproximou do homem que ainda estava deitado e disse:

“Olá, senhor Malfoy.”- a voz era fraca, mas tinha um quê de sinceridade eminente.

“Você não precisa falar com ele, Gina”-disse Draco.-“Você não precisa falar com ele por minha causa.”.

“E quem disse que eu falei com ele por sua causa?”-retrucou a ruiva, um tanto irritada. Ela então prosseguiu.-“Eu falei com ele porque eu quis, Draco.”.

“Tudo bem, mas por que desperdiçar tempo com ele? Por que desperdiçar tempo com um assassino?”-falou Draco com histeria.

A verdade é que ele não gostara nem um pouco ao ver que Gina olhava para Lucio como se o mesmo fosse uma pessoa normal, era um olhar diferente de Armelina que transmitia o pesar.

“Como se você não tivesse sido um assassino, não é?”-falou Gina tentando encerrar o assunto.

“Eu...”-começou a dizer o loiro, mas ele parou.

“Vamos encerrar esse assunto, certo?”.


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Teimosia. Quem poderia dizer que Gina Weasley era tão teimosa? Eu sabia que ela não era daquelas que desistiria fácil.

Eu sabia assim que ela era daquele jeito quando nos encontramos com Carter pela primeira vez, quando ela deu uma resposta atravessada, a minha admiração por ela aumentou.

E aumentou tanto... tanto...

Que agora o teimoso, era eu.


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“Você tem certeza que quer marcar esse jantar, Draco?”-perguntou Gina um tanto temerosa.

“Por que você está assim, com tanto medo? Por acaso você não quer que eu conheça a sua família?”-disse Draco.

“Não, não é isso. Eu só não quero que você seja morto...”.

“E quem disse que eu serei?”-disse Draco.-“Não se preocupe! Eu sei me virar e eu adianto que eu REALMENTE quero conhecer a sua família.”- falou Draco, segurando a mão da ruiva, ela olhava para ele descrente, então ele disse.-“Escuta, só os gêmeos e o seu pai estarão lá, não é?”.

“É...”-respondeu Gina baixinho.

“Ah, então está melhor! Pelo menos eu não terei que enfrentar a sua família inteira!”-disse Draco.

A ruiva olhou para baixo, então o loiro tentou consertar:

“Olha, eu falei isso, só por falar.”

“Tudo bem, não tem problema.”-disse Gina.


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O jantar foi inesquecível! Tudo bem, que ver meus irmãos fazendo brincadeiras nada agradáveis com Draco não era algo tão interessante.

Estava tão claro! Papai não me queria ver com um Malfoy. Assim como os gêmeos. Eles olhavam para Draco como se ele fosse um bicho de sete cabeças.

Havia também a desconfiança. Parecia que Draco em uma hora ou outra iria estourar uma bomba na casa.

Mas nada disso aconteceu.


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“Senhor Malfoy...”-disse Arthur com uma desconfiança e com uma certa raiva.

“Senhor Weasley. Prazer em revê-lo”-falou Draco,esticando a mão para o velho a sua frente.

Arthur nada respondeu, apenas segurou a mão.

Olho no olho, a tensão aumentava a cada momento.Quando os gêmeos apareceram, Draco, apenas olhou para Gina.

Depois disse:

“Creio que vocês são os gêmeos.”.

“Não, Malfoy! Nós somos trigêmeos! Só que o nosso outro irmão morreu e sabe porque?”-disse Fred com tamanha ironia.-“Por que Voldemort mandou os Comensais o torturarem e o matarem.”

Gina ficou roxa de vergonha, seu pai disse um “garotos”, mas parecia estar se divertindo com toda essa situação.

Draco ficou quieto por alguns segundos, mas depois retrucou:

“Eu não tenho culpa pelo que Voldemort planejava.”.

“Não, Malfoy. Você apenas tem a metade dela. Metade é de Voldemort por ter mandado e metade é sua por ter obedecido.”-falou Jorge com uma raiva controlada.

“Fred... Jorge... chega.”-disse Gina que estava com muita raiva, ela então se virou para o seu pai e disse-“Papai! Você não vai dizer nada?”.

“Ah, minha querida... Eu estava um tanto distraído, me desculpe.”-olhando para todos, continuou.-“Agora se me dão licença, eu preciso ver como está o nosso jantar. Por favor, sente-se, Malfoy”.

Draco obedeceu, Gina um tanto estressada acabou seguindo o seu pai, sem nem pensar que Draco ficaria sozinho.Mal chegou na cozinha, Gina disse:

“Papai!”.

“O que aconteceu meu amor?”-disse Arthur mostrando ser a pessoa mais paciente do mundo.

“Você é tão cruel!”-falou Gina como que não acreditasse que aquele era seu pai.

“Querida, você que é cruel com o seu pai.”-retrucou Arthur calmamente.

“Não sou não!”-falou Gina num tom um tanto infantil, ela respirou profundamente e disse.-“Eu sou malvada com o senhor só porque eu quero ser feliz? Só por que eu acho que serei feliz com Draco? Papai... qual é o problema?”

Arthur se assustou quando Gina dissera aquilo. Ele fechou os olhos por algum momento e então disse:

“Tudo bem, querida. Se é isso que você quer, você terá isso. Eu irei ajudá-la”.


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“Então, Malfoy. O que você quer com a nossa irmã?”-falou Jorge.

“É, Malfoy! Pode ir desembuchando! Eu quero saber o que é também.”-disse Fred com voracidade.

Só que não Draco respondeu, então, os gêmeos, em uníssono, disseram:

“FALA LOGO!”.

Draco engoliu em seco, sabia que estaria morto a qualquer morto.

Enfrentar os gêmeos ou Lord Voldemort?

O segundo poderia ser cruel, mas os gêmeos sabiam infernizar muito.

O que responderia?

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“Eu quero que ela seja a minha esposa!”-falou Draco rapidamente.

“Malfoy... hoje você morre! Quem você pensa que é?”-disse Jorge, olhando para os lados, sem perceber que Gina estava bem atrás de si, o homen mostrou os punhos, assim como Fred.

Draco que percebera que Gina escutara tudo, deu apenas um sorrisinho sarcástico.

“Vamos... Malfoy! Responda! Quem você pensa que é?”-repetiu Fred.

“O meu noivo!”-retrucou Gina em voz alta.

“Ginevra Molly Weasley, não se atreva a dizer isso!”-falou Fred bravo.

“E você não se atreva a dizer esse nome!”-retrucou Gina bem mais brava.

“Você está nos traindo! Você sabe quem ele é? Ele é um Malfoy! Uma pessoa que só quer as pessoas para usá-las!”-falava Jorge (bastante) estressado.

“Ah, você esqueceu que Draco também era um comensal, que Draco é um ótimo médico, que Draco é a única pessoa que tinha o mesmo ideal que eu e mais o que você esqueceu? Ah, lógico, você esqueceu que você SEMPRE fala isso! Que você não muda o disco! Quer saber, não é só você, Jorge! É você e o Fred!”-disse Gina apontando para o outro irmão.-“E agora, fiquem calados enquanto eu vou até a cozinha! Se eu souber que vocês ameaçaram ou reclamaram qualquer coisa...”.

Fred e Jorge estavam quietos. Draco apenas se divertia a situação, mas ele ficou com a mesma cara dos gêmeos quando a ruiva disse no seu ouvido:

“E nem pense em provocá-los!”.

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Papai foi a pessoa mais admirável! Depois da nossa pequena conversa na cozinha, ele se tornou uma pessoa mais carismática, mas mesmo assim, ele ainda continuava um pouco tenso.

Os gêmeos pouco falaram, já que eles sabiam que se veriam comigo se ofendessem Draco novamente.

E Draco? Ah, Draco foi a pessoa mais engraçada da noite, quase fora queimado por Jorge, quando ele pediu que meu irmão passasse a tigela onde estava a sopa, o mesmo quase o derrubou no seu braço, mas mesmo assim disse: é um prazer conhece-los melhor.

Quando a noite estava quase acabando, eu soube: não seria apenas a namorada de Draco Malfoy.

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“Foi um jantar agradável, Gin”-disse Draco, ambos estavam do lado de fora. Draco se divertia ao ver os gêmeos espiando pela janela d’A Toca.

“Desculpe meus irmãos.”.

“Não tem problema. Apenas eles me bombardearam de perguntas, quase me queimaram e me ameaçaram algumas vezes.”.

“Draco... eu falei sério”-disse a ruiva se aproximando dele calmamente.

“Eu também falei! Nesse jantar eu não menti nenhuma vez.”-disse o loiro.

“Nem quando você disse que queria casar comigo?”-perguntou Gina olhando desconfiada para Malfoy.

“Eu quero me casar com você. Eu quero mesmo.”-disse Draco veemente.-“Mas sabe? Eu não tinha pensado nisso, então eu acabei esquecendo a aliança, se você for para a minha casa, quem sabe?”.

“Você não presta, Malfoy!”-disse Gina enquanto abraçava o loiro.

“Falou a senhorita puritana!”-disse Draco com uma crescente ironia.

“Quem disse que eu não sou?”-retrucou a ruiva, beijando os lábios do loiro.

“Você vem?”-perguntou Draco enquanto abria a porta do carro, a ruiva se afastou e disse:

“Sim...”-e entrou no carro.

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Fora uma das melhores noites, nos divertimos, eu estava cada vez mais encantado por ela, cada vez mais...

Casamos depois de cinco anos.

Depois de cinco anos que nos conhecemos.


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