Frustrações



Cap3.: Frustrações...

Ainda não entendia o que sentia naquele momento. Poderia ser raiva, ódio, mágoa, tristeza e, principalmente, se sentia traída. Se sentia como se o chão que pisava todos os dias, simplesmente tinha desaparecido.

Estava sem nenhum rumo na vida.

Desde que Harry terminara com ela, desde que ele dissera aquelas tão duras palavras, Gina não conseguia parar de pensar nele, de viver por ele. Sonhava com ele todas as noites, sonhava que ele a estava pedindo desculpas e que voltariam a namorar. E, ao acordar, ao se deparar sozinha naquela cama, que a acompanhava desde pequena, Gina percebia.

Ele não voltaria para ela nunca mais.

Gina não queria mais saber dele. Já sofrera por demais, mas quando seu coração estava tentando se cicatrizar. Novamente, um enorme “corte” se abriu.

E tudo por causa dele.

Ao ver aquele jornal, ao vê-lo com aquela mulher...

Gina sentiu aquele mesmo aperto no coração que sentia toda vez que pensava nele.

Mas dessa vez seria forte. Não choraria, não se desesperaria por ele.

Não queria mais o amor, não queria mais ser submissa.

Procuraria, se tivesse, no mundo todo. Alguém haveria de ajudíla nessa luta que estava apenas no começo.

Finalmente, achou a luz do túnel.


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Draco já estava entrando no St. Mungus. Desde que a guerra terminara, e que fizeram aquele acordo bruxo-trouxas, o St. Mungus se ampliou, e todos os bruxos, seja qual for a doença iam para o hospital, por isso, que se antes a vida naquele lugar era atribulada agora estava quase caótico.

Mas Draco, não cuidava diretamente de todos os pacientes. Estava agora orientando os novos estagiários que ficariam no “purgatório”, apelido carinhoso que os curandeiros mais antigos colocara, ou poderia ser chamado de a Emergência bruxa. Draco preferia muito mais, ficar catando moscas no seu minúsculo escritório, pois os estagiários, não têm tantas experiências e cometiam erros absurdos.

Entrando no purgatório, já com as vestes usuais do St. Mugus, Draco não teve tempo de dizer mais nada, sentiu aquele estranho cheiro e correu em direção ao jovem que estava segurando uma colher e pensando alto. Draco que saberia que não adiantaria ficar olhando para ver se o rapaz perceberia a sua presença, aproximou-se dele e disse baixinho:

"O que diabos você pensa que está fazendo, Barkinson? Você por acaso, quer matar cada paciente que está aqui?"

O rapaz logo de cara assustou-se tanto que deixou a colher cair com estrépito no chão, depois ficou envergonhado e antes que pegasse a varinha para desaparecer com o conteúdo que tinha naquela poção, percebeu que o caldeirão já estava limpo. Barkinson fitou Draco e o loiro disse:

"É a última e única vez que você faz isso. Agora trate de trabalhar."

Não teve nem tempo de piscar duas vezes. O rapaz já não estava mais em suas vistas.

O seu dia estava apenas começando.


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"-Senhorita Weasley não"-disse Atwood.
"Sim, isso mesmo."

"Ótimo... qual é o problema com a senhorita"-disse Atwood, interessado.

"Bom... foi diagnosticado que eu tenho uma doença. Eu estou com leucemia, doutor"

O médico que antes tinha na face um sorriso nos lábios que era amável, naquele momento estava sério e disse:

"Essa doença é incurável, senhorita."

"Não é! Eu sei que há vários trouxas que tiveram essa doença e se curaram."-disse Gina rispidamente. Era uma jornalista, nesses dias pesquisara nas bibliotecas trouxas e até nessa tal de internet o que era essa doença e se tinha cura.

"Nós não usamos os medicamentos trouxas, senhorita. E a senhorita sabe que não poderia consultar um médico trouxa não sabe?"-falou o médico tentando ser educado.

"Eu sei. Por causa desse maldito acordo."

"Isso mesmo. Mas, enfim, eu não poderia te ajudar senhorita. Não poderia".-disse Atwood se levantando, ele continuou.- Se a senhorita me der licença, eu realmente tenho que atender os outros pacientes.

Gina estava em estado de choque. O que ele aquele médico dissera a ela fora como se levasse uma grande bofetada. A sua terceira bofetada em menos de um mês. Respirando pesadamente, saiu do consultório, mas antes disse:

"O senhor verá que daqui a um tempo eu estarei saudável. Não terei mais essa doença que todos dizem ser maldita."

E, mesmo segurando as lágrimas, saiu do consultório.


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Draco estava cada vez mais estressado. Ver aqueles estagiários fazendo as piores besteiras era, no mínimo, de se arrancar os cabelos. Ao ver o local cheio, as pessoas, às vezes, naquele corre-corre. Draco pode perceber que não estava com juízo ao aceitar tamanho cargo.

Na verdade, aquele cargo era ocupado por sete médicos. Em cada dia da semana um desses médicos ajudava os estagiários.

"O que diabos você pensa que está fazendo? Eu fui atendida pela Doutora Lockart!" –berrou uma senhora.

"Deixe comigo, Seth. Essa paciente é minha."-disse a voz enérgica de Abby Lockart.

Draco rapidamente se aproximou e pode ver Seth Cohen acuado. Ele suspirou e perguntou:

"O que diabos você está fazendo?"

"Eu... ahn... eu confundi as pacientes."-disse Seth, envergonhado.

"O que? O que você ia dar para essa senhora"-perguntou Draco, o humor dele ficando cada vez mais ácido. Seth respondeu com calma, mas com um mínimo de voz...

"Eu ia dar uma dose da poção contra regurgitamento..."

"O que? Você pirou, Cohen"-disse Draco, mexendo nos cabelos novamente.

"Eu... eu tenho que ver a paciente da sala nove."-disse Seth saindo correndo daquele lugar.

"Você não precisava ter ficado tão estressado com ele, Draco."-disse Abby com calma, enquanto entregava uma poção para a senhora. Era uma poção até estranho, era roxa e soltava uma pequena fumaça.- Beba, senhora Violet.

A senhora não disse nada, apenas bebeu com prazer aquela poção. Abby ficou olhando para Draco como se ela esperasse uma resposta decente. Draco um tanto contrariado apenas perguntou:

"O que ela tem?"

"Ah, ela só levou uma mordida daquelas carteiras sabe"-disse Abby com calma.-Agora está tomando uma poção para prevenir as infecções.

"Ótimo. Se aquele retardatário tivesse dado a poção para essa senhora..."

"Ela passaria um pouco mal, mas você sabe que ela não morreria, Malfoy."-disse Abby agora com firmeza.

"Eu sei! Mas...por diabos o que eu estou fazendo aqui"-disse Draco, mas para si do que para Abby.

A mulher sorriu e disse apenas:

"Você é que quis vir para cì Malfoy. Agora ature todos os seus estagiários."


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E os dias se passaram. E cada vez mais Gina se desesperava. Ninguém queria atendê-la.

Se lembrava dos médicos que até agora visitara. Alguns como o Doutor Caleb disseram:

"Não adianta eu lhe dar esperanças, senhorita Weasley. Você não viverá por muito tempo."

E Gina, só pode retrucar:

"Eu...-falava Gina com calma.-O que eu poderei fazer?"

"Só poderá esperar a morte."

Aquela resposta quase a fizera desistir. Mas não! Não poderia desistir de algo que sabia que tinha cura. Poderiam dizer isso até quando estivesse pronta para morrer, mas não! Nunca aceitaria tamanha bobagem!

Então, tentando tirar dos seus pensamentos aquela fala tão sombria, Gina se lembrou que tinha uma consulta daqui a meia hora.

Ela conseguiria.

CONTINUA

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