E as coisas mudam totalmente

E as coisas mudam totalmente



Cap 2: E as coisas mudam totalmente...

Draco abriu com alguma dificuldade a porta do seu apartamento. Entrando naquele local que urgentemente precisava de uma boa limpeza, afinal as paredes estavam todas encardidas, o chão estava um tanto escuro. E a televisão que quase nunca era ligada estava com uma enorme camada de poeira. Draco suspirou umas três vezes. Mesmo cansado hoje teria que fazer uma longa faxina no minúsculo apartamento.

Deixando aqueles pesados livros na mesa, foi para a cozinha procurar alguma coisa para comer.

Ao ver que a geladeira apenas tinha uma enorme camada de gelo e uma garrafa de água, o loiro suspirou. Mais uma coisa para fazer.

Faminto, decidiu que sairia para comprar algo, mas antes decidiu que tomaria um banho.

Abriu o chuveiro, se despiu e ao entrar no boxe sentiu a água quente caindo nos seu rosto, apenas fechou os olhos e relaxou totalmente.


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Gina o estava esperando... como ele demorava! Ele não notara que escrevera que aquilo era importante? Era importante para ela? Suspirava, rolava os olhos e nada dele chegar. Nada...

Tudo bem que o namoro dos dois não era a maior maravilha do mundo, tudo bem que eles quase nunca brigavam afinal, quando Harry discordava dela, Gina imediatamente cedia. Não queria brigas, não queria discussões. Tudo bem que, fazia duas semanas que não dormiam juntos e isso era o que mais pesava para a ruiva.

Ao escutar as batidas na porta, Gina levantou do sofá com uma rapidez exorbitante. Abriu a porta e ao ver que era Harry, deu um sorriso e disse:

-Entre.

-É para você, Gina.-disse Harry entregando um enorme buquê de rosas vermelhas. A ruiva sorriu maravilhada e Potter continuou.-O que você queria me dizer?

Se o semblante da ruiva estava tranqüilo e sorridente agora não estava mais. Ela deu um fraco sorriso e disse:

-Nós realmente precisamos conversar, Harry. Precisamos mesmo. É algo muito sério.

O moreno franziu ligeiramente a testa e disse:

-Não me diga que você está grávida de novo, Gina.

-Lógico que não-disse a ruiva rindo nervosamente. –E mesmo que estivesse você não aceitaria essa criança não é-disse a ruiva com ironia.

-Você sabe os meus motivos.-retrucou o moreno, a voz agora ácida. –Você sabe muito bem que eu não suporto crianças, não sabe?

-Eu posso saber. Mas esse motivo não tem nada a ver com aquela idéia, Harry! Não tem mesmo-disse Gina, os olhos cheios de lágrimas, a raiva pulsando no seu peito cada vez mais... cada vez mais...

-Me diga logo o que é tão importante! Vamos, Gina! Diga-ordenou Harry, a voz firme.

A ruiva suspirou por longos momentos e disse:

-Eu estou doente, Harry. Eu estou muito doente...

-Você não está doente-replicou Harry, a voz ríspida. –Você está muito saudável! Saudável até demais para inventar uma mentira tão horrível como essa!

-Eu não estou mentindo! Eu estou lhe falando a verdade! Se você não quiser acreditar o problema é seu!

-É o problema é meu! Mas você é a culpada, Gina! Quer saber? O nosso namoro já está horrível, Gina! É a melhor a gente terminar de vez.

-O que? Terminar? Mas Harry, eu achava que a gente estava indo tão bem... Poxa, já são quase 8 anos de namoro...

-Nesses 8 anos eu estive enganado... não estou mais, Gina. Isso já acabou. Agora, se você me der licença... eu realmente tenho que ir.-disse Harry se levantando, abrindo a porta e minutos depois aparatando.

Gina, ainda no estado de puro choque que se encontrava, apenas conseguia sussurrar...

-Por que eu? Por que justamente eu?


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O desânimo tomava conta do ser de Draco, ele não queria sair, não queria ir para nenhum lugar. Draco sentia-se cansado. Sentia-se tenso, sentia-se estressado.

Parecia que o mundo estava nas suas costas... ou melhor, ele estava agora, segurando esse mundo. Afinal, até onde esse sua ambição louca iria levar?

A resposta mais óbvia que conseguiu achar era que a ambição o levaria ao topo! Que todos algum dia o olhariam e falariam que ele fora o melhor curandeiro que já viram em todo o mundo bruxo.

A outra resposta é que provavelmente depois não seria feliz. Afinal, Draco não tinha uma vida normal. Trabalhava que nem um desesperado. Não conseguia de maneira nenhuma arranjar alguma pessoa que pudesse se envolver.

Aquela era a sua vida. A vida de alguém que algum dia, com certeza, iria se arrepender amargamente.

CONTINUA

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