Encontrando Carter
Cap.8:Encontrando Carter
As pessoas tampouco pararam de olhar, Gina estava se sentindo incomodada, mas ao chegar em casa é que viu que aquilo era... maravilhoso.
Ao ver que cinco corujas estavam a sua espera, Gina correu para ver o que tinha de tão importante. Arthur ao notar o movimento no andar térreo da casa, desceu lentamente as escadas e disse:
“Ah, elas estão aí! Não deixaram de maneira nenhuma que eu pegasse as cartas! Uma até me bicou, Gin.”-falou seu pai.
Arthur, em seu íntimo, estava feliz. Sabia que Molly faria uma coisa dessa. Ah, como sentia falta da esposa. Ela era o contrário dele. Falava muito, gritava quando estava sendo contrariada e era super protetora. Arthur, na verdade, se tornara super protetor quando se vira vivo e sem a esposa. Nem é preciso dizer o quanto que o homem sofreu ao saber do destino da filha, mesmo sabendo que quem curaria era o filho do seu inimigo-aliás, sempre se perguntava, onde estaria Lucio Malfoy?- ele já sentia que a filha iria se curar.
Prestava atenção no modo que Gina pegava as cartas!As mãos ansiosas, os olhos correndo pela carta, tudo mostrava explicitamente a curiosidade da sua menina.
Assim que terminou de ler a primeira, Gina Weasley estava radiante!Arthur então com calma perguntou:
“O que aconteceu para você estar desse jeito, querida?”
“John Carter marcou outra reunião, papai! Preciso imediatamente ir para o St. Mungus! Tenho que avisar Draco!”
E num piscar de olhos, Gina Weasley não estava mais lá.
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Entrou no chamado Purgatório. Aquilo era uma confusão danada! Foi até o balcão e disse para Seth Cohen.
“O Doutor Draco Malfoy se encontra?”-perguntou mesmo sabendo que era uma pergunta inútil já que todas as quartas o loira estava nesse lugar.
“Sim... quem é você?”-perguntou o futuro curandeiro, mas antes que Gina pudesse responder, uma mulher começa a berrar:
“Eu não sou o problema e sim a solução!”
“Senhora, tudo bem, você não é o problema...”-dizia Draco e ao ver Gina Weasley, ele se distraiu e, não vendo que a mulher segurava uma bandeja de metal, levou uma bordoada da mulher.
Draco cambaleou por alguns segundos, mas mesmo assim, uniu forças o suficiente para agarrar a mesma mulher, tirar a bandeja de prata da mão dela e pedir uma poção do sono.
Segurando o machucado, dizia para Abby Lockart que tudo estava bem, mas a mulher insistia em ver o que acontecera-naquele momento Abby não estava sendo fria com ele.
Depois de dizer cinco vezes que ele mesmo faria um curativo, foi que Abby o deixou em paz, então, virando-se para o balcão, pôde observar uma Gina Weasley ao mesmo tempo preocupada com ele e super feliz. Ela se adiantou e disse para Malfoy:
“Eu realmente precisava falar com você!”-disse Gina. Ela estava tão feliz que quase pulava de pura felicidade, mas se continha e disse para Malfoy.-“Onde podemos conversar sem que ninguém nos interrompa?”
“Venha, por aqui!”-respondeu Malfoy e andou em direção a minúscula sala de descanso, Gina o seguia.
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Quando finalmente entraram, Malfoy se esqueceu por alguns segundos de Gina e foi em direção a máquina de café, pegando um copo cheio de café e vendo a ruiva olhando com curiosidade para ele, Draco Malfoy respondeu:
“Sabe, para nós mantermos em pé, é sempre bom tomarmos isso. Mesmo sendochá é o meu preferido...”
“Entendo.”-disse Gina, achando um pouco estranho, mesmo assim, olhou bem para Draco e continuou-“ Você não vai acreditar nisso.”
“Nisso o que, Weasley?”-perguntou Draco.
“Nisso!”-falou Gina, mostrando a carta de John Carter.
Draco imediatamente pegou a carta de sua mão e começou a ler:
“Cara senhorita Weasley,
Venho, através dessa carta, pedir as minhas humildes desculpas pelo o que eu disse na reunião em que estavam presentes você e o Doutor Malfoy.
Reconsiderando a minha falta de tato, venho lhe comunicar que marquei uma nova reunião com a senhorita e com o senhor Malfoy. Será, se a senhorita concordar, no dia cinco de setembro, no mesmo horário da anterior.
Sendo só.
John Carter.
Curandeiro Supremo do St. Mungus.”
A medida que Draco Malfoy lia o seu queixo ia caindo. Ao terminar de ler, Gina pôde finalmente ver que os olhos do médico brilhavam de pura felicidade, a ruiva sorriu e olhou bem nos olhos cinzas. Então, disse:
“Isso não é ótimo, Malfoy?”
“Não é ótimo, Weasley!”-retrucou o loiro e completou imediatamente-“É maravilhoso!”-e ao dizer isso, sorriu de um jeito que não parecia que ele estava sendo sarcástico.
Qual não foi a surpresa do loiro ao perceber que Gina vinha ao seu encontro, a surpresa aumentou ainda mais ao se ver abraçando Gina Weasley. Ele ainda atônito, só pôde sorrir ainda mais.
Quando Gina se soltou do abraço, ela estava levemente ruborizada, então disse:
“Malfoy, daqui a cinco dias, então. Não vamos nos atrasar e, por favor, se você estiver nervoso, não bagunce os seus cabelos.”-e ao dizer isso, saiu correndo da saleta, deixando para trás um Draco Malfoy bobo e ao mesmo tempo já com saudades.
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“Então, é isso que você acha certo, senhorita?”-disse Carter, a voz estava séria, mas se podia perceber que ele gostava da idéia.
“Isso, mesmo!”-respondeu Gina, ignorando os olhares de revolta de Draco Malfoy.
Hoje, estava acontecendo tudo ao contrário. Gina falava e Draco, não podendo dizer nada, apenas escutava.
Qual foi a surpresa ao se deparar com os olhos de John Carter o fitando, sendo que o mesmo disse:
“O Doutor acha que a idéia da senhorita Weasley é uma boa alternativa?”
“Claro que sim. Afinal, vocês pagarão todos os equipamentos necessários, mas isso, em longo prazo, terá um lucro, se assim posso dizer.”-disse Draco com segurança.
“Mas o senhor acha que não terão medo dos procedimentos, já que, as poções aliadas, apenas diminuíram os desconfortos, ou seja, as pessoas terão náuseas, vômitos. Perderam os cabelos, se sentiram fracas.”-explicava John Carter, mas Draco retrucou:
“Isso, poderá acontecer, lógico, mas só saberemos se eles terão medo, se nós tentarmos, Doutor Carter. Então, convém conseguirmos essa permissão, já que a cada dia, a senhorita Weasley, vai adoecendo cada vez mais.”
E isso era verdade, Gina na reunião, teve momentos que parou de falar do nada, além de perceberem que a ruiva estava cada vez mais pálida e fraca.
“Bom, ainda não tenho respostas certas, mas farei de tudo para conseguirmos a autorização”-disse John Carter, como se encerasse a reunião. Assim, levantou-se da confortável cadeira, sendo seguido por Draco e Gina e, ao abrir a porta cordialmente, disse:
“Entrarei em contato com vocês em breve.”
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“Ele está do nosso lado, Malfoy”-falava Gina, sentada na cadeira do consultório do curandeiro.
“Eu sei que ele está”-disse Draco, um pouco mais seco do que o normal.
“Malfoy... você nunca fica feliz?”-perguntou Gina e ao ver a expressão assustada do curandeiro a sua frente completou. -“Sabe, você nunca sorri, nunca dá risada. Não, você ri, mas é um riso sarcástico. É uma cosa diferente, Malfoy. Você nunca parece estar satisfeito com algo, parece que sempre ta faltando algo”.
“Não está faltando nada, Weasley”-disse Draco tentando ser mais agradável.
“Lógico que está faltando! Está faltando uma comemoração! É isso! Nós precisamos comemorar, Malfoy. Não, nós temos que comemorar!”-disse Gina eufórica.
Draco a olhava como se a mulher estivesse louca, mas antes que ele pudesse dizer algo, ela começou a falar:
“Malfoy, você não entende! Essa reunião foi um grande marco das nossas vidas! Essa reunião é uma porta aberta para o nosso futuro! Então, isso merece uma comemoração.”-explicava Gina, mas Draco não estava inteiramente convencido, então a mulher continuou-“Eu não aceito não, como resposta, Malfoy, além do mais você não parece que tem 32 anos e sim parece que é um cinquentão!”.
“Que horas que eu tenho que te buscar?”-disse Draco totalmente convencido.
“Às oito horas. Você pode ir Via Flú se quiser”-disse Gina.
“Não, eu vou buscá-la de carro, você está cada vez mais doente, Weasley, não pode se esforçar muito.”-e ao ver que a mulher ia dizer algo, ele emendou depressa-“Eu sei onde você mora”.
“Ótimo! As oito então.”-falou Gina, saindo do consultório.
Deixava para trás um Draco abobalhado e ao mesmo tempo “feliz”.
CONTINUA...
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