Epílogo - Que droga é essa?



Oi, gentee! Aqui estamos com o último capítulo da fic... Foi ótimo escrever, e fiquem ligados pois começarei o sétimo ano de James Potter!


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Você já deve me conhecer. Meu nome é James Potter, melhor amigo de Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew, 12 anos, entrando agora para o segundo ano de Hogwarts. Divido o quarto com esses quatro, além de um cara chamado Paul (isso saiu gay, eu sei).


Odeio um menino seboso idiota chamado Severus Snape, ou melhor, Ranhoso. Ele é feio, tem cabelo gorduroso e vinte e duas das trinta cartas que meus pais receberam de Hogwarts e um nariz enorme.


O novo segundo ano da Grifinória de Hogwarts tem cinco meninas: Mia Lee, Zoe Shaw, Sarah Davis, Holly Hall e, não podia faltar, Lily Evans. Sou amigo de todas elas, exceto da Lily. Ela é ruiva com olhos verdes. Ela me odeia, mas não posso dizer que o sentimento é recíproco. Quer dizer, ela é legal e tal, mas não queria que fosse minha melhor amiga ou minha... Ok, eu estou corando. Por que, em nome de Merlin, eu estou corando não sei dizer.


Enfim, chega de falar de escola. Argh. Eu amo Hogwarts, mas agora estou de férias, em minha casa com os meus três melhores amigos. Olhando para o relógio me assusto ao ver que são seis e meia da manhã.  SEIS E MEIA DA MANHÃ! Estou de férias, caramba!


Mas enfim. Estou sentado no telhado da minha casa. O dia já está claro, estou no verão. Mas é claro que o Sol já deveria ter nascido, né James Potter? Sorri. Não conseguia entender a razão de estar acordado. Meus melhores amigos estão aqui em casa. Faltam três semanas paras as férias acabarem e hoje mais tarde iremos com meus pais para o Beco Diagonal.


Passei a mão pelos meus cabelos e deitei no telhado tentando dormir de novo. É claro que não consegui. Se eu não estava dormindo na cama, não ia conseguir dormir no telhado duro. Duh. Onde está a genialidade do melhor em Transfiguração do ano? Que se dane, estou morto de sono.


Tentei lembrar do meu sonho, sem sucesso. Tinha uma mistura de vermelho e verde, tons marcantes que eu só vira em algum lugar... Não conseguia lembrar onde, mas eu gostei da mistura.


Que tal parar de tagarelar, James Potter? Você poderia falar algo de útil, não? Estou com sono, não tem como! Observei Bips, a minha coruja, sobrevoar o campo de Quadribol. Pensei em descer para pegar pergaminho, pena e tinta, mas não tinha ninguém que eu quisesse escrever. Ou o quê escrever, eu devo admitir. Sentei, suspirando e abracei minhas pernas.


Fechei os olhos, sentindo a brisa bater no meu rosto e sorri. Amo alturas. Por isso gosto tanto de voar. Não existe, para mim, sensação melhor que o vento batendo no rosto.


Minha casa estava um pouco diferente desde o Natal. Enquanto eu estava em Hogwarts, meus pais aproveitaram para acrescentar um andar, aumentando para nove o número de quartos.


Suspirei novamente e abri os olhos. Ah, já sei! Posso falar sobre meu primeiro ano em Hogwarts! É isso! Vou relembrar meus melhores momentos...


Eu lembro que meus pais me levaram para a plataforma 9 ¾ e lá eu conheci Sirius. Nós nos falamos pela primeira por causa de alguma garota que eu estava observando... ah, era a Lily. Posso sentir que estou corando. Mas ela é bonita, ora! Tá, isso não melhora a situação da minha bochecha.


Não importa. Comentamos como as garotas ali eram bonitas e tal e vimos Ranhoso... Ou eu vi Ranhoso antes ver Sirius...? É, eu vi Ranhoso antes de ver Sirius. O apelidei segundo as informações secretas de meu pai.


Conheci os outros dois dentro do vagão e tal... Algum tempo depois, Lily e Ranhoso apareceram de novo... Eu ignorei, quer dizer, fingi que ignorei, mas quando eles começaram a falar das casas... Aquele seboso queria ir para SONSERINA e queria levar Lily junto com ele! Maluco, eu sei... Como se a Ruivinha fosse para outro lugar sem ser a Grifinória... Corvinal, talvez... Mas Sonserina? NUNCA! Descobri, nesse mesmo dia, a família sombria de Sirius.


Percebi que os três eram bem legais, rimos o caminho todo. Sirius é igual a mim: gostamos de zoar as pessoas, somos espertos, bonitos e charmosos... Apesar de que eu sou beeeem mais bonito que ele. Sorri ao pensar na resposta dele se ele estivesse aqui. E se ele pudesse ouvir meus pensamentos, claro.


Eu, Lily (frio na barriga inexplicável), Remus, Sirius e Peter fomos selecionados para Grifinória e Ranhoso foi para a Sonserina. Otário perdedor.


Gargalhei ao lembrar da ida até o castelo pelo lago. Eu apostara com Sirius para ver se eu conseguia molhar Ranhoso, mas só três gotinhas caíram nele, enquanto o resto caiu em Lily. Acho que foi aí que ela começou a me odiar. Não tinha motivo nenhum. Foi só um pouquinho de água e ela secou em segundos!


Eu lembro que pregamos nossa primeira peça no Ranhoso e a Lily me dedurou... Eu acho, não tenho certeza. Sei que ganhei detenção. Ah, foi minha primeira detenção e a primeira carta que recebi, mas valeu à pena. Continuamos a pregar peças no Ranhoso e eu a perturbar Lily. Se ela estivesse aqui, teria gritado muuuuito alto: JÁ DISSE QUE É PARA ME CHAMAR DE EVANS!


Eu ri mais uma vez ao me lembrar da raiva nos olhos dela. Ela era estranha. Algumas horas éramos amigos, em outras... Ela me odiava. Principalmente quando eu fazia algo contra Ranhoso. Sério, qual o problema com ela? Quer dizer... Ranhoso! Quem pode ser amigo do Ranhoso? Malfoy não conta. Ele é muito idiota para ser considerado alguém.


Lembrei da partida de Quadribol, quando eu apanhei o pomo e entreguei-o para o verdadeiro apanhador. Depois, eu e Sirius armamos contra Ranhoso de novo. Aquele cartaz foi genial, ideia minha, é claro.


Por falar em shampoo e Ranhoso, lembrei do presente de Natal que demos para ele: uma embalagem de shampoo preto e fedorento para cabelos oleosos e uma revista trouxa com uma capa sobre homens narigudos. Ri mais um pouco. Até meu pai nos ajudara com aquela.


Mais reviravoltas no estômago ao lembrar de quem eu encontrara na farmácia: Lily Evans e sua família. Aquela irmã dela é uma peste. Me chamou de aberração! Eu, James Perfeito Potter, uma aberração! Balancei a cabeça. Só porque somos bruxos.


Falando na Ruivinha, lembrei de vários momentos com ela: a detenção, quando eu disse tchau na plataforma, a ameaça dela no Expresso de Hogwarts, quando ela jogou suco em mim, quando ela quase descobriu sobre as saídas secretas de Hogwarts, quando nós ficamos amigos por uns tempos, quando ela me odiava, quando inventei o apelido “Ruivinha”, quando eu joguei Hidromel nela...


Lembrei de tudo isso sorrindo. Ela era realmente muito bonita... Quer dizer, muito legal... Oh, Merlin, que droga é essa? Passei mais tempo pensando em Lily nesses últimos dias do que em qualquer outra pessoa...


A última memória que eu trouxe para minha cabeça foi a que me causou o maior frio na barriga. Uma mistura de nervosismo e de alegria...


Foi o nosso beijo. Cara, como aquela lembrança me ocorria! Era uma das melhores memórias desse ano...


JAMES POTTER! O que é isso? Você está querendo dizer... Dizer não, pensar... que você queria ter Lily como amiga?


Nah, é só que foi meu primeiro beijo e tal...


-Caraminholas na cabeça, Potter?


Olhei para frente assustado e vi Remus se equilibrando numa vassoura. Quer dizer, vi Remus tentando se equilibrar.


-Lupin, seu tonto, você vai cair! – Eu disse gargalhando. Ele franziu a testa e chegou mais para frente, inseguro. Quando sentiu o telhado nos pés, eu já estava rolando.


-Muito engraçado, Potter, realmente...


-Ok, Remus, eu paro de rir...


-Obrigado – Ele disse, sentando-se ao meu lado – Então...


-Então o quê?


-Fazendo o quê aqui às sete e meia?


-Sete e meia?! Já?


-Sim, James. Você tem um relógio, sabia?


-Sim, eu sei – murmurei. Fiquei uma hora aqui no telhado.


-Pela cara que você fez, chegou aqui há um tempinho...


-Sim...


-Que horas?


-Seis e meia... – Eu abracei minhas pernas e apoiei o queixo em um dos joelhos, pensativo, enquanto Remus me olhava.


-Você está tão preocupado com o quê?


-Nada.


-É para fingir que acredito? – Sorri.


-Você me conhece, não é?


-Conheço os quatro...


-Quatro? – Perguntei confuso. Olhei para ele questionador.


-É... Você, Sirius, Peter e Lily.


-Ah... – Murmurei desviando o olhar. Remus, no entanto, continuou a me olhar. Sorriu de canto de boca.


-Você está com saudades, né?


-Sim.


-Você não porque, não é?


-Não, eu não sei.


-Pense, James. Você vai achar a resposta.


E com essa frase, ele se agarrou à vassoura e, desequilibrado, desceu.


Franzi a testa e vi o sol subir ainda mais. Deitei. O que Remus queria dizer com aquilo? O dia começava a esquentar, mas eu sabia que Sirius e Peter ainda dormiam a sono alto e que só iríamos ao Beco Diagonal depois do almoço.


Pensei em tudo. Todo o ano letivo em Hogwarts passou pela minha cabeça.


Com um estalo (e um sorriso) entendi o que Remus queria dizer.  O que ele descobrira há muito tempo.


Eu, James Potter, estava apaixonado.


Eu, James Potter, estava apaixonado por Lily Evans.

N/A: E aí, gostaram da fic? Fico esperando. P.S. --> Bah, dedico esse último capítulo a você! obrigada pelo incentivo! 

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