O aniversário de Lily



N/A: Heeeei, gal! Passei muuuuito tempo sem aparecer, né? Mas foi só por que meu PC quebrou e escrevi isso hoje... Tá beeeeeeem curtinho, mas espero que gostem desse capítulo...

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James e os outros não estavam muito tristes de voltar para a escola. Eles gostavam muito de lá. Mas a comida de Dylan era divina. Isso eles sentiriam falta.


Na viagem de volta para Hogwarts, eles encontraram Peter e foi uma risada louca. Todos estavam se divertindo, cheios de novidades para contar uns aos outros, apesar de quatro deles terem passado os últimos dias juntos.


Lá pelo meio-dia, a senhora do carrinho de doces passou, vendendo tudo o que eles queriam comprar para matar a fome. Logo depois do carro, Lily apareceu, sorrindo muito.


-Olá, garotos! – Ela disse. James pareceu surpreso com a sua presença mas, afinal, eles vieram se comunicando nessas férias.


-Oi, Lily – Três deles cumprimentaram. Um ficou de mau-humor e o outro muito surpreso para dizer algo. A garota adentrou a cabine deles, para surpresa de todos e sentou entre Remus e James.


-Eu e Sev podemos ficar aqui? – Essa simples pergunta fez com que a calma entre ela e James acabasse naquele momento. Ele a encarou como se ela estivesse louca.


-NÃO! – James e Sirius gritaram. Paul estava sério e Remus observava com um meio-sorriso nos lábios. Peter continuava paralisado.


-Porque não? – Lily perguntou – Algo contra?


-Contra você, não. Mas contra Ranhoso, por outro lado...


-Você poderia parar de chamá-lo assim, James?


-Olha, Lily, eu acho complicado. Ele é...


-Um garoto com uma infância difícil, pelas barbas de Merlim!


-Infância di...? Esse garoto tem mais do que uma infância difícil! Ele gosta de Magia Negra, Lily!


-Como você sabe? – James podia sentir os olhos verdes da garota o fuzilando e o atravessando enquanto ele fechava os olhos para respirar fundo e se concentrar.


-Meu pai trabalho no Ministério. A mãe dele já foi presa por isso...


-A MÃE dele, não ele, Potter! A MÃE! E ela NUNCA praticou Magia Negra contra trouxas ou contra inocentes!


-Claro, porque um bruxo de oito anos desarmado não é inocente!


-O menino estava espancando Severus! E não foi Magia Negra pesada...!


-Foi a leve, né? Apenas um Crucius de leve, não era para causar dor, apenas para...


-Não foi Crucius – Lily disse, a boca se tornara uma linha e ela estava pálida. A voz foi um pouco mais alta do que um sussurro, o que era estranho, pois os dois estavam berrando.


-Na verdade, Evans, foi Crucius, sim. Meu pai me mostrou a ficha. Ranhoso te falou que foi um Expelliarmus? Pois saiba que NÃO foi. Um Imperius? Apenas para forçar o garoto se afastar? Não, foi Crucius. O garoto perdeu 30% da sua memória com a tortura. Passaram-se vinte minutos depois do menino ter se afastado e ela continuou a torturar o garoto de oito anos!


-Como eu já disse, a mãe dele...


-Mas ele poderia ter feito alguma coisa! – James urrou – Poderia ter pedido para a mãe parar! A única parte que o garoto se lembra depois dos feitiços foi de Ranhoso rindo da cara dele.


Lily ficou calada dessa vez, sem argumentos. O seu rosto estava branco de novo. Ela lançou um olhar de raiva para James e algumas lágrimas brotaram dos olhos da garota. E o fluxo de lágrimas aumentou, mas ela continuou a encarar James.


-Te vejo depois, Remus. Foi um prazer vê-lo... Se Severus passar, diga que estou na cabine com os outros...


Remus acenou positivamente com a cabeça e ela foi embora. Uma de suas lágrimas caiu nas vestes de James que estavam penduradas.


Um silêncio profundo se estabeleceu durante dez minutos. Aquela cabine não parecia ser a mesma de antes.


Aos poucos, todos se recuperaram e James saiu para se trocar. Enquanto ele estava fora da cabine, os outros discutiam o que ocorrera ali.


-O que diabos foi isso? James saiu tão estranho!


-Sirius, meu caro amigo, James não queria magoar Lily. Ele queria mostrá-la como Severus pode ser má companhia.


-Você acha, Remus?


-Eu estou quase certo.


-Nossa. Preciso falar com ele...


-Não, você não precisa. Você vai ficar aqui e, quando James voltar, vai ficar de boca calada sobre o assunto. Fingindo que isso não ocorreu.


-Fingindo que isso não...? Remus, você é insano? Você é louco? Como vamos fingir que isso não aconteceu?


-Fingindo. Não falando sobre o assunto. Não fazendo mais perguntas. Evitando falar tudo que passa lembrá-lo do ocorrido.


Sirius olhou sério para o rosto de Remus e percebeu que o amigo estava certo.


Ao contrário do que os quatro amigos pensavam, James estava ciente do acordo. Sentado e escondido do vidro da cabine, ele ouvira os amigos. Deu um sorrisinho e foi realmente fazer o que ele disse que faria aos garotos.


 


Tudo voltou à normalidade. Aulas com Sirius, deveres copiados de Remus, planejamentos para fazer coisas com Snape, treinos de Quadribol e brigas com Lily.


As brigas com Lily eram as piores coisas. Eles berravam um com o outro, às vezes na Sala Comunal, às vezes no corredor, às vezes do lado de fora.


Um dia, Lucius Malfoy os viu brigando e decidiu que era muito violento. Deu uma detenção para cada.


Mas o dia 31 de Janeiro se aproximava e James, mesmo brigando constantemente com Lily, não queria deixar a data passar em branco. Pensou em muitos presentes e se decidiu por um.


Ele pediu o presente para sua mãe comprar, e ela, para a felicidade de James, não estranhou. O presente seria enviado para James pela noite, assim ninguém veria o que era.


No dia 31, James pegou o pacotinho que recebera pela noite e embalou de uma forma diferente da que recebera e no cartão escreveu:


PARABÉNS, LILY. DE UM AMIGO.


Ele cortara as letras do Profeta Diário para não reconhecerem a sua caligrafia e jogou o resto do jornal no fogo. Nenhuma prova.


Ele acordou cedo, pegou o presente e se mandou para o Corujal. Pensou que ninguém estaria acordado àquela hora num domingo, a não ser que quisesse fazer algo. Mas havia alguém que queria fazer algo. Na verdade, queria fazer a mesma coisa que ele.


James seguiu, sem perceber que havia alguém o seguindo. Mas esse alguém sabia que James nunca iria perceber sua presença, tamanha era a concentração.


E ele estava certo. James não olhou para trás sequer uma vez. Pensava, e estava quase certo, que ninguém acordaria às seis da manhã num domingo e iria para o Corujal.


Quase certo.


James ia assoviando por onde passava e nem Pirraça, o Poltergeist, o ameaçou. Ele sorriu mais ainda ao chegar ao Corujal e escolher uma coruja qualquer.


A pessoa que o seguia esperou entre várias corujas até James perceber que ele precisava ir. O seu “Seguidor” finalmente enviou a carta e saiu em disparada, para que James não descobrisse quem ele era.


Mais tarde, no café-da-manhã, Lily recebeu vários presentes e quando todos pensaram que eram só aqueles, uma coruja chegou piando e chamando atenção de todos. Lily sorriu para a coruja das torres.


Finalmente, a grande coruja parou em sua frente e lhe entregou o presente. Todos na Grifinória a observavam, para saber quem tinha sido o atrasado e o que este havia comprado.


A embalagem era de uma loja de trouxas, então logo se supôs que tinha sido Paul ou outro meio trouxa. Mas Paul já dera o seu presente. O pacote era um pouco pesado e tinha o tamanho de um copo.


A embalagem era rosa-berrante, com detalhes verde-limão. Estava escrito “FRÁGIL” em um dos lados do embrulho.


Lily olhou curiosa para o pacote. Mas deu de ombros e começou a desembrulhá-lo. Aos poucos, ela percebeu o que era aquilo. E sorriu. Deu o maior sorriso que alguns já viram.


A maioria queria saber o que era, mas rapidamente o conteúdo do presente vazou: era um perfume trouxa, com o nome “Lily Essence” (Essência de Lily).


-Quem foi? – Não paravam de perguntar. Mas Lily tampouco sabia a resposta.


-Foi... um amigo – Ela respondeu, ao ler o cartão. Ela ficou tão feliz por alguém ter feito isso para ela que sorriu até James e Sirius, que deram o parabéns educadamente.


-Eu só queria saber quem é esse amigo... – Ela suspirava para Remus. Algum tempo depois, James ouviu uma voz acima dele.


-Boa atitude, James. Boa escolha de presente.


Remus estava acima dele, com um sorriso bondoso no rosto. James retribuiu o sorriso com o mesmo entusiasmo.


Afinal, era um bom presente!

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