Me deixa em paz!



N/A Oiii, gente! Tudo bem? Estou de volta, com mais um capítulo da fic, o décimo segundo e penúltimo. Vou começar a escrever o sétimo ano de James, onde terá shipper MESMO. Muitas coisas acontecerão nessa outra fic... Enfim, espero que gostem! Boa leitura e reviews!



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James recebeu aquela notícia em choque. Ele não fizera aquilo e odiava Ranhoso e depois de um minuto voltou ao normal.


-Bem, não vou dizer que sinto muito, mas não fui eu.


Lily olhou para aquele odioso menino de cabelos pretos que tanto odiava, ficando vermelha. Ela não se importava se era aniversário de “Potter”, se a casa toda estava olhando e começou a chorar e dar tapas no garoto. Ele foi ficando fraca enquanto James fugia pelo Salão Comunal e Lily desistiu de segui-lo, deitando no chão em forma de bola.


Ela não estava chorando somente por Snape. Estava chorando pelos meses de chateação, por ter apenas três amigos numa escola com quase trezentos alunos, por seu melhor amigo ser isolado, por ser conhecida como sangue-ruim espertalhona, por não ter o apoio de sua irmã e por muitos outros problemas.


Remus, que a entendia, agachou-se ao seu lado e a abraçou. James passava a mão no braço, onde Lily o atingira. Ele se aproximou da garota, que tirou as mãos dos olhos, os enxugou com as mangas das vestes, tirou o cabelo do rosto e direcionou seus intensos olhos verdes, agora manchados de vermelho, para James.


-Saia daqui!


-Mas...


-Por favor, vá embora!


-Lily...!


-ME DEIXA EM PAZ!


James não precisou ouvir outra vez. Com a mão no braço, seguiu para o dormitório, seguido por Sirius e Peter. Paul ficara com Remus e Lily, por obrigação. Remus olhou para James dizendo “Desculpe-me. Tenho de ficar aqui”. James acenou com a cabeça, concordando.


Deitado na cama, tirou a camisa da seleção inglesa de Quadribol e foi ver no espelho se ficara marca. Uma bolota vermelha.


-Que menina forte, meu Deus... – ele comentou


-Louca, isso sim! – Sirius o corrigiu.


-Se isso fosse com você e eu pensasse que alguém tivesse feito isso eu deixaria o cara no chão.


Sirius sorriu e agradeceu. James se trocou e sentou na cama.


-Sabe, acho que vou ler... – Ele disse, levantando-se e pegando o livro da cabeceira de Remus.


-Romeu e Julieta... O que será isso...?


Olhou para Peter; dormindo. Sirius estava no mesmo caminho. Ele deu de ombros e começou a ler.


Eram três da manhã de segunda quando James terminou de ler o livro. Ele guardou-o , deitou, tirou os óculos e ia se preparar para dormir quando Remus entrou.


-Ela está melhor? – James perguntou ansioso. Remus olhou para ele surpreso.


-Ela adormeceu nos meus braços. Chamei uma das garotas para autorizar a minha subida ao dormitório feminino para levá-la. Acabei de voltar de lá. Isso é meu livro aí do lado?


-É, é muito bom. Quem escreveu isso?


-William Shakespeare.


-Er...?


-Escritor trouxa famoso...


-Ah, claro. Boa noite, Remus.


-Boa noite, James.


 


***


 


No dia seguinte, James chegou na mesa do café cabisbaixo.


-Que foi, James? – Sirius perguntou – Não é por causa de ontem, né?


-Não... Estou com... sono – Ele disse entre bocejos. Então ele levantou a cabeça e viu Lily se aproximando e se apressou em colocar comida no prato e olhar fixamente para essa. A ruiva resolveu sentar-se o mais longe possível dele, mas não havia mais lugares disponíveis. Havia somente um: em frente a James. Quando ela se sentou, a Casa toda se calou, esperando para ver se haveria mais gritos. Lily murmurou “Bom dia, Remus” baixo e ignorou James. Depois de cinco minutos, cochichos se espalharam.


-Remus, você poderia me emprestar um livro?


-Claro, James. Tem algum em mente? – Lily, que antes conversava com Remus, fuzilou o garoto que odiava pela interrupção. Ela estava o ignorando, então ele faria o mesmo.


-Gostei daquele de ontem, Romeu e Julieta... Tem outro do mesmo autor?


-Sim, vários. O Mercador de Veneza, A Megera Domada, Hamlet, MacBeth, Sonho de Uma Noite de Verão...


-Você tem algum?


-Em casa... Posso pedir para minha mãe mandar...


-Ótimo! Obrigado, enquanto isso, eu lerei “Quadribol Através dos Séculos”, da biblioteca.


-Por que lendo tanto, caro James? – Sirius perguntou.


-Eu gosto de ler para esvaziar a cabeça...


-Está muito cheia? – Sirius se divertia.


-Só se for de titica – Remus respondeu, rindo. Sirius, Peter e Paul acompanharam-no, assim como algumas meninas. Lily abafou um riso.


-Achou algo engraçado, Evans? – James perguntou friamente. Ele demonstrava raiva por fora. Por dentro não se sentia assim.


Ela o ignorou.


Depois do café, eles foram para a aula de voo, que seria feita no campo de Quadribol. A professora separou aqueles que se mantinham na vassoura e formou dois times com sete de cada lado.


-O Balaço não será um de verdade, será uma cópia mais leve com a mesma função. Digo o mesmo dos bastões. O Pomo será mais devagar.


James retrucou. Mas quando ele viu seu time retrucou mais ainda: ele, Sirius, Remus, um garoto Sonserino, um Grifinório, uma Grifinória e Lily.


Ele retrucou, de novo, coisas ininteligíveis. Sirius chegou perto e ouviu o que ele estava falando.


-James, eu estou no seu time. – Ele disse – Com o Sirius aqui você ganha fácil... – James forçou um riso. Ele seria, é claro, o apanhador, Remus o goleiro Sirius e os dois Grifinórios os goleadores e o Sonserino e Lily seriam batedores. Quando James olhou para seu time, teve vontade de chorar.


-OK, gente. – Ele começou quando todos se reuniram – Sem ofensas, mas eu acho que sou o melhor jogador daqui... – Lily e o Sonserino soltaram muxoxos –... e se alguém discorda, tome a palavra. - Ninguém falou nada.


-Qual o plano, James? - Sirius perguntou.


-Os artilheiros devem passar a goles rápido, voar perto e voltar para marcar. Remus, fique no aro central e só se movimente quando eles estiverem atacando. Batedores, tentem mirar os balaços nos artilheiros e no apanhador. Muito bem, vamos!


-E você vai fazer o quê, espertinho? - Perguntou o Sonserino.


-Pegar o pomo o mais rápido que puder.


O jogo começou e eles seguiram com o plano. Sirius estava melhor desde a última vez que jogara, Remus defendera quatro lances e levara dois gols. Lily estava fazendo uma ótima partida - para o outro time.


Sua intenção era, claramente, atingir James quantas vezes ela pudesse. O garoto, porém, era rápido e se desviava bem dos balaços, o que deixava Lily mais furiosa.


Eles perdiam de vinte a zero quando a ruiva tentou acertar James pela sétima vez. Ele voava acima dela, e ela teve de lançar o balaço para o alto. Nunca souberam dizer como ela conseguiu cair da vassoura acertando o bastão nela mesma, mas o que importa é que James vira a cena e rapidamente descera para salvá-la de uma queda fatal.


-Valeu, Potter - Ela disse, mas James avistara o pomo.


-Se segura! - Ele gritou, acelarando. Lily gritou e abraçou a cintura daquele que mais odiava. O outro apanhador os seguia, mas James era melhor e capturou o pomo. Desceu calmamente para o chão e Lily lhe deu tapas.


-Como você se atreve a tocar em mim? - James parou de sorrir e começou a se proteger da chuva de mãos em cima dele com a clara intenção de machucá-lo. O mais estranho é que eles estavam montados na vassoura.


-AI, SUA MALUCA! EU SÓ NÃO QUERIA QUE VOCÊ CAÍSSE E MORRESSE!


-Eu não ia morrer! Nunca mais toque em mim!


-Você agradeceu lá em cima, você sabia que ia morrer!


-Não, Potter, eu disse “enlouqueceu!”


-Não, você disse “valeu, Potter!”


Lily fechou os olhos. Abriu.


-Eu tenho CERTEZA que eu disse “enlouqueceu, Potter!”. Se não entendeu isso lá em cima, entenda agora: ENLOUQUECEU, POTTER!


-Mas...


-ME DEIXE EM PAZ!


E, com esse feliz pedido, ela saiu enraivecida, chutando a goles que jazia no chão. Deu mais grito de dor e continuou seu caminho para o castelo. Sirius e Remus se aproximaram de James.


-Que garota mais maluca!


-James, relaxa. Eu concordo.


-Sirius, James, parem. Ela não é maluca, só está com raiva.


Os morenos olharam para o amigo e fizeram uma cara de “tá bom, então.”.


 


***


 


No domingo seguinte ao aniversário de James, teve um passeio para Hogsmead para os alunos mais velhos, portanto a escola estaria vazia.


James, Sirius, Remus e Peter decidiram ficar na escola estudando na beira do lago. Foram para a mesma árvore que estudaram antes.


-Mas para quê estudar mais? – Sirius resmungava. Remus já lhe explicara mais de cinco vezes, mas ele dizia que isso era besteira; ainda estavam em março!


-Sirius, você sabe que precisamos ajudar Peter! – James resmungou num sussurro. – Ele precisa da nossa ajuda!


-Mas...


E foi cortado por James. Essa rotina continuou até o meio de Maio. A única diferença é que nessa época eles começaram a comprar Cerveja Amanteigada e Suco de Abóbora para espantar o calor. Quando faltava um mês para os exames, eles decidiram passar a tarde de domingo estudando DCAT e Transfiguração. Nesse dia, o tempo estava especialmente quente.


-Pelas barbas de Merlin, que vontade de me jogar nesse lago! – Sirius exclamou, quando terminou a segunda garrafa de Suco de Abóbora em uma hora.


-Se jogue, Sirius, então a Lula se livrará de você por mim.


-Muito engraçado, James, muito engraçado – Ele respondeu sarcástico, em meio da risada dos outros.


Eles passaram o almoço todo lá, e deixaram os livros de lado passando a conversar. Quando eram três da tarde, James os chamou à ordem.


-Vamos estudar, gente?


Os outros garotos riram mas estudaram. Como todo milagre é único, James se distraiu, passando a mão pelos cabelos, limpando os óculos e falando coisas soltas ocasionalmente. Numa hora, ele levantou-se e espreguiçou-se, girando. Foi quando viu Lily e Snape discutindo, a uma distância de uns duzentos metros.


-Quem entende essa Evans... – Ele pensou, ainda olhando. Foi quando Snape sacou sua varinha que James franziu o cenho. “Ranhoso agora ataca garotas? E Evans ainda o defende.”


-James? – Sirius chamou.


-Quê? – Ele respondeu distante.


-O que você... ah, esquece...


Os dois continuavam a discutir e James observava-os. Lily sacou a varinha em seguida e o garoto começou a ficar preocupado.


De repente, Snape lançou um feitiço em Lily tão poderoso que ela voou uns trinta metros, desacordada, em direção ao lago.


-LILY! – James gritou. Em seguida, levantou-se, tirando os sapatos e meias, e correu na direção em que Lily caíra no lago. Ele guardou a varinha num lugar seguro e pulou na água gelada. Ele estava desesperado para salvá-la, nem se importou com o que ela iria fazer com ele quando voltassem à superfície.


Ele nadou muito até encontrá-la afundando. James começou a descer, se lembrando das aulas de natação que tivera com uns trouxas. Segurou a garota pelo pescoço, levando-a para a superfície. Quando chegou à beira do lago novamente, depositou a garota na grama, olhou para Snape e não gritou, apenas disse o feitiço.  Depois se virou para a ruiva.


-Lily? Evans, você está bem? – Ela ainda estava de olhos fechados, então ele virou seu rosto, deixando os olhos paralelos ao chão para que ela pudesse cuspir a água. Nada. Começou a fazer massagem cardíaca e quando Lily cuspiu enormes quantidades de água, ele suspirou aliviado.


-Você está bem, Lily?


-Potter? O que houve? – Ela perguntou e colocou a mão na garganta imediatamente.


-Ranhoso lhe enfeitiçou e você caiu desacordada no lago. Pulei para te salvar e quando voltamos para cá, azarei o idiota. Mas você está bem? Quer que eu te leve para a Ala Hospitalar?


-NÃO! Me deixa em paz! – Mas quando Lily disse isso, o esforço pareceu grande demais e ela desmaiou. James suspirou, guardou sua varinha e carregou a garota para a Ala Hospitalar.


 


***


 


Duas horas depois, Lily começou a abrir os olhos e viu James recostado na cadeira ao seu lado.


-Potter! O que você está fazendo aqui? – Ela sussurrou gritando.


-Nada – Ele disse, sorrindo e passando a mão pelo cabelo. Ela revirou os olhos – Estou esperando para ver se você estava bem. Vou embora agora. Ou você quer que eu fique? – Ele perguntou malicioso.


-Cala a boca, Potter!


-Só quero saber como você vai defendê-lo agora...


-Defender quem, Potter?


-O Ranhoso, é claro!


-Potter?


-Sim?


-ME DEIXA EM PAZ!


 


 


 

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