Halloween



N/A Oi, gente, postando aqui de novo! Bárbara, esse capitulo é para você! Espero que os outros gostem!


 


____________________*___________________________*______________________________*______________________________________


 


A escola inteira estava com o humor nas alturas no Dia das Bruxas. Os alunos mais velhos comentavam com os mais novos sobre o grande banquete de Halloween e os fantasmas pareciam animados. Em todo o castelo todos estavam felizes com a proximidade da data, incluindo, com certeza, James Potter e Sirius Black.


James ainda queria ser amigo de Lily. Mas Sirius o convenceu que ele podia ter amizade de outras garotas.


-Como, por exemplo, Annie Cooper – Sirius finalizou com um sorriso.


-É, eu acho que sim... – Concordou James. Sirius “preparou” tudo. Eles iam se encontrar com Annie nos jardins no domingo anterior ao Halloween.


E deu tudo certo.


James ficou surpreso que ele se desse bem com todas as meninas que falava.


-É o seu charme – Sirius disse, sem se dar o trabalho de esconder a risada que era uma contradição às suas palavras.


Mas James não ligou; não fora um encontro, claramente não, já que Sirius e a amiga de Annie, Amber Dawson, estavam lá.


Os quatro se reuniram embaixo de uma árvore na beira do lago. James e Sirius roubaram algumas garrafas de suco de abobora da mesa.


Passaram quase a manhã inteira conversando sobre assuntos diversos, até que chegou um assunto que deixou as meninas temerosas.


-Você-Sabe-Quem está tomando cada vez mais poder – Dizia Amber – Todos aqueles que não são puro-sangue correm perigo.


-Voldemort apenas machucará aquele que lhe der oportunidade – James disse, bagunçando o cabelo. Annie ficou ainda mais caída por ele.


Passada essa conversa, discutiram assuntos mais banais.


-James, onde você estava? – Remus perguntava assim que eles chegaram na Sala Comunal.


-Lá embaixo, conversando com Annie, Sirius e Amber. Por quê?


-Paul e Lily sumiram...


-Ah, eles estão jogando futebol...


-Aonde? Preciso falar com Paul... É urgente. Uma coruja chegou para ele com as palavras: COM A MÁXIMA RAPIDEZ. Eu li.


-E qual o problema?


-Souberam que a mãe de Paul tinha se casado com um trouxa.


-E daí?


-Voldemort lhe fez uma visita.


A boca de James se escancarou. Ele se recuperou.


-Eu sei onde eles estão. Venham! – Ele disse, disparando na frente. Sirius e Remus estavam atrás dele em segundos. Eles “voaram” pelas escadas e parecia que nada os pararia.


Então Lucius Malfoy apareceu. Sirius se esbarrou nele.


-Ora, ora. Veja quem está aqui! Sirius Black. E seus amigos. Para quê essa pressa toda?


-Não é da sua conta – Sirius rosnou.


-Olhe os modos, Black.


-Estou agindo como agem comigo na minha porcaria de casa. Agora saia da frente.


Lucius continuou parado e Sirius perdeu a paciência. Puxou os outros dois para o lado de Lucius e escaparam.


-MENOS TRINTA PONTOS PARA GRIFINÓRIA!


-Vá arder no fogo mais profundo do inferno que é o seu lugar! – Sirius amaldiçoou Lucius.


James assumiu a dianteira de novo em direção à salinha que foi o lugar onde mais se conectara ao mundo trouxa. Ele sabia que Paul estaria ali; ele comentara com James que era péssimo que ele tinha parado de ir aos treinos e que era para ir naquela manhã. Mas James lhe dera a desculpa de que iria conversar com Annie. Paul desejara boa sorte e acrescentara o convite para depois da conversa.


James chegou à masmorra e abriu a porta num rompante. Paul e Lily estavam rindo, deitados no chão. Suas mãos estavam entrelaçadas. James fingiu não ver aquilo.


-James, você veio! – Paul disse. Sorriu e fez um gesto mandando James se juntar a eles. Depois ele viu os outros dois – Sirius? Remus? Querem jogar também...?


-Esquece o jogo, cara... – A voz de James era calma e contida. Não passava de um sussurro alto. James sabia que se falasse um pouco mais alto, podia perder o controle e deixar vazar o sentimento. Em outras palavras, choraria. Paul percebeu a dor nas palavras de James e se levantou.


-Qual foi, cara?


-Eu não queria ser a pessoa a te contar isso – James começou. Remus lhe entregou a carta. Tinha uma lágrima nela – Mas eu não vejo como... Seria melhor você saber por amigos do que por boatos e jornais...


-Diz logo! – Paul disse, aflito.


-Seu pai é trouxa, não?


-Sim e daí?


-Você conhece aqueles que são preconceituosos com relação à família... – Lily se aproximara deles e olhava nos olhos de James pela primeira vez.


-Desembucha logo!


-Seus pais morreram – James disse num sussurro ainda mais baixo. Paul se desesperou. Abria a boca sem parar e lágrimas de desespero brotaram de seus olhos. Ele pôs as mãos no rosto.


A imagem do desespero.


James não aguentou. Chorou também. Lily estava soluçando. Remus e Sirius não choraram, mas não estavam insensíveis. James abraçou Paul. Lily veio em seguida e não se lembrava de que aquele que abraçava seu amigo tinha feito tudo e mais um pouco com Severus.


Os três ficaram no abraço soluçante durante dez minutos. Ninguém os interrompeu. Ninguém chegou na porta da masmorra.


-Aqui está a carta – James sussurrou de novo – Nós lemos. Tinha um tom urgente. É de sua avó. Desculpe-nos por ter lido.


-Tudo bem, eu acho. Preferia saber por você a ler uma carta. Obrigado, gente – Ele disse e o abraço se desfez – Obrigado por serem tão...


-Esquece – James lhe cortou – Somos seus amigos. Fizemos o que qualquer um teria feito.


-Não. Você pode ter seus defeitos...


-Seus defeitos: orgulhoso, arrogante, tirado, inconsequente, metido... – Lily disse. Não parecia querer ofender. Foi apenas um acréscimo. Paul sorriu entre as lágrimas e continuou.


-Esses defeitos que a Lily disse. Pode ser orgulhoso, mas esqueceu tudo quando viu um amigo sofrendo. Sofreu antes do amigo.


-Encaramos um monitor! – James acrescentou.


-Esse é o meu garoto! – Paul disse com orgulho.


-Paul, o que você quiser fazer, nós faremos agora.


Paul sorriu.


-Não quero fazer nada em especial. Acho que tenho que responder para vovó. Dizer que eu já sei.


-Ela pediu para você ir para o enterro. Será amanhã. Quer que você fale com Dumbledore.


-É, é uma boa ideia...


-Quer que eu vá te acompanhe? – James perguntou.


-Quer que nós te acompanhemos? – Lily corrigiu.


-Claro, gente. Obrigado. Vamos lá.


Aquela tarde foi melancólica. Paul teve autorização para faltar o dia seguinte e ir para o enterro dos pais. Paul, James, Sirius, Remus e Lily ficaram no dormitório masculino. Peter não ficou, pois não suportava um clima triste.


Lily e Remus juntaram as cinco camas por magia e eles ficaram deitados, todos juntos. Paul no meio. Do seu lado direito, James e Sirius. Do esquerdo, Lily e Remus. Eles pouco falaram. Mais para o final da noite, pouco tempo antes de Peter entrar e dizer que estava na hora do jantar, que Paul disse alguma coisa.


-Ei, James? Tava conversando com a Annie?


-É. Eu, Annie, Sirius e Amber.


-E foi boa essa... “conversa”? – James pôde sentir as aspas na palavra.


-Foi boa. Mas foi apenas isso. Uma conversa.


-Seu mentiroso! – Sirius exclamou – Marcaram de se encontrar no Halloween.


-Nossa!


Paul parecia feliz em meio da tristeza. James sabia que Sirius estava feliz também. Remus não ficou insatisfeito e Lily ficou calada. Ela ainda não falava com James.


-Mas eu não acho que vou...


-Isso é por minha causa?


-Bem, é. Não suporto a ideia de ter esse tipo de conversa com você tão triste...


-Nem pense nisso! Vou ficar mais feliz se você ficar um pouco mais feliz! – James suspirou.


-Já que você insiste tanto... – Todos riram. Mais um momento de silêncio.


-Vocês realmente querem comer? – Lily perguntou. Ninguém estava com fome, James sabia disso. A resposta foi um ‘não’ coletivo. Ficaram ali juntos até onze da noite, quando Lily teve que sair para ir ao dormitório feminino dormir. Remus acenou para as camas e elas se separaram.


Todos adormeceram imediatamente.


A semana que se seguiu não foi agitada, mas na sexta-feira algo definitivamente fez o dia mais feliz dos alunos do primeiro ano: iriam aprender a levitar.


O professor os dividiu em pares para o trabalho. James e Lily ficaram juntos, fato que aborreceu muito ambos.


-Não se esqueçam! – O professor dizia – Clareza na fala e movimento certo no pulso.


James e Lily não se ignoravam.


-Potter, você poderia me passar aquela pena em cima da mesa?


-Claro, Evans. Boa sorte!


-Obrigada. Para você também.


Começaram a praticar e Lily foi a primeira a conseguir, seguida por James.


Peter levara tarefa de casa: praticar. James estava tão satisfeito que ele levitava tudo ao seu alcance. Isso irritava Lily, que normalmente estava por perto.


-Quer dizer – ela se justificava para Remus – Que bom que ele sabe fazer um feitiço. Mas precisa ser todos os segundos?


Remus concordou com ela, não apenas para acalmá-la, mas porque ele concordava com Lily. Era quase irritante ver sua taça de suco voar.


James percebeu isso pela cara de Lily e Remus e parou. O humor dos dois aumentou.


Sábado foi relativamente calmo. Os alunos estavam ansiosos pelo Halloween. James ouvira falar que era uma festa ótima e estava animado para os doces.


Além disso, teria seu primeiro encontro.


Não seria o primeiro beijo. O primeiro foi aquele com Lily.


Ele estava nervoso por dentro, mesmo que não demonstrasse. Com Lily fora repentino. Ali seria planejado. E Annie era mais velha.


Ele sacudia a cabeça quando fazia comparações. Com Lily fora um acidente. Apenas isso.


Na tarde de sábado, Sirius e James fizeram o dever de casa com Remus. Estavam atrasados, então Remus os ajudou. Lily ficou lendo e Paul conversando com Peter.


Domingo amanheceu com um cheiro ótimo no ar. James e Sirius tinham dormido tarde (ambos às duas da manhã) e acordaram na hora do almoço. Já conseguiam sentir o cheiro do almoço e, é claro, se levantaram rapidamente, cheirando o ar com sorrisos no rosto.


-Bom dia, James.


-Bom dia, Sirius.


-Hoje é o seu primeiro encontro, huh?


-Com certeza!


E Sirius começou a dar dicas para ele. James fingia que ouvia e murmurava nas horas certas. Então James realmente parou para pensar. E viu o erro que estava cometendo.


-Sabe, Sirius, acho que isso é um erro.


-Elogiá-la? – Sirius perguntou confuso.


-Não. Ter um encontro agora. No primeiro ano.


Sirius fez silêncio e começou a pensar. James lhe deu todo o tempo necessário. E repensou também.


Ele era do primeiro ano. Tinha onze anos. Não era porque ela era mais velha. Nada disso. Ele é que era jovem demais. Não era preparado para nada. Com Lily fora um acidente. Ele não soube o que ocorrera lá...


Mas agora ele sabia de alguma coisa... Ele não estava preparado para aquilo. Ele sabia o que aconteceria se ele saísse com Annie.


Aconteceria algo, algo que ele não estava preparado.


Então ele sentiu nojo dele mesmo por estar prestes a fazer algo tão sem sentido. Algo tão adiantado para ele, que ele, James Potter, desistiria. E ele viu que estava fazendo a coisa certa.


Desistindo daquela loucura. Desistindo de fazer algo que ele não queria fazer.


Ele se sentia tão bem que poderia cantar, dançar e rir.


-Eu apenas quero que você me explique, para saber se é o que eu estou pensando.


-Eu acho que sou muito novo para isso, sabe? Não é só porque ela é segundo ano, sabe? É que eu ainda tenho onze anos! Sou do primeiro ano! Acho que não estou preparado para isso!


“Isso é um erro. Isso é uma coisa que eu não queria fazer. Por isso tenho andado tão... tão... cabisbaixo. Tão triste. Esse sentimento tem me matado. Não acho que eu conseguiria ser... feliz depois de hoje. Não tanto quanto antes.


“Hoje, assim que pudermos, iremos explicar à ela o problema. Ela merece saber”


Sirius encarou James e sorriu. James deu um sorriso nervoso.


-Cara, você amadureceu tanto com essas palavras – Uma voz diferente disse.


-Remus! – Exclamaram James e Sirius juntos.


-É, eu mesmo. James, você não sabe o tamanho do meu orgulho por você agora. Você percebeu a besteira que ia fazer e desfez. Se precisar de alguma coisa, eu estou aqui.


-Remus, vou precisar de você hoje.


-Quando?


-Quando eu contar para a Annie que eu não irei para o encontro com ela!


Eles riram bastante. James sentiu-se livre.


Ele teria que se encontrar com Annie de tarde, antes de ir para o jantar de Halloween. A tarde se passou boa, então deu a hora de sair para ir ao “encontro”.


James, Sirius e Remus saíram mais cedo e marcaram de se encontrarem com Paul, Peter e Lily dali a dez minutos na mesa.


Quando ele achou Annie, ela ficou surpresa de ver os outros dois garotos.


-James? Algum problema?


-Na verdade, sim, Annie. Eu, er, não posso sair com você.


-Por quê?


-Bem, é por minha culpa.


-Não entendo.


-Eu achava que estava preparado para isso, mas... – Ele suspirou – não estou. Ainda sou muito novo, Annie, e despreparado. Acho que você merece alguém que realmente esteja preparado para... er... isso. Me desculpe.


-Tudo bem.


-Tudo bem mesmo?


-Sim. Que bom que você não fará que não queira. Mas, quando estiver preparado, saiba que eu também estarei – Ela disse e piscou para James. Depois saiu em direção ao banheiro. Os garotos saíram correndo e satisfeitos para o Salão principal, aproveitar, com toda a escola e amigos, a primeira festa de Halloween deles em Hogwarts.


 


 


N/A Espero que percebam, como eu, que James está espertinho e estudioso demais, né? Pensei em deixar o encontro rolar, mas percebi (com a ajuda de Carol, minha amiguinha Jumenta Voadora) que isso era muito avançado para o primeiro ano. Não cola om nossa tia Jo. Me desculpem algo que escrevi e vocês não gostaram! Beijos!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.