Lily Evans



N/A Oi, gente, estou de volta, com o segundo capitulo... Já estou trabalhando no 3º e acabei de fazer a capa da fic e estou descobrindo como faço para postar... Alguém dá uma ajuda?


De qualquer forma, obrigada por lerem esse segundo capitulo! Peço que enivem sua opinião, assim saberei o que vocês acharam... Beijos e obrigada por lerem novamente!


 


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-Bem-vindos a Hogwarts – Dizia uma mulher. James achou que ela era uma professora que não toleraria ele – Me chamo Minerva McGonagall. O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem nas mesas, vocês serão Selecionados. A Seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui, sua Casa será como uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão aula com o restante dos alunos de sua casa, dormirão na sua Casa e passaram o tempo livre na Sala Comunal.


“As quatro casas são Grifinória, Lufa-lufa, Corvinal e Sonserina. Cada Casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em aqui, seus acertos lhes renderão pontos para a sua Casa, enquanto seus erros a farão perder. No fim do ano, a Casa com mais pontos receberá a Taça das Casas, uma grande honra. Espero que vocês saibam honrar a Casa em que ficarão.”


Ela parou olhou para eles e se fixou em James. Ele sorriu e piscou para ela. Ela trincou os dentes.


-A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos em frente da escola toda. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem.


Ela olhou para James de novo, em seguida para o cabelo dele. Ele riu e passou a mão no cabelo de novo, desarrumando-o.


-Como será a seleção? – Peter perguntou nervoso. James e Sirius se entreolharam.


-Você terá que mostrar todos os seus talentos mágicos na frente de Albus Dumbledore. Aí ele te avaliará – Disse James.


-E, caso você não saiba fazer nenhum magia, você vai para casa de novo – Sirius completou. Remus os olhava, divido entre reprovação e diversão. Mas Peter parecia apavorado. James olhou para Snape de novo. Ele e a ruiva não, conversavam mais. A garota estava calada, rosto branco.


Aquela imagem divertiu James um pouco. Snape estava nervoso também. Resolveu continuar a brincar com Peter. Ele aprendera um único feitiço com seus pais: Wingardium Leviosa. E era legal. Fazia as coisas levitarem. James mirou a varinha que Peter segurava.


-Wingardium Leviosa!  - Ele disse, fazendo o movimento com a mão.


A varinha de Peter flutuou pouco no início. Depois James levantou-a mais um pouco.


-Minerva! – Avisou Sirius. A varinha caiu na mão de Peter.


-Muito bem! Estamos prontos. Venham!


Eles seguiram a prof. Minerva em direção a uma porta que James sabia dar no Salão Principal.


Dentro do Salão que dariam várias casas dos Potter dentro, haviam cinco mesas gigantes. Pelos relatos de seu pai, James sabia onde ficava a mesa de cada Casa: Sonserina, na extrema direita, depois Lufa-lufa, Corvinal e na extrema esquerda Grifinória.


A quinta mesa ficava no centro, onde os professores sentam. Mas a atenção de todos estava num Chapéu velho: o Chapéu Seletor. Então ele começou a cantar.


 


Posso parecer apenas um chapéu rasgado


Mas eu sei muito mais do que vocês


Pois séculos de vida eu tive


Apenas para selecioná-los nas suas Casas


Mas uma coisa eu peço!


E ouçam com atenção.


Seja você de qualquer Casa,


Precisamos nos unir


Pois alguém lá fora planeja desunião


Inimizade e falta de coração


Mas agora vou finalizar essa parte da canção


E vamos dar início à Seleção!


 


Todos bateram palmas e o chapéu ficou parado.


-Quando eu chamar seu nome, venha aqui para frente e ponham o Chapéu na sua cabeça. Ele vai te dizer a sua Casa.


Peter suspirou e olhou para James e Sirius com cara feia. Os dois caíram na gargalhada. A prof. Minerva olhou severamente para eles.


-Abbot, Natalie.


Uma menina pequena de cabelos crespos e castanhos se adiantou. Uma pequena pausa e...


-LUFA-LUFA! – A mesa correspondente explodiu em vivas e palmas. Mais duas pessoas e então...


-Black, Sirius.


Sirius recebeu um tapinha nas costas de James, respirou fundo e colocou o chapéu na cabeça. Um minuto se passou, então...


-GRIFINÓRIA!


Fez-se silêncio no Salão. Todos sabiam que os Black iam para a Sonserina. Sirius seria uma exceção.


Então James começou a bater palmas, seguido da mesa da Grifinória. Seu amigo sorriu e foi se sentar na mesa. Lucius Malfoy estava com o rosto nas mãos.


A Seleção continuou.


-Evans, Lily. – A garota ruiva que James tanto queria saber o nome se adiantou.


-Ahá! – Ele exclamou. O chapéu mal tocou os seus cabelos ruivos.


-GRIFINÓRIA! – James aplaudiu também. Lily saiu com o rosto meio vermelho e ele sussurrou no seu ouvido:


-Parabéns! – Ela saiu como se nada tivesse ouvido. Mais pessoas...


-Lupin, Remus.


Ele se adiantou e sentou no banquinho.


-GRIFINÓRIA!


James via a fila diminuindo e ficava, por incrível que pareça, nervoso. E se eu não for para Grifinória? E se eu for para... Sonserina? (tremeu e fechou os olhos) Não. Eu não vou para Sonserina. Vou para Grifinória, como meu pai, Sirius e Lupin...


A letra ‘P’ chegou e James ficou mais nervoso ainda.


-Pettigrew, Peter.


Peter foi tremendo em direção do chapéu. Alguns minutos de espera...


-GRIFINÓRIA! – Ele sorriu e foi para a mesa.


-Potter, James.


James respirou fundo e foi em direção ao Chapéu. Sua visão foi interrompida pelo breu.


-Ah, sim! Um verdadeiro Grifinório... Corajoso e leal... Mas que malícia é essa? Apenas brincadeira! Você vai para GRIFINÓRIA! – O Chapéu Seletor disse isso em três segundos.


James sorriu aliviado e passou a mão no cabelo de novo assim que tirou o Chapéu da sua cabeça. Se encaminhou para a mesa que ele tanto queria ir.


-Parabéns, James! – Remus disse.


-Valeu!


-Se fosse para a Sonserina comigo na Grifinória eu te quebraria! – Eles riram.


-Valeu, Sirius. Bom saber que você gosta da minha companhia!


Eles riram de novo. O último nome que eles ouviram foi: “Snape, Severus”, que foi para a Sonserina. Lucius Malfoy sorriu e deu um tapinha nas costas de Snape.


-Sabe, Sirius, eu me mataria se eu fosse para Sonserina... Olha quem está lá! – James apontou para Snape e Malfoy.


-Ugh. Ranhoso.


Eles não perceberam que Lily olhava.


-Vocês podem parar de chamá-lo assim? – Ela pediu – Sev é um rapaz legal...


-Mas ele odeia nascidos-trouxa! Para mim, o apelido cabe perfeitamente – Se justificou James – Posso perguntar por que você estava ouvindo a conversa?


-Eu não estava... ouvindo! Eu tinha ouvido antes, lá no trem!


-Bem, a não ser que você ande conosco, não vejo porque parar de chamá-lo de Ranhoso, Lily – James concluiu, passando a mão no cabelo.


-Evans, para você.


-Que seja, Evans. Mas acho difícil parar.


-Tente, Potter.


-James para você, Evans.


Ela olhou incrédula para ele e se sentou ao lado de Remus. Pareceram se dar bem. Então a comida apareceu de repente e todo mundo parou de conversar.


Quando a comida acabou, Dumbledore se levantou e o Salão caiu em silêncio.


-Boa noite, jovens! Bem-vindos de volta, veteranos! Bem-vindos, novatos! Espero que tenham esvaziado suas mentes esse verão, para nós tornarmos a enchê-las nesse novo ano letivo!


“Primeiro, os avisos! Novatos, é expressamente proibido o acesso de qualquer aluno à Floresta Negra, assim como é proibido da mesma forma andar pelo castelo à noite.


“Não se esqueçam que os Frisbees Dentados, Bombas de Bosta e afins são proibidos pelo nosso zelador, o senhor Filch.


“As detenções mudaram, felizmente não será mais permitido o acorrentamento dos alunos. As detenções agora serão definidas pelos diretores da casa, principalmente.


“É válido lembrar também que os testes para os times de Quadribol serão marcados pelo capitão de cada Casa, e alunos do primeiro ano não podem entrar nesses times, tampouco podem portar vassoura. É proibido usar magia nos corredores.


“Agora eu lhes desejo uma bom noite de sono, pois as aulas já começam amanhã! Lembrem-se dos deveres de casa. Boa noite!”


-Alunos do primeiro ano, aqui por favor! – Chamou o monitor da Grifinória.


-Que droga! Tive a esperança que eles liberassem os feitiços e o time de Quadribol – James disse.


-Bem, você pode esperar pelo ano que vem! – Sirius disse, mas foi interrompido por Malfoy.


-Nossa, Black, que interessante! Sua mãe vai adorar saber que você foi para Grifinória! Estou tão ansioso para ouvir o berrador que você receberá pela manhã!


-Acho que vai ser engraçado, Malfoy. Mas não se preocupe, darei a notícia para Walburga ainda hoje. Espero que Hogwarts tenha uma coruja veloz... Quanto ao berrador... Não acho que ela se dará o trabalho de escrever uma carta... Acho que o imprestável do Monstro virá fazer uma visita!


-Então isso vai ser melhor!


-É, as pessoas saberão que tipo de gentalha minha família é.


Malfoy crispou os lábios e uma mulher apareceu ao seu lado.


-Ora, ora, meu primo! Que decepção a minha! Pensei que nos veríamos todos os dias na Salão Comunal...


-De pensar morreu o burro, Narcisa, querida. Mas eu dou graças a Deus que isso não aconteceu. Já não basta ter vivido onze anos com vocês, ter que suportar mais sete!


O sorriso de deboche desapareceu do rosto dos dois.


-Eu sugiro que você vá cumprir suas funções de Monitor, Lucius – Disse James.


-Não se meta comigo, Potter!


-Não vou. A menos que você me faça se meter com você, Malfoy.


-Isso é uma ameaça...?! Potter, isso é uma ameaça? Você está me ameaçando?


-Claro que não – James disse, com inocência fingida – Eu jamais faria isso com um Monitor ou com um aluno mais velho do que eu.


-Você está sendo sarcástico, Potter? Escute bem, vou ficar de olho em você! Em vocês quatro, na realidade! – Ele disse, meio alterado, o dedo em riste para James.


Sirius bufou.


-Vamos embora daqui, pessoal. Tenho que contar as boas novas para Walburga.


Eles riram mais uma vez e seguiram o monitor da Grifinória. Subiram várias escadas, comentando sobre a discussão com Malfoy. Tinham três opiniões diferentes.


James e Sirius achavam muita graça.


Remus achava que era uma coisa que se deveria tomar cuidado; afinal, Malfoy era monitor e podia passar uma bela detenção.


Peter estava totalmente apavorado.


-Para com isso, cara. Não tem o que temer. Se ele azarar a gente, Dumbledore tá aí!


Mas nem essas palavras foram suficientes para tirar o medo de Peter. Sirius sacudiu a cabeça.


-Vamos, James, você tem que me ajudar a escrever a carta para a velha Walburga. E tenho que achar uma coruja.


-Eu tenho uma. Relaxa.


E eles começaram a trabalhar. Sirius pegou um pedaço de pergaminho, pena e tinta e começou o trabalho. A carta ficou assim:


 


Querida Walburga,


 


Como está? Eu estou ótimo! Minha chegada a Hogwarts foi perfeita; conheci três pessoas ótimas, James Potter, Remus Lupin e Peter Pettigrew, os três Grifinórios, assim com eu!


Sim, traí a maldita, ridícula e vergonhosa tradição familiar de ir para Sonserina e fui para a respeitável casa da Grifinória!


Você pode mandar o quê você quiser. Não vou dar ouvidos e vou queimar (a menos que seja o Monstro; sou incapaz de matar vermes) qualquer berrador. Aprendi um truque simples e fácil (Lacarnum Inflamarae).


Se quiser me responder, responda. Eu lerei a sua carta, com muito carinho, depois a queimarei.


Não se importe comigo, estou absolutamente bem. Não precisa mandar Monstro, não precisa enviar cartas, não precisa mandar aquele crápula do Malfoy me vigiar. Eu sei me cuidar e me cuido muito bem.


Beijos no seu coração,


 


Sirius Black, seu filho predileto.


 


PS-> As cartas NÃO podem conter um feitiço, tá? O nosso querido zelador, o Sr. Filch, verifica as cartas. Mesmo ele sendo um aborto, consegue identificar um feitiço.


 


-Acho que ficou bom! Walburga vai adorar!


-Tá, Sirius. Vou pegar Bips. A primeira entrega dela. Papai vai querer saber notícias minhas. Será que ela consegue levar mais de uma carta?


-Claro que sim! Vamos lá!


Bips estava na gaiola ,no dormitório deles. Eles prenderam as duas cartas na perna dela.


-Bips, tem duas cartas, tá? A mais pesada é para meu pai. A outra é para a família Black. Tudo bem?


A coruja simplesmente voou.


-E assim se vai nossa primeira brincadeira – Sirius suspirou.


-Não, Sirius. Pedi para meu pai mandar mais Bombas de Bosta. Vai chegar no dormitório, e então vou mandá-la para Ranhoso.


Um sorriso se abriu no rosto dos dois.


 


James pegou sua nova mochila e colocou os livros que ele sabia que usaria. Olhou para o lado e Sirius também arrumava suas coisas. Peter dormia. Remus... lia.


Eles dividiam o dormitório com mais um garoto, Paul Collins. Ele tinha cabelos crespos e cor de milho. Olhos castanhos. Era um bom rapaz.


Quando James terminou de se vestir, passou a mão nos cabelos mais uma vez e pôs os óculos.


-Ei, James! Bips chegou.


Ele olhou pela janela. Sua coruja estava lá, com um pacote e visivelmente cansada.


-Boa, garota! Toma, peguei biscoitos para você.


-James, como você vai fazer para botar a Bomba aí dentro de um modo que Ranhoso se mele? – Sirius perguntou. Remus levantou os olhos. Peter levantou. Paul sorriu.


-Fácil. Aqui eu tenho uma luva de plástica, de Medibruxos... Eu ponho a luva... abro a Bomba... abro o envelope... derramo o conteúdo da Bomba e pronto! Quando Ranhoso abrir seu correio...


-James, você já pensou que isso é doentio?


-Não, Remus, meu caro. É apenas... diversão. E, em todo o caso, isso sai. É só ele lavar a mão. Mas se ele lavar a mão com a mesma frequência que lava o cabelo, vai continuar fedendo por dias, talvez semanas... – Todos riram, inclusive Remus.


-E se te pegarem? – Remus perguntou.


-Bem, vou ter minha primeira detenção, não é mesmo? Mas eu não me preocupo. Papai disse que já recebeu várias detenções... Ele não vai reclamar.


-E se for algo terrível? Doloroso e nojento?


-Qual é! Dumbledore disse que não seria nada disso... Não pode ter mais torturas.


-Bem, então tá...


Graças à maquete de Hogwarts que o Sr. Potter tinha, James guiou os outros quatro até o Salão Principal.


-James, qual a senha mesmo?


-Ai, Peter. A senha é “Biscoitos de Chocolate”. Não vou ficar te lembrando, ein?


-Tá, não vou esquecer...


Quando eles chegaram no Salão, a mesa já estava entupida de comida. Sirius suspirou.


-Vou voltar mais gordo para casa...


Os outros riram.


-Ansioso para o correio, Sirius?


-Mais do que deveria. Vou sentar de frente para a mesa da Sonserina, assim poderei ver a cara do Ranhoso quando ele abrir sua correspondência. Sabe, agora estou até ficando com pena dele...


Quatro pares de olhos incrédulos o fitaram.


-Tá, era só brincadeira... Vamos comer.


Eles começaram a falar sobre Quadribol, e de repente... O barulho que eles tanto aguardavam: farfalhares de asas.


-O Correio! – James e Sirius exclamaram ao mesmo tempo. Eles esboçaram um sorriso.


-Olha lá! Bips está indo... direto para Ranhoso!


-Potter! – Exclamou Lily – O que você fez agora?


-Já disse para me chamar de James!


-O que você fez? – Ela perguntou entredentes, ao mesmo tempo em que Snape recebia a carta.


-Nada de mais, Lily. Uma brincadeira só...


-Já disse para me chamar de Evans!


Então Snape abriu a carta e o conteúdo da Bomba de Bosta escorreu pelas suas mãos. As risadas começaram pela mesa da Lufa-lufa, então foi passando aos poucos...


-Severus Snape recebeu uma Bomba de Bosta pelo correio... Apenas o conteúdo da Bomba... Ele está todo melado lá...


Chegou nos ouvidos de Lily Evans, enquanto James e Sirius se sacudiam de tanta risada. Ela se virou para eles, levantou e fechou as mãos em punhos.


-POTTER! BLACK! – Ela gritou. Então ninguém mais teve dúvida de quem aramara a brincadeira com Snape. O Salão ficou em silêncio. Depois explodiu em risadas de novo. Lily saiu, nervosa e raivosa, em direção à mesa da Sonserina. Eles riram de novo, agora mais alto. De repente, as pessoas diante deles pararam de rir e olharam para cima.


-Achou engraçado, Sr. Potter? E você, Sr. Black?


A voz severa de Minerva McGonagall veio de cima, na direção em que as pessoas olhavam. James e Sirius olharam para cima e rapidamente se levantaram.


-Os senhores têm detenção, hoje à noite. Espero os dois na minha sala. Os senhores escreverão umas frases para mim.


Ela saiu decidida em direção à sala de aula.


-Bem, pelo menos foram apenas frases... Nada doloroso ou nojento...


-É... Valeu à pena. Você viu a cara do Ranhoso, James?


-Claro!


-Agora, o Sirius Black aqui, também percebeu o acesso de raiva da Lily.


-Evans, para você. – James citou, afinando a voz numa tentativa mal-sucedida de imitar a voz de Lily. Remus ergueu as sobrancelhas.


-Ela é uma garota legal, a Lily. Eu conversei com ela ontem. Muito legal. Ela é uma bruxa poderosa. E sabem por que ela é amiga do Snape?


-Não consigo imaginar.


-Snape a ajudou quando ela descobriu seus poderes. Ele contou a Lily muitas coisas. Segundo ela, Snape é um rapaz direito. Incompreendido, pela condição em que vive.


-Ah, tadinho do Ranhoso! – James disse, num tom de voz que não enganou ninguém.


-Os pais vivem brigando. Principalmente porque o pai dele é trouxa... E a mãe é bruxa. O pai vive reclamando da mãe, pois ela faz várias magias e ele não gosta de magia. Então, desde quando Snape começou a demonstrar magia, as brigas foram mais frequentes.


-Pensei que Eileen Snape odiasse trouxas...


-Não, ela não odeia.


-Meu pai disse que ela é conhecida lá no Ministério por causa disso... E Ranhoso segue o caminho dela.


-Não... A mãe dele odeia nascidos-trouxa, não os trouxas. Ela pensa que eles roubaram magia. É verdade que ela não é fã de trouxas...


-Mas o marido dela é!


-Um caso especial, imagino. Ela se apaixonou por um trouxa.


-Então!


-James, ela odeia nascidos-trouxa, não trouxas. Isso não significa que ela goste de trouxas. Ela pode não odiar, mas não gostar é diferente.


Lupin concluiu sua explicação colocando um pedaço de bacon na boca. James pensou um pouco, mas não perdeu o seu tempo.


-Sirius, qual é a aula de agora? – James perguntou.


-Remus, qual é a aula de agora? – Foi a resposta de Sirius. Todos riram, inclusive Remus.


-Agora é... herbologia!


-Que bom! – Disse James sarcasticamente – Não vejo a hora do meu encontro com as plantas! Regar, adubar...! Tão perfeito! – Os outros riram de novo.


-Sabe o que eu acho, James?


-O quê, Sirius?


-Que não precisava ter mandado a Bomba para Ranhoso. Era só esconder as luvas dele e mandar ele para herbologia.


Levantaram-se da mesa rindo e, no caminho para as estufas, encontraram Lily. Ela parecia triste. Remus olhou para ela quando ela passou.


-Lily! – Ele chamou. Ela olhou para trás e viu de quem era a voz. Sorriu. Mas imediatamente desfez o sorriso ao ver a companhia.


-Até você anda com eles, Remus?


-Lily, eu...


-Você aprova o que Potter e Black fizeram?


-Não, Lily, eu...


-Então porque está com eles?


-Lily, eles são meus amigos. Não importa o que eles fizeram. E eu achei muito errado.


-E eles fizeram mesmo assim?


-Eu não mando neles! Dei um conselho, eles não ouviram. Problema deles. Vão cumprir detenção hoje. Eles provocaram.


-Ah, eles vão cumprir detenção?


-Vão, Minerva apareceu no exato minuto que você saiu para ficar com Snape! Vão escrever frases e...


-Frases? Apenas isso?


-É, Evans, o que queria? – James perguntou – Prof.ª Minerva vai nos mandar escrever frases.


-É – concordou Sirius – Aposto que será uma coisa educativa, tipo: “Eu não devo mandar Bombas de Bosta para Ranhoso com o intuito de me divertir”. E vamos passar algumas horas lá. Escrevendo. Escrevendo. Escrevendo...


-Black, você só pensa em você?


-Não. Eu penso no James também.


-Grande ajuda. Devo me corrigir? Você só pensa em vocês. Snape está com...


-Nós não queremos saber do Ranhoso, Evans, muito obrigado. Vamos para a aula, gente.


-Depois falo com você, Remus. Tchau.


-Tchau, Li!


-Tchau, Lily!  - Disse James, sorrindo. Lily fechou as mãos em punhos e tomou um outro caminho para as estufas. James passou a mão no cabelo de novo, satisfeito. Ele sorriu e uma garota do segundo ano passou olhando para ele e rindo com sua colega, em direção do castelo. Ele olhou para ela e sorriu também. Ela corou e escondeu o rosto no ombro da amiga.


-Nossa, James! Ela é segundo ano, cara!


-Ela? Ela quem, Sirius? – Ele perguntou rindo. Sirius lhe deu um tapa na cabeça.


-Ai!


-Aquela garota tava te olhando, seu lerdo! Qual o nome dela... hum... Cooper é o sobrenome. O nome é... Annie! Annie Cooper! Ela é segundo ano. Mora em Hogsmead. Uma das poucas alunas a morar tão perto. Visita os pais todo fim de semana.


-Interessante... Mas os passeios de Hogsmead são permitidos apenas para terceiro ano e mais velhos, não?


-E para aqueles que os pais moram lá.


James absorveu isso cuidadosamente. Depois de um minuto, olhou para onde estava indo. E gemeu.


-Ah, NÃO, cara!


-Que foi? – Remus perguntou.


-Que troço é aquele? – Ele perguntou irritado.


-Ah, aquilo é um Salgueiro Lutador.


-E porque botaram um Salgueiro Lutador bem ali?


-Qual o problema?


-É uma das formas de sair da escola! Ah, não!


-Eu tenho certeza que Dumbledore tem um ótimo motivo para ter plantado o Salgueiro...


Mas James não se acalmou. Entrou na estufa e ficou entre Remus e Sirius.


-Bom dia, pessoal! Sou a Prof. Sprout... – James levantou a mão.


-Sim, senhor...?


-Potter, professora. A senhora poderia me dizer algumas propriedades do Salgueiro Lutador? – Ela encarou James por um segundo e sorriu.


-O senhor deve ter visto o Salgueiro que foi plantado, não?


-Sim, senhora.


-E você o reconheceu, Sr. Potter?


-Não, senhora. Foi meu amigo que me disse o que era.


-Que amigo?


-Lupin, Remus Lupin.


-Bom, parabéns para seu amigo. O Salgueiro é uma árvore que tem muita personalidade. É uma planta extremamente violenta, e pode matar alguém com facilidade. Por isso, fiquem longe dela.


“Ela bate principalmente se você provocá-la. Como se provoca uma árvore? Não toque nela. Não pense em jogar nada nela, pois ela quebrará. É uma árvore perigosa, e eu mesma pedi para o prof. Dumbledore plantá-la. Quero estudar mais um pouco essa espécie.


“Dúvidas, Sr. Potter?”


-Não, professora. Obrigado.


E a aula continuou. James não entendeu. Se Sprout queria estudá-la, porque plantou ali?


Ou será que Dumbledore sabia daquela forma de sair da escola e aproveitara a oportunidade de tapar aquela passagem?


Não, ele preferiu pensar que fora apenas coincidência. Se Dumbledore soubesse daquela passagem, naturalmente saberia das outras...


-Sr. Potter?


-Me desculpe, professora. O que disse?


-Eu perguntei ao senhor se o senhor saberia me dizer para que serve a infusão de Losna.


-Sim, senhora. Serve para a poção do Morto-Vivo.


-Muito bem, Sr. Potter! Fique com dez pontos para a Grifinória. E alguém sabe me dizer a que sentimento a Losna pode ser associada? – Ela perguntou sorrindo. Lily levantou a mão.


-É comumente associado à Amargura.


-Dez pontos para a Grifinória, Srtª...?


-Evans, professora. Lily Evans.


Sirius imitou uma pessoa falando com a mão, motivo de risada entre ele e James.


-Cara, como você sabia da poção?


-Sirius, tão ingênuo! Eu sou um gênio! Não preciso estudar. – Risadas silenciosas. Lily olhou com reprovação.


-Ok, você ganhou. Meu livro caiu hoje.


-E...?


-Caiu nessa página. Eu li e pensei que seria legal fazer isso com o Ranhoso, mas é uma poção muito difícil...


Sirius rui de novo, e a prof. Sprout chamou sua atenção. Ele balbuciou uma desculpa qualquer.


-Tudo bem, senhor...?


-Black, professora. Sirius Black.


-Um Black fora de Sonserina? Parabéns, meu garoto.


James sorriu. Mas eles tinham que escrever agora, então eles pegaram um pergaminho e uma pena e começaram a escrever. A professora deu um tempo para formularem um texto, mas James estava sem criatividade nenhuma, então começou a desenhar um pomo-de-ouro com as letras “JP” dentro.


-Quem não acabou, traz pronto na próxima aula! Sem enrolação! Quero vinte centímetros no mínimo.


A boca de James se abriu. Vinte centímetros! Hoje ele tinha detenção... E a próxima aula de Herbologia era dois dias depois.


-James, você fez quantos centímetros até agora?


-Sabe, meu caro amigo Remus, nenhum. Passei meu tempo desenhando um pomo.


-E como você espera terminar de fazer?


-Pesquisando.


-Você à biblioteca?


-Não, tenho fontes melhores...


-Você fala de mim?


-Claro que sim, meu amigo! Prometo que não vou copiar... Apenas dar uma olhadinha...


-Só se você não fizer isso mais!


-Tem minha palavra! – E cruzou os dedos.



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