O Calabouço & a Violeta
Era uma manhã normal de quarta feira, a não ser pela minha repentina vontade de não assistir aula. Eu me dirigi ao lugar onde eu menos esperava que meus pés me levassem, o campo de Quadribol.
Tirei de minha mochila uma almofada, prendi meu cabelo e senti o vazio do local. Estávamos indo para o outono, o vento batia levemente em minhas bochechas e faziam alguns fios de cabelo saírem do lugar onde eles deveriam estar. O Sol estava fraco, pouco incomodava. Olhei no relógio: eram dez da manhã, provavelmente já estávamos no terceiro tempo ou algo assim.
Me lembrei do meu livro, O Calabouço e a Violeta, largado em algum lugar em me mochila, e passei a procurá-lo. Já contei que eu convenci a moça da biblioteca a me dar o legitimo livro que ela tinha? Pois é, nada como dizer “Por favor, pense, esse livro me incentivou a ler, a filha de Hermione Granger, a que passava horas nesse lugar...”. Fácil, fácil. Achei-o bem cuidado do jeito que eu deixei, ao lado de Animais Fantásticos & onde habitam.
O marcador estava na pagina 50, a pagina em que Violeta ia cursar o segundo semestre da sua nova escola, logo após ter perdido a mãe.
A primavera parecia inverno, devido ao constante aparecimento de dementadores em qualquer lugar. De acordo com muitos boatos escolares, estava chegando o fim do mundo mágico. Muitos estavam com medo de sair de casa, porque assim que pisassem fora dela, tinham a vida arriscada. Mas havia Violeta, a única garota que não tinha medo de sair de casa sem uma varinha no bolso. Afinal, o que mais ela poderia perder?...
Eu devo ter dormido, por que não lembro do resto.
Eu acordei quando o Sol já estava do lado oposto do de quando eu dormi. Devia ser uma hora da tarde, porque o Sol estava mais forte que antes. Quando me levantei que me dei conta: o campo estava dominado de jogadores, sonserinos
Oh, shit! [n/a: ignorem isso, USHAUHSAH] Tinham que ser Sonserinos? Agora vou pagar mico por ter dormido no campo de Quadribol, se por má sorte o Esk... O Malfoy estiver jogando, eu perco pontos por ter faltado aula e ainda tem que ver ele... OMG!
Escórpio Malfoy sem camisa, P E T R I F I C A, senhor, Jesus amado cristo! Merlin me sacuda!
Não tive tempo pra pensar, ele e sua vassoura idiota vinham até mim, daí eu olhei pro chão e vi; ela jazia (?) reluzente por debaixo da platéia, meu bem mais precioso, a única coisa velha que eu liguei de verdade (tirando os meus pais, claro). O Calabouço e a Violeta, provavelmente ele devia ter caído enquanto eu cochilava.
- Roselie Granger Weasley. – Eu o ouvi posar as vassoura em qualquer lugar e pronunciar meu nome todo. Meus sentidos estavam tão aguçados de nervosa que eu estava, que eu pude ouvir ele virar a pagina do bloquinho e anotar meu nome. Eu começava a suar, e eu nunca havia me sentido tão preocupada. O que poderia acontecer com o meu precioso e mais importante livro, ali?! E se um balaço o acertasse?! Ou algo pior, e se um feitiço o acertasse?! Ou, pior ainda, e se suor caísse nele, ou agora mesmo, milhões de micróbios devem estar o cobrindo. Blerg. Aii, meu bebê! E pior, e se...
[Narrado por Escórpio Malfoy]
Rosa
Foi o que pensei a sim que a vi enquanto jogava Quadribol, até um balaço me acertar e me fazer acordar pra vida.
- Aê galera, vou sair um instante, coisas de monitor...
Me dirigi até ela, que parecia estar passando mal, ou algo do tipo, ela não parava de olhar pro chão, atordoada.
- Roselie Granger Weasley. – Fiz menção de chamá-la assim, era o único jeito de ela prestar atenção em mim. Mas não funcionou. Tive que pegar o bloquinho e começar a anotar seu nome, aí sim ela prestaria atenção. Mas não prestou. Eu a vi começar a tremer e de repente... – ROSAAAAAAA!
Eu não consegui buscar sentidos para ver o que eu estava vendo: Rosa estava caindo desmaiada da arquibancada, caindo, e eu não soube o que fazer, meu coração palpitou tão rápido que eu esqueci que era bruxo e sem vassoura me joguei da arquibancada. A ultima coisa que eu vi foi a Rosa desaparecendo de minhas vistas, e depois...
BAM.
[Narrado por Rosa]
- Ros? Ros?! Ros acorda!
Foi a primeira coisa que entendi em meio aos “zums-zums” que me certacavam. Minha visão estava tremida, e eu não entendia o que estava havendo.
- Ela tá acordando! – Eu ouvi a voz de um garoto, provavelmente de 11 anos gritar.
- Tespot?! – Notei que Thiago me segurava firme, e me olhava com uma cara preocupada.
- Ros?! Oh Ros, eu fiquei tão preocupado! – Ele me abraçou forte enquanto eu analizava o local: estava no Salão Principal da Grifinória.
- Ah, e devia mesmo. Como você me trás pra esse lugar tão... Amarelado com vermelho?! Odeio isso, você devia saber.
- Ah, ela está bem gente, circulando! – Ele acrescentou com um sorriso reprimido. – Você quer ir para a enfermaria?
Nessa hora eu parei para pensar em algo. Estava esquecendo de alguma coisa, mas não lembrava o que.
- Ros?
- Hn?
- Quer ir para a enfermaria?
- Hn? Não, não. Agora que já estou nesse fim de mundo? Quero ir pro meu quarto! – Eu disse saindo daquele local.
- Hey, Ros, espera, eu te acompanho! – Ele veio correndo atrás de mim enquanto eu descia as escadas.
- Tudo bem. – Eu diminui os passos. – Eu não sei como chegar ao meu quarto mesmo...
Ele deu uma risada, segurando a minha mão. Eu quase a larguei e gritei “O que você pensa que está fazendo?” Quando eu lembrei de que ele era meu namorado. Eu dei um sorrisinho amarelo enquanto o acompanhava, ele parecia que estava preocupado de verdade... Como eu podia estar fazendo isso com o Tespot?!Quando chegamos em frente ao quarto, eu respirei e disse:
- Muito obrigada Tespot.
Ele já estava se virando para ir quando eu disse:
- Você é muito fofo. Eu te amo.
Ele se virou surpreso, abriu um sorriso radiante, correu até mim e me deu um beijo, loho depois dizendo:
- Eu também te amo Ros, bons sonhos.
- Obrigada!
- E que sonhe comigo!
- Sim, sim, claro, claro.
Ai, ai, eu sinto que estou esquecendo de alguma coisa... Ou mais de uma, sei lá. Seja como for, eu preciso de um descanso. Deitei na minha cama de roupa mesmo, e logo cai no sono.
Pena, que não foi lá dos bons. O Tespot mandou-me sonhar com ele? Pois é, eu sonhei, ou melhor, eu pesadelei com ele.
Era uma noite qualquer em Hogwarts. Eu não sei por que razão, eu estava andando de camisola nas masmorras, sozinha, numa profunda escuridão, acompanhada de uma varinha. Eu ouvia de longe os “pings” de alguma torneira mal fechada ao longe. Minha camisola rosa cetim me fazia sentir frio ali, mas eu estava me direcionando para um local que nem mesmo eu sabia qual, parecia estar sendo puxada para lá, algo assim.
- Ros, sabia que você vinha!
- Ah, claro que eu vinha amor. – Eu respondi assim que vi Tiago se dirigindo até mim e me levando para uma sala cheia de pessoas esquisitas. – O que eu vou fazer mesmo?
- Servir de premio...
- Ah... Servir de... Que? Pra que?
- Bem, deixe-me apresentá-la. Esses são uns amigos meus do clube de xadrez trouxa... Você sabe que eu sempre fui louco por xadrez trouxa...
- Sei?
Ele me ignorou, continuando:
- Eu perdi uma partida desse torneio... E eu tinha apostado um premio para o vencedor desse mesmo. E eu apostei você.
- Eu]?
- Você... Todos concordaram que você é macia e gostosa para saborear como premio. E, seja lá pra onde eles te levarem, obedeça, e use camisinha...
- Como é que é?
Eu olhei ao redor: havia um monte de meninos me olhando de um modo, sei lá, como se quisessem arrancar algo de mim... Pareciam olhar para o meu belo cabelo loiro, mas eu TIVE a impressão de que não era isso. Olhei para cara de cada um deles: um bando de nerds nada populares, poderiam até nunca ter beijado na boca, essa é a minha opinião.
- Que comece a ultima partida!
Dois garotos concentrados começaram a mexer aqueles bonequinhos bregas num tabuleiro xadrez... Ei, será que é daí que vem o nome? Senti um calafrio na nuca enquanto eles me olhavam como se eu fosse carne crua em promoção.Como eu estava concordando com aquilo? Era um feitiço ou o que? Como o Tespot concordava com aquilo? Ele não me amava? Que amor era esse que o fazia me jogar em uma partida de xadrez, ainda por cima trouxa, como premio que qualquer um deles pudesse me levar pra cama?
- EI, ELE TRAPACEOU!
De repente, estava vendo um bando de nerds brigando um com o outro, dizendo que todos trapacearam, o o Tespot gritando:
- TÁ LEGAL, TODOS GANHARAM, AGORA, DIVIDAM O PRATO!
Agora um bando de nerds vinham atrás de mim, fazendo biquinho, e eu corria feito louca pelas masmorras, até esbarrar em...
- Esk?! – Não deu tempo de corrigir o e falar “Malfoy”, eu o levantei e olhei na sua cara, enquanto corríamos: ela parecia estar deformada, algo tinha aconte...
- Rosa!
- Han? – Eu levantei atordoada da cama, me cobrindo com o cobertor de seda rosa.
- O que houve? A gente tá sozinha em casa e eu te ouvi gritando... – Ai, graças a Deus, a voz melosa da Jolie é a melhor pra espantar pesadelos.
- Gritando? Gritando o que?
- Bem, eu não sei se é melhor falar, é meio constrangedor...
- Fala!
- Tá... Tipo assim, você tava gritando “Esk, me salva! Eu te odeio Tespot!”
Eu revirei os olhos e mexi no cabelo, pensando em algo pra mudar de assunto.
- Sinceramente? Eu acho que ser loira não está me fazendo bem, preciso da minha tonalidade normal! Ah... – Eu notei a cara de Jolie com a minha resposta. – Sem ofensas, claro.
- Tudo bem, você quer que eu saia?
- Quero, tchau!
Ela saiu constrangida enquanto eu gritava minhas assistentes de salão de beleza.
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