Clima frio, mas com salada de



Quando eu entrei na cozinha, senti o clima pesado, muito pesado.


Meu se encontrava engolindo um pote de sorvete, e chorando dentro dele. St, nervosa, se enchia de passas. Jolie andava de um lado para o outro, e Lilly tentava tranqüilizá-las.


- O que houve aqui?


Lilly me olhou, Mel começou a chorar mais e St soltou um muxoxo, enquanto Jolie não parava de andar de um lado para o outro.


- Rosa, é uma história pior do que a outra, sente aí.


Sentei-me, já preocupada.


- Começa você, St.


- Ainnnnnnn, é o Rogi Rosa!


- O que houve com ele?


- Eu não sei, ele desapareceu, estou esperando noticias doas pais deles e... Aiiinnn, e se o seqüestraram? E se aconteceu algo com o meu bebê e se...


- Calma... Ele chegou a pôr os pés em Hoggy?


- Não... – Ela baixou a cabeça para não chorar.


- Calma, calma, eu vou dar um jeito... Agora, fale você, St.


- Eu briguei com o Hug, foi isso. O seu irmão é um idiota sem anseios!


- O que foi que ele fez?


- Nada! Foi eu quem fiz, claro, essa idiota aqui tinha que falar que ele é um pão duro, não tinha?


Eu ri, mas foi sem querer.


- Mel, conte-me, o que ouve com você?


Ela chorou mais ainda.


- O...O...O...O... Ahhhhhhhhhhhhhhhhh, o Erick terminou comigo! Eu vi ele logo depois se pegando com uma Sonserina qualquer, um clone da irmã dele!


- Levanta mulher, vai chorar por esse infame?


- Mas, o Erick, ele é... Ahhhhhhhhhhhhhhh, eu amo tanto ele Rosa, como ele teve a coragem de fazer isso comigo, me diz? – Ela me encarou como se eu tivesse culpa.


- Olha só, o babaca o do Erick vai me contar porque ele fez essa calamidade, tá escutando? – Ela assentiu e saiu chorando provavelmente para seu quarto. Eu saí de casa e fui direto para aonde as cobrinhas normalmente ficam, naquela mesa repugnante escorpiana. Erick se encontrava sentado em volta de um monte de serpentes. Aqueles brutamontes me olharam quando eu me dirigia a ele: - Excuse me? Erick, please, I need to talk to you.


- Ok. – Ele se levantou e se dirigiu a um canto. – Olha, eu já sei que você vai...


- Pay attention to me! – Eu aumentei o máximo de minha voz. – Why did you finish your relation with Melissa?


- Por que você está falando em inglês? Talvez os leitores não entendam!


- Porque eu estou muito com você. Você não amava a Mel? O que houve... – Nessa hora a Barbie falsificada se meteu entre nós.


- Rickinho, diz pra mim, já chutou a vaquinha? – Ela me olhou de rabo-de-loho enquanto ajeitava a gola do idiota do Erick. Eu saí de lá na hora em que ouvi aquilo. Como ele teve o direito de fazer isso com a Mel? Mas é claro, só porque a maninha dele mandou! Ele é praticamente o bonequinho de plástico dela, não é? Tudo que ela pede, ele faz, como uma marionete. Eu pensei que o que ele sentia pela Mel era verdadeiro... Malacafento!


Cheguei em casa muito abalada, Lilly me avisou que as meninas haviam dormido.


- O clima nessa casa está terrível!


- Nem me fala, abafa! Mas vamos às boas noticias? Eu vou sair com o Gustavo na próxima ida a Hogsmead!


- I too! – Ela me encarou boquiaberta. – Quer dizer, não com o Gustavo, é com o Thi... E não é na próxima ida, é quando eu quiser!


- Oh My God!


- Oh yeah baby!


- Você falou com o Thiago?


- Falei!


- Genteee, ele deve estar mega agitado!


- Veremos! And now I go to sleep. Good Night!


- For you too!


Dormi muito bem aquela noite, afinal, tudo estava bem, admito, não do jeito que eu queria, com alguém lindo&maravilhoso&insuportável no meio e tudo mais, mas esse era o desafio, não era?


Acordei hoje às 7 e meia e consegui me arrumar em meia hora! Nem eu acredito!


- ROSA! – St batia na porta.


- Entra, o que houve?


- Minha filha, você está duas horas atrasada pra aula, o que te deu?


- Como assim? Eu estou mais que adiantada, terminei de me arrumar em meia hora!


- Rosa... – Ela checou meu pulso, onde se encontrava o relógio. – Seu relógio está com bateria fraca! Por que o povo que tem dinheiro não pensa alto, Merlin? – Ela olhou pro céu, indignada. – Por que você compra relógio trouxa, cabeça oca? Ninguém nunca te deu um relógio mágico não?


- Ei, ei, ei, calma St! Claro que eu já ganhei, e já comprei vários, mas nenhum é bonito suficiente para andar comigo, os trouxas são mais estilosos. E o que te deu pra estar assim?


- Eu estou perdendo o começo da segunda aula por você, e ainda por cima ainda não voltei a falar com o Guinho, e nem vou!


- Ah, okay. Muito obrigada pela ajuda, volte sempre, bye. – Fechei a porta do meu quarto e ela saiu constrangida. Se eu já estava atrasada dois tempos, pra que ver os outros 5? Definitivamente não valia apena gastar a minha beleza.


Acabei dormindo enquanto lia um romance que havia pegado na biblioteca: o calabouço e a Violeta.
Violeta era uma menina em uma escola nova, onde conseguira uma bolsa, ela era uma bruxa de origem pobre, apesar da família sempre manter o sangue puro. Lá todos a deixavam de lado pela sua aparência ranzinza, mas as aparências não enganam? Violeta tinha 15 anos e uma personalidade muito forte, apesar de tímida. Carregava consigo a fé em Deus e a capacidade de tirar boas notas, o que havia prometido a sua mãe, antes dela... Sua mãe economizava cada centavo para um ensino melhor a Violeta, mas um dia, um dos comensais da morte a queria como uma aliada, por ter sangue puro. A mãe de Violeta não aceitou, pois apesar de sangue puro nunca concordara com essa coisa de manter a espécie... Então, o próprio Voldemort se encarregou de escolher: ou comensal, ou a morte. E a mãe de Violeta acabou optando pela morte. Agora Violeta procura satisfazer o desejo de sua mãe: subir na vida e combater comensais. 


Essa era a pequena introdução que o livro bem guardado tinha; e eu amei assim que o vi perdido em uma das prateleiras empoleiradas da biblioteca.


Violeta parecia ser uma garota muito corajosa... Ela vivia em meio a terrível guerra em que meus pais viveram, só que não teve a coragem de se alistar a Armada de Dumbledore por medo, e esse foi o seu maior erro. Mas isso não significa que eu vá contar o final da história pra vocês...


- ROSA! – Caramba, que povo chato, com mania de me acordar.


- Entra!


Dessa vez era a Lilly.


- O que é?


- Tipo assim, o Malfoy está lá fora, e ele disse que tem que falar com você, coisas de monitor, um treco assim.


I-d-i-o-t-a


O que será que ele quer?


- É o que você quer? – Foi o que disse ao deparar com ele, no corredor.


[narrado por Malfoy]


Me segurei para não deixar o queixo cair quando a vi sair da porta. Roselie Granger Weasley, insubstituível garota. Ela trajava uma mini-camisola de couro [?] branca com detalhes rosa, e isso já era o bastante pra me enlouquecer.


- É o que você quer?


Quase respondo “você, Rosa, você”.


- A diretora me mandou vir aqui e saber por que a senhorita matou sete tempos de aula. – Ela girou os olhos, como normalmente fazia quando estava impaciente. A verdade é que não havia diretora alguma me mandado, a única coisa que eu queria saber era se ela se encontrava bem, e também porque queria vê-la. Rose era muito difícil quando se encontrava magoada, ela não conseguia voltar pra mim de jeito algum, e eu, é, eu sei admitir, ok? Eu era orgulhoso o bastante para esperá-la voltar para mim, e não correr atrás dela, palavras certas de meu pai. Mas me custava acreditar que ela ficara com Thiago, na minha frente, um Potter idiota e repetente qualquer, um mestiço qualquer, blerg. Potters insuportáveis. Não sei até hoje como consegui me apaixonar pela Rosa, afinal, apesar de ser a garota perfeita, que me mudou bastante, ela continua sendo uma Weasley, como os outros, mas a diferença é que ela não sabe agir do jeito pobre deles, ela esbanja a riqueza que atualmente eles conseguiram conquistar, sem ter o ar de se achar heroína pelos seus pais terem vencido Voldemort. Simplesmente ela é a Rosa, a minha Rosa.


Ela me guiou pelo seu quarto, onde havia uma enorme barraca, em que ela me mandou entrar.


- Siga-me, é só uns instantes para eu...


Ela disse algo sobre “comunicador familiar”, mas eu não prestei alguma atenção. Aquela barraca era incrível, enorme e bastante limpa.


- Espere aqui um estante, please...


Eu nem havia prestado atenção, e entrei no lugar onde ela havia entrado, mas ela não me percebeu lá, então comecei a admirá-la procurar algo, em silencio.


- Idiota do Malfoy, imbecil, biltre, hipogrifo, lindo, maravilhoso e paixão da minha... Malfoy?! – Ela percebeu que eu estava lá, e me olhou bastante irritada. – Você ouviu algo do que eu disse?


- Qual parte? Idiota do Malfoy, imbecil, - Eu chegava mais perto dela, e ela ia se distanciando para trás, enquanto eu falava. – biltre, hipogrifo... Ou: lindo, maravilhoso e paixão da minha... – Não completei a frase, como ela, mas não porque a havia imitado, e sim porque na resisti em beijá-la.


Quando nos beijávamos, era comprovado por ambos, que eu sabia que ela me amava e ela sabia que eu a amava, mas nenhum dos dois é humilde o bastante pra admitir, e por mim essa guerra vai longe. Nós caímos em sua cama, que era macia e cheirosa, provavelmente era de pétalas de rosa...


Eu sabia que se continuasse ia acabar fazendo uma grande besteira, mas Rosa era irresistível de mais quando se tratava de saudades...


[narrado por Rosa]


Escórpio estava parado no corredor me olhando, e eu esperei ele me responder.


- A diretora me mandou vir aqui e saber por que a senhorita matou sete tempos de aula. – Insuportável!


- Ok,siga-me, é só uns instantes para eu, – Guiei-o para a casa. – achar o comunicador familiar e ligar para o papys, daí ele me libera dessa fácil, fácil, entendeu?


Parei enfrente ao meu quarto, não ia deixar Escórpio entrar nele, poderia acontecer uma catástrofe, ele me ouvindo dizer coisas que não eram pra ser ouvidas, ou sei lá...


- Espere aqui, please. – Encostei a porta e me dirigi a uma de minhas escrivaninhas, procurando o comunicador. Mas eu não consegui, com a aflição que eu estava de xingá-lo, desabafar para a minha confidencial parede, graças a aquilo tudo que ele faz, o :- Idiota do Malfoy, imbecil, biltre, hipogrifo – E por incrível que pareça, eu ainda o amo, porque ele continua sendo: - lindo, maravilhoso e paixão da minha... – me deu impulso de virar para trás, pois a minha parede confessionária parecia estar me traindo. – Malfoy?! – OMG, Jesus acende a vela, eu não precisava passar por essa humilhação total. - Você ouviu algo do que eu disse?


Ele começou a se direcionar a mim, e eu tentava ao máximo me afastar, enquanto ele dizia:


- Qual parte? Idiota do Malfoy, imbecil, - Arg, eu já estava pra ver o que ia acontecer, – biltre, hipogrifo... Ou: lindo, maravilhoso e paixão da minha... – Ele é convencido de mais, ele não devia se achar o...


Ele avançou para me beijar, e quase consegui desviar, mas a cama me impediu, e quando vi, ele estava em cima de mim, e eu já não respondia a meus sentidos, me rendendo a paixão. Nós dois sabemos, estamos com tanta saudade um do outro que nem a falta de ar nos deixa se separar, e eu não consigo fugir da excitação, apesar de jurar não voltar atrás, eu amo esse ignóbil, e é demais pra mim estar tão perto e fugir...


Quando dei por mim, ele estava desabotoando minha camisola, e eu não sabia se parava, ou continuava... Afinal, apesar de tudo, eu ainda sou virgem e não sei se quero, er...


“Você devia fazer isso com alguém que cofia, com alguém que a ame”


Lembro bem do conselho de minha mãe, quando fiz 15 anos.


Eu amo o Esk, e não conheço outro capaz de...


Ele parou no terceiro botão, se distanciou de mim e disse:


- Me desculpe Rosa, eu não devia ter feito isso com você, pra início de conversa, eu não devia nem ter te beijado. Desculpe-me.


Ele levantou da minha cama, e eu tive o impulso de mandá-lo voltar, mais algo me fez ficar calada, por a cabeça no travesseiro dar-lhe as costas e recompor a respiração.


Nessa hora me deu vontade de comer salada de frutas, de preferência morango, manga e laranja, com creme de leite e uma bola de sorvete de creme, hmmmm...


Dormi ali mesmo.

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