O Princípio da Incerteza

O Princípio da Incerteza



O Princípio da Incerteza


 


 


Alvo chegou ao dormitório da Sonserina arrasado.Encontrou Scorpio que lhe esperava:


-E aí?Como foi?


-Entrei pro time de Quadribol.


-Como é?


Depois da explicação...


-O seu irmão é um babaca!


-Cada vez mais eu concordo com você.


A conversa é rudemente interrompida pela chegada de Randy Carver, que, impossibilitado de ir a festa de Slughorn, fora informado pelo irmão sobre o ocorrido.Tinha uma expressão de ódio ao se dirigir a Alvo.


-Soube que seu irmão te ajudou a entrar no time, Potter. É verdade?


-Ajudou não é bem o termo...


-Não me venha com suas gracinhas, Potter! -Carver estava furioso.Parecia ter sido atingido por um monte de esterco, tal a sua repugnância ao olhar para Alvo.-Você e seu irmão combinaram tudo desde o início!Ele te convenceu a entrar na Sonserina para me sabotar e tirar o meu lugar!Aposto que foi você que pôs um feitiço na minha vassoura para que eu não pudesse jogar.


-Como eu poderia fazer isso, seu idiota?-Alvo gritou indignado.-Eu estava na floresta negra quando aconteceu o seu acidente.


-Muito conveniente Potter.


-Randy!Pelo amor de Deus!-Gritou Lawrence tentando por um pouco de juízo na cabeça do irmão.-Preste atenção no que está dizendo!A raiva está pirando a sua cabeça, irmão!O garoto não teve nada com seu acidente.A sua vassoura já estava danificada faz tempo!Cedo ou tarde ia acontecer uma coisa dessas!A sua obsessão com Tiago Potter está te fazendo ver conspirações em todo lugar!


-Pode ser.-Concordou Randy, já se acalmando.Realmente, perder dois anos seguidos para Tiago o estava enlouquecendo.Alvo não podia culpá-lo.Tiago causava essa reação nas pessoas.-Mas por que ele diria ao Slughorn que o irmão dele era um ótimo apanhador, se não fosse para tomar o meu lugar no time?


-Ele me odeia, seu cretino!-Gritou Alvo.-Quer se vingar de mim por eu e Scorpio termos jogado pó de mico nele e no resto do time da Grifinória!


-Foram vocês?-Perguntou Lawrence, admirado.-Pois acabam de subir 20 pontos no meu conceito!


   Naquela mesma noite, Alvo lembrou-se da conversa que teve com Dumbledore.Levantou-se e pegou a capa.


-O que foi, Al?-Scorpio perguntou ao ver o amigo pegar a capa de invisibilidade.


-Me lembrei de uma coisa.-Falou Alvo, enquanto ele e Scorpio desceram até a Sala Comunal da Sonserina.-Me ajude a puxar esta poltrona.


   Scorpio ajudou, e, para sua surpresa, Havia um alçapão.Dava pra que começava com uma escada, mas de resto, era tudo escuro.


-Scorpio até onde isso leva?-Scorpio perguntou assustado.


-Até Hogsmeade.-Alvo respondeu já dentro do alçapão.-Quer vir?


-Vamos nessa!


    E os dois atravessaram a escuridão.Após longos minutos vagando sem ver para onde estavam indo, eles finalmente encontram traços de luz.Dava pra ver que era uma porta com um pouco mais de 60 centímetros.


   Com um chute, Alvo derrubou a porta e os dois começaram a vagar pelas ruas vazias de Hogsmeade.Após mais alguns minutos de caminhada, eles encontram uma casinha meio velha, com a tintura descascando e buracos no telhado.


-Deve ser alí!-Alvo disse e os dois prosseguiram. Para satisfação de Alvo, a porta nem estava trancada.Só tiveram que empurrá-la e pronto! Adentraram na casa!


-O que estamos procurando, exatamente?-Scorpio perguntou enquanto adentravam num quarto escuro.


-Um retrato.


   Foi então que o ranger da porta acordou um dos quadros que alí dormiam.Justamente o quadro que Alvo queria encontrar.


-Quem está ai?-Perguntou o homem de cabelos oleosos caindo no rosto.Usava vestes negras e sua pele tinha um tom pálido.


-O senhor é Severo Snape?-Alvo perguntou, e então, os olhos do retrato se arregalaram como se ELE tivesse visto um fantasma.


-Harry Potter?


-Não.Sou o filho dele, Alvo Severo Potter.


   Snape parecia ainda mais aturdido.Como se tal informação fosse inacreditável.


-Ele te batizou com meu nome?-Perguntou ainda surpreso.


-Foi.Papai disse que era uma homenagem aos dois maiores bruxos que ele já conheceu.


   O quadro ficou em silêncio por longos minutos, como se processasse tal informação. Depois de uma longa pausa, ele disse:


-Estou sem palavras!E você é de Sonserina?


-Sim.Papai não se importou.Afinal, nobreza não é só para Grifinórios.


-Até que enfim alguém entendeu.


-Detesto interromper, Al, -Scorpio falou com preocupação na voz.-Mas tem alguma coisa acontecendo naquela casa.


Snape se surpreendeu, não só com o fato de Alvo ter trazido alguém, mas com o fato de que, justo aquela casa estava ocupada.


-Mas aquela casa era da Família Flamel!Mas ninguém vai lá desde a morte de Nicolau há 26 anos!


-Nicolau Flamel?-Espantou-se Scorpio.-O criador da Pedra Filosofal?


-Exatamente, Senhor?


-Malfoy.Scorpio Malfoy.


Snape se surpreendeu ao ouvir o nome.


-Um Potter e um Malfoy juntos?Inacreditável!


-Por que todo mundo se surpreende?-Scorpio perguntou a Alvo.


-Não faço idéia!


-É uma longa historia.-Falou Snape.-Mas é melhor vocês dois voltarem para a escola.Não seguro ficar por aqui à noite!


-Sim, senhor!Falaram os dois ao mesmo tempo.E eles já estavam saindo quando ouviram um barulho.


-O que foi isso?-Falou Scorpio se assustando.


-Não sei, mas veio daquela casa.Vamos ver?


-E adianta dizer que não?


Realmente não adiantaria, pois Al logo foi ver o que estava acontecendo dentro da casa.E, chegando perto, eles ouviram duas vozes distintas.Uma era de mulher.Já estava em idade avançada.Parecia ter muita raiva contida, e falava em tom de superioridade.Mas o que realmente assustava era a outra voz.Os meninos nunca tinham ouvido algo parecido antes.Era uma mistura de voz humana e latido de um cachorro.Um cachorro bem raivoso!


-Tome cuidado, seu imbecil!-Berrou a voz de mulher.-Todo cuidado é pouco!


-Não me provoque, Umbridge!-Ganiu a outra voz.-Você não sabe do que eu sou capaz!


-Não banque o ingrato!-Falou novamente a voz de mulher.Parecia muito impaciente.Já se esqueceu de quem subornou os guardas da sua cela?Quem te tirou de Azkaban?


-Lhe sou grato por isso, mas...


-Nada de “mas”, Greyback!Você concordou em me ajudar!E estamos quase lá, não é, Flamel?


Foi então que os meninos ouviram outra voz uma voz angustiada.


-Me tirem daqui!


-Assim que você terminar o elixir!Está cela de cristal pode mantê-lo vivo pelo tempo que for necessário!


-Eu não vou fazer mais o elixir.Digam a Pandarus que jamais o ajudarei!


-Então jamais o soltaremos!


Alvo chegou bem perto da janela e pode ver seus habitantes.A mulher parecia ter uns 100 anos.Estava vestida totalmente de Rosa.O outro homem estava com vestes bem limpas, que pareciam não combinar com ele.Na verdade, o sujeito em questão, parecia ter fugido do Zoológico.Já o último homem, estava preso numa espécie de cela.Alvo nunca vira algo do tipo, antes.A cela era feita de Cristal.E luzes saíam das barras para o homem como se elas o estivessem energizando.Alvo o reconheceu de imediato.Era a mesma da foto que tinha em suas figurinhas.


-É o Nicolau Flamel!-Falou baixinho para o amigo.


-Mas pra que eles querem o tal elixir?


-Deve ser o elixir da vida eterna!


-E quem será Pandarus?


-Não sei!


Foi então que Greyback começou a farejar o ar. Como se fosse um cão de caça atrás de um coelho, ele rosnou.


-Sinto cheiro de criancinhas!Criancinhas assustadas!Aqui!-Gritou olhando para a janela e fazendo os dois meninos caírem para trás.


-Corre!-Alvo Gritou para Scorpio e os dois saíram em disparada.


-Não podem fugir de mim!-Greyback gritou ensandecido.


-Não os deixe fugir!


Alvo olhou para trás e viu Greyback correndo em sua direção furioso.Ergueu sua varinha e gritou com toda a força:- Expelliarmus!-E Greyback voou longe.


-Moleque desgraçado!Quando eu me levantar você vai ver!


-Impedimenta!!-Gritou a velha, que havia saído da casa e agora participava da perseguição.


-Pro chão!-Gritou Scorpio, se jogando e levando Al junto.Os meninos se levantaram depressa, empunhando as varinhas.Agora eles estavam frente à frente com a velha,também com a varinha em punho,e o homem com os dentes arregalados.


-Quem são vocês?-Perguntou Alvo, tentando manter uma certa segurança na voz.


-Eu sou Dolores Umbridge.Ex-funcionária do ministério da magia!


-E eu sou...


-Fe-fenrir Gre-Greyback!-Falou Scorpio sem esconder o medo.


-Você me conhece?É bom saber que todos aqueles anos em Hogwarts não diminuíram a minha fama!


Quem?-Perguntou Alvo.


-É o mais cruel dos lobisomens!


   O coração de Alvo gelou.Lobisomens?Já era perigo demais para uma noite.


-Isso mesmo, garoto!E nem precisa se apresentar.Sinto o fedor dos Malfoy em você!


-E você deve ser filho do detestável Harry Potter.-Falou Umbridge.-A semelhança é incrível! E mais incrível ainda é ver um Potter e um Malfoy juntos!


-De novo essa historia?-Comentou Scorpio, parecendo se esquecer do perigo.


-Mate-os, Greyback!


-Com prazer!-Falou o lobisomem com a boca espumando.Mas antes que ele pudesse fazer alguma coisa, Scorpio gritou:


-Mas não vai mesmo!Tome!-E jogou algo no ar.As poucas luzes que havia, se apagaram. Estava um breu total.


-O que foi aquilo?-Alvo perguntou enquanto eles corriam.


-Pó escurecedor do Peru!Comprei na loja dos seus tios!Quando a luz voltar, a gente já vai estar longe!


-Você é um gênio!


-Eu sei!


  Os dois correram muito, e finalmente chegaram até o buraco.Subiram até a sala comunal e tamparam o alçapão colocando a poltrona em seu lugar novamente.


-Você vai contar para alguém?-Scorpio perguntou a Alvo quando eles já estavam em suas camas.


-Acho que vou contar ao meu pai.Só espero que ele não se zangue.


-Estou com medo!


-Eu também.Mas devemos nos preocupar: Estamos em Hogwarts!


 


Continua...

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