Sobrevivência do Mais Forte

Sobrevivência do Mais Forte



Oi, pessoal!Estou. Aqui pra apresentar minha nova Fanfic!Espero que gostem!

Sobrevivência do Mais Forte

Alvo Severo Potter estava rindo. O trem começou a se mover, e ele viu seu pai, Harry, acompanhando o trem, caminhando ao seu lado, como sempre fazia. Sempre ao seu lado. Seu pai sorria e acenava, enquanto sua mãe, Gina, ficava para trás, sorrindo também e acenando, os braços ao redor da pequena Lílian, chorosa, junto aos tios, Rony e Hermione, e seu primo Hugo. Seu pai, porém, começou a correr junto com o trem, seus olhos verdes – os mesmo que Alvo herdou – brilhando de excitação assim como os do menino, como se ele mesmo também estivesse indo para Hogwarts pela primeira vez.
Foi então que o trem fez a curva e última imagem que Alvo teve de seu pai foi ele com a mão erguida, ainda se despedindo. Alvo suspirou. Seu pai não podia mais acompanhá-lo. Estava sozinho agora.
- É, sumiram. – Rose disse sonhadoramente, parecendo sentir o mesmo vazio que Alvo. – Vamos procurar um lugar para sentar, Al? Ou você quer procurar o Tiago?
- Você está de gozação comigo, não?– Alvo respondeu muito depressa, fazendo Rose rir.Ela sempre gostou das brincadeiras de Tiago, o mais popular de seus primos.Mas sentia pena de Alvo que era sempre atormentado pelas piadas do Irmão.
A mente de Alvo começou a divagar, lembrando-se do que Tiago lhe disse um dia antes da partida:
“Prepare-se, maninho! Lá em Hogwarts você não terá moleza! Se cair na Grifinória, vai ter que ser muito corajoso, pois é assim que nós Grifinórios somos! Se cair na Corvinal, terá que ser muito inteligente, como os Corvinos, são. Se cair na Lufa-Lufa, terá que ser leal,como todos os Lufanos.Na verdade, eu só vejo futuro pra você na Sonserina,lar dos bruxos malvados.Você tem jeito de mau.Aí, eu e nossos primos iremos contra você, pois Grifinórios são do bem e Sonserinos são do mal.”
Alvo ficou muito bravo.Ele não era mau.E toda essa competição entre Grifinória e Sonserina era uma grande loucura.Mas Tiago só respondeu:
“É a sobrevivência do mais forte, Al. O leão derrota a cobra. Sempre foi assim. Se cair na casa da serpente, seremos inimigos mortais”.
Eram coisas assim que deixavam Alvo furioso com seu irmão.Tiago adorava irritá-lo desde que os dois eram pequenos.E moravam há muitos anos na casa de seus bisavós. Harry havia encontrado a antiga residência de seus avós, e se mudara com seu Elfo doméstico, Monstro para lá.Dois anos depois, se casou com sua namorada, Gina e juntos, tiveram três filhos: o mais velho, Tiago, tinha herdado, segundo Harry, o talento dos Potter de se meter em encrencas.A caçula, Lily, era ao mesmo tempo, adorável e petulante.Ao mesmo tempo em que era toda carinhosa com os pais, era respondona e malcriada com quem ela não gostava.Também tinha uma tendência de acreditar nas criaturas que sua Madrinha, Luna descrevia em sua coluna semanal no Pasquim, o jornal mais lido na casa.Já ele, Alvo, não sabia como se classificar.Não era esperto e espontâneo como Tiago e nem tinha a Graça de Lily.Era meio apagado diante dos dois.Sua mãe dizia que ele era o mais parecido com o pai.E que não era só uma semelhança física (que já era enorme.), mas uma semelhança na personalidade.
Foi então que a mente de Alvo viajou mais fundo ele se lembrou do presente de seu pai:
Alvo estava sentado no sofá de sua casa, esperando pela hora de ir, quando seu pai lhe chamou:
_Al, precisa conversar.-Seu pai estava com um olhar sério, com se Alvo tivesse feito alguma coisa de errado.Alvo subiu as escadas apreensivas, A última vez que seu pai ficou com um olhar daqueles no rosto, foi quando Tiago colocou uma bombinha no cano da pia.
-Sente-se filho.Eu tenho uma coisa importante pra falar com você.-Alvo obedeceu, estava preocupado.O que será que seu pai poderia querer?
-Bem, Al-Ele começou-, você deve saber que no ano passado o seu irmão surrupiou um objeto de grande valor para mim.-Alvo sabia do que seu pai estava falando: Em seu segundo ano em Hogwarts, Tiago Sirius Potter causou muita confusão por causa de uma espécie de mapa que afanou da gaveta de seu pai.Alvo nunca entendeu direita a importância de tal mapa, mas seu pai fora chamado a Hogwarts milhões de vezes, não que isso fosse um incomodo, muito pelo contrário!Seu pai adorava ir até aquela escola.Era como se fosse sua verdadeira casa.
De qualquer forma, Tiago deixou muita gente de cabelos brancos.E agora Harry queria ter uma conversa séria com Alvo.
-Acontece que há outro objeto de grande importância pra mim no qual seu irmão também está interessado, -E então, ele abriu um baú e tirou de dentro uma velha capa.Alvo já tinha ouvido falar da Capa de Invisibilidade, mas nunca a tinha visto, agora seu pai lhe mostrou seu objeto mais precioso.
-Quero que fique com ela filho.
-Pra mim, pai?-Disse o menino surpreso-Mas eu não sei o que fazer com ela.
Harry sorriu.Alvo não sabia como definir aquele sorriso, só sabia que seu pai estava se divertindo.
-É exatamente por isso que estou te dando, filho.Seu irmão saberia exatamente o que fazer com ela.Ele tornaria a vida de todos em Hogwarts um verdadeiro inferno.Mas você eu sei que vai ter responsabilidade com ela.
Alvo sorriu como nunca tinha sorrido antes, seu pai estava lhe confiando a capa.Era uma grande responsabilidade.E isso só comprovava que seu pai lhe tinha mais confiança do que em Tiago.E ele iria fazer jus a essa confiança.Com certeza.
O resto da viagem teria sido tranqüilo se Tiago não ficasse lhe perturbando com esse papo dele ir para Sonserina.Foi então, na hora do embarque que seu pai disse: “Alvo Severo. Você tem o nome de dois diretores de Hogwarts. Um deles era da Sonserina e foi, provavelmente, o homem mais corajoso que já conheci”.
Era o que seu pai tinha lhe dito. Ele já tinha lhe contado um pouco sobre o homem que inspirara seu segundo nome, Severo. Chamava-se Severo Snape, e seu pai costumava chamá-lo apenas de “Snape”, e seu tio, Rony, sempre reclamava dele. Tia Hermione o censurava – como, aliás, sempre fazia com qualquer coisa a respeito do tio Rony – e dizia que ele não deveria falar assim dele. Sua mãe, Gina, dizia que ele já tinha morrido, afinal, e era bobagem voltar a discutir sobre ele.Mas, exatamente, porque Severo Snape era tão corajoso, seu pai nunca disse.
E agora ele sabia que Snape tinha sido da Sonserina também...
Mas Alvo poderia escolher; seu pai também dissera isso, e disse que a ele mesmo foi dada à oportunidade de escolher. Será que seu pai poderia ter sido da Sonserina também? Mas seu pai era tão corajoso, como se diz que os Grifinórios são...
Eles arrastaram seus malões e as gaiolas das corujas pelo corredor do trem, com alguma dificuldade, pois estavam muito pesados.Por onde passasse, milhares de alunos paravam tudo o que estavam fazendo para olhar Alvo.O garoto não sabia o porque dessa curiosidade toda, só sabia que era por causa de seu pai.Alvo sentiu as orelhas quentes e apressou Rose para encontrarem logo uma cabine.

O problema era que todas pareciam estar cheias. Rose tomou a frente de Alvo, xeretando as cabines pelas quais passava. O menino apenas a seguia, ainda se remoendo no seu dilema sobre para qual Casa iria a Hogwarts.
- Achei! – a menina exclamou contente, levando a mão à maçaneta da última cabine no corredor. Alvo espiou pela janela e viu que havia apenas um menino com a cabeça encostada à janela, parecendo tão desanimado quanto Alvo também estava.
- Já está ocupada, Rosie. – Alvo argumentou.
- Ah, a gente pede para o menino se podemos sentar, ele não vai se opor será?
Alvo não respondeu, mas não estava tão certo assim. Rose abriu a porta e os dois deram de cara com aquele menino loiro da estação, que o tio Rony chamou de Scorpio e disse para Rose não fazer amizade. A menina pareceu notar a mesma coisa, pois olhou para Alvo uma tanto embaraçada. Ele puxou a manga das vestes dela.
- É melhor procurarmos outra cabine. – ele sussurrou.
- Todas as outras estão cheias. – Rosie disse, mas ainda parecia hesitante. – Quer dizer, o que é que tem, ele não tem presas, não é?
O menino, que parecia quase adormecido com a cabeça encostada ao vidro da janela, remexeu-se lentamente.
- Não sou um hipogrifo ou algo selvagem como aquele gigante de Hogwarts gosta de brincar. – ele disse secamente, finalmente se virando para encarar Alvo e Rose. – Mas realmente seria melhor procurarem outra cabine.
- Hey, é do Hagrid que você está falando? – Alvo perguntou indignado, empertigando-se. – Fique sabendo que ele é ótimo, problema seu se...
- Meu pai disse que ele é um selvagem. – Scorpio respondeu friamente, seus olhos azuis tão apertados que pareciam fendas.
- Quem se importa com o que disse seu...?
- Nós vamos ficar! – Rose disse em tom de quem finaliza a conversa, fechando a porta da cabine com um ruído alto. Ela acomodou sua coruja no compartimento e estava guardando seu malão, quando Scorpio se ergueu e, junto com Alvo, exclamou:
- Mas é claro que não!
Os dois se encararam zangados por um ter dito a mesma coisa que o outro, mas ignoraram esse fato e voltaram a fitar Rose, que já estava sentada com um sorriso enorme, como se não houvesse melhor lugar para se estar.
- Eu estava aqui primeiro! – Scorpio gritou, seu rosto pálido tornando-se rosado de raiva.
- É, mas todas as cabines estão cheias, e como você é um só, eu e Alvo cabemos muitos bem aqui também.
Scorpio não parecia convencido.
- Mas eu não quero que vocês fiquem aqui!
Alvo decidiu se manifestar também.
- E eu não quero ficar, Rosie!
- Ótimo, saiam e achem uma cabine pra vocês, eu já estou muito bem acomodada, obrigada! – e, dizendo isso, ela se espalhou no banco em que deveriam caber três pessoas e agora só cabia ela.
Alvo teve vontade de azarar sua prima. O problema era que ele não sabia nenhuma azararão, se ao menos tivesse insistido mais para que Tiago o ensinasse... Ele olhou para Scorpio, que parecia tão furioso quanto ele. O garoto voltou a se sentar, quase espumando pela boca de raiva, e cruzou os braços, fuzilando Rose com os olhos. Ela riu.
- Alvo, você vai ficar de pé?
Finalmente, aceitando que não havia alternativa, Alvo guardou seu malão e acomodou Edwiges, mas ainda assim não se sentou.
- Rosie, dá um espaço pra mim!
- Tem um lugar vago ao lado do... – ela fitou Scorpio curiosa. – Qual é o seu nome mesmo?
O menino pareceu ainda mais furioso, como se fosse um insulto ele não saber seu nome.
- Scorpio Malfoy. – ele disse orgulhoso. – E vocês são... – ele lançou um olhar enojado para Alvo. –...Os Potter?
Alvo abriu a boca para responder mal-educado, mas Rose falou primeiro:
- Eu não, eu sou uma Weasley! – ela disse apontando o cabelo muito ruivo. – Rose Weasley. Quer dizer, Alvo também é Weasley, minha tia é uma, mas o sobrenome dele é Potter. Alvo Potter. – ela o fitou demoradamente. – Você ainda está de pé!
- Hunf. – Alvo resmungou, sentando-se ao lado de Scorpio, mas o mais longe que podia, também de braços cruzados. – Você sabe que o tio Rony não vai gostar nada disso. – ele provocou, fitando Scorpio pelo rabo do olho.
Rose se remexeu incomodada.
- Meu pai não está aqui e você não vai contar. É só uma viagem, oras.
Scorpio olhou emburrados os dois, mas não comentou nada. Houve um silêncio incômodo entre os três, mas Alvo estava decidido a não quebrá-lo. Fora Rose quem os colocara nisso, ele não tinha que socializar com aquele menino metido.
- Hey, então, é seu primeiro ano também, não é? – Rose puxou assunto com Scorpio, depois de várias tentativas sem sucesso de falar com o primo.
Scorpio lançou um olhar sarcástico a ela e respondeu:
- Não!Eu estou no último ano!É que sou baixinho para minha idade!
Rose fechou a cara. Procurou algo no seu malão e, depois de alguns minutos, estava com um livro muito grosso e velho nas mãos. Tanto Alvo quanto Scorpio fizeram uma careta. Tio Rony dizia que Rose tinha a mesma mania irritante de devorar livros velhos e muito grossos que tia Hermione tinha. Eles sempre discutiam depois que tio Rony falava essas coisas.


CONTINUA...

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